1. Spirit Fanfics >
  2. Charmed with your charm! >
  3. O primeiro despertar

História Charmed with your charm! - O primeiro despertar


Escrita por: Eric_Elgae

Notas do Autor


Olá outra vez pessoas ^^
Espero que esteja indo tudo bem por aí!
Vamos ao capítulo de hoje, um pouco mais movimentado hehe
Espero que curtam
Até lá embaixo :3

Capítulo 5 - O primeiro despertar


Fanfic / Fanfiction Charmed with your charm! - O primeiro despertar

 

Ele soltou um grito quando recuou aterrorizado, andando com as mãos e os pés como um caranguejo. O gato voltou ao local onde arranhava, puxando um pedaço de alguma coisa enquanto Ed tentava respirar normalmente depois de se deixar cair deitado.

-Eu não sirvo pra isso, mesmo.

Com um olhar desconfiado viu o gato morder algo depois de puxar aquilo debaixo do tapete. O felino se aproximou com o objeto na boca.

-Cuidado Gato, isso é...

Incrédulo, reparou que era um jornal.

-Hã?

O título, “Espelho da baía”, estava meio comido, sendo decifrado por dedução lógica. Uma foto grande de uma mulher bonita com cabelos castanhos e lisos que passavam um pouco dos ombros, boca grande pintada com um batom de cor natural e olhos castanhos amendoados o encarava.

Embaixo da foto, a notícia:

“Phoebe Halliwell, nossa colunista de conselhos em uma entrevista exclusiva sobre sua vida, e as dores e delícias de uma mulher moderna.”

A data era de maio de dois mil e três. Tentou achar a matéria, mas ali só havia isso falando da bruxa.

-Phoebe...

O olhar dela era forte, mas ao mesmo tempo exibia certa...

Fragilidade, talvez?

Ele percebia que o seu próprio olhar no espelho era como aquele. Um olhar de quem sabia muito, mas queria acreditar em pouco.

Um olhar jovem de uma alma velha.

De repente, ele sabia o que tinha que fazer.

Olhou no celular uma vez mais, após colocar o jornal no bolso da calça, e dando uma lida rápida  por cima, fez o que podia no momento.

O que, aliás, era sua especialidade.

Improvisou.

Puxou o tapete, deixando um pedaço do chão até que limpo, comparado ao que havia ao redor no ambiente. Pegou o giz de lousa branco e fez, da melhor forma que pode, um círculo no chão.

-Certo... Então...

Havia uma sacola de papel com velas dentro. Velas coloridas. Mas ele simplesmente escolheu uma branca, uma preta, uma lilás, e uma vermelha. Dentro do círculo que desenhara, colocou as quatro velas, formando um quadrado. Espetou nas velas os incensos. Sem saber bem o porquê, ignorou o copo. Usou os fósforos e acendeu as velas e o incenso. Sentiu que faltava algo.

-O óleo.

Abriu o vidrinho e aspirou.

-Óleo de lavanda?

Molhou o dedo, e sem pensar sobre, lambuzou as velas. Quando terminou, fechou o vidro e o colocou fora do círculo. Olhou para frente e encarou o felino.

-Bem Gato, eu não sei por que fiz isso, mas fiz. Alguma coisa tem que acontecer, certo?

O animal o encarava com olhos como se estivesse em transe. O pelo dele se arrepiou todo, e ele virou-se de costas para Ed, rosnando para a porta do sótão.

O rapaz sentiu como se agora fosse a hora de fazer algo, ou problemas logo apareceriam.

Postando-se no centro do círculo ele fechou os olhos e aguardou.

E nada aconteceu.

O gato começou a arranhar o chão e miar repetidamente. Um som estranho, quase que...

Ritmado?

O felino avançava devagar em direção a porta. O lugar estava ficando cada vez mais escuro, e uma sensação de urgência tomou o corpo de Ed.

-Vamos, alguma coisa...

Ele sentiu o bolso traseiro de seu jeans esquentar. Achou que deveria ter se aproximado de alguma vela, mas continuava imóvel no centro do círculo.

O jornal com a foto de Phoebe era o que estava quente.

Ele fitou a imagem, sentindo um tipo de atração que não dava pra explicar, pela mulher a sua frente.

-Eu preciso e quero te libertar, mas não sei o que fazer...

Nesse instante seu corpo se arrepiou por inteiro. Ele ouviu vozes.

-No sótão. A energia vem de lá.

O som de passos pesados demonstrava que alguém se aproximava.

E pelo som não era apenas um.

Mas o que quer que fosse estava no plural.

O desespero tomou conta de cada célula do seu corpo. Sentia que tinha que terminar aquilo ali, naquele lugar e naquele momento, mas não sabia mais o que ou como fazer. Olhou para a foto mais uma vez, os miados constantes e o arranhar do gato o enlouquecendo.

-Vamos, apareça. Venha de onde estiver, não sei. Me ajude.

A foto apenas o encarava como uma foto. Sem expressão ou coisa do gênero.

Vultos surgiram no corredor. Quantos ele não saberia dizer, mas sabia o que eles eram.

Pois nas mãos erguidas, chamas começaram a cintilar.

A descarga de adrenalina o petrificou. Ele observou os demônios rodearem o círculo que ele havia feito, o gato ainda miando como louco e gargalhadas sinistras ecoando pelo ambiente.

O suor escorria pela sua testa, e sentiu que sua camisa encharcava.

“Eu vou morrer! Assim? Desse jeito idiota? Queimado por demônios?”

Ele encarou a foto uma vez mais, respirando pesadamente. Levou a foto ao peito e percebeu, antes de fechar os olhos, que os demônios levantavam as mãos.

As bolas seriam lançadas nele naquele instante.

E foi nesse segundo que as palavras saltaram de sua boca.

-Que aconteça o que for preciso, mas liberte o seu poder.

O que aconteceu a seguir veio em uma sucessão de flashes.

Ele sentiu que o jornal pegou fogo em sua mão. Um barulho de explosão chegou aos seus ouvidos.

Ele foi arremessado até o teto, batendo em uma viga e então caindo de encontro ao chão sujo.

Ouviu gritos de desespero e uma voz de mulher.

-Vamos lá, mostrem que são melhores que isso.

Tentou virar-se e enxergar algo, mas o corpo inteiro doía. Tudo que conseguiu ver foi uma mistura de humano com fantasia de halloween arregalando o espaço vazio onde deveriam existir olhos antes de soltar um grito medonho e se dissolver em chamas e fumaça.

Ainda zonzo reparou que o silêncio tomou conta do lugar. Mãos pequenas, mas fortes viraram seu corpo e então ele deu de cara com a mulher que encarara na foto do jornal.

-Phoebe?- Conseguiu gaguejar enquanto ela o puxava para que ele se levantasse, mas tudo que conseguiu foi fazê-lo sentar-se.

-Suponho que você me conheça. Phoebe Halliwell, devo dizer que bem na hora, a seu dispor. E você seria...?

Ela o encarava, ainda com uma expressão de dúvida no rosto bonito. Estava mais nova do que na foto, os cabelos em um tom castanho claro, usando jeans de cintura baixa e uma blusa de alças finas, azul com renda colorida. Os saltos pretos das sandálias vermelhas não passaram despercebidos.

-Eu sou Ed... Suponho que deveria libertar você e suas irmãs.

Ela o encarou desconfiada.

-Libertar? Eu e minhas irmãs? De onde exatamente?

Ele ofegava profundamente, buscando ar para explicar a situação. Fez um sinal com a mão para que ela aguardasse.

-Oh, pelos deuses.

Ela agarrou a mão dele, e pareceu ter tomado um choque. Os olhos fecharam-se e ela deu um pulinho. Ofegou por alguns segundos e então soltou a mão do rapaz.

-Eh... Phoebe, você está...?

Ela respirou fundo e abriu os olhos.

-Eu vi a história toda. Tudo que houve com você. Agora vamos, eu preciso saber mais sobre isso. Me orbite de volta pra casa.

Ed a encarou confuso.

-Suponho que aqui é sua casa?

-Faça o que disse. AGORA!

-Uou, calma aí moça. Eu nem sei onde é sua casa.

Ela o analisou um segundo antes de tomar ar e falar em uma voz que queria mascarar a ansiedade.

-O apartamento que você estava com a senhora do vestido verde? Bem, ele era meu há muito tempo atrás. É pra lá que devemos ir. E agora.

Ele a observou, confuso. Mas de algum modo, sabia que devia seguir o que ela dizia.

-E o gato?

-Que gato?

-O gato. Ele veio comigo e...

-Um gato laranja com olhos verdes?

-Isso.

-Não se preocupe com o... - Ela sorriu, como se já soubesse o final de uma piada- Gato nesse momento, ele ficará bem. Vamos, eu sei que você me trouxe de volta, então precisamos achar um lugar seguro e saber o porquê me invocaram nessa época.

-Eu fui quase morto naquele apartamento se quer saber, e...

-Eu tenho o dom da premonição querido. Vi o futuro e o passado, e estou dizendo, vamos para meu apartamento. Agora. Lá você vai poder descansar.

Ele apenas concordou e deu a mão para ela. Fechou os olhos e tentou-se lembrar das palavras de Olívia.

Observou a sala ampla, e imaginou-se nela com Phoebe. Sentiu seus órgãos mudarem de lugar no corpo, e então o ar mudou.

-Vai ficando mais fácil, sabe? Não se preocupe.

Ao abrir os olhos viu Phoebe analisando o local.

-Consegui?

-Naturalmente. Estamos aqui não?

Ela parecia concentrada demais no ambiente.

-Espero que seja você querido, e espero boas...

Olívia entrou na sala no momento exato que Phoebe pousou os olhos nela. Ela pareceu se transformar em uma estátua, a cor desaparecendo do rosto.

-Phoe...

-Imagino que seja Olívia. Poderia me explicar o que está acon...

A mulher mais velha lançou-se nos braços da jovem bruxa que foi pega de surpresa.

-Oh, eu nunca imaginei que viveria pra ver isso um dia. Você em carne e osso na minha frente.

Olivia a segurou pelos ombros e a encarou com o olhar fascinado.

-Exatamente como descreveu.

-Bem, vejo que sou conhecida mas não te conheço. Poderia...

Antes que ela terminasse a frase, Olívia segurou uma mão dela entre as suas. Ela reagiu da mesma forma que quando segurou a mão de Ed.

Então depois de abrir os olhos ela olhou emocionada para a senhora a sua frente.

-Oh querida...

Elas se abraçaram. E ficaram abraçadas até que Ed sentiu que precisava interromper.

Tossiu pra chamar a atenção.

-Desculpem, mas... Posso fazer algumas perguntas?

Elas se soltaram e sorriram, cúmplices.

-As que quiser, Ed.

Olívia fez sinal para que se sentassem. Ed não tirava os olhos de Phoebe.

-Você é mesmo Phoebe... A bruxa... Que eu tenho sonhado?

Ela sorriu, e soltou uma risada baixa. Abrindo os braços e fazendo gestos de uma dançarina espanhola com as mãos, gracejou.

-Em carne, osso e juventude. Apesar de possuir as memórias de toda a minha vida, digamos que voltei com esse corpinho em uma época que eu achava maravilhosa.

-Hã?

Ela riu da confusão no rosto dele.

-Eu estou no meu corpo de quando tinha vinte e sete anos. Mas eu tenho as memórias de toda a minha vida, como se eu houvesse morrido mas lembrasse de tudo. E julgo que tenho os poderes que eu tinha quando morri também.

-Morri? Você está morta?

Ela coçou a cabeça.

-É... Complicado. Veja bem...


Notas Finais


E por hoje é isso!
Espero que estejam gostando, e me digam o que acharam se puderem ^^
Um beijo, um abraço e até semana que vem ;)


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...