1. Spirit Fanfics >
  2. Changes of Destiny >
  3. Arco-íris

História Changes of Destiny - Arco-íris


Escrita por: sweetxnerbae

Notas do Autor


no meio da tempestade, uma flecha de sol causa um ato lindo na natureza. o nome desse capítulo!

QUE SAUDADE DE VOCÊS! me perdoam pela demora? NAO ME ABANDONEM! vou caçar cada um, hein!!

amo vocês demais. obrigada pelos comentários, pelo carinho que eu sigo não merecendo.

boa leitura! 💖

Capítulo 29 - Arco-íris


Freddie levantava com dificuldade aquela manhã. Era a primeira vez que acordava dentro de casa, depois de passar dias dormindo na do Griffin. Parecia que sua lembrança do momento de decepção com a senhora Benson tinha ficado ainda mais forte depois do coma. Alguns flashes de momentos piscavam em sua mente e ele tentava encaixar as coisas mais antigas no lugar, mas nada o fazia lembrar da noite em que seu pai foi preso.

Desde o dia no Kerry Park, a situação com Sam continuou a mesma. Eles não se encontravam na escola, porque Freddie ainda enjoava pela manhã. Pelo menos, hoje tudo parecia estar perto do normal. Ou quase.

— Oi, meu amor! - Marissa exclamou quando viu o filho descendo as escadas - Como se sente? Os enjoos passaram?

— Como sabe dos enjoos?

— O seu amigo Griffin me contou quando veio te trazer ontem. - ela suspirou - Freddie, precisamos conversar.

— Agora não dá, mãe. Eu vou pra escola hoje, ainda preciso me arrumar.

— Hoje? Mas, ainda está em fase de recuperação, Fredward, não pode fazer isso!

— Sem tempo pro seu sermão. - Freddie repreendeu - Preciso ir, falta pouco. Tenho que terminar o ensino médio logo...

Ele quis continuar falando, mas uma forte dor de cabeça o fez curvar em lamento. Gemia um pouco de dor e sua mãe o conduziu para que se sentasse no sofá. Sua visão estava completamente paralisada e apenas enxergava um grande borrão escuro, então ele balançou a cabeça em busca de visão, mas fechou os olhos quando percebeu que não obteve sucesso. Algumas imagens passavam em sua mente e ele tentava decifrar quando havia vivido aqueles momentos. 

— Obrigado, Sam. Nunca vou conseguir te agradecer o suficiente.

— Eu disse que estava com você e uma Puckett não descumpre sua palavra. 

As dores pioravam a cada segundo e Freddie apertava mais os olhos para suportar. 

— Desculpa pelo pai horrível que fui para você, Fredward. Espero que um dia me perdoe, eu te amo, filho.

As imagens eram totalmente nítidas e Freddie podia sentir que estava vivendo-as mais uma vez. O sentimento estava presente, mas a cronologia parecia bagunçada. Nada se encaixava de maneira coerente, era confusão pura, porém a única certeza que tinha é que aquilo tinha sido real. Não era sonho ou miragem, eram acontecimentos de verdade.

— Você está condenado a três anos de reclusão... 

Ouviu sua mãe o chamar pelo nome, finalmente e esfregou os olhos para receber uma visão normalizada. Tudo estava mais claro de novo, então a dor de cabeça havia passado. Ele ainda parecia atônito e um pouco perdido, mas era evidente que uma pulga havia se formado atrás de sua orelha.

— Está bem, filho? - Marissa repousou uma de suas mãos no ombro dele - Viu? Não dá pra ir a escola hoje, você fica em casa!

— Mãe, é verdade que meu pai foi preso?

Senhora Benson franziu o cenho um pouco confusa, pois ela ainda não sabia que Freddie não se lembrava dos acontecimentos posteriores ao coma. Era difícil ter que falar isso para seu filho, mas era necessário. Ela costumava visitá-lo todos os dias e tinha certeza que Leonard gostaria de ver Freddie. O Benson-pai realmente havia ganhado sentimentos pelo garoto depois que deixou o rancor que tinha por Marissa desaparecer de seu peito.

— Ele adoraria uma visita sua, Freddie. – afirmou rapidamente – Está na Seattle Penitentiary, é aqui no centro.

— O que está sugerindo? Ele me odeia, mãe, se liga. Eu que coloquei ele na cadeia, não é?

— Sim, você e aquela garota loira que vive do seu lado. Ela depôs contra ele.

— Jura? Então, isso explica o abraço que acabei de visualizar... - disse em um devaneio sussurrado.

— O quê?

— Nada. – despistou – É só ridículo que você queira que eu vá visitar aquele cara depois de tudo que ele fez. 

— Ele mudou... 

Marissa tentou prosseguir, mas Freddie levantou-se para se arrumar para a escola primeiro. Queria ir, não conseguia mais ficar deitado sentindo-se um inútil. Mesmo que tudo ainda fosse incerto, sabia que precisava ver Sam e falar com ela. Não tinha sido justo acusá-la de mentirosa quando ela apenas queria ajudar, necessitava se desculpar e agradecê-la por ter ido ao julgamento e defendê-lo em algo que poderia ser arriscado.

Depois de toda a higiene pessoal, finalmente pegou sua mochila e partiu para fora de casa. A Range estava quase sem gasolina, então resolveu ir de ônibus. Seu iPod quase pifava em sempre ouvir a mesma música, Falling de Harry Styles. Era sempre o mesmo replay automático desde a noite em que Sam descobriu toda o começo desastroso da história deles.

Esquece o que eu disse

Não era verdade

E eu não posso retirar

Eu não consigo esquecer a bagagem que você deixou comigo

O que eu sou agora? O que eu sou agora?

E se eu for alguém que nem eu mesmo quero por perto? 

Os fones estouravam em suas orelhas e ele observava as antiguidades de Seattle como se fosse a primeira vez que as via. O sol azulado reluzia contrastando com os tons de cinza e preto que compunham os prédios. As janelas eram quase sempre de vidro e Freddie pôde observar que a maioria tinha um vitro decorado dando um maior tom clássico para a cidade. Seattle era realmente uma beleza singular e ele amava cada pedaço do lugar. 

Apreciava poucas coisas em sua vida, mas era incrível reparar nos detalhes daquelas que amava profundamente. Por isso, amava observar cada centímetro de Sam todas as vezes que a olhava. Não sabia se mais uma vez poderia sentí-la corpo a corpo, mas as lembranças o confortavam um pouco.

— Oi, Freddinho! – disse Wendy assim que Freddie entrara na escola. Ele estava muito frágil, fora difícil empurrar a porta principal. Só conseguia segurar sua mochila porque a maioria de seus materiais estava no armário.

Wendy era uma boa garota, mas nunca teve essa intimidade com Freddie, então, o garoto achou estranho.

— Oi, Wendy... - suspirou em confusão - E aí?

— Tudo indo! Olha, precisa de ajuda?

Sam estava conversando com Griffin perto do armário do bad-boy. Sua irmã estava realmente ficando apaixonada por ele, por isso a loira queria entender o que sinceramente estava se passando com os dois. Carly ainda sentia-se magoada e, de certa forma, traída. Não era amiga próxima de Melanie, mas não tinha a mínima vontade de olhar para ela nesse momento. A morena ainda não tinha chegado na escola, então Samantha concluiu que não viria, afinal nunca se atrasava. 

— Sam, eu não queria que a Carly tivesse visto. Eu me apaixonei de verdade por ela, não queria que ficasse magoada. Mas, você sabe como eu sou, não é? Não estava dando certo, eu não queria mais insistir, me fazia mal.

— O que aconteceu de verdade? Não diz que eu tenho a ver com isso, Griffin. 

— Na verdade, um pouco. – admitiu ele enquanto colocava uma de suas mãos no bolso – Eu não consegui consolar ela depois que vocês brigaram, isso desgastou nossa relação demais.

— Estavam brigando demais, né? – Sam soltou retoricamente – É uma merda, mas agora já está tudo bem, sabe? Eu já perdoei vocês por tudo, vai atrás dela.

— Espera, Sam. Eu também gosto da Melanie, me amarrei em conhecer ela. 

— É, todo mundo se amarra. – ela disse despretensiosamente enquanto olhava para o lado.

Lá estava Wendy Price, ajudando Freddie a segurar uma mochila que Sam podia jurar que nem estava tão pesada assim. Se remoía por dentro até perceber que o nerd pendurava uma expressão desconfortável no rosto. Ele tentava despistar Wendy, mas a garota pareceu grudar igual chiclete. Quando os dois chegaram no armário dele, uma outra multidão de garotas se formou para perguntar se ele estava bem. Freddie sorria sem graça, mas tentou transmitir simpatia.

— E você se amarra em outra pessoa, né? – Griffin pontuou percebendo que a garota não parava de encarar a situação em que Freddie se encontrava.

— Odeio gente ingrata, odeio acusadores e acima de tudo odeio Fredward Benson.

— Se tem uma coisa que aprendi na relação de vocês é que quando alguém diz "eu te odeio" é porque o amor só aumentou. 

Sam apenas fez uma careta em direção a ele e andou até o banheiro feminino. Abaixou a cabeça para que Freddie não a notasse, mas fora em vão.

— Sam! – chamou ele se afastando bruscamente da multidão feminina.

Talvez, em seus tempos do Canadá sentiria-se no paraíso com essa situação, mas agora nenhuma mulher parecia ser tão interessante assim depois que reencontrou Sam. Isso podia ser perigoso em tantos níveis, porém ele preferia acreditar que o destino conspiraria para que ele pudesse se entender com sua loira. 

— Freddie, estou com pressa, minha bexiga precisa de mim. 

Ele revirou os olhos e a puxou pelo pulso para que ela voltasse a olhá-lo. Sam virou fulminante e observou o movimento que as mãos faziam quase se entrelaçando. Freddie respirava fundo e tão alto que Sam podia escutar com precisão mesmo com considerável distância. 

— Vai ficar aí parado sem falar nada? Eu vou embora, Freddie.

Ele a segurou pela mão de vez e seus dedos envolveram finalmente o dorso da dela. Suspirou e sorriu de lado de uma maneira involuntária.

— Você me deixa tão idiota, viu? Bobo, eu não consigo nem falar.

Sam disfarçou um sorriso que se formaria em seus lábios, mas Fredward-perito-em-Sam-Puckett fora perspicaz em perceber.

— Então, não fala. – ela soltou dando as costas para ele.

— Eu te amo, Sam. 

Parou no meio do caminho enquanto seu olho se arregalava lentamente. Não era nenhuma surpresa, claro, mas ela havia sentido o coração pulsar dentro de si como não havia sentido há muito tempo. Freddie ainda mexia com ela de uma maneira única, mesmo com todas as coisas que tinham acontecido. Nada. Nada parecia se colocar entre eles, nem mesmo o orgulho que carregavam. 

Sam virou-se de volta para responder algo – que ainda não sabia o quê – mas seu celular tocou no bolso da calça.

— Oi, Melanie. - disse atendendo. 

Era, com certeza, um alívio que essa ligação estava acontecendo. Parecia um radar de momento certo. 

— Sam, eu vou te buscar na saída da escola pra irmos fazer nossa primeira visita a mamãe. 

— Tudo bem. Tchau.

— Ei, espera, doce de pessoa. – interrompeu ela – O Griffin está perto de você?

— Não, Melanie. – Sam riu – Por quê?

— Eu queria que ele nos levasse, eu estou sem carro e sem dinheiro pro táxi.

— O Griffin não tem carro, irmãzinha. Só uma Softail irada.

— O que é Softail? 

— Uma moto! Meu Deus, você não entende nada. É melhor começar a se interessar por isso se quiser mesmo namorar o Griffin. – Sam debochou. Não era verdade mesmo, afinal, Carly havia atraído a atenção do bad-boy mesmo morrendo de medo desse veículo.

— O Freddie não tem um carro, sua engraçada? – Melanie rebateu.

— Sem chance. Eu não vou pedir nada pra esse garoto. 

Melanie apenas riu silenciosamente do outro lado da linha. Sabia que Freddie cederia a um pouco de pressão, então resolveu jogar essa ideia somente quando fosse a hora de ir. Não teria como nenhum dos dois escapar.

— Te encontro ao meio-dia. – Mel desligou.

Sam bufou um pouco e percebeu que Freddie ainda a olhava. Ele parecia confuso e com certeza estava pronto para perguntá-la sobre o que tinha sido a ligação, mas o sinal de início das aulas bateu o impedindo de continuar aquela conversa. A loira saiu rapidamente antes que aquilo ficasse mais estranho do que já estava. Era ainda uma incógnita do porquê não conseguiam se acertar desde a noite do trovão literal e emocional que passaram.

A garota andou para a sala pensando em ir visitar Carly depois da ida a clínica. Sua amiga pode ter milhares de erros, mas não merecia o sofrimento que estava passando. Sam podia perceber que ela amava Griffin como louca e, por mais que Mel fosse sua irmã, as coisas estavam rápidas demais para que essa relação nova desse realmente certo. Se alguém sai machucado numa história talvez seja porque não vale tão a pena assim. 

Mesmo que Griffin decida ir para Annie Wright, Melanie desejava ficar em Seattle depois de se formar, os seus caminhos se desencontrariam de novo. O sentido se perdia e Sam sabia que o bad-boy ainda amava Carly. 

As aulas passaram mais vagarosamente do que nunca, até porque ambos encaravam o relógio em cima da lousa sem cessar. Freddie sentava-se na fileira da frente, enquanto Sam se encontrava no fundo da sala. Tinham aulas de Física Nuclear juntos além da Informática Avançada. Isso poderia ser considerada uma das inúmeras imprevisibilidades entre eles, já que Griffin era um gênio das ciências exatas e nem mesmo conseguiu estar nessa turma. Realmente, Sam escondia algumas bizarrices de sua personalidade muito bem.

Freddie tinha as mãos na sua mochila e acomodou-a em volta do seu corpo em uma velocidade impressionante quando o gongo indicou fim da grade do dia. Pensou durante toda manhã em ir ver seu pai na cadeia, sabe, apenas para sentir o gosto de sua vitória já que não se lembrava de muitas coisas da noite do julgamento. Avistou Sam percorrer a saída com certa pressa, então resolveu ir logo atrás.

— Ei, irmão! Tudo bem? Não consegui falar com você na entrada. – Griffin apareceu em seu caminho.

— Tudo tranquilo. – respondeu Freddie distraído encarando os passos de Sam.

Griffin acompanhou seu olhar e pôde detectar imediatamente o que estava acontecendo.

— Ela vai te perdoar, cara. É só uma questão de tempo. – suspirou – É impossível perder o grande amor da sua vida.

— Isso vale pra você também? – Freddie o encarou – Carly nem apareceu hoje, Griff. Não acha que ela pode estar sofrendo? 

— Acho e eu sinto muito. Também não foi fácil pra mim ver tudo desmoronar, mas eu não pretendo ficar atrás dela o resto da minha vida. Existem outras pessoas por aí.

Freddie voltou a direcionar seu olhar a Sam que batia os pés impaciente perto da porta de saída. Ele amava como suas sobrancelhas mexiam enfáticas quando ela sentia raiva e o jeito que arrumava sua franja de maneira delicada a cada cinco minutos, tudo era simplesmente adorável para ele. Percebeu Melanie entrar e sorrir para a gêmea quando a avistou. O nerd ainda achava insanidade o quanto se pareciam fisicamente enquanto seus comportamentos contrastavam como branco e preto. Era fascinante de alguma maneira, mas acima de tudo, loucura. 

— Quer dizer aquela pessoa ali? – ele apontara para Mel – Não acredito que está gostando da irmã gêmea da garota que eu amo.

— Qual é, Benson? Você sabe que elas não tem nada a ver uma com a outra.

— Verdade. – Freddie mexeu os ombros em descaso – A Sam é muito mais linda.

— No seu sonho até pode ser. – Griffin retrucou.

Freddie balançou a cabeça negativamente observando o amigo se afastar de encontro com Melanie. Podia ser errado, mas se isso o fazia feliz, o que poderia fazer? Sempre gostara do fato de Griffin o apoiar em todas as escolhas, não faria diferente por ele se a questão principal era sua felicidade. Ele gostava de Carly, queria que os dois ficassem juntos de verdade, mas os sentimentos humanos são bem mais complexos que vontades, romances ficcionais e ímpetos repentinos. Freddie sabia disso. 

— Oi! Eu te liguei mais cedo, mas você não atendeu. – disse ele para a Puckett mais doce ignorando sua amiga valentona.

Parecia realmente esquecer sua visão ao redor quando observava Melanie.

— Eu sei... desculpa, estava resolvendo as coisas da visita à clínica que minha mãe está. Vim buscar a Sam.

— Buscar coisa nenhuma. – interrompeu Samantha – Ela não tem carro, nem dinheiro pro táxi, nem nada de nada. Está querendo que eu pague, né irmãzinha?

— Não! Eu só quero que peça ao Freddie que nos leve, assim nós duas saímos ganhando.

Griffin sorriu discretamente ouvindo as duas discutirem. Eram como espelhos vivos, mas totalmente opostos.

— Eu já te falei que não faço isso nem morta, quer a ajuda dele? Vai pedir você.

Melanie, surpreendentemente, assentiu com a cabeça e andou até o nerd que guardava alguns livros no seu armário. Os dois conversaram um pouco de início sobre outros assuntos e Freddie pensou, mais uma vez, que ela era incrível, sua voz era aveludada e até seu vocabulário era rebuscado, mas ele não conseguia, de nenhuma maneira, achá-la mais encantadora que Sam. A outra loira já havia o fisgado na primeira olhada, impossível escapar. 

Ela explicou toda a situação que se encontravam e Freddie hesitou em levá-las. Havia pesquisado os horários de visita da penitenciária e eram apertados, desejava ir logo ver seu pai, mas também não queria negar ajuda a Sam no momento que mais precisava. Ele quis ligar para Carly afim de que ela pudesse intervir e auxiliar, já que esta possuía um carro e aparentemente não estava fazendo nada hoje.

— Eu queria muito, Mel, mas eu realmente não sei quando vou conseguir ver o Leonard. Eu estava em coma, desculpa essa confusão, eu nem sei se você sabe sobre todo esse rolo com meu pai.

— Sei sim, Freddie. – ela sorriu tentando reconfortá-lo – A Sam me contou tudo. Agora acredita que ela não estava mentindo?

— Claro. – comprimiu os lábios – Estou tentando me desculpar faz uns dias, mas você sabe como ela é, está difícil fazer com que ela me escute.

— Faça o possível. Sei que tem algo diferente no amor de vocês, tudo vai se ajeitar, eu prometo. 

Os dois se abraçaram de maneira rápida e Freddie pediu para que elas falassem mesmo com Carly. Ele até escreveu o número dela em um pedaço de papel caso Melanie precisasse. Tudo bem que isso era desnecessário considerando que Sam era melhor amiga daquela garota, mas fez isso para sentir-se útil. Já não estava podendo levá-las, não fazer nada para ajudar já era um pouco de abuso. 

Melanie encarou o papel pensativa enquanto se reaproximava da irmã e de Griffin. Carly havia visto seu ex namorado beijando a irmã gêmea de sua melhor amiga. Mel sabia que isso não devia ter sido nem um pouco fácil. Por algumas vezes, sentia-se mal, mas também, tinha certeza que não havia feito nada para machucá-la. Tinha um carinho especial por toda a família Shay, isso era inegável. 

— O Freddie não pode...

— Eu te disse! Bem feito! – exclamou Sam – Até parece que esse pateta ia querer ajudar.

— ...Foi visitar o Leonard na cadeia. – continuou Melanie ignorando a sentença da irmã.

Sam murchou sua postura na mesma hora e seus olhos brilharam de maneira diferente. Suas sobrancelhas arriaram um pouco em descontentamento sentindo seu peito encher-se de preocupação. Afinal, como Freddie havia descoberto que seu pai estava realmente atrás das grades? Apesar de ter acusado-a, Sam tinha ciência de que não era nada fácil receber uma notícia dessas depois de um coma. Pensou que talvez ele estivesse na pior das confusões.

— Ele sugeriu que a gente ligasse pra Carly e pedisse ajuda. – Melanie mostrou o papel.

— Não sei, não. A Carly está mal e eu duvido que ela queira ver qualquer um de vocês dois. 

Sam encarava um pouco indignada Melanie e Griffin.

— Então pede pra ela te levar e eu levo a Mel na Softail.

— Você o quê? – indagou Melanie surpresa e um pouco amedrontada.

— Deixa de ser fresca, irmãzinha. É pegar ou largar. 

Antes que pudesse perceber, Melanie já estava na garupa da moto de Griffin enquanto Sam cantarolava uma canção que tocava no HB20 de Carly. Ambas nos respectivos veículos estavam nervosas para saber a situação de Pam. Agora era esperar e confiar no tratamento, torciam de verdade que ela estivesse nas melhores condições. 

Freddie já havia abastecido seu carro e se ajeitava no banco do carro para partir rumo a cadeia em que seu pai estava. As lembranças ainda estavam um pouco embaralhadas, mas agora não restavam dúvidas de que ele realmente estava preso. O garoto pensava como havia sido o processo, afinal, Leonard Benson sempre tinha uma carta na manga.

Seus devaneios se desmantelaram quando ouviu batidas seguidas na janela do carona. Sua mãe estava pendurada ali esperando que Freddie a deixasse entrar, só não sabia ainda o porquê. Queria visitar seu pai sozinho, sem interferências externas para tirar suas próprias conclusões. Ainda não entendia como tudo pôde mudar tão rápido, pois até senhora Benson havia acredito na lábia inconfundível de Leonard. Onde estaria Elle, afinal?

— Mãe, eu já volto, me espera que jantamos juntos. – disse ele abrindo a porta para ela.

— Freddie... eu quero ir com você.

— Não. Eu quero ir sozinho, preciso conversar com ele sem ninguém me dizendo o que eu devo ou não devo pensar.

— Mas, eu te ajudaria a...

— Não, mãe, por favor. – repreendeu ele – Não torna mais difícil.

Contrariada desceu do veículo rumo de volta a casa. Freddie sorriu minimamente vitorioso e se pôs a acelerar de uma vez para que não houvesse mais impedimentos no caminho. Pensativo, suas mãos no volante apenas deslizavam automaticamente enquanto balançava a cabeça ao som de Could've Been. A rádio parecia ter acertado em cheio seus sentimentos e parecia o verdadeiro destino colocando músicas que o faziam lembrar Sam Puckett em todo lugar que passava.

Eu poderia estar certo, mas estava errado

Apenas penso em você quando estou sozinho

(...)

Eu sei que no final

Você sonha, você pensa sobre o que poderíamos ter sido.

As vozes de H.E.R e Bryson Tiller se misturavam em uma harmonia agradável e Freddie lembrava-se das misturas de sua previsibilidade sem graça com a montanha russa que era Samantha Puckett. Seus pensamentos eram tão vivos quanto os toques na nuca que sentia quando Sam se entregava a ele. Tudo parecia ser revivido e ele não conseguia controlar essas recordações.

Como havia tido sequela ao não se lembrar de algo tão crucial como a desgraça de seu pai, mas lembrava-se de detalhes do corpo de Sam junto ao dele? Recordava-se da tarde em que tomaram banho juntos pela primeira vez. Recordava-se do tom da voz da sua loira dizendo que o amava. Recordava-se do encaixe perfeito do rosto dela em seu pescoço.

Como as cores vivas se tornaram cinzas jogadas no chão?

O interior incolor de Freddie se misturava com a dureza que aquelas paredes transpiravam. A fila para as vistas era deprimente e ele pensava em voltar. Era um lugar pesado em atmosfera por si só, mas o nerd também sabia que não podia exigir flores e alegria, afinal aquilo era uma penitenciária. Sentiu-se gelado quando o policial o revistou com tamanha indiferença, porém queria ser forte para ir até o final do que tinha se proposto a fazer. 

— Benson, visita pra você. – ouviu o ruído de chave rangendo no portão velho.

Seu pai parecia irreconhecível sem foda aquela postura arrogante. O uniforme laranja o deixava totalmente apagado e suas marcas de expressão deixavam seu rosto mais desgastado do que estivera antes. O garoto engoliu seco enquanto Leonard se aproximava da cadeira de comunicação, mas agradeceu a qualquer ser divino pela via ser através do telefone. Não estava preparado para cumprimentá-lo com um abraço, então, certamente o vidro que os afastava era um elemento fundamental para seu alívio.

— Feliz em te ver, filho. – disse o mais velho roucamente.

Freddie movimentou as sobrancelhas um pouco incrédulo. Sua voz era suave e o garoto nunca tinha visto seu pai em serenidade.

— Eu fiquei em coma depois da sua prisão. – começou Freddie – É uma longa história, não pergunta agora. Eu só queria vir aqui pra saber como tudo aconteceu.

— Em coma? Você está bem?

Ele parecia genuinamente preocupado.

— Pula essa parte, eu já pedi. – respondeu seco – Só preciso saber o que aconteceu, pai, por favor.

— Freddie, sua namorada testemunhou a favor da sua acusação e eu acabei confessando o crime no final da audiência. – confessou – Eu quero recomeçar com a sua mãe pra sermos uma família, finalmente.

— Família? Você nem sabe o que é isso! Me abandonou aos dez por um erro que eu não tinha nem conhecimento! – seu tom já não era tão tranquilo.

— Eu provei algumas vezes que realmente agora essa é a minha vontade. Sei que invadiu minha casa quando eu viajei, Freddie. Não deixei que a Missy prosseguisse com esse discurso no tribunal porque sei que mereço esse tempo de reclusão.

Freddie tentou fazer um gesto indiferente embora esse não fosse seu real sentimento.

— Eu sei de tudo, você sabe que eu descubro. – prosseguiu – Sua mãe se envolveu comigo pra tentar me incriminar, mas nós dois acabamos nos apaixonando. Eu a conheço há anos, sabia que podia confiar nela, mas depois de tudo, isso só me faz sentir mais culpado. Não queria ter batido na Marissa, eu a amo. 

— E a Elle? – fora tudo que conseguiu perguntar.

— Eu doei uma quantia a ela. Se foi para Paris essa semana. – suspirou – Na verdade, nossa relação era de puro interesse. Ela queria o luxo que eu sou capaz de dar e eu queria usufruir de uma relação com uma moça mais nova. 

Freddie apenas assentiu com a cabeça incentivando-o a continuar.

— O amor da sua mãe fez minha cabeça mudar totalmente. Todo o rancor que eu tinha de vocês se foi, meu filho. Eu amo nossa família profundamente. – riu um pouco abobado – É só estranho que você não tenha descoberto a senha do meu cofre.

— Como assim? 

— A senha é seu aniversário, Fredward. Eu conversei com sua mãe por horas sobre sua vida, seus gostos, sua personalidade. Somos muito parecidos, filho.

O olhos castanhos do garoto expressaram surpresa por apenas um segundo. 

— Então, é por isso que agora você diz me amar? 

Leonard fechou os olhos em um lamento claro.

— Sei que nossa relação vai demorar pra se estreitar, eu sei. – disse ele – Mas, estou disposto a me esforçar. Me espere sair daqui e vou te apoiar em tudo, Freddie, apenas me espere.

— Eu não tenho outra escolha mesmo. – disparou dando de ombros e levantando-se rumo a saída.

Sua cabeça estava cheia e ele ainda não sabia no que acreditar. A situação toda com sua mãe era um pouco complicada, mas por algum motivo bizarro, Freddie entendia suas primeiras intenções. Além do mais, ele sabia mais que ninguém que o amor fala sempre mais alto dentro do peito. Qual, é... ele havia se apaixonado pelo demônio loiro mais temido de sua infância e o amor o fez enxergar apenas um anjo no rosto daquela garota. 

Falando nela, pensou em pegar seu carro e ir para clínica encontrá-la. Esperava que a visita ainda estivesse rolando para que eles pudessem sair dali rumo a um lugar isolado afim de esquecer do mundo. Morria de saudade de se refugiar nos braços de Sam, agora, precisava apoiá-la mais do que nunca.

— Melanie, por que eles não deixam a gente ver ela logo? – dizia Sam depois de tomar uma dura de um dos médicos.

— Calma. Ela pode estar em reunião, acho melhor voltarmos outro dia.

— Pirou? Nem morta! Eu quero ver minha mãe agora! É isso ou a meia de manteiga. 

— Senhoritas Puckett, me acompanham um segundo? – disse um enfermeiro simpático.

Griffin soltou a mão de Melanie que estava entrelaçada na sua e observou Carly no canto da sala principal de braços cruzados. As gêmeas seguiram o doutor, mas o bad-boy não parou de encarar a morena. Estava ficando estranho toda essa dualidade, afinal, gostava de Carly ou Melanie?

— Queria me desculpar pelo lance no Kerry Park. – disse um pouco acoado.

Carly já sentia suas bochechas esquentarem e seus olhos marejarem.

— Griffin, eu quero esquecer tudo que tem a ver com você.

— Qual é, Shay? Você vai sempre ser o meu primeiro amor e você sabe. A gente não precisa desse clima.

— Precisa. Precisa sim. – a raiva pulsava em seus olhos – Você me prometeu que a Melanie era apenas uma amiga e no dia que terminamos você já foi beijá-la. Isso que dá ser ingênua.

Griffin suspirou e fez menção em tocá-la nas mãos, mas esta recuou.

— Me perdoa. Eu só faço as coisas sem pensar, não quis nunca te magoar. Eu gosto de você, Carly, mas sabe que estávamos em uma fase péssima.

— Eu não quero falar sobre isso. – decretou a morena – Penso em relacionamento como luta, como força de vontade, mas no primeiro obstáculo você quis pular fora. Eu não consigo aceitar.

Sua respiração era forte e seus pensamentos embaralhados. Ela percebeu que o garoto queria falar, mas as irmãs voltaram um pouco cabisbaixas para perto deles. Carly conduziu Sam para a porta da clínica enquanto esta falava sobre as políticas do local. Pam deveria preparar algo que ainda não fora finalizado por ela para receber sua primeira visita. Era uma tradição da UW Medical Center.

Mesmo que tivessem recebido essa explicação, ambas continuavam preocupadas. Tinham medo da recaída e da reação dos especialistas. Eles podiam muito bem estar disfarçando a real situação para não assustar duas pobres adolescentes. Sam pensava nisso de forma maçante enquanto focava em seu caminho. Não admirara nem o céu de fim de tarde, apenas olhava para o asfalto frio do chão. 

Levantou seu olhar para tentar avistar o carro de Carly, mas algo apareceu antes no seu campo de visão. Freddie a olhava com um sorriso tranquilo enquanto o vento corria contra seu topete. O sol reluzia atrás de seu corpo e Sam pensou que aquela poderia ser uma obra prima atemporal digna de um museu histórico. Seus detalhes realçados, sua postura paciente. Ele estava como uma pintura a óleo perfeita.

Sua amiga direcionou-se a ele antes mesmo dela, então tudo que fez foi seguí-la involuntariamente.

— Estão bem? – perguntou quase retoricamente – Eu vim te ver aqui, checar como você está. – se dirigiu a Sam – Não poderia perder o momento dessa visita, disse que estaria com você, não disse? 

Perguntara realmente querendo uma resposta sincera. Carly olhou pra baixo tentando disfarçar um desânimo e Sam apenas não se moveu. Ela continuava intacta o encarando. Freddie penetrou seus castanhos nos azulados dela e se perdeu por alguns segundos. A luz batia em cima das pontinhas de seus cílios - coisa que Freddie amara reparar - e o azul parecia ainda mais oceânico. 

— Vem comigo? – indagou ele esquecendo a existência de Carly.

— Não dá, estou com a Carly, ela veio até aqui só pra me trazer.

— Tudo bem, Sam. – disse ela tranquilamente – Eu gosto de dirigir sozinha. Pode ir com o Freddie.

— Não, Carls, espera... – antes que Sam pudesse impedí-la, a garota atravessou a rua distanciando-se.

Freddie a lançou um sorriso um pouco debochado enquanto voltava a encará-la. Sentia-se vitorioso porque Carly havia facilitado tudo para ele. Apenas sabia que precisava passar um tempo com Sam, sentia saudade dela a cada segundo, estava ficando difícil suportar. Ainda não tinha ideia do que conversaria com ela durante o trajeto, mas queria levá-la para casa mais que qualquer coisa.

— Posso te levar em casa? – Freddie estendeu a mão para que a loira segurasse.

Sam pôde perceber que Griffin e Melanie iam até a Softail distraídos e risonhos. Pareciam ter esquecido do mundo lá fora. "Pobre Carly", pensou.

— Acho que não tenho escolha. – respondeu segurando a mão do garoto de leve.

Ela tentou conter, mas um sorriso espontâneo brotou em seu rosto imediatamente. Superar Freddie Benson era a missão mais difícil que já teve que enfrentar na vida.

Entraram no carro e Sam o encarou por alguns segundos sem nenhum pudor. O jeito que ajeitava o cinto de segurança em seu corpo era, de certa forma, adorável. Até isso. Sam pensava que até isso era simplesmente encantador nele. Freddie checava cada pedacinho do veículo para sairem em segurança, enquanto a garota se adiantava em ligar o rádio. As diferenças eram tão gritantes, mas ambos viam apenas beleza nisso. 

Um instrumental calmo tomava conta do ambiente porque a estação de rádio estava em um horário recheado dessas. Fechava os olhos e sentia a música preencher seu peito. A situação com sua mãe a deixava angustiada, mas por algum motivo, naquele momento sentia-se segura. Os raios solares que banhavam as ruas de Seattle invadiam o vidro claro da Range e batiam nos olhos de Sam. O azul misturava-se em um tom de verde em sua íris e era até possível observar o brilho de sua alma.

Mesmo quando estava triste, Freddie sabia que os olhos daquela garota nunca paravam de brilhar. Clarão. Isso era a imensidão de azul que ela possuía na visão de Freddie.

— Me desculpa por tudo. – ele dizia com lamento na voz sem tirar os olhos do caminho – Queria tanto ter feito tudo diferente. Nunca ter aceitado essa aposta, ter acreditado em você depois do coma. Queria fazer tudo de novo, Sam.

— Estou cansada. Chega de perdão, Freddie. Chega de desculpas, chega de "eu lamento muito". Eu não aguento mais lamentar, não aguento mais ver gente lamentando. Vamos esquecer toda essa história. 

— Eu não consigo. Foi horrível ter que te assistir chorar por minha culpa.

— Sabe o que foi horrível? – Sam o encarou séria – Te olhar por dias desacordado numa cama de hospital sem saber se você voltaria. Eu fiquei dias dormindo com medo, Freddie. Eu morri de medo de nunca mais conseguir ouvir sua voz, então até prefiro que você fale a merda que quiser contra mim ao invés de não falar nada. 

Ele se calou e engoliu a própria bile tentando digerir aquelas palavras. Observava o muro posterior a casa de Sam e se perguntava se conseguiria convencê-la de ficarem mais tempo juntos apenas para terem uma conversa franca. Faziam dias que inúmeros empecilhos colocavam-se na frente deles impedindo um simples diálogo, um simples entendimento. 

Estacionou em frente a casa da loira e suspirou em alívio ao vê-la se aconchegar pondo os pés em cima do banco. Como? Se fosse qualquer pessoa ele poderia jurar que implicaria com essa atitude, mas não era nem por um segundo qualquer pessoa. Amava aquela mulher a ponto de desapegar de suas manias chatas por ela. O efeito Samantha Puckett era avassalador.

— Eu só quero usar minha voz pra dizer que eu te amo. – disparou virando-se para olhá-la.

— Li Dom Quixote de La Mancha pra você no hospital nos momentos em que não chorava em cima do seu peito. Queria ter a sua inteligência pra entender os clássicos, pra superar um acidente fodido, pra sobreviver a uma cirurgia arriscada. Queria ter sua coluna de menino certinho pra aturar essas dores que ando sentido por ter dormido na poltrona do lado da sua maca naquele hospital.

Freddie não conseguia impedir um sorriso escutando essas palavras.

— Queria ter o dom da palavra pra te escrever uma carta tão linda quanto aquela que você me escreveu. Eu depus no tribunal pra te ajudar, mas me assusta o fato de que eu faria coisas muito mais mirabolantes só pra ver um sorriso seu. – suspirou – Não queria ser tão idiota e bobona como você foi ao aceitar aquele plano imbecil do Griffin, mas quem sabe esse era o único plano capaz de nos juntar? Eu não queria um segundo em outro lugar nos momentos que ficamos juntos, nerd. Eu amo você. Mais do que eu gostaria.

Ele limpou as mãos na calça e se livrou do cinto que já estava apertando seu peitoral. Começou uma risada alta até que se transformou em uma gargalhada extremamente escandalosa e satisfatória. Gritou. Gritou dentro de quatro paredes de um carro fechado, isso parecia coisa de gente idiota mesmo. Mas, ele sabia que sua idiotice havia mudado para algo maior. Ele não era mais um idiota qualquer, era um idiota pela diaba loira a sua frente.

Sam observava sua gargalhada um pouco confusa, mas em poucos segundos foi contagiada por ela. Eles riam como loucos, mas afinal o que eram se não isso? Mereciam aquela risada, mereciam uma gota de felicidade em um oceano de desgraça. Onde ririam de verdade se não um ao lado do outro?

— Que bom que o destino te trouxe pra mim. – ele falava em um suspiro longo exausto da energia gastada nas risadas. Segurou o rosto de Sam com apenas uma das mãos e acariciava o começo de sua nuca. Ela fechou os olhos aproveitando cada segundo daquele toque, seus lábios se molharam involuntariamente por sua própria língua e ela pôde sentir sua espinha gelar em prazer.

Freddie se aproximou devagar aproveitando que os olhos de sua loira já estavam fechados. Seu nariz esfregou na bochecha rosada dela e eles podiam ouvir tambores rufando pelo suspense da proximidade.

Roçaram seus lábios com delicadeza enquanto Freddie acariciava brutalmente o rosto de Sam com o dedão. Suas cabeças balançavam aproveitando as minúcias dos segundos quase totalmente grudados. Sam passou as unhas pela traseira do cabelo do moreno e suspirou pesadamente quando sentiu as mãos do mesmo descerem a sua cintura.

Uniram as bocas em uma suavidade inesperada porque, pela saudade, a expectativa era de urgência. Mas, dançavam com suas línguas tentando lembrar de cada sabor contido naquele beijo, como se ao menos por um momento tivessem esquecido. Não demorou muito para que o beijo se aprofundasse e para que quase colassem seus corpos de uma vez sem pensar na distância dos bancos.

Ele sorriu ao sentir as mordicadas que Sam depositava em seu lábio inferior. Em um ímpeto descontrolado, segurou-a pela cintura e a encaixou em cima dele. Sentiam-se no lugar certo e procuravam explorar cada sensação que aqueles toques proporcionavam a ambos. Freddie beijava o pescoço da garota por toda a extensão e torcia para que aquele momento perdurasse por toda a vida.

— Eu senti tanto a sua falta. – sussurrou ele. 


Notas Finais


comentem o que estao achando!!! eu preciso disso.

espero que tenham gostado da r* deles. 💜

atéeeee maissss!!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...