Henry fechou a porta do quarto e passou a chave assim que adentrou o cômodo, jogou a mochila sobre a cama abrindo-a e tirando de lá o walk tok ligando-o.
— Hook? Está na escuta? — Perguntou e o silêncio pairou do outro lado da linha assim como no quarto — Hook, está me ouvindo?
— Sim garoto, essa caixa mágica demorou pra funcionar.
— Nós acabamos de chegar em Storybrooke, o que descobriu?
— Não muita coisa garoto, apenas que Zelena deixou algumas coisas como estavam.
— Eu preciso encontra o meu livro, o mesmo que a vovó me deu quando eu encontrei minha mãe, quem está morando lá?
— Sua avó ainda mora no mesmo lugar pelo que pude descobrir, já o seu avô, eu não faço ideia.
— Podemos nos encontrar amanhã na floresta, em um lugar afastado onde não possam nos encontrar, talvez na antiga cabana, eu preciso de um jeito de entrar na casa da vovó e pegar o livro, ele deve estar no mesmo lugar da primeira vez.
— Tudo bem, amanhã a tarde.
— Às duas horas, precisamos descobrir a verdadeira história de Zelena.
[...]
Emma saiu do quarto após um longo tempo, ao ver que já se passava das cinco da tarde, havia dormido após o banho, caminhou em direção a porta da frente de seu quarto e bateu.
— Henry? Henry abre a porta — Revirou os olhos ao escutar os resmungos do garoto vindo do lado de dentro do quarto.
Logo passos ecoaram e finalmente a tranca da porta foi aberta, Emma encarou o filho com a sobrancelha erguida em desconfiança.
— O que estava fazendo?
— Jogando.
— Vamos sair pra procurar algum lugar pra jantar, pega o casaco.
— Tudo bem.
— Espero você lá embaixo, vou perguntar a recepcionista onde podemos encontrar um lugar pra comer, não demore — Ele afirmou e Emma seguiu para o andar de baixo vendo a bela morena apoianda no balcão distraída com algo que lia.
Arriscou-se observa-la por alguns segundos, ela era uma bela mulher, isso não tinha como negar e também não podia negar que se sentia estranhamente atraída, o que era completamente louco, já que sempre se envolveu com homens e nenhuma mulher havia lhe agradado tanto nesse quesito sexual.
— Com licença — Chamou a atenção da morena, fazendo-a erguer o olhar e arrumar a postura.
— Boa noite senhorita Swan, em que posso ajuda-la? — Disse com um largo sorriso.
— Eu... Eu queria saber um local para pode jantar, pode me indicar algum?
— Oh claro, bem tem a lanchonete da vovó, modéstia à parte é um ótimo lugar... — E Emma não conseguiu prestar atenção em mais nada apartir desse momento, pois estava perdida em observar os lábios pintados de vermelho da morena.
Mas seu transe não demorou a ser desfeito, pois os passos de Henry lhe fizeram voltar a si.
— Podemos ir — Disse e olhou para a mãe morena sorrindo de forma dócil, Regina retribuiu o sorrindo.
— Tenham um bom jantar.
— Obrigada — Emma disse antes de sair da pensão.
[...]
Mary Margareth caminhou tranquilamente pela calçada distraída com os moradores da pequena cidade que caminhava por ali até que se bateu em alguém, fazendo-a se assustar.
— Oh meu Deus, eu sinto muito, machuquei você?
— Não está tudo bem, não se preocupe — Disse sorrindo, Mary Margareth a observou com atenção, a loira não era uma pessoa a qual já havia visto na pequena cidade.
— Você é turística, acertei?
— Está tão óbvio assim? — Emma perguntou sorrindo.
— Oh não querida, mas essa cidade é tão pequena e nós conhecemos todos os rostos, eu sou Mary Margareth Blanchand — Disse estendendo a mão que foi prontamente aceita.
— Emma Swan, esse é o meu filho Henry — Apontou para o garoto que sorriu.
— É um grande prazer conhecê-lo.
— Poderia nos ajudar a encontra a lanchonete da vovó? — Henry perguntou como quem não conhecesse o lugar e para obrigar a mãe a ter contato com a morena.
— Claro, eu estava indo pra lá, vamos — Disse sorrindo enquanto os guiava — O que os trouxe a Storybrooke?
— Henry está de férias, como a muito tempo não viajavamos, decidimos vir.
— A cidade não tem muitas atrações, mas vocês irão gostar bastante daqui, posso mostrar a cidade se quiser.
— Seria muito bom — Emma sorriu — É muita gentileza de sua parte.
— Que isso, imagina — Disse e adentrou a lanchonete sendo seguida pelos dois, acharam em uma mesa ao fundo, onde sentaram-se.
[...]
Ashley adentrou a pensão vendo Regina com uma feição cansada.
— Vim libera-la do seu martírio.
— Graças a Deus, eu já estava para dormir aqui.
— Nem me diga, isso aqui é tão tedioso, adoraria ser tão rica a ponto de não precisar mais trabalhar.
— Eu ficaria feliz com a simples possibilidade de ter algo meu, talvez um negócio e finalmente poder ter uma boa casa — Disse e suspirou ao lembrar de Daniel, Ashley lhe deu um sorriso reconfortante.
— Tenho certeza que está mais perto do que longe.
— Espero que sim, mas agora vou indo, estou faminta e meu corpo só deseja um bom banho e minha cama.
— Vai lá, boa noite.
— Bom noite — Disse sorrindo e caminhando rua a fora após ajeitar o casaco que malmente lhe aquecia nas noites frias de Storybrooke, a vida parecia brincar com ela, havia tirado tido o que tinha, sua casa, Daniel.
Jamais tivera riquezas, mas o que tinha era suficiente, também havia amor, isso antes lhe fortalecia, suspirou balançando a cabeça para espantar os pensamentos e adentrou o pequeno portão da lanchonete subindo as escadas e abrindo a porta chamando a atenção das pessoas que estavam ali e lhe cumprimentaram animadamente.
Seguiu para o balcão apoiando-se nele sem ao menos dar-se conta de que era observada, tanto por Henry quanto pela bela loira de olhos verdes.
— Boa noite vovó — Disse sorrindo largamente.
— Boa noite querida, eu separei seu jantar, irei buscar, irá comer aqui?
— Não, eu estou cansada demais, assim que comer tenho certeza que me entregarei ao sono.
— Está bem, eu não demoro — Regina afirmou brevemente vendo-a adentrar a cozinha.
Em poucos minutos a senhora voltou com uma sacola em mãos e lhe entregou.
— Até amanhã.
— Até, descanse — Regina afirmou e saiu da lanchonete.
[...]
Mary ao perceber o olhar da loira sobre Regina sorriu de canto, ela não era a primeira, a maioria das pessoas naquela cidade, homens principalmente eram encantados pela morena, mas absolutamente ninguém conseguia fisgar sua atenção.
— Ela se chama Regina.
— Perdão? — Emma perguntou olhando-a confusa.
— A bela moça que acaba de sair, se chama Regina.
— Oh claro, eu a conheci na pensão.
— Ela é uma mulher incrível, pena que tenha uma vida tão difícil — Suspirou em tristeza.
— Ela me parece bem.
— Regina é forte, mas a história dela é dolorosa, foi abandonada ainda quando bebê e criada por um casal que trabalhava na fazenda no final da cidade, a mãe sofria os abusos do pai, a pobre mulher não aguentou de tanto apanhar e faleceu, não muito tempo depois o pai morreu de coma alcoólico, mas ela estava bem, tinha o noivo, Daniel era um rapaz incrível.
— E o que aconteceu com ele?
— Morreu duas semanas antes do casamento, Regina é completamente sozinha, vive em uma casa em péssimas condições, não é uma vida tão miserável, mas não é confortável.
— Eu entendo — Emma disse após um longo suspiro.
Henry se manteve em silêncio ouvindo a história contada e fingindo que sua atenção estava mais voltada para a rua e para a refeição, mas sabia que precisava achar rápido uma maneira de quebrar a maldição.
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