História Cavaleiros das sombras - Parte do grupo

Capítulo três: Parte do grupo.

Naquela tarde, eu despertei com uma voz familiar chamando o meu nome.

   –Konan! – Ouço uma voz conhecida. – Será que esse é o quarto dela ainda, vai que ela mudou de quarto. – Disse a outra voz conhecida. – O jeito é jogar pedras na janela. – Os barulhos de pedras batendo no vidro começaram a aumentar, estava meio sonolenta, abri a janela e me deparei com Nagato e Yahiko embaixo da minha janela, jogando pedrinhas para me acordar.              

     –Gome meninos, eu dormi demais! já estou descendo. -  Troquei de roupa rapidamente, coloquei minha flor no cabelo e desci.  

    –Vamos agora? – disse o Yahiko impaciente, enquanto Nagato ria do amigo. Eu dei um sorriso tímido de desculpa. Fomos andando até a sorveteria próxima a minha casa, sentamos e o Yahiko foi pedir os sorvetes.          

   –Gome Nagato e Yahiko, eu realmente perdi a hora, não tinha a intenção de faltar ao nosso encontro. – Eu disse me desculpando mais uma vez, o ruivo sorriu. - Não tem problema, o Yahiko está bravo assim, mas é puro nervosismo, não tem nada a ver com o seu pequeno atraso. – Dei um sorriso sem graça. Caminhamos sob as nuvens pesadas de Amegakure rumo a sorveteria que ficava perto da minha casa.               

 –Aqui o seu sorvete, e esse é o seu. – Disse o Yahiko entregando para mim e para o Nagato. Nós o agradecemos. – Mas, como você sabia meu sabor favorito? Eu não me lembro de ter dito a você. – Falei confusa. Yahiko abriu um largo sorriso. –Ela ainda não se lembra, Nagato, vamos ter que refrescar a memória dela. – Ele disse olhando para mim.    

 Nagato tirou algo do bolso, parecido com uma foto e Yahiko fez o mesmo. –Você se lembra desse dia? – os dois me mostram as fotos.  

 Eu não conseguia acreditar no que estava vendo, então eles eram, eram, Yan e Nag, meus amigos de infância. – Y-Yan , Na-nag são vocês? – Olhei para eles com lágrimas nos olhos. Eu não podia acreditar que esse momento tinha chegado, eu estava frente a frente com meus melhores amigos de infância de novo. – Sim Nana, somos nós. – Disse o Yahiko. Eu sorri, os abracei forte, como aquele abraço que eles tinham me dado hoje de manhã e chorei, meu maior sonho acabara de ser realizado, reencontrar meus dois meninos.

 –Mas me conte o que aconteceu depois que eu fui embora? O que aconteceu na vida de vocês?  - Perguntei ainda abraçada com os dois. – Aconteceu tanta coisa, o Hanzou deixou de ser o Amekage, nossa escola foi aberta para alunos que outras vilas... – O Nagato ia falando, enquanto o Yahiko fica me olhando, ele não conseguia acreditar no que estava acontecendo, nós três reunidos de novo, como nos velhos tempos.

–Oh Nagato, a nana não quer saber isso, ela quer saber o que aconteceu com a gente! – Falou o Yahiko interrompendo o Nagato. Eu ri, e ele continuou. – Bem, depois que você foi embora, nós ficamos meio perdidos, sem você ficamos sem vida. Até que esse lance de a escola ser aberta para outras vilas aconteceu. Foi nesse momento que conhecemos os meninos, eles vieram estudar aqui, cada um de uma vila diferente e acabamos fazendo amizade. O Nagato deu o primeiro beijo dele, teve a primeira decepção amorosa com uma menina de Konoha... - Nagato ficou vermelho de vergonha. Eu o olhei e sorri, Yahiko continuou dizendo. – Eu, bem, fiquei com várias, mas nenhuma o suficiente para namorar sério. – Gabou-se.

 – Ual, aconteceram várias coisas boas que eu perdi. – Olhei para o Nagato novamente e ele ainda estava de cabeça baixa, com vergonha do que o Yahiko acabara de falar. – Poxa não pude presenciar a primeira paixão do meu Nag. Quem foi a infeliz que te magoou, eu mato ela! – Fali em tom de brincadeira e eles riram.   

  –O nome dela é... Sami, ou algo assim. – Respondeu-me Yahiko. Eu ri, fazia tempo que eu não me sentia tão feliz e tão em casa como nesse momento.

Estávamos sentados, eu não conseguia tirar o sorriso do rosto, era tão bom estar com eles novamente, como antigamente... -Agora já nos reencontramos, está na hora de te apresentar para o grupo oficialmente. – Disse Yahiko empolgado. – Mas...- Nagato foi interrompido.

 – Mas nada – Yahiko em um ato dramático e exagerado se ajoelhou na minha frente, continuando sua fala. – Você aceitar ser a única menina do nosso grupo? – Eu corei. Nunca tinham me pedido para participar de nada antes. – Sim, é claro que eu aceito! –Yahiko comemorou e Nagato ficou pensativo, algo incomodava ele.

 – O que foi? – Perguntei para Nagato – Nada... – Ele disse desviando seu olhar do meu, olhando para o outro lado. Arqueei a sobrancelha. – Se fosse nada mesmo, você não estaria com essa expressão. – Falei e ele me olhou esboçando um pequeno sorriso na face. – Você me conhece mesmo... – Eu ri. – Até demais... – Eu o olhava admirada, meu ruivo continuava o mesmo.                                                                                                                 

–Bem, agora irei comunicar ao resto do grupo. – Yahiko disse tirando o celular do bolso da sua calça jeans preta skinny e digitando uma mensagem no aparelho.                                                 

Nagato continuava pensativo. Yahiko se afastou para fazer as ligações e ficamos apenas eu e ele sentados na pequena mesa de madeira da sorveteria. – O que houve Nag? – Perguntei mais uma vez, chegando mais perto do ruivo. – É complicado explicar agora. – Murmurou ele, indo em direção ao Yahiko que estava concentrado no celular.                               

Fiquei-os observando atentamente de longe. Nagato gesticulava muito e Yahiko parecia alterado, nunca os vi assim antes. Fiquei preocupada, nenhum dos dois queria dizer o que realmente estava acontecendo. Bufei, o que podia ser tão misterioso que eu não podia saber?                                                                                                                                   

–Mas Yahiko pense bem, se a colocarmos no grupo, ela ficará em perigo. – Nagato argumentou indignado. Eu me aproximava cada vez mais para tentar ouvir a conversa, com sucesso. – Uma hora ou outra ela irá descobrir a verdade. Irá descobrir o nosso segredo, não podemos esconder isso dela para sempre! – Rebatia Yahiko nervoso. Nagato passou a mão nos cabelos vermelho, bufou e disse por fim. - Eu sou contra, mas acho que você como líder antes de tudo deve fazer uma votação com os outros membros para saber se ela entra ou não, uma vez que isso não se trata apenas de nós dois. – Yahiko assentiu com a cabeça e notou a minha presença, olhando-me assustado.                                                                       

–Ko... Konan você está ai! – Gaguejou ele, colocando a mão atrás da cabeça. – Está aí a muito tempo? – Perguntou tenso. – Não. – Menti, dando um sorriso amarelo. – Acabei de chegar. –Nagato me olhava aliviado e Yahiko olhava para o chão. Um vento forte começou a bater e os pingos de chuva começaram a cair.                            

–Então, acho que está na hora de levá-la para casa. – disse Nagato sorrindo, mas eu ainda conseguia ver a tensão no fundo de seus olhos. – Não queremos que você pegue um resfriado. – Yahiko continuou enquanto olhava para mim e eu assenti com a cabeça.                                                                 

Voltamos andando para minha casa, em silêncio absoluto. Estava frio e as ruas estavam bem vazias pelo horário estranhei, porém continuei calada com vários pensamentos me atormentando.                     

–Tchau Nana, até amanhã. – Despediu-se Yahiko abraçando-me e dando-me um beijo no topo da minha cabeça. – Até mais – disse Nagato de longe acenando. – Tchau meninos. – Falei com um sorriso, entrando em minha casa em seguida. 

Encostei-me a porta, era muita informação para um dia só, respirei fundo e fiquei observando o que acontecia ao meu redor.     

     –Ligue para os outros, hoje teremos uma reunião. – ouvi Yahiko dizer com uma voz sombria. Foi a última coisa que eu ouvi até sua voz desaparecer por completo, aquilo me fez arrepiar.                

Estava confusa, muitos mistérios rodeavam esse tal grupo do Nagato e do Yahiko. Sentei-me. Minha cabeça girava demais para eu ficar de pé. Eu queria saber mais sobre esse grupo, eu precisava. Sentia que algo estava errado e eu não ia descansar até saber toda a verdade por de trás desse grupo misterioso.

                                                                                                                                                                                                   CONTINUA....