História Casados por obrigação, juntos pelo destino - É claro que eu te amo, e não é pouco.

Lari P.O.V

Estava terminando de secar meu cabelo, enquanto Lucas estava deitando mexendo no celular, porém o silêncio entre a gente era grande, e bem incomodativo.
 

-Ainda está brava comigo? –Ele perguntou enquanto jogava o celular de lado.
 

-Não. –Respondi seca, sem olhar pra ele.
 

-Esse “não” seu, não me convenceu. –Disse se levantando, ficando próximo a mim.
 

-Lucas, já foi ok? –Continuei secando meu cabelo sem dar atenção a ele.
 

-Então será que pode olhar pra mim enquanto conversamos?
 

-Estou ocupada, secando meu cabelo, se não percebeu.
 

Ele me olhou indignado, abrindo a boca várias vezes como se quisesse responder algo, mas nada saia.
 

Até que ele me puxou pela cintura, iniciando um beijo calmo que ao longo foi ficando agressivo.
 

-Porra, você fica muito gostosa quando está brava. –Ele disse ao pé do meu ouvido.
 

-Lucas... –Tentei falar algo, mas foi em vão, já que ele voltou a me beijar.
 

-Quero te levar em um lugar, agora. –Falou após encerrar o beijo.
 

-Que lugar? –Perguntei curiosa.
 

-Surpresa. –Sorriu de lado.
 

-Me da uma dica?
 

-No. –Disse balando a cabeça negativamente.
 

-Por favor! –Fiz bico.
 

-Não, e nem adianta fazer essa carinha. –Apertou minha bochecha levemente.

                                                                            (...)

Estava no banheiro terminando de me arrumar para essa surpresa do Lucas, vou confessar que eu nunca fui muito fã de surpresas... Mas acho que iria gostar afinal, vindo do Lucas é quase impossível de eu não gostar. Em falar no próprio, ele estava na sala, já na minha espera. Coloquei os brincos e por último passei um perfume. Estava pronta. 
 

Lucas disse que eu poderia me vestir como se estivesse indo para uma festa, então, assim fiz. Espero não ter errado!
Sai do banheiro, peguei minha bolsa no quarto e segui em direção a sala, o encontrando sentado no sofá, enquanto mexia no celular. Assim que notou minha presença, ele se levantou e me olhou dos pés a cabeça, arqueando a boca em um *0*.
 

-Você está linda.
 

-Obrigada meu amor. –Sorri e depois selei nossos lábios.
 

-Vamos?
 

-Sim. 
 

                                                                         (...)
 

Lucas estacionou o carro, e fez um sinal com a mão como se quisesse dizer “espera aqui” e assim eu fiz, ele desceu e abriu a porta pra mim. Olhei-o parado na minha frente e soltei um sorriso.
 

-Está romântico hoje hein. –Disse enquanto descia.
 

-Você merece. –Sorriu e selou nossos lábios com um beijo molhado.

Começamos a caminhar, e logo chegamos a um restaurante, adentramos e logo o garçom nos conduziu a uma mesa que era mais pro canto, em um lugar mais reservado. A decoração tanto do restaurante, quanto a da mesa eram lindas. 
Ele puxou a cadeira pra eu me sentar, que assim fiz.
 

-Gostou? –Perguntou enquanto se sentava.
 

-Amei. –Respondi enquanto observava o lugar.
 

-Ouvi dizer que este é o restaurante mais romântico do Rio.
 

-Se é romântico mesmo, eu ainda vou descobrir, mas que é lindo pode ter certeza que sim! –Sorri.
 

-Igual a você.
 

-Eu não sou um restaurante.
 

-Mas é linda. –Disse olhando fixo para os meus olhos. 
 

Tenho certeza que eu corei naquele momento, Lucas quando tem uma fala na ponta da língua me deixa sem reação, ainda mais quando é um elogio. 
 

O garçom chegou e perguntou o que iríamos comer. Fizemos nossos pedidos, e ele se retirou.
 

-Qual o motivo dessa surpresa?
 

-Não tem motivo nenhum, só quis te trazer para um jantar romântico. –Respondeu. 
 

Mas não me convenceu, está na cara dele que não é só isso. Ergui uma sobrancelha, fazendo uma cara de que não havia acreditado.
 

-Está bem. –Passou a mão pela barba. –Quero me desculpar com você por conta do ocorrido com a Maria. Eu sei que eu errei e que não deveria ter passado o número pra ela. 
–Pausou. –Não sei o que me deu na hora...
 

-Lucas, está tudo bem. –O interrompi. –Eu fiquei sim muito irritada com isso, mas eu confio em você, e não é a Maria que vai acabar com essa confiança. –Sorri fraco. 
 

-Eu te amo muito, sabia? 
 

-Sabia. –Sorri convencida. 
 

-Nossa, além de ser convencida, não corresponde nem o meu amor. –Se fez de ofendido, que me fez rir. 
 

-É claro que eu te amo, e não é pouco.

                                                                                    (...)
 

20h05min
 

Eu e Lucas já estávamos no aeroporto para voltar á São Paulo. Até que enfim, não que eu não goste do Rio, mas é que a saudade da minha princesinha está gigante. 
 

-Ai que saudade que eu to da Nicole. –Disse colocando minha cabeça no ombro do Lucas. Já que estávamos sentados, esperando o chamado do nosso vôo. 
 

-Pode ter certeza que não é só você. –Riu fraco. 
 

-Mudando de assunto, quando é que vamos voltar para Londres? 
 

-Acho que daqui uma semana, por quê? 
 

-Por nada, só queria saber mesmo. 
 

-Quando chegamos aqui, pensei que você não iria querer voltar pra Londres mais. 
 

Não iria mesmo não, se não fosse uma tal de Maria que fica nos incomodando. 
 

-É, mas acaba que da uma saudade de lá. –Disse tentando disfarçar.

Em seguida o nosso vôo foi chamado, seguimos em direção ao avião. E então embarcamos. 
 

                                                                                  (...)
 

Chegamos em São Paulo, e a primeira coisa que fizemos óbvio, foi passar na casa da Izabel para ver a nossa filhota. 
 

-Que saudade que eu senti de você meu amor. –Disse a pegando. 
 

-Não foi só a mamãe não, o papai também sentiu muita saudade. –Lucas falou enquanto acariciava a cabeçinha dela. 
 

-E como foi o aniversário? -Izabel perguntou. 
 

-Foi legal. –Lucas disse se jogando no sofá. –Matheus falou que é para vocês irem lá em breve, já que não foram na festa. 
 

-Claro que iremos, assim que der. 
 

-Se depender da sua mãe, é capaz dela querer ir no próximo fim de semana. –Antonio disse, nos fazendo rir. 
 

-Olha isso gente, meu próprio marido dizendo isso de mim. –Izabel disse balançando a cabeça negativamente. 
 

-Cadê a Ju? –Perguntei. 
 

-Ela saiu com algumas amigas.
 

-Ah, azar o dela que não vai nos ver e nem se despedir da Nicole, porque eu já to querendo ir pra minha casa. –Lucas falou se espreguiçando no sofá. 
 

-Que isso Lucas. –Izabel o repreendeu. –Ela já deve estar chegando.
 

-Mas não vamos esperar não mãe, eu quero é tomar um banho e dormir.
 

-Eu também, essa viagem foi muito exaustiva. 
 

-Só esqueceram que agora vocês têm uma filha, e se ela não deixar, vocês não irão dormir tão cedo. 
 

-Ah, mas pelo jeito ela está bem cansada também. –Falei enquanto a olhava, toda sonolenta no meu colo. 
 

Ficamos conversando mais um pouco e depois fomos embora. 
 

...
 

Chegamos em casa e subimos direto para o nosso quarto, fiquei com a Nicole enquanto Lucas tomava banho, e depois foi a minha vez de ir pra debaixo do chuveiro. 
Assim que sai do banho, me vesti e me deitei junto aos dois, Lucas estava acabado, o olho mal conseguia ficar em pé, e a Nicole não colabora em nada, já que foi só por ela na cama que parece que o sono dela desapareceu. 
 

Dei um beijo no topo da cabeça do Lucas e disse: 
 

-Pode dormir que eu cuido dela. –Falei enquanto puxava Nicole pra mais perto de mim. 
 

Passou algum tempinho e ela dormiu, e assim eu pude dormir também. Pois sono era o que não faltava em mim, ainda mais depois dessa viagem cansativa.