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História Cela 132 - Iceberg


Escrita por: gucciqeen

Capítulo 30 - Iceberg


Fanfic / Fanfiction Cela 132 - Iceberg

 

 

 

 

 

 

JEON JUNGKOOK

 

 

 

 

Jungkook encarava o próprio reflexo no espelho do banheiro, enquanto tentava de alguma forma ajeitar os cabelos escuros e úmidos. Não entendia porque, mas aquele momento parecia familiar demais para si... 

 

Seria um dejavu? Ele pensou, mas no mesmo instante sua pergunta fora calada ao ouvir uma voz familiar para si.

 

— Agora se agache, empina essa sua bunda e pegue a droga do sabonete para mim.

 

Os olhos procuraram Gong Wooyeol no reflexo do espelho, percebendo que ele estava atrás de si, em baixo de um dos chuveiros. Porém, uma outra voz ainda mais familiar, foi a responsável de fazer com que o corpo de Jeon se virasse imediatamente. 

 

— Eu não vou fazer isso. — Jimin respondeu desviando o olhar. 

 

— Por acaso você é surdo, novato? — Ele perguntou alterado.

 

"O único surdo aqui talvez seja você" — Tentou falar, porém, sua voz simplesmente não saía de sua garganta. Sua boca moldava palavras, porém, não tinha som algum. "Que merda é essa?" Jungkook rapidamente colocou as duas mãos sobre seu pescoço, apalpando ali, completamente confuso. 

 

— Você tem sorte de ser uma garotinha bonita... Sabia? — Os olhos voltaram a atenção a cena a sua frente, e num ato rápido, Gong levou a mão ao peitoral de Jimin, encurralando-o contra a parede. O homem mais velho encostou o nariz no pescoço do garoto a sua frente, suspirando fundo, como se deleitasse sentindo o cheiro do menor. Gong deslizou uma das mãos pelo corpo de Park, indo até a cintura. — Eu conheço o seu tipo... Vai ser desobediente nos primeiros dias. — Foi subindo o rosto, ainda deslizando a ponta do nariz pela pele clara, até que alcançasse a orelha de Jimin. 

 

Aquilo fez o corpo de Jungkook tremer pelo ódio. Ainda mais ao notar os olhos de seu companheiro de cela marejados, repletos por medo... Tentou mover os pés, numa falha tentativa de impedir aquela situação, mas seus pés pareciam colados ao chão. Eles simplesmente não se moviam... E parecia que naquele banheiro, ele era completamente invisível.

 

"Wooyeol... Seu desgraçado... Se encostar nele, eu vou..." — Gritou enfurecido, no entanto, sua voz não era ouvida.

 

— Mas vai ficar bem mansinho depois quando se acostumar com meu pau... — Sussurrou contra a audição dele, mordendo leve o lóbulo dele. — Não vai, gracinha?

 

...

 

— Jeon Jungkook? — A voz da enfermeira soou alta em minha mente, trazendo-me bruscamente de volta a realidade.

 

— Jimin... — Sussurro talvez um pouco alto, e então abro os olhos, sentindo minha respiração ofegante. Num ato impensado, tento erguer minha mão direita, afim de ajeitar meus fios de cabelos colados a minha testa, devido ao suor, mas não conseguindo concluir a ação ao ser impedido pelas algemas que prendiam meu pulso a grade da cama da enfermaria.

 

— Está tudo bem com o senhor, detento? — Escuto a voz novamente, e então, meus olhos vão para a enfermeira, que me fitava curiosa, quase preocupada. Assinto com a cabeça, e suspiro fundo. — Seu advogado veio ver você. Posso permitir que ele entre? — Assinto com a cabeça.

 

 

 

 

PARK JIMIN

 

 

 

 

Minha cabeça volta a ficar colada ao chão, ao que Gong colocou o pé contra meu pescoço, quase quebrando-o pela força. Sinto minha respiração falhar por um momento, fitando o homem acima de mim.

 

— Você devia ter ficado quieto, Park... Eu iria poupar você. Íamos nos divertir muito sem seu namoradinho. Mas, é uma pena que eu tenha que acabar com você também. — Ele falou, forçando mais o pé, fazendo-me arregalar os olhos e puxar fortemente a respiração.

 

— O seu problema é comigo... Só comigo, Gong. Deixa... Deixa ele em paz. — Ouço a voz fraca de Jungkook, já sentindo meus olhos começarem a lacrimejar.

 

Fecho meus olhos assim que ele começou a começar a jogar seu peso contra meu pescoço, e mordo o lábio inferior, mas, naquele mesmo segundo o som alto da sirene ecoou no corredor.

 

— Merda... Wooyeol. Vamo vazar. Nosso tempo acabou... Os tiras estão vindo. Eles quebraram o acordo. A gente precisa ir!

 

— Aí! 

 

Aquele gemido de dor me trouxe bruscamente de volta ao mundo real. Coloco minha mão contra meu peito, sentindo meus batimentos acelerados. Não sabia o que havia me assustado mais... aquele som alto invadindo meus sonhos, ou então, sonhar com ele... Gong Wooyeol.

 

Saber que ele voltaria para cá no dia seguinte conseguia me deixar ainda mais tenso. Parecia irreal. Eu havia ficado quase duas semanas na solitária sem ter feito absolutamente nada... Enquanto ele havia tentado matar um detento, e ficou menos de um mês lá. Indignante...

 

Mesmo após 5 meses preso eu ainda não havia entendido como as coisas funcionavam aqui. Não completamente. Não conseguia entender porquê Wondong levava o título de Instituto de Detençãosendo que alguns saíam impunes. Não fazia sentido a existência de regras se alguns eram imunes. 

 

Naquele momento a frase de Jongup viera a minha cabeça novamente.

 

"Eles quebraram o acordo. A gente precisa ir!"

 

Eles. 

 

Quem são os envolvidos nesses "eles"? 

 

Seja quem forem... Com certeza, eram homens corrompidos e comprados. 

 

Shin Byungho com certeza era a primeira pessoa que apontaria como um dos envolvidos, afinal, aquele homem era a personificação de um ser humano corrompido. Ele fazia jus a existência da frase de Platão: 

 

"Detendo o poder e certeza da impunidade, o homem se sente Deus entre os homens."

 

Mas, Shin, por mais que fosse o mais podre dentre todos os homens, não se venderia. Ele gostava de ter poder em suas mãos, gostava de poder controlar. Ele não se venderia para Gong. Não se submeteria ao que Gong o pedisse, nem mesmo com a mais recheadas das propinas.

 

E, além do mais, Shin Byungho estava morto. 

 

O que significava que qualquer um dos guardas poderia estar envolvido na frase "Eles quebraram o acordo". Dois ou três deles... ou então, todos. O que se pode ser de fato concluído com clareza é que todos podem ser corrompidos...

 

— Aí! Merda... — Escuto o gemido outra vez e reviro os olhos, passando as mãos pelo meu rosto. 

 

Eu estava tão concentrado em meus pensamentos...

 

Levanto meu tronco, ficando sentado na cama, e vejo Taehyung sentado no chão com as costas apoiadas a grade. Ele segurava o próprio pulso, ao mesmo tempo que tentava desenrolar a faixa de seu braço.

 

— O que houve? — Questiono baixo, e ele levanta o olhar.

 

— Essa merda tá doendo... Não estava doendo tanto ontem...

 

— Vem cá. Me deixa ver isso. — Bato contra o meu colchão algumas vezes, no espaço vago ao meu lado, bufando alto.

 

Ele suspirou e se levantou do chão, logo se sentando ao meu lado, me "entregando" o braço. Seguro o braço alheio e começo a desenrolar a faixa vendo o ferimento completamente aberto e exposto.

 

— Devia ter ido à enfermaria. 

 

— Eles iriam tentar dar pontos... E me enfiar agulhas. Não gosto dessas coisas... — Ele fez careta, e então volto a enrolar a faixa ali.

 

— Não acredito... Um homem grande feito você com medo de agulhas? Inacreditável... Um medroso de merda...

 

— Quer morrer, Park? — Ele questionou alto arregalando os olhos, tentando parecer ameaçador, e então, pressiono meu polegar sobre o ferimento já coberto pelo tecido da faixa, arrancando dele um choramingar junto de um gemido de dor, fazendo com que ele puxasse o braço de volta.

 

— Não me ameasse. — Sorrio rindo baixo, e então encosto minhas costas a parede. — Ou então conto a todos do seu medinho de agulhas.

 

— Se contar para alguém, eu saio espalhando para todos que passou a noite toda chamando pelo nome do Gong. — Arqueio as sobrancelhas, completamente indignado. — "Ah... Gong. Não... Gong. Wooyeol..." — Ele disse tentando imitar meu tom. — Jeon ficaria com ciúmes se ouvisse...

 

— Aish... Cale a boca, Kim. Quer ganhar outra dedada no machucado? — Resmungo revirando os olhos e abraço minhas pernas devido ao leve frio que fazia naquela manhã, arrancando uma risada dele.

 

— Foi um pesadelo? — Ele questionou curioso e eu o olho pelo canto dos olhos, assentindo com a cabeça. — Quer me contar?

 

— Não pense que somos amigos... Eu ainda não confio em você, Kim. — Comento negando com a cabeça.

 

— Ora... Vamos. Por que não me dá uma chance?  

 

— Eu nem mesmo sei quem você é. A única coisa que sei sobre você é que me usou para atrair Jungkook aquele dia no pátio e iniciar uma briga entre ele e Gong. E que roubou meu jantar duas noites atrás.

 

— Vamos mudar isso. Kim Taehyung, 26 anos. Nasci no penúltimo dia do ano, sou capricorniano, fui preso em 2017 aos 21 anos, e vou sair daqui com 28. Gosto da cor verde.

 

— Pegou 7 anos? O que você fez? — Arqueio a sobrancelha, surpreso.

 

— Estelionato. 

 

— Que merda você fez, Kim...

 

— Alguns cheques fraudados... Venda de roupas e bolsas de marca falsificadas. Roubo de dados para clone de cartões, ou então para acesso de conta de bancária.

 

— Achou mesmo que me contar que você aplicava golpe em velhinhos para roubar a aposentadoria deles, iria fazer com que eu confiasse mais em você? 

 

— Sou um homem reabilitado. Até consegui condicional no ano passado. — Deu de ombros.

 

— Mas você perdeu. — Rebato como se fosse óbvio.

 

— Eu estou aqui pagando pelos meus pecados, Park. Assim como você. Estamos no mesmo buraco, se esqueceu? — Ele riu baixo ao me ouvir e tombou a cabeça para o lado, me fitando. — Agora me diz o que você fez. Estou curioso para saber o que Park Jimin aprontou para acabar atrás das grades.

 

— Fui preso por roubo à mão armada. Peguei quatro anos. Mas por ser réu-primário tenho direito a condicional quando cumprir 1/6 da pena...

 

— Então pode pedir condicional com 8 meses? Isso é ótimo.

 

— É... É sim. — Dou um meio sorriso e suspiro fundo. 

 

— Bem... agora que já nos conhecemos melhor, por que não me conta do seu pesadelo?

 

— Eu só... Eu só não entendo por que ele é tão temido aqui... E por que há guardas que acobertam tudo o que ele faz. E o ódio dele por Jungkook? Nada aqui faz sentido... 

 

— Hm... Talvez eu possa te esclarecer algumas coisas. Me diga exatamente o que você sabe.

 

— Bem... Eu acho que sei o que todos aqui sabem. A ponta do iceberg. Minjae escolheu Jungkook, e Gong passou a o odiar a partir daí. Depois, Minjae suicidou com remédios, e todos pensam que Jeon é o culpado.

 

Ouço uma risada e então viro o rosto, vendo um sorriso amargo no rosto de Taehyung.  Ele fechou os olhos e suspiro, apoiando para trás a cabeça na parede.

 

— Você nem mesmo conhece a ponta do iceberg... 

 

 

 

 

JEON JUNGOOK

 

 

 

 

— Você tem mesmo certeza disso, Jungkook? — Hoseok questionou pela décima vez, e eu assinto com a cabeça, ainda mantendo meu olhar preso ao nada da parede branca. — Não consegue entender como a sua presença em seu julgamento seria importante?

 

— Eu consigo. Mas, eu simplesmente não tenho psicológico o suficiente para enfrentar um terceiro julgamento. — Digo, e observo-o pelo canto dos olhos se sentado na beira de minha cama. Apoio a prancheta em minha coxa, mais próxima possível de minha mão algemada que segurava a caneta cor preta, tentando assinar o mandado o qual mostrava minha ciência sobre o início do julgamento o qual eu não compareceria.

 

— Isso tem algo a ver com o seu pai? 

 

Sim.

 

— O mundo não gira ao redor do seu patrão, Jung. — Minto em um murmurar, irritado por não conseguir posicionar a ponta caneta na linha onde viria a estar minha assinatura.

 

A verdade era que... Eu não conseguiria ver o rosto de decepção de meu pai no tribunal. Não pela terceira vez. Não sem conseguir segurar as lágrimas. 

 

— Então não tem com o que se preocupar. Senhora Haeun também não vai estar lá, se é isso que teme.

 

— É claro que ela não vai estar. Ela nem mesmo sabe que estou apodrecendo aqui. — Comento dando um sorriso sem humor de lado, e por fim consigo desenvolver minha assinatura ali, porém, o silêncio de Hoseok naquele momento havia ganhado minha atenção. — Não é? — Viro o rosto, fitando-o, e mais uma vez tudo que ouvi fora o silêncio vindo do advogado. — A minha mãe não sabe que eu estou aqui. Sabe? — Entrego a ele a prancheta junto de papel e caneta. 

 

— Bem... Ela... — Consigo ver a feição confusa e talvez um tanto desesperada de meu advogado, que segurou a prancheta. Noto suas mãos um pouco trêmula, e então arqueio a sobrancelha.

 

— Hoseok... — Falo o nome dele em repreensão. — A minha mãe sabe que estou preso?

 

Ele suspirou, passando as mãos pelo rosto, quase agoniado.

 

— Seu pai disse a ela essa semana. — Soltou de uma vez, sem pensar muito mais tempo.

 

Meus olhos se arregalaram.

 

— Por que caralhos ele contou a ela? — Questiono alto, quase num grito.

 

— Wonshik não contou o real motivo. Ele disse a ela que... Você teve problemas com a imigração da Suíça. E que foi preso. Não pode ter contato com ninguém por alguns meses...

 

— Jung... — O interrompo, travando a mandíbula, tentando manter a paciência. — Eu quero que você mande aquele desgraçado vir aqui. 

 

— Você precisa se acalmar...

 

— Quando eu fui condenado em 2018, meu pai mentiu para a minha mãe que eu ficaria fora por 3 anos, fazendo um intercâmbio na Suíça. Ela ficou 1 mês sem sair da cama com a notícia. Ela não conversava com ninguém. Ela não se levantava nem pra comer, cagar ou tomar banho. — Falo amargo, umedecendo os lábios, sentindo meus olhos começarem a marejar. — O que acha que ela pode fazer quando souber que o único filho dela... corre o risco de pegar 11 anos de cadeia? — Ele abriu os lábios, provavelmente pensando no que poderia dizer, porém, permaneceu calado. — Mande o seu patrão vir aqui. — Respiro fundo, sentindo minhas mãos tremerem.

 

— Tudo bem, Jungkook. Eu direi para o senhor Wonshik. — Ele disse fazendo reverência.

 

— Não precisa disso. Eu não sou a porra de um ditador... Não me confunda com meu pai. — Murmuro virando o rosto.

 

— Eu...

 

Ele é interrompido pela porta sendo aberta pela enfermeira. Olho para ela, que deu um meio sorriso.

 

— Senhor Jung. O horário de sua visita acabou. Eu vim acompanha-lo até a saída, tudo bem? — Ela falou e o meu advogado assentiu com a cabeça.

 

— Um segundo. Preciso arrumar minhas coisas. — Ela assentiu e Hoseok abriu a maleta, organizando e guardando seus pertences ali. 

 

— Detento. O psicólogo quer te ver. Vou convidá-lo para entrar, tudo bem? — Ela anunciou, e eu arqueio a sobrancelha.

 

O que caralhos o psicólogo queria comigo?

 

E qual dos dois psicólogos ele estava se referindo...

 

A pergunta foi rapidamente respondida ao que vejo o homem baixo, de cabelos negros, entrando no quarto. 

 

— Oh. — Hoseok murmurou um pouco assustado ao ver o psicólogo, provavelmente curioso com a mesma coisa que eu havia notado em seu rosto: o olho roxo e extremamente inchado de Min Yoongi. — Olá, senhor Min. — Disse fechando a maleta, dando um sorriso sem graça, provavelmente tentando fingir que não havia notado aquele ferimento. 

 

— Olá, senhor Jung. — Fez uma curta reverência e imediatamente Hoseok fez o mesmo. 

 

— Eu já estou indo. O horário de visita já acabou. A enfermeira Pang está me esperando... Me deem licença. — Meu advogado disse sorrindo leve, saindo do quarto em seguida, deixando que apenas eu, o psicólogo, e o senhor que dormia quatro macas ao lado da minha, sozinhos no quarto. 

 

Ele se aproximou de minha cama, e pegou a prancheta na pequena mesa ao lado, começando a ler meu prontuário.

 

— Fez a patroa ficar com brava, senhor Min? — Questiono mordendo o inferior. Ele apenas me olhou de canto e suspirou, voltando a atenção para as folhas em sua mão. — Ah, vamos. Nem uma risada? Era uma brincadeira... Você tem um péssimo senso de humor.

 

— Agora está explicado o motivo de estar aqui por tantas semanas. — Ele murmurou. — Ferida com dificuldade no processo de cicatrização por conta da diabetes tipo 2 do paciente... — Leu o que estava escrito ali. — Não sabia que era diabético, detento.

 

— O que? Eu sou diabético? Céus... por que a mamãe nunca me contou isso? — Finjo surpresa, e com a mão que não estava algemada, cubro meu rosto com o braço, num ato dramático.

 

— Engraçadinho. — O homem resmungou, colocando a prancheta de volta sobre a mesa. — Nunca vi você tomando insulina. 

 

— Eu não preciso. — Dou de ombros, me ajeitando a cama. — Consigo controlar minha glicemia sozinho.

 

Ele me olhou, arqueando a sobrancelha, provavelmente não acreditando no que eu dizia. Mas, de fato era verdade. Desde que fui diagnosticado com diabetes tipo 2, aos 15 anos de idade, tive que mudar completamente meu estilo de vida e hábitos alimentares. Hoje, conseguia controlar a glicemia somente com alimentação e atividade física.

 

— Soube também que nessas três semanas esteve ocupado com seu advogado, Jung Hoseok.

 

— Meu julgamento será em breve. Mas, enfim... O que veio fazer aqui? — Questiono, fitando o homem ao meu lado.

 

— Isso. — Apontou para o olho inchado.

 

— Nem tudo é minha culpa nesse presídio, senhor Min. — Arqueio a sobrancelha.

 

— Você não. Mas sim, Jimin. 

 

— Espera. Você está dizendo que Jimin te bateu? — Ele assentiu com a cabeça. — Park Jimin? Cabelo castanho, olhos pequenos, um metro e setenta e pouco de altura... Vinte e seis anos? — O homem bufou e mais uma vez assentiu. — É algum tipo de pegadinha isso?

 

— Tenho cara de ser apreciador de pegadinhas e brincadeiras, detento?

 

— E por que ele faria isso? Ele gosta de você. — Franzo o cenho.

 

— As circunstâncias atuais são diferentes, detento. Esteve fora por três semanas. O mundo está em constante mudança. Jimin teve um pequeno surto. Invadiu minha sala, e acertou o meu rosto com o punho.

 

— O que você fez pra ele ficar assim? — Me ignorou.— Que merda você fez, Min? — digo em tom sério.

 

— Eu ainda sou o seu superior aqui, detento. Exijo que me trate com respeito... — Ele grunhiu entre os dentes, e mordo o lábio inferior, reprimindo uma risada sínica. — Preciso que você fale com ele. Agora.

 

— Bem, senhor Min... Por mais que eu queira muito falar com o meu... Companheiro de cela, as circunstâncias atuais me impedem. — Sorrio sínico, tentando erguer o braço, mostrando a ele que o mesmo estava algemado àquela cama. — Só vou poder voltar ao presídio em três dias. 

 

— Jimin está no quarto ao lado. — Meus olhos saltaram ao ouvir, e então, sinto meu coração acelerar ao ouvir. — Eu disse, Jungkook. Esteve fora por três semanas... Muita coisa mudou.

 

Merda... O que deu em você, Park Jimin?

 

 


Notas Finais


-Use no twitter a hashtag #Cela132fic para que eu acompanhe vocês ♡

Link do trailer da fanfic: https://www.youtube.com/watch?v=oU3jhGHB93E
Link do grupo da fanfic: https://chat.whatsapp.com/LXM20Emablt5eWebCTByGT

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