História Cellyu are real? - O Passado

Não estava entendendo o que estava acontecendo. Entramos e então foi aí que minha ficha caiu, só podia ter alguém atrás da porta ameaçador. Eredin saiu correndo para o quarto onde estávamos e se escondeu atrás do vaso sanitário.

- Oi jovens, hahaha.

Eu podia reconhecer aquela voz de qualquer lugar, era ele.. mas… como ele achou a gente?

- Uhm, não vão aparecer agora? Vocês gostam tanto de andar na rua, nem se preocupam com as pessoas a sua volta os observando..

Eu comecei a entrar em pânico, eu estava certa, aquele cara que eu havia visto na rua era realmente ele.

- Bem ninguém vai se pronunciar? Eu posso ficar aqui esperando vocês. Aliás Flavia, o seu namoradinho já sabe dá sua história? Você já contou para ele sobre como a sua família é suja? Que ninguém é unido? Você não se lembra dos ultimos anos que se passaram, não é mesmo? Ou seja, você não sabe todas as merdas que você fez, sim? Flavia, Flavinha… você destruiu sua família.

Eu estava chorando tanto, é óbvio que ele tinha percebido que nós estávamos lá. Estava soluçando de tanto chorar.. eu destruí a minha família, eu destruí tudo que eu já tive na minha vida.

Assim que aquele maníaco foi embora, Rafael saiu do guarda roupa e foi direto para a porta, ele ligou para o porteiro para saber o que tinha acontecido, e foi atendido por policiais.

Eu não conseguia sair de lá, estava tudo embaralhado na minha cabeça, eu não conseguia me mover… eu estava em estado de choque.

- Ei Fla.. saia daí, vem.

Rafael segurou em minha mão e me puxou para fora, em seguida ele me abraçou.

- Me desculpa, ele invadiu seu apartamento por minha causa. Ele deve ter seguido a gente, eu juro que eu vou procurar algum lugar para eu passar essa noite.

Rafael logo me soltou, ele parecia estar decepcionado comigo. Ele não me disse mais nada, apenas foi preparar alguma coisa.

Eu então fiquei entre o vão do guarda-roupa e a cama, em posição fetal. Eu estava realmente muito nervosa, nunca fiquei tão triste e envergonhada na minha vida.

Depois de um tempo, Rafael chegou no quarto com duas canecas com chá. Ele empurrou a cama, e sentou ao meu lado. Me cobriu com uma de suas blusas e ficou lá sem dizer nada. Apenas ouvia-se nossa respiração. Ficamos lá, por bastante tempo, até que Rafa disse uma coisa que eu nunca vou esquecer.

- Você não pode se odiar por causa das palavras daquele homem, você nem o conhece.. ele só está mentindo para te fazer mal. Flavia, você nunca seria capaz de machucar alguém, nem nada. Você é especial e é isso que eu admiro em você. Nunca conheci alguém tão bom.

Logo após essas palavras ele se levanta, sorri e me estende a mão para levantar.