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História Cecília Gaunt - A herdeira de Slytherin - Ano 4 - Efeitos Colaterais


Escrita por: Only_a_Malfoy

Notas do Autor


FELIZ HALLOWEEN \O/

Eu fiz tipo um especial de Halloween para comemorar, então espero que gostem do capítulo!

Qualquer sugestão, elogio, crítica, erro ortográfico, é só falar nos comentários, também tem a inbox e o livro de mensagens ><

BOA LEITURA
XOXO

Capítulo 23 - Ano 4 - Efeitos Colaterais


Fanfic / Fanfiction Cecília Gaunt - A herdeira de Slytherin - Ano 4 - Efeitos Colaterais

Acordei com uma dor de cabeça alucinante, abri os olhos e a luz branca quase me cegou, fiquei piscando até me acostumar com a luz, olhei em volta e vi que estava na Ala Hospitalar, na verdade eu reconheci o lugar mais pela luz do que qualquer outra coisa, minha visão estava um tanto embaçada, eu vi que tinha alguém sentado na cadeira ao lado da maca, depois de um tempo percebi que era Draco, ele estava dormindo apoiando a cabeça na ponta da cama.

— Draco. — chamei e percebi que estava rouca.

Ele acordou, e quando me viu primeiro sorriu mas de repente ficou assustado, como se tivesse alguma coisa.

— O que foi? — perguntei e senti minha garganta doer um pouco.

— Não f-fica forçando, v-você ficou muito tempo sem falar, e-eu vou chamar a Madame Pomfrey. — gaguejou e saiu correndo.

Eu não entendo por que ele ficou assim, mas ok. Suspirei e me afundei mais no travesseiro. Draco logo voltou com a enfermeira, que pareceu um tanto assustada ao me ver, mas logo recuperou o controle.

— O que aconteceu com ela? — perguntou Draco.

— Deve ter sido um dos efeitos colaterais da poção, Chame o Professor Snape para mim, Malfoy? — ele assentiu e foi.

Madame Pomfrey começou a fazer alguns exames de rotina em mim.

— Quanto tempo fiquei desacordada? — perguntei quando ela terminou de tirar o soro que estava preso na minha pele.

— 15 Dias. — ela disse.

15 dias? Como? Eu lembrava que a poção de Neville tinha explodido em cima de mim, mas depois disso não lembro de muita coisa.

— O que aconteceu comigo? — perguntei.

— A Senhorita desmaio na aula de Poções depois de...

— Isso eu sei, — a interrompi. — quero dizer, por que Draco ficou me olhando daquele jeito?

Ela pareceu excitar mas pegou um espelho e me entregou, eu levantei o espelho até a altura do meu rosto para me ver, levei um susto quando vi que estava com olhos igual os de uma cobra, olhos amarelos, bonitos, mas assustador! Percebi que eu também estava com presas, era uma mistura da presa de uma cobra proteróglifa e a presa de um gato, muito estranho.

Nesse momento Snape chegou, ele parecia preocupado, Madame Pomfrey foi até ele, provavelmente para explicar a minha situação, a julgar pela cara que Snape fez, ele veio até mim e me examinou, e com mais atenção meu olho e minhas presas, e por fim disse:

— Eu não sei que tipo de poção Longbotton fez, mas a julgar pelo o que estou vendo, a Senhorita irá ficar assim por tempo indeterminado, ou até eu descobrir uma poção que corte esse efeito, o que vai ser meio difícil. Vou examinar a poção do Longbotton e vê o que posso fazer, mas por enquanto só o que podemos fazer é esperar para ver se os efeitos passam sozinhos.

— Obrigada, Snape. — agradeceu, Madame Pomfrey.

— Deixe ela mais um dia internada para observação, depois dependendo dos resultados, pode a liberar.

— Irei fazer isso.

— Como está se sentindo, Srta. Gaunt? — perguntou.

— Um pouco tonta, com dor de cabeça. — falei.

Ele me examinou com os olhos.

— É melhor você descansar, Malfoy, volte para a Sala Comunal. — observamos Draco saindo, um tanto relutante, e assim que ele cruzou a porta da Ala Hospitalar, Snape se voltou para mim com um olhar fuzilante e falou: — E você, não pense em inventar nenhuma gracinha! Acho que você deve saber o quanto é arriscado provocar os outros da maneira que você se encontra. 

— Sim, senhor. — falei fazendo minha melhor cara de santa.

— Eu estou falando sério, Cecília. — disse Snape cruzando os braços.

— Ok, vou fazer o meu máximo. — falei.

Snape lançou um último olhar em mim e depois saiu da Ala Hospitalar.


• ☼ • ☼ • ☼ •

 

No dia seguinte acordei cedo, eu não via a hora de sair dali, parece que foi uma eternidade, e olha que eu fiquei acordada em apenas um dia.

Madame Pomfrey fez alguns exames em mim e finalmente me liberou. Por onde eu passava nos corredores as poucas pessoas que estavam acordadas me encaravam, e isso só com os olhos imagina se vissem minhas presas.

Fui até a Sala Comunal, que estava vazia por ser muito cedo, e entrei no meu dormitório, peguei o meu uniforme no malão e fui tomar banho, para tirar a sujeira do hospital. Quando saí do banheiro as meninas já estavam acordadas, assim que elas me viram arregalaram os olhos.

— O que aconteceu com você? — perguntou Pansy.

— Esse foi o efeito colateral da poção. — falei dando de ombros e voltei para a Sala Comunal, onde Draco me esperava junto de Blásio, Crabbe e Goyle.

Os três me olharam espantados – assim como metade da Sala –, só Draco que ficou normal, já que ele já tinha me visto antes.

— Eu avisei. — falou Draco para os meninos.

Eu sorri para eles que se assustaram ainda mais com as presas. Já disse que estou amando isso?

— Vamos? — perguntei.

Eu precisava comer alguma coisa urgente, a comida que a Madame Pomfrey me deu era horrível.

Uma dica, se quer ser “famosa” em Hogwarts, tenta levar um banho de poção malfeita e ficar desacordada por quinze dias, depois acorda com olhos de cobra e presas, você vai ser notada rapidinho.

Quando entrei no Salão Principal logo as pessoas começaram a sussurrar entre si e me olhando, claro que não foram todos que perceberam, não é como se minha pele tivesse mudado de cor ou algo assim, mas como em Hogwarts as notícias se espalhavam rápido, até o final do dia metade da escola já sabia que eu estava com olho de cobra e presas.

Nós nos sentamos na mesa da Sonserina e a primeira coisa que fiz foi encher meu prato com tudo o que estava ao meu alcance.

— Calma, Ce, você acabou de sair da enfermaria.

— Me deixa eu to com fome. — falei de boca cheia fazendo os outros rir.

— Ah, quase que esqueço.  — falou Draco tirando um jornal do bolso, desdobrando e me dando.

— O que é isso? — perguntei franzindo o cenho.

— Vê. — ele falou e eu comecei a ler.

Quase toda a primeira página fora ocupada por uma foto de Potter, o artigo (que continuava nas páginas dois, seis e sete) só falava no garoto, os nomes dos campeões da Beauxbatons e Durmstrang (errados) tinham sido espremidos na última linha do artigo, e Cedrico sequer fora mencionado. O artigo saíra havia dez dias.

“Acho que herdo a minha força dos meus pais, sei que eles teriam muito orgulho de mim se me vissem agora... é, às vezes à noite ainda choro a perda deles, não tenho vergonha de admitir... que nada me acontecerá de mal durante o torneio, porque eles estarão me protegendo [...]

[...] Harry finalmente encontrou carinho em Hogwarts. Seu amigo íntimo, Colin Creevey diz que o garoto raramente é visto sem companhia de Hermione Granger, uma linda menina nascida trouxa que, como Harry, é uma das primeiras alunas da escola”

Eu comecei a rir lendo aquilo, como eu pude estar dormindo quando eles receberam esse jornal?


• ☼ • ☼ • ☼ •

 

Quando estávamos indo para a aula de Transfiguração, Potter passou pela gente, era a primeira vez que eu o via depois que acordei, e eu não ia perder essa oportunidade de zoar com ele.

Eu peguei um lenço dentro da minha mochila e corri até ele apoiando meu braço em seu ombro, Draco só observava tudo.

— Quer um lencinho, Potter, caso comece a chorar na aula de Transfiguração? — perguntei entendendo o lencinho pra ele, que se virou.

Draco se aproximou e disso:

— Desde quando você é um dos primeiros alunos da escola, Potter? Ou será que a escola é uma escola que você e o Longbottom fundaram?

Mas Potter não pareceu ouvir o que Draco disse, pois ele olhava para mim fixamente.

— Gosto? — perguntei me referindo aos meus olhos e as presas. — Agradeça ao Longbotton, ele que fez a poção explodir em mim. — e para completar eu fiz que ia atacar ele que se assusto.

Eu e Draco começamos a rir da reação dele e entramos para a aula.


• ☼ • ☼ • ☼ •

 

No Sábado que antecedeu a Primeira Tarefa, todos os estudantes do terceiro ano, e acima, tiveram permissão para visitar o povoado de Hogsmeade. Como Draco ia com a Pansy, eu fui com o Blásio, coloquei uma blusa preta e um short, coloquei um óculos escuro para ninguém ficar reparando no meu olho, não preciso disso agora, ainda mais com Rita Skeeter hospedada no vilarejo.

Nós fomos na Zonko’s e depois na Dedosdemel, ficamos andando um pouco e conversando, até nós decidir ir no Três Vassouras.

Eu entrei e sentei na última mesa enquanto Blásio pegava cerveja amanteigada para a gente.

O Três Vassouras estava lotado, principalmente com alunos de Hogwarts que aproveitavam a tarde livre, mas também com uma variedade de gente mágica que eu raramente via em outro lugar. Eu imaginava que sendo Hogsmeade o único povoado inteiramente mágico da Grã-Bretanha constituía uma espécie de refúgio para gente como as bruxas, que não gostavam tanto de se disfarçar quanto os bruxos.

Vi Granger entrando sozinha, ela pegou duas cervejas amanteigadas no balcão e se sentou em uma mesa, só eu achei isso estranho? E depois o outro copo sumiu. Quando Blásio chegou com as bebidas eu ainda olhava para a mesa de Granger, Zabini seguiu meu olhar e depois se voltou para mim.

— O que você está olhando? — perguntou se sentando e me entregando um dos copos.

— Nada. — falei me endireitando.

— Por que você não tira esses óculos?

— Não quero ninguém me encarando. — falei tomando um gole da minha cerveja.

— Então o que você acha que vai ser a tarefa? — perguntou se debruçando um pouco sobre a mesa.

— Não sei, provavelmente algo muito perigoso. — falei dando de ombros.

Terminei de tomar a minha cerveja amanteigada deixei a minha parte do dinheiro e disse a Blásio que ia andar um pouco sozinha.

Eu parei de andar quando cheguei em frente da Casa dos Gritos, o local estaria completamente vazio se não fosse por um única pessoa sentada em um banco perto ali perto, me aproximei da pessoa e vi que era Potter, eu não sei o que deu em mim, mas eu fui em sua direção e sentei do seu lado sem falar nada.

— Veio me oferecer mais um lencinho? — perguntou sem entusiasmo.

— Não, só queria fugir da multidão. — falei dando de ombros e apoiando meus braços na perna.

Ficamos em silêncio por um tempo, até Potter resolver falar.

— Olha, sobre a sua família, eu juro, que se fosse por mim nada disso teria acontecido, ninguém merece perder a família desse jeito, e caso você não tenha notado, você não foi a única a perder nessa história, foi seu tio que matou minha família, lembra? — ele suspirou e então continuou. — Eu sei que é difícil, mas ficar me culpando não vai faze-la se sentir melhor.

Nós nos encaramos por um instante, então ele se levantou e saiu. Suspirei e me deitei no banco colocando minhas mãos no rosto. Como eu odeio a minha vida.

Continua...


Notas Finais




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