História Changes. - Daniel Ricciardo. - Deception.

Sem dúvidas alguma, Zeltweg fora uma das melhores cidade que Luísa já conhecerá.

A cidade austríaca, com o clima extremamente bipolar e com sua população acolhedora, encantava em cheio a morena.

Para Luísa, foram cinco dias cansativos, mas cada segundo da rápida viajem, valera a pena.
Mas por outro lado, a arquiteta não via a hora de retornar para casa, e dar reinício ao seu trabalho.

- Liliana, oque aconteceu? - Luísa rodeou o objeto de porcelana pálido com seus dedos finos, conforme entre-olhava a irmã com uma expressão dúvidosa estampada em seu delicado rosto.

Liliana retirou pacientemente o óculos escuro de seu rosto, colocando-o de qualquer forma dentro da bolsa localizada no arco prateado da cadeira, analisando atenciosamente o cômodo em seguida.

- Eu já disse que nada, Luísa. - Reafirmou em um simples sussuro, intercalando o olhar da mais velha para a xícara a sua frente.

A monesgaco sorriu de forma irônica, chacoalhando a cabeça em negação.

- Liliana, você quase me arrastou do hotel 'pra essa cafeteria, é óbvio que aconteceu alguma coisa. - A morena apontou cada fato com extrema calma, se ajeitando de forma rápida sobre o assento de estofado. - Eu não sou boba.

- Eu já disse que não aconteceu nada. - A loira a respondeu, conforme rolava seus olhos com intensidade, sabendo que Luísa não se daria por vencida.

- E eu já disse que não acredito. - Insistiu, levando a xícara com o líquido extremamente morno até seus lábios carnudos, dando um gole generoso em seguida. - Se não quer falar, não fala. - A arquiteta cachoalhou os ombros em forma de redenção ao assunto.

Sabia que mais cedo ou mais tarde, Liliana não se aguentaria e acabaria contando.

- Você não comentou sobre a noite com o tal piloto. - Liliana alfineto-a, levantando milimetricamente sua mão esquerda, fazendo um gesto mínimo para a garçonete.

Um suspiro provocativo escabara dos lábios rosados de Luísa, que mesmo contra-gosto, não conseguirá persuadir o sorriso ao se lembrar da bendita noite que não pregara os olhos por um minuto.

Daniel Ricciardo era intenso.

- Bom, fomos dormir as oito da manhã. - Luísa respondeu-a com um sorriso leve estampado em seus lábios, refrisando a noite.

- Um café forte, sem açúcar, por favor. - A mais nova se direcionou para a funcionária do pequeno estabelecimento, que assim que anotara o rápido e simples pedido, saíra de forma apressada para atrás do extenso balcão marmorizado. - Que gás, em. E ele trabalha direitinho? - Retomou aos seus questionamentos, conforme encarava a irmã assentir animada.

- E como, foi uma das melhores noites que já tive. - Sorriu em confirmação, levando pela última vez o objeto até a altura de seus lábios, bebericando com extrema calma o último gole do líquido rosado.

- Até melhor que o Hugo ? - Liliana a questinou, referindo-se a um dos maiores empresários franceses, ex namorado da irmã mais velha. 

- Eu achava que o Hugo era bom de cama até transar com o Daniel. - Soltou uma risada fraca, esclarecendo.

- Uau, melhor do que o embuste? Subiu no meu conceito. - Fingiu admiração, fazendo uma breve pausa, respirando fundo. - E quando vão sair de novo?

- Não vamos, quando acordei ele não estava mais no quarto. - Esclareceu de forma simples, sacudindo os ombros em seguida.

- Como é? - Questionou atenta, entre-olhando a expressão facial da irmã mudar de forma simples e rápida.

Estava nítido sua decepção.

- Ele não estava mais no quarto, nenhum sinal dele. - Repetiu, em falsa colocação, sentindo seu corpo tensionar sobre o assento.

- Ele dormiu com você e foi embora sem ao menos deixar um recado? Desceu no meu conceito, é outro embuste. - Uma careta reprovatica tomou o rosto da mais nova, que balançou a cabeça em negação.

- Eu esperava mais, confesso. - Luísa confessou direta, não escondendo sua frustação pelo acontecido.

- Isso não é questão de esperar algo ou não, é questão de civilidade, o mínimo que ele podia dizer era obrigado.- Liliana indagou em tom notório, suspirando profundamente, erguendo seu olhar. - Ele é um cretino. Você poderia ter escolhido qualquer um naquela noite, mas você escolheu ele, ele deveria estar honrado por uma mulher tão maravilhosa querer dormir com ele. Com certeza, ele nunca teve essa sorte. - Enalteceu a irmã, sorrindo de forma reconfortante.

- Sim, mas eu não quero falar sobre isso, tudo bem? - Questionou incomodada, recebendo a simples confirmação da estudante.

- Eu estou com uma ressaca péssima. - A loira comentou, sorrindo milimetricamente para a moça uniformizada, que a segundos atrás deixará uma xícara médi repleta do líquido extremamente escuro e forte sobre a pequena mesa amadeirada.

- Eu não vou falar mais nada sobre isso, Liliana. - Luísa advertiu em tom de alerta, entre-olhando a mais nova dar os ombros, rodeando com seus dedos finos a borda larga da xícara transparente.- Você sabe que encher a cara dessa forma faz mal. - Continuou com o sermão.

- Até parece minha irmã mais velha. - Liliana sorriu, em falsa admiração, com o olhar fixo na extensa janela de vidraça ao seu lado, observando atentamente os leves vestígios de gotículas marcada sobre o vidro.

- Mas eu sou, mocinha. - A relembrou, rolando os olhos impaciente.

- Deveria ter me lembrado disso ontem. - A Schantz mais nova disse, em tom de desprezo, acionando a curiosidade da irmã.

- Liliana diz de uma vez, oque aconteceu? - A questionou pela terceira vez consecutiva, lançando um olhar impaciente para a mais nova.

Liliana suspirou de forma pesada, deixando sua cabeça pesar para trás.

Talvez a viagem não tenha sido tão agradável para si.

- Aconteceu a pior coisa que poderia acontecer. - Revelou contra-gosto, passeando suas mãos impaciente pelos seus fios loiros. Angustiada.

- Você dormiu com alguém desconhecido? - Luísa questionou, na tentava de desvendar o motivo que tanto atormentava a irmã.

- Eu não dormi com alguém desconhecido, eu dormi com alguém conhecido. - Advertiu em reprovação, mexendo de forma rápida nos anéis prateados presentes em seus dedos, sem coragem para encarar a mais velha.

- É com quem eu estou pensando? - A morena arqueou um de suas sobrancelhas, já sabendo a resposta correta para sua pergunta.

- Eu não tenho coragem de falar, Luísa. - Liliana sussurou em tom choroso, escondendo seu rosto entre as mãos.

- Você dormiu com o Charles! - Luísa afirmou, sem surpresa alguma, esboçando seu sorriso leve. - Isso não me surpreende nem um pouco, sabia. - Coincidiu animada.

- Como assim, Luísa? Endoidou? - Liliana exclamou notoriamente, abaixando milimetricamente as mãos de seu rosto, entre-olhando a irmã dar os ombros e continuar sorrindo.

- Não seja Inocente, Lili. - Revelou por impulso, tomando sua pequena bolsa sobre o arco metálico da cadeira. - Charles sempre foi apaixonado por você, e nós duas sabemos. - Concluiu, em falsa surpresa.

- Mas é claro que não, isso é quase um pecado. - Exclamou em timbre alto, se dando conta de seu enorme erro. - Você não entende, não é? - Entre-olhou irmã impaciente.

- Entendo, vocês eram como irmãos e agora transaram. - Respondeu de forma simples, gesticulando um pequeno gesto com suas mãos.

- Nunca mais vai ser como antes. - Lamentou, preocupada.

- Converse com ele, nós vamos embora apenas anoite. - Aconselhou, conforme buscava pelo seu cartão solto na bolsa, fazendo um gesto mínimo para a funcionária. - Vou pagar para voltarmos para o hotel, já está quase no horário do almoço. - Avisou, recebendo um olhar pavoroso da mais nova, que mesmo contra-gosto, assentiu

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- Laurinha! - Um grito estridente soou alto dos lábios de Luísa, que bateu palminhas animada ao ver a vídeo chamada ser aceita pela caçula.

- Luli. - A morena com pouco mais de vinte anos saudou a irmã em tom inesperado, conforme se ajeitava sobre o assento avermelhado, segurando o aparelho em suas mãos

- Como você está? E a faculdade? Laura, faz quinze dias que não nos falamos. - Luísa a encheu de perguntas, entre-olhando através da tela média de seu Macbook a morena fazer um gesto mínimo com as mãos, soltando uma risada fraca em seguida.

- Eu estou bem, a faculdade está um pouco agitada e cansativa, como em todo final de semestre. - Forçou o seu melhor sorriso, respondendo com rapidez as perguntas direcionadas.

- Quando você vem para Mônaco? Estamos com saudade, sumida. - Indagou em tom brincalhão, passeando suas mãos pelo curto cabelo negro, que no momento, estava molhado.

- Então. - A estudante de moda fez um breve pausando, mordiscando de forma nervosa seu lábio inferior. - A mamãe quer que eu volte. - Revelou ansiosa, conforme entre-olhava a mais velha arquiar uma de suas sobrancelhas, confusa.

- Voltar 'pra morar? - Questionou, recebendo a simples confirmação da morena do outro lado da tela. - Laura, você sabe que não precisa fazer oque a mamãe quer. A vida é sua, assim como as escolhas também. Você não precisa voltar porque a mamãe quer, só volte quando quiser. Mas qualquer decisão que for tomada por você, eu te apoiarei, assim como a Lili e o Lucca. - Luísa suspirou profundamente, ditando cada palavra de sua fala com extrema cautela, abrindo um sorriso leve nas últimas palavras ditas.

Agatha não tinha limites quando se tratava em se meter na vida de seus primogênitos, e Luísa sabia bem o poder que as palavras da mãe causava.

- Eu vou pensar com calma, mas talvez, seja realmente a hora de voltar. Eu estou a quase quatro anos em Lausanne, aqui é maravilhoso, estou totalmente adapta, mas monte carlo sempre será minha casa.

Luísa não escondia o imenso orgulho que sentia da Shantz mais nova.
Laura, sempre foi a mais dedicada dos quatro, e com apenas dezessete anos conseguirá um bolsa integral em uma das melhores universidades da Suíça.

- Não quero que se sinta precionada, se sentir a necessidade de voltar, volte. Caso não, fique aí e não ligue para a opinião da mamãe. - Um sorriso reconfortante surgiu nos lábios da arquiteta.

- Certo, Luli, eu vou pensar com calma. - Respondeu de forma simples, mas ainda sim, esboçando seu sorriso nervoso, sentindo a pressão composta pesar sobre seu corpo.