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História Changes of Destiny - Entre as sombras


Escrita por: sweetxnerbae

Notas do Autor


oi, amores! que bom ver vocêsss!!!

acreditam que esse já é o 30? brasil, é demais pro meu coração!!

ainda estão gostando da história? 🥰

boa leitura!

Capítulo 30 - Entre as sombras


A brisa suave batia contra as cortinas brancas do quarto de Sam naquela manhã de sábado. Freddie piscou os olhos procurando se acostumar com a claridade do dia e sorriu ao ver sua loira dormindo confortavelmente em cima de seu peito nu.

Depois da conversa no carro, eles decidiram entrar e passar mais tempo juntos. A verdade é que passaram o resto da tarde ainda discutindo sobre como ficariam suas vidas agora e as situações de família de sempre. Freddie a perguntou sobre sua mãe e passaram bastante tempo abraçados quando ela admitiu estar mais preocupada que o normal. Quando a noite caiu, Sam não pôde resistir recusar que ele ficasse até o dia seguinte. Jantaram juntos um macarrão carregado a molho que ele havia preparado - porque a dieta finalmente havia acabado - e se puseram a dormir assim que chegaram no quarto. Havia sido um dia longo.

Freddie a observava adormecida e seu coração acelerava descontroladamente a cada respirada longa que ela dava. Acariciou seus cachos dourados pendurando um sorriso bobo nos lábios que não desmanchava de nenhum jeito. Ela grunhiu baixinho e se mexeu  levemente anunciando seu despertar, ele, por sua vez, se apressou em descer um pouco o corpo e beijar toda a extensão do rosto dela vagarosamente. 

— Não acredito que isso não é um sonho. – murmurou ele com uma matinal voz rouca.

Sam sorriu um pouco tímida e inclinou-se para olhá-lo. Seus olhos ainda estavam um pouco espremidos pelo sono.

— Então não está chateado comigo por ontem?

— Como assim?

Na noite passada, logo depois do jantar, eles ainda sentaram-se no sofá para assistir um pouco de TV. Freddie queria aproveitar os toques que agora estava autorizado a fazer e receber e se colocou próximo de Sam o tempo todo. Os beijos ficaram intensos, eles deitaram ali ainda mantendo um contato bastante íntimo. O problema é que ela levantou-se rapidamente se afastando. 

As lembranças do abuso de Nick invadiram seus pensamentos e ela não se sentiu preparada para entregar-se ao sexo novamente. Mesmo que fosse sexo com o homem que amava. "Eu não posso deixar isso arruinar a minha vida", pensou.

— Você sabe... – ela o lançou um olhar culpado.

— Sammy... – suspirou segurando seu rosto de maneira mais firme – Claro que não! Isso é completamente normal. Vou esperar o tempo que precisar. 

Ela soltou ar pelo nariz formando um sorriso sereno no rosto. Era maravilhoso ter Freddie por perto, era incrível como se entendiam nas mínimas coisas. Lá no fundo, tinha medo de que sua confiança fosse quebrada mais uma vez, mas desde que não sabia de todo o plano idiota, via uma sinceridade indescritível no olhar de Freddie. 

Sendo honesta, o cenário do hospital havia mexido muito com ela. A possibilidade de perdê-lo para sempre assustou-a de um modo que nunca tinha sentido antes, fora uma experiência maluca, uma montanha russa de sensações. Era tudo na velocidade da luz, ela apenas agradecia por às vezes poder voltar no tempo lendo a carta que Freddie havia escrito. Lá estava depositada toda a história deles, era legal recaptular cada episódio para sentir que tudo era mesmo real.

— Certeza que não vai me deixar pra sair transando com uma qualquer? Tipo, sei lá, a Wendy Price... – Sam soltou sarcástica lançando um olhar ambíguo.

Freddie gargalhou.

— Sam? Espionando os coleguinhas, é? – ele fez uma pausa – Espera, Samantha Puckett, você está com ciúmes?

 — Até parece! – protestou – Ninguém se compara a mamãe aqui.

Levantou com um sorriso travesso rumo ao banheiro. Já havia acordado, então não estava planejando passar o resto do dia na cama. Escovava os dentes observando seus cabelos um pouco emaranhados no reflexo do espelho, enquanto Freddie chegava logo ao lado. Ele a abraçou por trás por alguns minutos e depositou um beijo tranquilo no começo do ombro dela.

Também escovou os dentes com uma escova reserva que Sam ainda mantinha em sua casa exclusivamente para ele. Ficou feliz em perceber que ela não havia jogado fora. 

Era sábado e ele queria mesmo era descansar. Sua samba canção estava confortável demais para que ele pensasse em não voltar para cama. Deitou-se ali novamente enquanto Sam ainda se demorava no banheiro. Ela se trocou e deitou-se ao seu lado.

— Olha, quem diria que eu seria a animada pra sair de casa da relação. 

Freddie sorriu um pouco abobalhado após ouví-la dizer "relação". 

— Então, você é oficialmente minha de novo?

— Acho que nunca deixei de ser. – ela iria virar para o lado e se aconchegar na cama, mas Freddie a segurou pela cintura colocando-a em cima dele.

Beijaram-se com toda a paixão que parecia estar guardada a meses. Freddie sorriu incontáveis vezes durante o beijo enquanto passava suas mãos pelo tecido fino da grande camisa xadrez que ela usava. Ele adorou perceber que ela não tinha nenhuma intenção de transar com ele até o momento, mas não se incomodou em ficar apenas de camisa e calcinha. A intimidade deles já havia ultrapassado essas barreiras.

— Eu ficaria pra sempre assim com você. – ele disparou mexendo em seus cabelos.

Os olhares eram simplesmente hipnóticos e soltavam faíscas como quando estiveram prestes a dar o primeiro beijo no quarto de hotel. Nada havia mudado, tudo era tão puro para ser manchado por uma sucessão de futilidades. 

Sam pensou que sentia-se mais segura que nunca ali na frente de Freddie, o verdadeiro amor da sua vida. O que aconteceu ontem pareceu ter influência com aquele sofá maldito, o lugar havia se tornado um real gatilho. Tudo fora bem naquela sala. Algumas coisas dali cheiravam ao Nick. A briga que ele se meteu com Freddie no dia da carta, eles chegando bêbados em casa após uma noite esquisita no bar e por fim, a tragédia horrível. 

Voltou a beijá-lo com mais ferocidade. Estava segura no que fazia, uma paz nascia dentro de seu peito. Provocou-o roçando levemente suas partes nas dele em cima daquele levinho samba canção. Freddie a segurou pelos quadris com um pouco mais de força, mas quebrou o beijo logo em seguida.

— Não vou conseguir resistir desse jeito, Sammy. – ele encarou as coxas dela em volta de sua cintura — Vamos descer e comer alguma coisa. 

Sam riu.

— Essa é a primeira vez que vou recusar comida porque acho outra coisa mais importante. – ela observou ele franzir o cenho confuso – Eu preciso te sentir comigo, já passamos tempo demais separados.

— Mas, eu não quero fazer nada que você não queira, meu amor.

— Eu quero mais que tudo, Freddie.

Ela acariciou seus cabelos sem delicadeza e repousou uma de suas mãos no rosto dele. O beijou mais uma vez naquela manhã se debruçando para sentí-lo em totalidade. O garoto entrelaçou seus dedos pela parte traseira de Sam com uma de suas mãos e com a outra inverteu a posição. Sentiu seu membro latejar e seu corpo arrepiar quando ela abriu as pernas para encaixá-lo com perfeição consigo.

— Você continua me deixando completamente louco. – sussurrou ele no ouvido da loira.

Ela arfou baixinho enquanto apertava seus braços. Quando Freddie, então, passou a beijar seu pescoço de uma maneira deliciosamente calma, Sam soltava palavras desconexas quase inaudíveis. Havia sentido tanta falta daquele toque, das mãos, do gosto,  das carícias. Sentira falta de absolutamente tudo sobre ele. 

Ele desabotoava com cuidado cada botãozinho que compunha o blusão que ela usava. Suspirava pesadamente em quase lamúria pelo suspense em ver mais uma vez aquele lindo par de seios. Quando tocava a pele macia dela, formigamentos pairavam por toda a sua espinha. Era mais que tesão, era a paixão misturada com desejo enquanto vivia em um looping de sensações inéditas. Freddie acariciou toda a extensão do tronco de Sam. Começou pelo pescoço onde passava o dedão pela lateral. Desceu para os seus seios e se demorou por lá, admirando cada detalhe. A mão, por fim, encaixou-se perfeitamente em um dos lados de sua cintura e ele gemeu uma frase que foi incompreensível para ela.

Mas, estava adorando vê-lo com esses olhos negros de luxúria mais uma vez. Era um privilégio ao seu ver ser tão desejada assim por aquele homem. Gemeu alto em urgência enquanto puxava seus cabelos castanhos assim que ele abocanhou seu seio direito sem qualquer cerimônia. A língua quente que ele possuía parecia ter feito choque na lubricidade que seu mamilo exalava.

Se contorceu bruscamente quando ele começou a se demorar com os beijos na beirada de sua calcinha branca. Estava completamente encharcada, pronta para que ele a preenchesse, mas sabia que Freddie nunca queria ela apenas molhada e sim implorando por mais prazer. Ele, então, retirou a única roupa que ela usava devagar penetrando seu olhar no dela. Seus lábios se umedeciam pela própria língua pela tamanha vontade de chupá-la. Sam percebera e mordeu o lábio inferior contendo uma maior eletricidade de tesão.

Freddie manuseou delicadamente seus dedos por toda a extensão da vulva dela. Ele mantinha um suspense por alguns minutos, mas deixou seus instintos falarem mais alto quando sugou com força o clitóris de Sam. Ela soltou um grunhido alto e satisfeito e isso fez com que ele voltasse a olhá-la. Segurava uma de suas mãos enquanto ela quase esmagava seus dedos tentando controlar - em vão - um extremo prazer que percorria seu corpo.

Demorou-se nas lambidas até que ela soltou um líquido delicioso para ele. Voltou a beijá-la para que sentisse seu próprio gosto devagar, então Sam não se demorou ao tocar seu membro no instante em que suas línguas ainda se misturavam. Ela sentiu ele parar com a boca entre aberta ainda colada com a sua e pôde detectar que seu tesão estava ficando incontrolável.

Levantou-se sutilmente fazendo Freddie deitar-se ao seu lado. Mordeu um pouco agressivamente seu trapézio másculo, mas sentiu que ele gostara. A cueca boxer preta que ele usava já aparentava um volume interessante, por isso Sam não hesitou em massagear o que havia ali sem demora. Ele grunhiu abafado e ela sorriu satisfeita. Arrancou aquele tecido sentindo arrepios em sua nuca ao ver o pênis dele totalmente ansioso por ela.

Lambeu toda a extensão se deliciando com o gosto úmido que já possuía. Freddie agarrou seus cabelos com força e ela pôde sentir sua calcinha molhar o dobro desta vez. Ele a guiava com o ritmo certo assim que Sam enfiou tudo na boca. Ela o fazia chegar bem perto do fundo de sua garganta intercalando estes com a sugada que dava em seus testículos. O nerd não tinha nenhum pudor quando se tratava de sexo, muito menos quando se tratava de Sam. De sua boca, escapavam suspiros e ruídos altos, algo que incitava ainda mais a loira.

— Caralho, até nisso você é perfeita, Sammy. – disse entrecortado com os olhos fechados.

Sam pôde perceber que a aceleração de seus movimentos estava causando a beira do ápice de Freddie. Então, como um relâmpago, se pôs em cima dele apenas roçando as partes desnudas sem nenhuma penetração. Ele a segurou pelos quadris durante um beijo caloroso e urgente. Ambos gemiam descontroladamente aproveitando aquele contato, aproveitando os olhares que se lançavam, aproveitando a conexão que percebiam que ainda estava intacta.

Ela os encaixou perfeitamente em um só arrancando um suspiro intenso em uníssono. Iniciou seus movimentos nada sutis em cima dele se debruçando em seu peito. O contato das peles era delicioso e cada vez suas carnes esquentavam mais. O beijava com tamanho desejo enquanto seu corpo subia e descia com rapidez.

Freddie a jogou do outro lado da cama assumindo o controle e penetrou com pressa seu membro novamente em Sam. Brincava com seu seio direito arfando em seu ouvido. Suas testas já estavam completamente suadas, a bochecha de Sam já transparecia rosáceas e os olhos de ambos estavam escuros possuídos por uma ânsia insaciável. Ele beijou o lóbulo da orelha dela sem parar os movimentos dentro. Na verdade, depositava beijos quentes sobre toda a extensão do pescoço e têmpora dela.

O ritmo acelerou muito, então se olharam nos olhos.

— Eu te amo pra sempre. – disse ele com um pouco de dificuldade.

— Vou ser pra sempre sua, Freddie. – respondeu.

Retirou-se de dentro dela soltando seu ápice na parte interior de sua coxa. Sam ainda gemia por seu orgasmo estar caminhando para o fim.

Ele se joga ao seu lado e os dois se aconchegam confortavelmente. Pensavam que era simplesmente perfeito como as sintonias de amor e luxúria se fundiam tão bem entre eles. Sam o abraçou consolidando tudo que fizeram, ele correspondeu fechando os olhos para usufruir melhor de seu toque. Era mesmo tudo verdadeiro. Lembrava-se claramente quando disse para Sam que jamais poderia viver sem tocá-la e isso era completamente verídico. Ele dizia da alma, do fundo do coração.

Depositou inúmeros selinhos em seus lábios coloridos e sorriu de forma inocente para ela. Felicidade genuína era o que estava sentindo e sentia isso depois de muito tempo. Tinha certeza que parte do seu mais íntimo interior estava conectada a ela. Tantas coisas pareciam estar conectadas a ela.

— Nunca mais quero ficar sem você. – admitiu ela se perdendo nos tons de castanho.

— Se depender de mim, nunca vai. Luz do meu mundo! – ele a beijou mais uma vez antes de se perder nos tons de azul. 

Griffin levou Melanie para comerem algo em um restaurante chinês que havia em Seattle. O que seria uma modéstia mesmo é ousar reduzir aquele lugar a um simples restaurante temático. Ele era carregado de luxo com lustres enormes e mesas cobertas por toalhas de camurça. Melanie estava acostumada com o requinte, pois a vida na Inglaterra não era simples por nenhum segundo. Seus estágios lá rendiam um bom dinheiro, claro, mas a grana mesmo vinha de seus amigos milionários.

Ela não sabia ao certo por qual razão se interessara logo de cara por Griffin. Talvez fosse pelo seu sorriso galanteador, pela sua postura confiante ou por um lado que ela conseguiu notar de doçura e compaixão por seus amigos. Mas, na real, a maior questão de todas era porquê Griffin se interessara por ela tão rapidamente. Melanie achava que ele ainda estava magoado com o fim do namoro com Carly, então por isso se permitiu viver uma nova história.

Em suas idas e vindas em Annie Wright, Mel teve alguns namorados por lá. Os dormitórios deveriam ser divididos entre garotas e garotos e são, mas muitos adolescentes juntos em um lugar só trataram de quebrar essa regra rapidinho. Já se envolveu profundamente com muitas pessoas, porém agora um receio morava em seu coração porque estava começando a gostar de verdade do bad-boy.

— Oi, por que está me ligando tão cedo? – Griffin levantara da cama de seu quarto sem alarde para não acordar Melanie.

Haviam passado a primeira noite juntos.

— Preciso que acelere esse serviço, moleque. – exigiu Leonard do outro lado da linha – Como vou arrancar dinheiro do Fredward se você não distrai as gêmeas de ir visitar a Pam? Estou gastando muito dinheiro subornando esses médicos, garoto!

— Você fala desse jeito como se eu estivesse fazendo isso tudo de bom grado. – Griffin moveu-se até sua sala de estar – Estou tentando deixar a Melanie mais ocupada possível, mas elas querem encontrar a mãe! O que posso fazer?

— Pode começar a raciocinar mais. Pam está incomunicável, meus homens na clínica encarregaram-se de amarrá-la no porão do prédio. Agora eu preciso que o Fredward não desconfie que sou eu por trás disso pra que ele pague o resgaste!

— Eu odeio tudo isso! Você sabe! – o garoto exclamou.

— É uma pena, querido. Prefere que seu videozinho criminoso pare na mão da polícia?

— É claro que não! Por isso deixei a Carly como você pediu...

— Era o melhor. Ela é uma garota inocente que se envolveu com vocês, os marginais que não prestam. Mas, pare de drama, criança, não é como se eu te deixasse de mãos vazias. Fez bom proveito da gêmea boazinha ontem a noite?

— Como você sabe que ela veio pra casa comigo? – Griffin estava apavorado.

— Entenda de uma vez por todas que eu sei e descubro tudo, garoto. Faça seu trabalho direito ou já sabe.

O garoto bufou quando percebeu que Leonard havia desligado. É sinceramente impressionante como ele realmente tinha controle de tudo e agora tinha até sobre a vida de Griffin. Ele ainda amava Carly com todo seu coração, fora difícil investir em Melanie para que ela não suspeitasse que tudo isso fora armado. Mas, a parte mais estranha de tudo é que ele também gostava de Melanie. Ela era uma garota adorável e pura no olhar, Griffin gostava disso.

Tão pesado em sua consciência estar, de certa forma, compactuando, com toda essa história. Sam era alguém por quem tinha extremo carinho, Freddie seu melhor amigo, Carly o amor de sua vida e Melanie, bom, estava começando a entender que ela não merecia nada daquilo. Era louco que tivesse visto todo o sofrimento de Pam e Sam no hospital e agora com ela sequestrada seria o dobro. Talvez o triplo desta vez porque estávamos falando do sofrimento de irmãs por algo que nenhuma das duas nem sonhava estar acontecendo.

Leonard havia enganado a todos com aquele papel de pai arrependido e futuro marido apaixonado. Ele fora capaz de aceitar a prisão apenas para fazer novos contatos com criminosos e manter Pam no cativeiro com mais eficácia. Ele apenas queria arruinar todas as chances de Freddie de crescer no ramo da tecnologia, sem dinheiro e falindo com seu projeto de aplicativo isso ficaria mais fácil. Os escândalos de que o adolescente rico gênio não sabia administrar seu dinheiro faria muitas empresas pararem de investir e apoiá-lo.

Ele queria a falência e decadência de Freddie acima de tudo e assim também deixaria senhora Benson miserável.

Melanie levantou e foi de encontro ao Griffin na cozinha. Arrumou o cabelo porque não suportou a ideia de tê-lo completamente bagunçado, inclusive, já estava pronta para ir embora.

— Oi! Obrigada pela noite de ontem. – disse ela em tom sereno.

— Não foi nada... – Griffin sorriu genuinamente.

A verdade é que estaria mentindo se dissesse que não gostou de estar com ela na última noite.

— Vou pra casa, não sei como a Sam está, preciso encontrar com ela.

— Tudo bem. Vou pegar a chave da moto.

— Não! – Melanie interviu – Não precisa, sério! Eu saquei dinheiro quando saímos do restaurante ontem, lembra? Vou de táxi!

— Você tem certeza?

Ela até tinha gostado de andar de moto com ele, mas sentia que sua cota desse meio de transporte já havia estourado. Chega disso por enquanto, preferia seu bom e velho carro.

— Está tranquilo, de verdade. – ela disse enquanto saía pela porta principal.

Quando chegou em casa, Melanie gritou o nome de Sam pelos cantos, mas ninguém respondeu. Ela, de cara, assumiu que a irmã estava dormindo. Pegou um dos sucos de caixinha que gostava na geladeira e bebia enquanto pensava numa música que escutou no restaurante com Griffin ontem. Wish do Diplo estava fazendo total sentindo com sua vida no momento.

Ela desejava de verdade estar com Griffin e isso podia ser perigoso. Não sabia se ele havia realmente assuntos inacabados ou estava completamente disposto a ficar com ela. Subiu ainda pensativa a procura de Sam, abriu a porta do quarto dela e pulou em susto.

— Freddie! Eu não sabia que estava aí, me perdoa! – gritou encostando a porta de maneira rápida.

Sam gargalhou enquanto Freddie foi rumo ao canto do quarto para colocar suas roupas de volta.

— Pode entrar, Melanie, o Freddie já se vestiu. – Sam dizia entre risadas – Em falar nisso, onde você estava? Não dormiu em casa por quê? 

— Estava com o Griffin. – respondeu despretensiosa sentando na cama.

Sam e Freddie arquearam as sobrancelhas em um mesmo movimento de descontentamento. Sinceramente desconfiavam dessa relação e pensavam em Carly e em o quanto ela parecia destruída com isso tudo. O nerd ainda não entendia como o melhor amigo havia desencanado da morena assim tão rápido, afinal o fez ser parte de um plano mirabolante apenas para conquistá-la. 

— O que foi, gente? – Melanie indagou – É tão ruim assim estar com ele? 

Freddie suspirou e sentou ao lado de Sam abraçando-a por trás.

— Não é ruim é só meio estranho pra gente. Vimos o Griffin totalmente apaixonado pela Carly por um tempão, então é tudo muito novo.

— Isso. – Sam concordou – Eu te amo, irmãzinha, mas essa coisa está deixando a Carly muito mal e eu sei que você gosta dela também.

— Claro que gosto, mas não foi culpa de ninguém, entendem? Apenas aconteceu.

— Eu devia esperar vindo do Griffin, ele nunca quis parar em um lugar só, com uma pessoa só. – soltou Freddie.

Melanie formou uma feição um pouco desapontada em seu rosto.

— Então vocês acham que ele vai enjoar de mim uma hora?

Ele e Sam se entreolharam. 

— Eu não sei, Mel. – respondeu Freddie cuidadoso – Ele me disse que está pensando em ir pra Annie Wright. Isso tem a ver com você?

— Não sei, mas acho que não. Antes de me conhecer a fundo ele já estava interessado no curso de tecnologia que tem lá. E eu nem sei se quero ficar em Annie Wright ano que vem pra fazer um pós curso. Quero curtir minha família em Seattle.

Sam sorriu levemente e Freddie a encarou.

— Eu te entendo. Seattle é minha casa, eu senti muita falta de estar nesse lugar. – acariciou as pontas do cabelo de Sam – E tenho um motivo muito importante pra continuar aqui. O mais importante.

Sam depositou um selinho demorado na boca dele e se olharam mais uma vez entendendo tudo que seus olhos diziam um para o outro.

— Tudo bem, pombinhos! – disse Melanie – Sem tantas demonstrações de afeto na minha frente, eu já aturei demais vendo o Freddie quase pelado.

— Você que não bate na porta! – respondeu Sam a vendo deixar o quarto. 

Quando viraram-se para se olhar, Freddie pôde notar uma expressão preocupada em Sam. Ele a abraçou sem dizer uma palavra e ela repousou com respiração tranquila em cima de seu ombro. Aproveitava o cafuné que ele fazia em seus cabelos dourados enquanto tentava fazer seu coração desacelerar dentro do peito.

Estava preocupada com sua mãe, queria vê-la e certificar-se que estava bem. Esse seria o seu maior presente pra que esse dia se tornasse perfeito. Tinha Freddie ao seu lado mais uma vez e não poderia estar mais grata por isso. Por mais que custasse admitir, ele era seu salvador emocional. Cada pedacinho de seu coração fora destruído um pouco ao longo dos anos. A morte de seu pai, a partida de Melanie, a negligência e alcoolismo de sua mãe. Tudo isso contribuiu para que ela estivesse insegura e solitária em alguns momentos, mas agora com Freddie sentia-se amada por ele e por si mesma. Encontrava valor em sua própria pessoa.

— Está triste por causa da senhora Puckett, princesa? – disse Freddie a vendo se desvencilhar do abraço.

— Um pouco. Eu só queria ver, sabe? Ver como ela está, se está se recuperando. 

— Vamos fazer de tudo pra que isso aconteça, ok? – disse ele – E quer saber? Eu tive uma ideia.

Sam apenas mexeu as sobrancelhas em curiosidade esperando que ele prosseguisse.

— Já que está animada pra sair hoje a noite, eu quero te levar no Pini's. Um encontro de verdade, com tudo que tem direito. Vou te buscar aqui, te esperar com uma roupa legal e deixar que você devore quantas lasanhas quiser. Vamos?

Ela sorriu e roubou um beijinho sutil de seus lábios.

— Vamos. – ela não conseguia tirar o sorriso do rosto.

Freddie levantou-se para ajeitar sua camisa na frente do espelho antes de ir para casa. Se despediu de Sam com alguns beijos longos pensando que mal podia esperar para vê-la essa noite. Queria um namoro com tudo que deixaram de viver nesse tempo separados, mereciam seus momentos particulares para se conectarem cada vez mais.

Quando Sam o viu sair se preparou para entrar em um banho. Conseguiria relaxar de alguns pensamentos que pairavam em sua cabeça sem parar, esse era um objetivo plausível de ser alcançado. Merecia um pouco de tranquilidade e almejava que isso acontecesse logo. Sua mãe precisava estar bem. Somente precisava.

Ouviu seu telefone vibrar em cima da pia e identificou que era Carly que chamava. Atendeu sem demorar, pois era provável que sua amiga precisasse de ajuda. Sabia que ela não estava nada bem, então não a deixaria de lado em um momento desses. Depois de um cortado "alô", Sam sentiu seu coração pular de seu peito quando ouviu que sua amiga soltava palavras rápidas em um tom extremamente choroso. Quase caiu pra trás quando estava começando a juntar as peças daquela notícia, mas afinal, como Carly havia descoberto toda essa tragédia? 


Notas Finais


e vocês que nao engoliam o leonard é pq tem um instinto certeiro. vai pro big brother brasil, gente!

obrigada pelos comentários, favoritos e todos os mimos! amo vocês demais! ME DIGAM O QUE ESTÃO ACHANDOOOOO!!!! não sejam leitores fantamas, to carente, viu??

até mais!


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