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História Changes - Rhiannon


Escrita por: pattiers

Notas do Autor


No capítulo anterior:

- Você tá bem? – perguntou Grazi em um tom suave, batendo de leve na porta do quarto.

- To... Desculpa pela bagunça, eu acho que surtei mesmo. – respondi timidamente, praticamente me encolhendo no canto da cama.

- Não fica assim... – murmurou ela em um tom doce, sentando-se na beira da cama – Todos nós fazemos umas burradas de vez em quando, é normal. O importante é que está bem, ficamos preocupadas com você. – meus olhos lacrimejaram ao ouvir aquilo e ela acariciou meu rosto – Não se preocupe tanto com nada, certo? Só descanse. – completou, abrindo um sorriso afetuoso e deixando o quarto.

Respirei fundo e me deitei. Queria falar com Alice, contar tudo o que acontecia. Sabia que estava chateada comigo e queria explicar minha situação emocional, precisava dividir o que estava sentindo. “Já basta você nessa merda Olívia” avisou minha razão. Ponderei e julguei ser melhor dormir, minha cabeça estava confusa e bastante dolorida.

Capítulo 17 - Rhiannon


Fanfic / Fanfiction Changes - Rhiannon

Abri lentamente os olhos, me acostumando com a claridade do quarto. Uma sensação esquisita tomava conta do meu corpo, me sentia incomodada, como se estivesse sendo observada. Tentei me levantar, mas a cabeça doeu, uma pequena e certeira pontada bem lá no fundo do crânio. Maldito whisky.

- O que você fez? – Eu conheço essa voz. Ah não! Não pode ser, não pode ser...

Revistei o quarto com olhos, tateando a lateral da cama para achar meus óculos. Percebi o quanto estava cega, pois enxergava apenas um vulto fantasmagórico ao longe, me observando de forma assombrosa. Finalmente senti a armação das minhas lentes mágicas e ao coloca-las sobressaltei, avistando um Charles sisudo, em pé no canto da porta. Trajava calça jeans, aquelas botas surradas que eu adoro e uma camiseta cinza escuro, em gola v. Como sempre, deslumbrante, apesar do semblante fechado. Os fios castanho-ruivos despenteados, bagunçados pelo rosto só o deixavam ainda mais atraente, pois pareciam destacar a profundidade do verde de seus olhos. Inclinei a cabeça para a direita, na tentativa de me ver no espelho que havia do outro lado do quarto, e infelizmente consegui. God, why? Bad hair day, meu cabelo estava praticamente uma reencarnação da Gal Costa. Sem um pingo de maquiagem para dar dignidade na cara e vestindo unicamente uma camiseta do Star Wars, pode-se dizer que não era meu melhor momento. Pisquei algumas vezes, torcendo para a visão melhorar, mas meu reflexo continuava o mesmo.

- Olívia, o que você fez? – perguntou ele novamente, aproximando-se aos poucos da minha cama – Quase precisei vender a alma para Alice me deixar entrar nesse apartamento. O que você fez?

Meu corpo todo estremeceu. Puta que pariu, Alice realmente sabe que a minha bebedeira tem a ver com o Charles. O que será que ela disse a ele? E o que ele disse a ela? Preciso urgentemente conversar com a Alice. Mas agora não é hora para pensar nisso, foco Olívia!

- Charles, o que veio fazer aqui? – arqueei a sobrancelha, tentando me esquivar da pergunta.

- Estava preocupado com você, Olívia. Agora me responda: o que você fez? – respondeu rapidamente, emendando a pergunta em um tom de voz mais firme.

- Preocupado? Acho que já passamos dessa fase Charles... – abanei com a mão, descendo da cama pelo lado oposto a ele e caminhei lentamente até a porta.

Charles segurou-me pelo antebraço, analisando minha mão. Cerrou os olhos irritado, mostrando-me o corte. Merda! Então ele já sabe o que aconteceu, só queria ter o prazer de ouvir da minha boca. Maldito quase ruivo...

- Essa fase? – arqueou um das sobrancelhas, observando inquisitivamente o machucado na minha mão – Olívia, você poderia ter se machucado gravemente! O que estava pensando?

- Ei, ei, ei! Eu não tentei me matar, ok? – exclamei irritada – Eu simplesmente bebi um pouco e acabei dormindo, mas isso não é nada incomum para você...

- Você bebe e aparece com um corte desses na mão e acha que está sob controle, Olívia? – cerrou os olhos, segurando meu pulso com força e aproximando-se do meu rosto.

- Não tem que se preocupar com isso, não é problema seu. – resmunguei rispidamente, encarando-o enquanto tentava soltar meu pulso.

- A partir do momento em que se trata de você Olívia, é sim problema meu! – respondeu ele no mesmo tom, segurando-me com a mesma intensidade.

- Eu não sou seu brinquedo, me solta! – bradei, puxando o braço pra trás, para que se soltasse.

Charles me encarou com os olhos perdidos, franzindo a testa. Sentia a tensão emanando de seu corpo para o meu, meu coração acelerou ao fitar seus lábios. Tão macios, tão beijáveis... Desviei o olhar, concentrando-me na janela. Para variar, pequenas gotículas de água enfeitavam o vidro, denunciando a fina garoa que caía lá fora.

- Eu nunca quis que fosse meu brinquedo... – sussurrou o quase ruivo, aproximando-se lentamente enquanto acariciava a lateral do meu rosto – Nunca a tratei como meu brinquedo... – seus lábios estavam próximos aos meus, já sentia sua respiração quente no meu rosto enquanto seus olhos percorriam meus traços.

Até abri os lábios para dizer algo em oposição, mas seus lábios me capturaram com tanta veemência que desisti. Saboreei cada segundo daquele beijo como se nunca o tivesse feito, sentindo suas mãos vasculharem meu corpo de cima a baixo. Deslizei as unhas por seus ombros e Charles me agarrou pelas coxas, arrastando-me em seu colo até a cama. Seus dedos se perdiam entre meus cabelos, nossas peças de roupa escorregando do corpo para a cama e da cama para o chão. Até mesmo o edredom e o lençol acabaram indo para o chão, cobrindo uma verdadeira desordem de peças. Senti a pele arder com seus arranhões, formigar com suas mordidas e arrepiar com cada beijo quente. Não sei se pela saudade, a adrenalina dos últimos acontecimentos ou pelo fato de estarmos nessa tensão de separação, mas as sensações que experimentei foram as mais fantásticas e indescritíveis que já havia experimentado. Aos poucos as gotículas de água da chuva na janela combinavam com as gotículas de suor na minha testa, alguns fios de cabelo grudando no corpo já relaxado e ainda trêmulo devido ao longo e intenso orgasmo. Fitei aqueles magníficos olhos verdes que me encaravam com um misto de paixão, saudade, ansiedade, medo... Sensações de que eu também compartilhava, e retribuía no olhar. Acariciei sua barba cerrada, dedilhando o contorno de seu queixo enquanto deixava o tempo fluir. Charles acariciava lentamente minhas costas, acomodando-me confortavelmente em seu peito. Eu não queria dizer nada, não era necessário dizer nada. Ambos tínhamos a oportunidade de compartilhar uma infinidade de coisas apenas pelo toque. Sinto que Charles sabia disso também, pois assim como eu, permaneceu em silêncio, apenas aproveitando a deliciosa sensação de ter seu corpo colado ao meu.


Notas Finais


Olá pessoas!
Depois de muito tempo, aqui estou eu novamente, voltando para essa fanfic deliciosa <3
Adoro escrevê-la, me faz muito bem e vocês não tem noção do quanto me dói ter demorado tanto tempo para voltar. ODEIO SER ADULTA, ODEIO ESSA VIDA DE GENTE GRANDE, ODEIO ESSAS RESPONSABILIDADES QUE NUNCA ACABAM.
Peço mil perdões pela demora e pelo capítulo tão curtinho, farei o possível para que o próximo seja enorme, para acalentar nossos coraçõezinhos <3

muito obrigada transatlantic, Always_Happy, Lostsilly, Any07, reuslove, Goorda_Isa, SrUnicorn, Honeymoonx e WSant por favoritarem a fic <3

Um grande beijo para todos vocês :*


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