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História Charms - A verdade


Escrita por: VieiraEvelli

Capítulo 33 - A verdade


Fanfic / Fanfiction Charms - A verdade

— Mais que droga, nós já procuramos em todos os lugares — Regina disse irritada andando de um lado para o outro, então a porta da sala se abriu chamando a atenção de todos — Emma — Disse correndo em direção a loira e abraçando-a — Você está bem?

— Sim, não se preocupe, nós precisamos conversar.

— O que aconteceu?

— Vamos até o escritório — Regina afirmou sendo puxada pela mão.

Ao entrarem a loira fechou a porta e olhou para a morena que lhe olhava de maneira apreensiva, Emma passou a mão pelos cabelos e respirou fundo.

— Eu conheci uma mulher...

— Espera! O que? — Riu nervosa e avançou para cima da loira que a segurou deixando seus rostos próximos.

— Não dessa forma, amor, quer se acalmar e me deixar contar?

— Ta bem, conta — Disse séria afastando-se da loira e cruzando os braços enquanto sentava-se sobre a mesa, sentia o ciúmes lhe sufocar.

— Quando eu desmaiei depois de Zelena perguntar se eu estava bem, eu acordei em uma caverna, nessa caverna vive uma mulher, ela disse que se chama Farah Westway, ela me contou que foi aprisionada naquela caverna e que ela sabe como acabar com as trevas.

— Sabe? Eu não estou acreditando nisso, Emma.

— Eu sei que não, Gina, mas se essa é a melhor escolha, não podemos desperdiça-la, eu só quero terminar logo com isso para que possamos viver em paz até que outro maluco tentar nos atacar.

— Tudo bem e o que pensa em fazer?

— Ela vai me ensinar como usar uma esfera que criou para aprisionar as trevas e assim que eu juntar as duas metades da espada, eu posso fazer a transferência.

— E o que ela quer em troca?

— Apenas a liberdade dela — Disse aproximando-se — Só peço que confie em mim.

— Eu confio, amor — Disse acariando-a na bochecha, Emma aproximando-se beijando-a nos lábios enquanto lhe puxava para mais perto.

[...]

Os dias que vieram a seguir foram de dor, Emma sentia seu corpo implorar por ajuda a cada tentava de se livrar das trevas, como se estivesse se desintoxicando de drogas fortes, Mary Margareth e Regina a viam mais fraca, mais pálida, adquirindo fios brancos e olhar fundo.

Os meses começaram a se passar e a cada dia Emma parecia mais fraca, como se não fosse sobreviver, Farah havia dito que o processo seria lento e doloroso se ela não se entregasse de vez as trevas para que pudesse tira-la de uma vez e de maneira indolor, mas a loira não queria se entregar pela promessa que havia feito a Regina.

A morena chegou em casa e seguiu para o quarto vendo a cama vazia, seguiu para o banheiro vendo a loira embaixo do chuveiro e despiu-se entrando e a abraçando, o corpo de Emma tremia, podia-se dizer até mesmo que estava mais magra, Regina a ajudou com o banho e lhe fez deitar ficando ao seu lado.

— Deveria fazer o que ela falou, Emma, deveria ceder pra se livrar de uma vez por todas dessa dor — Disse com a voz embargada acariciando-a na bochecha.

— Eu te prometi, Gina.

— Nesse momento a promessa é o que menos me importa, eu não consigo mais te ver passando por isso, sentindo dor, você fica tentando evitar que eu sinta, mas eu sinto apenas por olhar você sofrendo, me mata aos poucos, Emma — Disse chorando — Não sei se aguento mais te ver sofrendo, eu não consigo ser forte com você assim apenas por uma promessa que fez a mim — Emma a abraçou sentindo-a entregar-se ao choro.

— Isso já vai acabar, amor, já vai acabar — Sussurrou afagando os fios negros.

Assim que a loira sentiu que a morena dormia, levantou-se com cuidado, fez um aparador de sonhos aparecer e beijou os lábios da morena, passando o objeto em frente ao seu rosto, foi até o quarto de Henry repetindo o processo e logo fez com os de mais.

[...]

Regina afastou-se dos lábios da loira e seus olhos se abriram encontrando-se com as esferas verdes.

— Já podemos nos livrar disso?

— Sim, mas antes eu preciso falar com Azul — Regina afirmou e olhou para David, fazendo Emma repetir o ato — Pai — Disse olhando-o, David sorriu aproximando-se.

— Você está bem, querida?

— Sim, mas precisamos ir até Azul, não podemos perder mais tempo.

— Então vamos — Emma girou a mão fazendo a fumaça azul envolve-los.

Assim que a fumaça se dissipou, Emma olhou para Azul que lhes encarava recuperando-se do breve susto, seus olhos observaram Emma de cima a baixo, surpresa com sua mudança, também havia apenas memórias desde que Emma havia sido levada pela magia das trevas.

— Azul, precisamos de sua ajuda — Regina disse.

— Claro, em que posso ajuda-los?

— O que sabe sobre Farah Westway? — Os olhos da fada se arregalaram com a pergunta da loira.

— Farah Westway? — Perguntou tentando entender se havia escutado direito.

— Sim, alguma problema?

— Não, eu só... Fiquei surpresa, há mais de décadas não escutava esse nome.

— O que sabe sobre ela? — Regina perguntou desconfiada.

— Venham comigo — Disse seguindo pelo corredor sendo seguida pelos três — Farah foi uma grande fada, uma guardiã das fadas — Disse ao adentrar o escritório junto aos outros e fechar a porta, celando-a com magia, deixando-os confusos — Seu poder era incomparável desde o seu nascimento, todos no reino das fadas sabiam que seu destino seria grandioso, Farah adquiriu mais dons do que outra fada já conseguiu possuir, tanto que tornou-se a rainha das fadas do oeste, seu coração bondoso, seu comprometimento e coração valente, a melhor governante que as fadas do oeste já tiveram em todos os seus reinados.

— E o que aconteceu com ela? — David perguntou.

— Farah entrou em uma batalha contra uma poderosa feiticeira para proteger seu reino, mas não foi bem sucedida em sua tarefa, estava sem forças, então desapareceu no ar.

— Então Farah está morta? — Foi a vez de Regina perguntar.

— Não se sabe, alguns dizem que sim, outros dizem que ela vaga junto a deuses que não se podem se ver, assim como o vento, há aqueles que contam uma antiga profecia de que ela foi amaldiçoada e só um bom coração lutando contra as mesmas trevas que a aprisionaram é capaz de liberta-la, um coração puro que deverá se partir em dois, por isso eu me surpreendi, o nome de Farah não é jamais citado, principalmente por que as memórias das fadas mais jovens foram tiradas quando ela não foi encontrada, os superiores temem que alguma delas tentem buscar por sua antiga guardiã.

— Coração partido em dois — Regina murmurou fazendo todos olharem-na.

— Gina?

— O seu coração, Emma — Disse olhando-a nos olhos — É o seu coração, o tempo todo, era o seu coração e não o meu.

— Do que está falando? — Regina olhou para azul.

— Eu sempre soube que já havia visto aquela profecia em algum lugar.

— Do que vocês estão falando? — David perguntou confuso, Regina girou a mão fazendo o livro de profecias aparecer e o abriu.

— Como tilintar de taças celebrando a guerra vencida, dois corpos passarão a ser para sempre um, entre o ofegar de corpos cansados e suspiros satisfeitos, sentindo a magia fluir de seus âmagos preenchendo todo vazio já existido, dois corações passarão a ser um após partirem-se ao meio, duas metades assustando aos leigos ao verem dor e o fraco suspiro, corações onde declararão que a maior batalha foi vencida após o coração ser enegrecido voltarão a bater no mesmo ritmo agora dentro do peito, dois se tornarão um, amenizando o imã que os atrai, mas não tornando-o inanimado, tornando-os intensos por todas as vidas, transformando-o em algo manejável — Regina olhou para a loira — Nunca foi o meu coração, não eram as minhas trevas, é a sua, temos que dividir os nossos corações, pra conseguir controlar a nossa profecia e você tem que livrar-se das trevas para libertar Farah.

— Gina, eu não posso passar as trevas pra você.

— Não há outro jeito.

— Ai diz, corações onde declararão que a maior batalha foi vencida após o coração ser enegrecido, podemos fazer isso após retirar as trevas de mim — Disse segurando-lhe o rosto — Faremos isso no início da noite, ao pôr-do-sol, ta bem? — Regina afirmou segurando-a no pulso — Azul, eu preciso que me responda uma coisa.

— Se eu puder.

— Essa é Farah Westway? — Perguntou fazendo um parador de sonhos aparecer mostrando a mulher com trajes maltrapilhos mexendo em um livro, Azul levou a mão aos lábios.

— S-sim, mas como? — Perguntou olhando para a loira — Como a encontrou?

— Não a encontrei, ela quem me encontrou.

[...]

Regina segurou firmemente a mão de Emma enquanto caminhavam vendo o mesmo lugar de sua visão, assim que a nuvem azul sumiu.

— Vejo que trouxe companhia, querida.

— Essa é a Regina — Emma disse finalmente chegando a onde á morena de cabelos longos estava sentada na poltrona — Viemos buscar a esfera.

— Imaginei que sim, está ali na mesa, fique a vontade, sua namorada é uma bela mulher.

— Ela é minha noiva — Disse afastando-se da morena e seguindo para a mesa, enquanto Farah direcionou um sutil sorriso a Regina, sua voz não parecia tão assustadora como lembrar-se ter escutado horas antes.

— Seu humor oscilou outra vez.

— Sinto muito — Disse olhando para a esfera — Às vezes parece impossível controlar essa coisa.

— Eu sei, você tem feito muito isso nas últimas semanas, conseguiu dormir?

— Não, assim como não consegui nas últimas vezes que me perguntou — Disse olhando-a e aproximando-se novamente de Regina entregando-lhe a esfera — Aqui — Disse fazendo um colar aparecer — Ele lhe levará para Storybrooke assim que a maldição for quebrada — Disse fazendo o colar aparecer o colo da fada, Farah sorriu de canto.

— Eu agradeço.

— Não há de que.

— Vá, sei que está ansiosa para ser você outra vez.

— Você não faz ideia do quanto, nos vemos em algumas horas.

— Espera — Regina disse antes que Emma pudesse envolve-las na fumaça azul — Após Emma liberta-la, poderia repartir nossos corações? Como diz a profecia? — Farah afirmou com um maneio de cabeça.

— Será um prazer ajuda-las — Disse com um sutil sorrindo e logo as viu desaparecer.

[...]

— Vá avisar aos outros que estou bem — Emma disse assim que apareceram em seu porão.

— Não vou sair do seu lado.

— Regina...

— Não, eu não vou te deixar sozinha outra vez, se for para avisar a alguém, nós iremos juntas — Disse decidida, Emma suspirou afirmando e beijou-lhe na testa, então fez um colar aparecer.

— Coloque isso.

— O que é? — Perguntou vendo o pingente de um cisne com uma coroa.

— Um colar de proteção, vai protegê-la se as coisas saírem do controle e de outros males.

— Mais e você?

— Eu vou ficar bem, prometo, não sentirei dor para que você não sinta — Regina colocou o colar e puxou-lhe para um beijo demorado, apertando-a na nuca.

— Eu amo você.

— Eu amo você — Disse olhando-a nos olhos e afastou-se seguindo em direção a pedra onde a espada estava cravada junto a adaga, então as puxou dali erguendo ambas as partes enquanto pronunciava o feitiço aprendido em uma língua que Regina não soube distinguir qual era.

A cada pronuncia feita pela loira uma luz que a pouco havia aparecido ficava mais forte, até clarear completamente o lugar, fazendo com que Regina fechasse os olhos, assim que a luz sumiu e seus olhos se abriram tentando focar a visão em Emma, ela pode ver a espada inteira, Emma abaixou soltando a espada no chão ao lado de seu corpo.

Os olhos castanhos observaram Emma gemer fracamente ao retirar o coração do peito e segurar a esfera diante dele voltando a proferir palavras indecifráveis enquanto a esfera sugava as trevas para dentro de si, a loira gemeu novamente deixando a rainha preocupada, não conseguia sentir, não sentia absolutamente nada.

Um vento forte tomou todo porão, Regina tentava continuar com os olhos focados na loira, mas o vento lhe impedia de olhar para frente, novamente a loira gemeu em dor, dessa vez com mais força, mais alto, o vento tomou mais intensidade e então parou bruscamente.

Regina abaixou a mão e olhou para a frente vendo a loira desmaiada, sem pensar correu até ela, abaixando-se ao seu lado e vendo seu coração pulsando de modo fraco em uma mão enquanto a esfera estava em outra, Regina colocou o coração da loira em seu devido lugar e segurou-lhe o rosto.

— Emma? Querida, olhe pra mim, por favor — Disse com a voz embargada — Emma? Emma, por favor, olhe pra mim — Pediu em um sussurro abraçando-a enquanto se entregava ao choro.

— Eu estou loira outra vez? — A voz fraca lhe fez rir em meio ao choro erguendo o olhar brevemente para seus cabelos.

— Está sim, linda e loira outra vez.

— Graças a Deus — Brincou fazendo a morena rir novamente, Regina beijo-lhe os lábios demoradamente voltando a chorar em seguida enquanto a abraçava.

— Pensei que perderia você.

— Jamais rainha — Disse abraçando-a de volta.



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