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História Cicatrizes - Fantasia


Escrita por: gioberlusse

Notas do Autor


• OIE, gente! Desculpem a demora!
• Queria que mais coisas acontecessem nesse capítulo, mas o lemon tomou boa parte dele e resolvi não alongar mais.
• O próximo capítulo terá cenas mais diversificadas.
• Espero que gostem! Nos vemos nas notas finais!
• OBRIGADA por ler ♥

Capítulo 3 - Fantasia


O asiático guiou Archie pelo espaço que havia decorado de maneira colorida e elegante. O piso marrom claro combinava com o papel de parede amarelo-claro repleto de flores brancas discretas e quase invisíveis, simbolizando o amor de Archie pela floricultura. As poltronas amarelas e marrons estavam distribuídas em duplas e, entre elas havia uma mesa redonda com uma folhagem no centro. 

Os quadros, espalhados estrategicamente pela cafeteria, continham imagens de flores e folhagens coloridas. Tudo havia sido pensado para que a floricultura continuasse sendo destacada. O lugar onde Archie venderia suas amadas flores agora era separado por uma parede que continha um arco alto, largo e bonito como entrada.

    Na cozinha, os eletrodomésticos eram novos e os azulejos brancos do piso brilhavam. As paredes, pintadas num tom cinza-claro, combinavam com os balcões cujos tampos eram de granito. 

O balcão de atendimento era da mesma cor do piso da cafeteria, tinha formato de L e ficava em frente à porta da cozinha. A vitrine em que os doces e salgados seriam expostos era espaçosa e bem iluminada, embutida no balcão moderno e elegante. Na parede ao lado da porta da cozinha estavam as máquinas de café. 

    Archie caminhou pelas mesas com o coração acelerado de emoção, sem acreditar que aquele lugar era seu. Leonard estava empolgado e não parava de gesticular, falar, apontar e explicar sobre arquitetura e design. 

    ━Leonard, está tudo perfeito. -Archie segurou-se para não chorar, maravilhado demais com a reforma

    Antes todo aquele espaço era preenchido inteiramente pelas flores e folhagens, mas agora estava repleto de cadeiras e mesas, folhagens, tudo isso colocado de maneira espaçada e simétrica. Tudo parecia mais organizado e elegante. Além disso, a floricultura continuava ali, em tamanho reduzido, mas presente. 

    ━Minha pós-graduação em design de interiores foi útil, fico feliz. Geralmente eu pago alguém para decorar, mas dessa vez fiz tudo sozinho. Gostou dos balcões de granito? 

    ━Você é um ótimo arquiteto e decorador, Leonard. Mas tudo isso deve ter custado uma fortuna! -Archie falou, apreensivo e boquiaberto

    Não sabia como agradecer ao amigo por um presente daqueles. Sentia que jamais conseguiria dar-lhe algo que estivesse à altura daquela reforma. Comprometeu-se, então, em fazer da cafeteria um sucesso, pois talvez dessa maneira pudesse dar a Leonard um presente incrível e do qual gostasse.

    ━Eu tenho que contar uma coisa, Archie -o asiático fez uma careta e coçou as mãos com nervosismo.

    ━O que é? 

    ━Marc pagou metade da obra.

    Archie arregalou os olhos com surpresa. De repente, sentiu-se mal por ter aceitado um presente tão grande e caro. Talvez a reforma tivesse deixado Leonard mal, financeiramente e, por isso, Marc havia lhe ajudado. As hipóteses encheram sua mente e sentiu-se mal por ter aceitado um presente tão grande e caro. Ficou sem reação por alguns segundos, mas Leonard logo tratou de explicar:

    ━Eu queria impedi-lo, mas ele insistiu. Na verdade Marc não queria que você soubesse e talvez eu esteja estragando tudo ao te contar. Mas saiba, Archie, que eu aceitei porque ele é rico e tem dinheiro de sobra para ajudar. Além disso, eu não o deixei decorar nada, obviamente. Ainda bem, não é? Senão a cafeteria teria virado um cemitério.

    Archie riu com a fala do amigo e um sentimento aconchegante, por saber que era amado, lhe invadiu ao pensar em Marc. A cada dia que passava apaixonava-se mais por aquele homem que lhe agradava das maneiras mais simples e, às vezes, das mais caras também. Ele ainda fingia ser uma rocha sem sentimentos, mas não conseguia sustentar por tanto tempo aquela máscara perto de Archie.

    ━Eu não sei como te agradecer, Leonard. Qual amigo daria isso de presente ao outro? Está tudo perfeito. As flores, as plantas… -suspirou profundamente, a voz tremeu e, em segundos, estava quase chorando.

    Leonard aproximou-se e abraçou o amigo, apertando seus ombros de maneira gentil e reconfortante.

    ━Você merece. Estou feliz que tenha gostado. Já pensou em uma data para a inauguração? 

    ━É tão estranho ser dono dessa cafeteria. E da floricultura. Eu até havia esquecido da inauguração, não pensei que tudo fosse ficar pronto tão rápido.

    ━Eu e Finn podemos te ajudar. Você vai precisar contratar funcionários para atender e para fazer doces e salgados. 

    ━São tantas responsabilidades -fez uma careta, admirando os quadros bonitos das paredes.

    A iluminação era fraca nas mesas de propósito e criava um clima intimista no lugar. Ao olhar lentamente para tudo ali, Archie gostou de pensar na cafeteria como um refúgio, um lugar sossegado naquela cidade barulhenta. Passou os dedos pela superfície de algumas mesas, encantado com a qualidade dos materiais, e agradeceu por ter amigos incríveis como Leonard. 

    ━Acredito, as responsabilidades também me deixam abismado. Somos adultos, embora seja muito difícil de acreditar. 

    Archie riu, pois o outro tinha 28 anos e já era adulto há algum tempo. Mas o próprio Archie estava com 20 anos e sentia-se apreensivo com tantas responsabilidades. Saber que era dono daquele lugar aquecia seu coração, mas era também um lembrete de que o sucesso dependia de seu trabalho e do jeito como o administraria. A visão começou a ficar embaçada pelas lágrimas alegres quando deu-se conta da sua nova realidade. 

    ━Não ria, eu já sou quase um idoso. Você ainda está vivendo a juventude, é praticamente uma criança. Tudo vai dar certo, tenho certeza. E nós estamos aqui para te ajudar. Eu, Finn e o rabugento do seu namorado. -deu-lhe um tapinha reconfortante nas costas

    ━Muito obrigado, Leonard. -secou as lágrimas com a manga do suéter

    ━De nada. Marc com certeza deve conhecer as melhores empresas para cuidar do marketing da loja. Minha sugestão é que você pense em um nome para a cafeteria e para a floricultura, unir ambos ambientes. -Leonard arregalou os olhos ao olhar para o relógio da parede- Meu Deus! Segunda participarei de um congresso de arquitetura e preciso enviar alguns documentos importantes ainda hoje. Desculpe, Archie! 

    Um Leonard atrapalhado abraçou Archie, pegou a chave do carro e murmurou um adeus rápido, saindo pela porta com velocidade. Archie não conseguiu nem se despedir, pois o outro saiu praticamente voando dali. Quando a porta fechou, levando embora a personalidade agitada do amigo, respirou fundo e, sem acreditar, olhou ao redor. 

Enquanto observava e tocava um quadro mais de perto, olhou para o anel de esmeraldas que Marc havia lhe dado e sorriu. Coincidentemente, o celular fez barulho no bolso da calça e, ao pegá-lo, leu a mensagem:

    “Vamos sair para comemorar o fim da reforma. Te busco em casa às 19h.”

    Mordeu os lábios com felicidade e quase deu um pulo de alegria ao saber que teria um encontro romântico mais tarde. Ou talvez não tão romântico assim, já que não fazia o estilo de Marc (mesmo que ele se esforçasse para lhe agradar). Teria oportunidade de agradecê-lo por parte da reforma.

“Te busco às 19h.”

    “Aonde vamos?” -digitou     

“É surpresa.”

    Em seguida recebeu uma foto de Marc de corpo inteiro. Ele estava no provador de uma das lojas de grife que frequentava. O lugar era único e Archie o reconheceria em qualquer foto. As paredes e o piso eram tão brancos que refletiam o teto, de onde lustres de cristais estavam pendurados. 

No espelho não conseguiu ver o rosto dele, mas o terno que usava deixou Archie boquiaberto. Era todo preto, mas possuía arabescos cinzas quase imperceptíveis espalhados pelas mangas do paletó. A camisa de botões era cinza e estava aberta, revelando parte do peitoral atlético. Archie mordeu os lábios e suspirou ao constatar o quão charmoso Marc era. 

    “Você está lindo.” -digitou, sorrindo

    Viu que ele estava digitando, mas então parou, recomeçou e parou novamente. Archie soube que Marc provavelmente não sabia como responder ao elogio, então mandou outra mensagem:

    “Tudo isso para jantar comigo? Não sei se vou conseguir me arrumar tão bem assim…”

    Costumava sair para comprar roupas com Marc e o estilo dele (roupas pretas, modernas, de marca e elegantes) contrastava com seu estilo confortável e casual. Mesmo seus gostos eram respeitados, pois recebia peças novas de presente quase semanalmente e sempre as amava. Archie adorava os suéteres de uma loja específica e, sempre que podia, o namorado lhe comprava um. As atendentes já os conheciam e sempre separavam modelos novos e exclusivos para ambos. Para Marc, jaquetas de couro ou jeans, e, para Archie, suéteres de cashmere em tons pastéis.

    Archie pensou nas roupas que possuía e tranquilizou-se ao lembrar dos conjuntos mais formais que Marc tinha lhe obrigado a experimentar e comprar.

    “Você não precisa dessas roupas para ficar bonito.”

    Logo depois, veio outra mensagem:

“Comprei um presente para você. Deixei em cima da cama. ”

    Com o rosto corado e quase abraçando o celular ao ler aquelas palavras, Archie preparou-se para ir para casa. A casa de Marc, mas que já considerava sua. Sua personalidade já estava estampada lá, em algumas folhagens e plantas, nos objetos mais coloridos, em porta-retratos com molduras alegres… 

 Ansioso para saber qual era o presente que ele havia comprado,  despediu-se da cafeteria e da floricultura com um sorriso. Chaveou a porta principal com o coração acelerado e as mãos trêmulas de emoção por saber que aquele lugar era seu.

_____

    O retorno da praia havia acontecido há 3 dias e ainda estavam se adaptando à nova rotina. Marc ainda não havia voltado a trabalhar, mas voltaria na segunda-feira e não parecia nem um pouco ansioso, pelo contrário.  Adeline e Jacques, nesse meio tempo, tinham telefonado e perguntado o que Archie havia achado da casa, se Marc havia sido um bom anfitrião e o garoto gostou da preocupação de ambos. Já Marc, quando falou ao telefone com os pais, foi monossilábico e respondeu com resmungos a maior parte das perguntas. Eles precisavam se encontrar e conversar, até porque Marc ganharia uma irmãzinha.

A casa estava do mesmo modo como haviam deixado ao sair de viagem. Limpa e organizada. Ao entrar no quarto, viu o presente em cima da cama. Estava embrulhado num papel de seda e tinha uma fita verde amarrada em volta. Quando Archie o desenrolou, deparou-se com um conjunto de calça e colete cinza e uma camisa verde oliva com abotoaduras douradas. 

    Tocou o tecido e gostou da textura grossa e bem acabada. A camisa era quase da mesma cor de seus olhos e, ao tocar as abotoaduras, perguntou-se de qual material eram feitas, já que eram douradas e pareciam ser de ouro. Marc não compraria algo tão caro, falou para si mesmo. Em seguida engoliu em seco ao constatar que sim, ele compraria. 

    Haviam dormido até às duas da tarde e, às três tinha marcado de ir até a cafeteria com Leonard. Marc havia decidido ficar em casa, mas depois decidiu sair para comprar um terno novo. Archie sabia que ele demorava para fazer qualquer compra, pois sempre buscava em todas as lojas até encontrar o que queria. 

    Para entreter-se, regou todas as plantas da casa, ajeitou a cama e pensou na cafeteria, o que lhe deixou mais alegre ainda. Precisaria contratar um barista. E um confeiteiro. Quanto aquilo custaria? Coçou a testa com preocupação. Ainda precisava conversar com Finn sobre as finanças da floricultura e não estava muito otimista, já que o movimento não era tão grande assim. 

    Arrumou alguns porta-retratos do hall de entrada e sorriu ao pegar uma foto de Marc com os pais, o avô e a irmã. Ele havia colocado a foto ali recentemente e Archie pensou que era um passo em direção à reconciliação com os pais. Eles mandavam mensagens para Marc, fotos do enxoval, do quarto do bebê; Archie, se fosse guiar-se pelas expressões do namorado diria que ele não se importava, mas o via se retrair toda vez que recebia aquelas fotos. 

    Após passar o resto das horas assistindo um programa sobre confeitaria, começou a arrumar-se. Resolveu colocar as lentes de contato que havia comprado no dia anterior, pois havia se adaptado, e deixar os óculos em casa. Com o cabelo penteado para trás e alguns cachos rebeldes caindo pela testa, sorriu timidamente ao olhar-se no espelho. Em seguida o barulho do carro de Marc na garagem lhe assustou e desceu os degraus até o andar inferior com saudades de vê-lo e abraçá-lo. 

_____

A primeira coisa que reparou, ao entrar no carro, foi no perfume de Marc. Estava nos bancos de couro e no painel iluminado, espalhado por toda a parte, impregnado em suas roupas. O carro parecia ser a extensão dele e Archie ficou vermelho ao perceber que achava aquilo muito excitante justamente por ser tão relacionado à masculinidade do namorado.

    Ao olhar os cabelos castanhos, teve vontade de passar os dedos por entre os fios desalinhados que caíam pelos lados do rosto dele de maneira charmosa. Passou a viagem inteira até o local misterioso o admirando de soslaio. Vez ou outra Marc lhe dava um sorrisinho enigmático.

    Quando enfim chegaram ao lugar, Archie espiou pela janela e arregalou os olhos ao ver a fachada do restaurante. Na entrada um manobrista os esperava, pronto para estacionar o carro.  Aquele era o restaurante mais conhecido da cidade. O chefe era um renomado cozinheiro internacional, famoso tanto pelas sobremesas quanto pelos pratos modernos e únicos. 

Archie havia lido sobre o local e sobre o chefe em uma revista, tempos atrás, e havia comentado que gostaria de conhecer o lugar. Quando comentou que o preço deveria ser exorbitante Marc apenas revirou os olhos, dizendo que aquilo não importava.

    Era estranho pensar que Marc não havia esquecido daquele comentário. Seu corpo aqueceu pela consideração que ele tinha com suas vontades e sentiu-se, mais uma vez, grato por estarem juntos.

    Quando saíram do carro, Marc cumprimentou o manobrista e deu-lhe a chave do carro. Caminhou para perto de Archie, ajeitou o colarinho da camisa dele e olhou-o diretamente enquanto pegava sua mão direita, entrelaçando seus dedos. 

    ━Reservei uma mesa afastada para nós. 

    ━Afastada? -Archie indagou

    ━Sim, essas pessoas que frequentam o restaurante são caretas. 

    Archie arqueou as sobrancelhas e, em seguida, uma expressão de entendimento tomou conta de seu rosto. Mesmo que Marc não ligasse para o que os outros pensavam, seria chato se ficassem o jantar inteiro sob olhares preconceituosos dos outros. 

    Entrelaçou o braço ao de Marc enquanto ele lhe conduzia para dentro do lugar, com aquela expressão típica de indiferença no rosto. Seu jeito desafiava todos a ousarem dizer qualquer coisa sobre seu acompanhante. Quando entraram, algumas cabeças viraram-se para olhá-os. O maître, nervoso com aquele cliente que parecia ser arrogante, os encaminhou até a mesa reservada, entregou-lhes o cardápio e, quando sentaram, e pediu licença.

    O ambiente era tão luxuoso que Archie ficou olhando em volta por longos segundos, reparando nos lustres de cristal, nas mesas de mogno, nas poltronas macias e confortáveis… Até que ouviu um risinho de Marc.

    ━Gostou? 

    ━Claro! Acho que nunca estive num lugar assim antes. 

    ━Mas nós já fomos a vários restaurantes desse tipo. -murmurou enquanto folheava o menu

    ━Sim, mas acho que esse é o mais bonito. -Archie murmurou, maravilhado

    Marc olhou-o de soslaio por cima do menu e quase grunhiu, com vontade de beijá-lo, ao ver aquela expressão admirada em seu rosto. As coisas simples deixavam Archie maravilhado, desde um doce à uma roupa bonita que lhe dava. Para Marc, que sempre havia tido tudo o que queria, ir naquele tipo de lugar fazia parte da sua vida desde pequeno, e frustrou-se ao perceber que o namorado não havia tido as mesmas oportunidades. 

    ━Archie, esse é o tipo de lugar que vamos frequentar daqui para a frente. -decidiu o que iria pedir e fechou o cardápio, encarando-o com atenção

    ━Às vezes eu acho que é muito… Diferente de mim. 

    ━Mas você não gosta desses lugares? -indagou, observando-o olhar o cardápio e disfarçar sua reação aos preços

    ━Gosto, mas não estou acostumado. Nunca pude comer nesses restaurantes e agora posso, graças a você. Mesmo assim é estranho, sinto como se eu não pertencesse a esse lugar -murmurou

 Marc franziu o cenho e pôs as mãos em cima da mesa, com os dedos entrelaçados e uma expressão confusa no rosto. Ele não havia gostado do restaurante?

    ━Pensei que você quisesse vir aqui. Podemos ir a outro lugar, se você quiser. -sugeriu, tentando controlar a irritação.

    Analisou sua expressão confusa, os olhos verdes indagadores de Archi e desviou o olhar, adorando vê-lo sem os óculos. Em seguida respirou fundo e disse a si mesmo que era ridículo ficar irritado, mesmo que não conseguisse entender o deslumbramento do garoto com os lugares onde o levava. Achava que Archie preocupava-se ao extremo com dinheiro, mesmo que lhe dissesse que aquilo não importava. 

    ━Não, Marc, eu adorei. -o garoto tocou-lhe as mãos por cima da mesa, apertando-as de maneira reconfortante- Sua memória é muito boa, eu comentei sobre esse restaurante há tempos.  É que às vezes você acha que todos nasceram ricos como você… -murmurou, rindo 

    Marc ficou quieto, sem saber como continuar o diálogo. 

Archie logo calou-se, sem saber muito bem por que havia dito aquelas palavras.

    A diferença entre ambos era perceptível, por exemplo, no jeito como tratavam os funcionários que lhes serviam nos lugares aonde iam. Marc não dava muita importância ao trabalho deles e nem entendia por que Archie era extremamente simpático e gentil com os mesmos. Outro ponto diferente era a falta de noção de Marc com relação ao dinheiro e aos gastos, o que deixava Archie um pouco assustado, já que ele gastava demais. Nunca se intrometeu naquele assunto, mas sempre tentava lhe aconselhar, de maneira gentil, a não comprar coisas das quais não precisavam. 

    ━Já escolheu? -Marc perguntou 

    ━Vou querer o menu do chefe. Vem a entrada, um prato principal e uma sobremesa.

    ━Ótimo. E o que quer beber?

    ━Ah… -Archie leu o cardápio, vendo que não serviam bebidas sem álcool e sugeriu: Posso tomar o que você pedir.

    ━Mesmo? -arqueou as sobrancelhas com um sorrisinho metido, apoiando o queixo na mão direita

    ━Estou com vontade de experimentar coisas novas hoje. -respondeu com um sorriso tímido que fez Marc apertar as mãos na borda da mesa

    _____

    ━É o melhor doce que eu já provei. 

    ━Você diz isso para todos os doces que prova. -Marc disse, saboreando o suflê de frutas vermelhas

    ━É fácil me agradar. -falou, rindo 

    Comeram em silêncio, apreciando as diferentes texturas do doce que, junto à farofa doce que estava espalhada no prato, deixava a apresentação moderna e colorida. Quando terminaram, o garçom recolheu os pratos e perguntou se queriam algo mais, ao que ambos negaram e o dispensaram. Ficaram bebericando a champanhe que Marc havia pedido.

    ━Bebidas alcóolicas são ruins. -Archie não gostou do jeito como sua garganta ficou quente após beber um gole da sua segunda taça

    ━É porque você nunca bebeu. -Marc murmurou

    ━E você deu uma trégua a sua promessa de não beber? -Archie o provocou, mas ficou com pena ao ver a expressão de culpa no rosto dele.━Marc, estou brincando. -disse com suavidade

    Marc tomou um gole da bebida, gostando do sabor adocicado que desceu esquentando sua garganta de maneira leve. 

    ━Leonard me contou que você o ajudou na reforma. -Archie murmurou, fazendo Marc apertar os lábios

    ━Aquele cretino. -resmungou

    ━Não fale assim dele, Leonard é um ótimo amigo e eu o adoro. Por que não queria que eu soubesse? 

    ━Você não gosta quando eu pago as coisas para você, o que eu não entendo, então achei melhor não falar nada. Eu queria ajudar com a reforma -disse, de maneira séria, evitando olhá-lo

    ━Marc. -Archie respirou fundo- Não é uma questão de orgulho eu não querer que você pague as coisas para mim. Mas eu nunca fui acostumado assim. Sempre trabalhei duro para ter o que eu queria, ou melhor, para sobreviver. É estranho namorar com alguém que veio de outra realidade. 

    ━Estranho? -franziu o cenho, ainda sem entender. Archie inclinou-se na poltrona, com um sorriso cheio de compaixão e tocou-lhe as mãos numa carícia leve

    ━Estranho porque você nunca soube o que é ser pobre. Ou como é difícil trabalhar durante muitos meses para conseguir comprar algo que você queria há tempos. Eu trabalhei lavando pratos, eu sei como é ser pobre, eu sei como o garçom que nos serviu se sente. Ele gostaria de jantar aqui, mas não pode.

    ━Qual o problema então? -perguntou calmamente 

    ━Não tem problema, só que a maioria das pessoas ganha muito pouco. Quando eu morava sozinho eu recebia apenas um salário mínimo e não sobrava nada para comprar roupas, sapatos e, às vezes, nem comida. 

    Marc apertou os olhos, tentando imaginar-se naquela realidade, mas ela estava longe demais da sua para poder comparar. Sempre que queria algo simplesmente comprava. Não sabia o que era trabalhar para poder conseguir compar algo. Sua mesada estava lá, depositada pelos pais todos os meses, assim como o dinheiro que havia herdado do avô, que continuava a render por causa dos investimentos que tinha feito. Além do salário, que era alto por conta do setor em que trabalhava.

    ━Seus pais não… -Marc engoliu em seco- Pagavam mesada para você?

    Archie lhe encarou, incrédulo e, em seguida, começou a rir baixinho. Marc ficou vermelho de vergonha com aquela reação e, com um suspiro impaciente olhou para o teto.

    ━Minha família não é rica, Marc. A maioria das pessoas não recebe mesada. 

Claro que a escola havia lhe ensinado sobre repartir e a lidar com outras realidades, mas nunca havia pensado de fato sobre pobreza e riqueza.

    ━Desculpe se te chateei. -Archie murmurou, constrangido ao vê-lo com uma expressão confusa- Não tem problema sermos diferentes, é importante conversarmos sobre isso. E muito obrigado pela reforma. 

    Passaram alguns minutos se olhando de forma silenciosa, mas logo Marc relaxou e Archie respirou fundo. O garoto resolveu perguntar sobre a família do namorado.

    ━Seus pais estão bem?

    ━Sim. -respondeu rapidamente

    ━Você vai ganhar uma irmãzinha, não está contente?

    Marc olhou-o com o cenho franzido.

    ━Eu deveria estar contente?

    Archie suspirou e riu baixinho com aquela frieza.

    ━Marc, eu sei que é difícil, mas você pode me dizer como se sente de verdade.

    O outro suspirou 

    ━Sinto raiva deles e alegria por eles. Não sei mais como me comportar perto dos meus pais, é como se algo tivesse quebrado entre nós. 

    ━E como você se comportava antes de eles viajarem? 

    ━Quando meu avô e Rachel não haviam… -engoliu em seco- Era bom. Éramos unidos. Meu avô nos levava para a casa da praia, Rachel e eu brincávamos juntos, também brigávamos às vezes. Então fomos crescendo, meu avô faleceu  e tudo começou a ficar estranho. Meus pais nunca souberam lidar com o luto, tanto é que foram embora após Rachel falecer.

Sua expressão retorceu-se com amargura e balançou a cabeça. Não queria falar sobre aquilo durante um jantar que era para ser especial. Por isso, resolveu voltar ao assunto de antes e ocorreu-lhe lembrar da escola, na qual Archie também havia estudado. 

    ━Nós estudávamos na mesma escola. A mensalidade era alta. -falou, de maneira entrecortada- Era difícil para você?

    Archie entendeu aquela mudança repentina de assunto; ele não queria conversar sobre a família. Respeitou aquela decisão, mas sabia que uma hora ou outra teriam que dialogar sobre aquilo, afinal, gostaria de conhecer melhor os pais de Marc e ela importante que falassem sobre eles.

    ━Eu consegui uma bolsa, porque Alan também havia estudado lá e era um ótimo aluno. Sim, era difícil, por isso eu não tinha amigos. Todos eram de outra realidade, você inclusive.

    ━Eu não lembro de muita coisa do ensino médio.- Marc murmurou- Éramos de turmas e anos diferentes.

    ━Eu lembro de você. -Archie deu uma risadinha baixa

    ━Do que você lembra? -perguntou com curiosidade

    ━Do quanto você era popular. -falou timidamente, apoiando o queixo nas mãos- Bom nos esportes e em química, obviamente. Mas os professores te odiavam justamente por isso. Você bagunçava, mas tirava ótimas notas. Menos em literatura e história.

    Marc torceu o nariz, sem conseguir segurar o sorriso que espalhava-se pelo rosto. Tentou lembrar-se de Archie naquela escola, mas não conseguiu e sentiu-se patético. Suas memórias eram vagas demais. Nunca haviam realmente se esbarrado, apenas sabia da existência dele. O que era bastante estranho, considerando que agora eram namorados e noivos. Reconfortou-se ao dizer para si mesmo que naquela época não reparava muito nas coisas, em geral. 

    ━De quais matérias você gostava? -Marc perguntou

    ━Biologia era a minha favorita. Mas eu adorava literatura e história também. -tomou goles curtos da champanhe, sentindo a cabeça um pouco zonza

    ━E suas notas?

    ━Medianas. Nunca fui bom em algo específico. -murmurou pensativo

    Marc havia apenas tomado uma taça de champanhe, mas havia passado tanto tempo sem álcool que o corpo já reagia. Estava com calor e um pouco tonto, assim como Archie que, surpreendentemente, já estava na segunda taça.

    ━Você é bom em coisas mais importantes. -terminou por murmurar, sem encará-lo 

━Como o quê? 

    A pergunta deixou-o surpreso e Marc suspirou antes de prosseguir.

    ━Em tratar as pessoas de maneira justa. Ser gentil com todos. Alegre, honesto, amoroso. -A voz foi ficando mais fraca conforme falava e calou-se ao ver o outro passar a manga da camisa nos olhos, secando as lágrimas que nem haviam caído

    ━Muito obrigado, Marc. Pelo jantar, pela reforma, por tudo. -falou com sinceridade

    ━Eu te daria muito mais se você não fosse tão orgulhoso. -resmungou, brincando, e Archie riu 

    ━Vamos para casa?

    Casa. Marc sorriu com sinceridade ao ouvir aquela palavra tão simples pronunciada nos lábios do garoto. Era a casa de ambos agora e, mesmo que não gostasse das plantas que haviam no canto do quarto, as aceitava porque eram parte de Archie e agora ele era parte de si.

    ━Vamos. 

    ━E a gorjeta? -Archie sussurrou ao ver o garçom aproximar-se, pronto para tirar os pratos

    ━Claro.

    ━Foram servidos de maneira correta, senhores? -ele perguntou, pegando os pratos e colocando na bandeja

    ━Sim, tudo estava certo. -Marc retirou quatro notas de dentro da carteira e entregou ao homem- Pelo serviço.

    Ele olhou as notas com os olhos arregalados. Nunca havia recebido uma gorjeta tão alta na vida. 

    ━Senhor, muito obrigado! 

    Marc olhou para Archie com um sorrisinho torto e sincero antes de pagar a conta. 

    _____

    O trânsito estava caótico, pois era noite de sexta-feira e todos haviam resolvido sair para um happy hour. O céu escuro não continha quase nenhuma estrela e uma brisa gostosa entrava pela janela aberta do lado do passageiro. 

    Estavam parados no farol e havia uma fila de carros à frente, iluminando a noite com seus faróis. Conforme avançavam pela rua, lentamente, Archie olhou para Marc e admirou seu cenho franzido enquanto ele fazia uma conversão à direita. A camisa dele estava apertada nos bíceps, notou, e aquela expressão impaciente lhe deixava bonito, porque, querendo ou não, combinava com ele. 

Marc apertou seu joelho num gesto conhecido e carinhoso, sem olhá-lo. Archie beijou-o no braço com carinho, mas quando Marc lhe encarou, com os olhos semicerrados e sérios, sentiu um arrepio passar por sua espinha. Então percebeu que a mão do namorado estava perigosamente próxima do meio de suas pernas. Ia afastar-se, pois estava ficando vermelho com a intensidade e proximidade daquele olhar, mas Marc tocou-o suavemente ali, com a ponta dos dedos, mandando mais arrepios por todo seu corpo. 

O garoto respirou fundo, olhou para os lados, um pouco nervoso e tonto, e perguntou, com o rosto completamente vermelho:

    ━Podemos fazer?

    Marc franziu o cenho, chocado com a pergunta. Deu o sinal para fazer uma curva e continuou dirigindo mais lentamente. 

━Como quer fazer? No carro? -indagou quase num sussurro, querendo que ele verbalizasse seus desejos

Archie reuniu toda a coragem e engoliu toda timidez que tinha ao tirar o cinto e inclinar-se no banco Tocou-o no meio das pernas com a mão direita. O carro deu uma freada brusca e Marc soltou um palavrão, agradecendo por não ter ninguém na rua em que havia entrado. 

━Responda às minhas perguntas. -mandou, acalmando a própria respiração após o susto

Continuou dirigindo e a ideia de transarem no carro lhe deixou animado. Seria o desfecho ideal para aquela noite de comemoração. Archie até havia bebido champanhe e, talvez por conta disso ele estivesse agindo daquela maneira, pois era raro ele tomar a atitude inicial. 

Pegou uma rua mais movimentada e parou no semáforo fechado. A fila de carros naquele horário era longa e, por isso ficariam bastante tempo acelerando e parando.

━O trânsito está trancado. -Archie murmurou, sentindo o corpo esquentar

O calor tomou conta de seu rosto e irradiou para seus ombros. Abriu um pouco os botões da camisa no peito, desfez as abotoaduras dos pulsos e puxou as mangas para cima, sendo observado pelo olhar dominador do namorado.

━Já está tirando a roupa? -brincou

Freou bruscamente em outro farol e respirou fundo ao ser tocado na parte interna das coxas. Afrouxou a gravata, tirou-a do pescoço e abriu mais a camisa, deixando boa parte do tórax desnudo. Olhou pela janela do passageiro e viu que o carro ao lado tinha a janela aberta e o motorista fumava um cigarro de forma distraída. Marc riu baixinho de felicidade ao perceber que realizaria uma de suas fantasias naquela noite. 

Os vidros do carro eram escuros, mas não barravam completamente a visão das pessoas de fora. Marc sorriu ao sentir a boca de Archie em seu pescoço e os dedos dele puxando seu colarinho. Olhou para a frente e acelerou ao ver o sinal verde. Archie quase escorregou, mas segurou-se firmemente no banco, no meio das pernas de Marc. 

━Marc, acho que não vou conseguir… -começou a murmurar, equilibrando-se com dificuldade conforme o carro movia-se

━Archie. -rosnou o nome dele e levou a mão até seu pescoço, puxando-o para perto enquanto olhava para a frente com um sorriso malicioso- Ou você me chupa agora, enquanto eu dirijo, ou vou parar o carro em uma rua movimentada e te comer de frente para a janela. -sorriu largamente, adorando ver a expressão nervosa e ao mesmo tempo tímida no rosto do outro

Afrouxou o aperto no pescoço dele e beijou-o nos lábios rapidamente, voltando sua atenção ao trânsito.

━Abaixa a cabeça. -ordenou, sem olhá-lo

Archie mordeu os lábios, ajeitou os joelhos no banco do passageiro e inclinou-se para a frente, deitando o rosto na coxa direita do outro. Marc sorriu e acariciou sua bochecha com delicadeza. Passou os dedos pela bochecha quente, pelos cabelos negros e, por fim, colocou-os na boca de Archie, forçando passagem pelos lábios entreabertos.

━Chupa. -mandou

Agora Marc já estava dirigindo por ruas movimentadas, mas que não faziam parte do itinerário de volta para casa. Estava feliz pelos semáforos fecharem com rapidez, pois assim podia dirigir lentamente sem provocar nenhum acidente. Mas era difícil controlar o freio, o acelerador e Archie ao mesmo tempo. 

A língua de Archie enrolava-se em seus dedos, quente e macia, e os lábios apertavam-se, tentando segurar a saliva dentro da boca. No meio das pernas, o membro de Marc despontava num volume considerável na frente da calça. 

Archie fechou os olhos e apoiou as mãos na perna do outro, que tirou os dedos da sua boca e espalhou a saliva por volta da sua boca.

━Marc… -resmungou, fazendo uma careta e teve as bochechas agarradas com força

━Você não reclama, só obedece. -Archie ia provocá-lo, mas sua cabeça foi empurrada para baixo e teve o rosto esfregado no meio das pernas dele, de um lado pelo outro

Marc acelerou pela rua e, enquanto dirigia, abriu uma fresta da janela do passageiro. O garoto fez menção de levantar-se, com medo de que ele tivesse aberto toda a janela.

━Marc… -ele colocou mais pressão e empurrou-o mais para baixo, abafando suas reclamações

━Fica quieto. Use sua boca de maneira produtiva. -rangeu os dentes, sorrindo e espiando pela fresta da janela enquanto parava em outro semáforo

Archie gemeu baixinho de frustração, excitação e desejo. O corpo inteiro já estava quente e o próprio pênis deixou sua cueca apertada dentro das calças. Queria tocar-se, mas sabia que Marc não permitiria. Por isso, abriu os lábios e esfregou-os por cima da calça do namorado, colocando-os em volta do tecido que envolvia o volume rígido. O calor que emanava daquele ponto íntimo lhe fez estremecer e pegou-se salivando enquanto esfregava-se ali, ansiando colocá-lo na boca e fazê-lo chegar ao clímax em sua boca.

Atreveu-se a colocar as mãos no zíper da calça e ouviu uma risadinha rouca. O carro parou novamente e Archie ouviu o barulho da janela abrindo mais. Ou estaria fechando? Não podia e nem conseguia olhar para trás no momento.

━Está tão desesperado assim? 

Assentiu com a cabeça rapidamente e, para provocá-lo, passou a língua por cima da calça e nos dedos dele, depois encarou-o timidamente. Marc respirou fundo, olhou para a frente, acelerou o carro e fechou os olhos por dois segundos, controlando-se para não falar as obscenidades que passavam por sua cabeça. O olhos verdes lhe encararam com ansiedade e desejo. Estava tão perto de realizar uma das suas fantasias… Olhou para a janela, que havia aberto mais e, ao ver o motorista do carro ao lado, um arrepio de adrenalina percorreu seu corpo.

━Quer que todos vejam o tipo de coisa que você gosta de fazer? -grunhiu a pergunta e enfiou dois dedos na boca dele o mais fundo que conseguiu

Archie engasgou-se e abriu mais a boca para acomodá-lo. A saliva escorreu pelos lados do queixo e foi difícil mover a língua. Marc puxou-o para cima e passou a língua pelos lábios molhados, gritando um palavrão ao ouvir uma buzina atrás de si. Ao lado, o motorista olhou pela fresta da janela, arregalou os olhos e ia dizer algo, mas Marc mostrou-lhe o dedo do meio e acelerou com rapidez, fechando metade da janela.

━Eu quero que você me chupe agora. Rápido. -abriu o zíper da calça, puxou a cueca para baixo e Archie gemeu ao ver que a cueca preta estava um pouco molhada em um ponto específico

Mordeu os lábios, quase gemendo só por vê-lo rijo e tão próximo de seu rosto. Esfregou o nariz no membro, passou a língua pela região pubiana e desceu até os testículos. 

━Não fique brincando. Coloca na boca logo. -Marc mandou, com ambas as mãos no volante

E assim o fez, colocando todo o volume na boca. Primeiro engoliu-o por inteiro, usando a língua para protegê-lo dos dentes, e apertou os lábios em volta da circunferência, deixando-o na boca para acostumar-se. Mas Marc, impaciente, moveu o quadril e pôs os dedos nos cabelos de Archie, empurrando sua cabeça para baixo.

━Assim. -gemeu, agora dirigindo apenas com uma mão e acariciando os cabelos do namorado- Abre mais a boca, quero colocar bem fundo. -disse baixinho e, quando Archie obedeceu, emitindo gemidos abafados, fechou os olhos por 1 segundo e mordeu os lábios ao mover o quadril para cima

A boca dele estava quente e a saliva morna escorria pelos testículos até o banco. Olhou para a frente com dificuldade e freou bem em cima do sinal vermelho. Ele lhe chupava tão bem… O barulho dos carros, de conversas, tão próximas do carro, lhe deixou ainda mais excitado. Controlou os movimentos dele de maneira pouco gentil, puxando-o para cima e para baixo, adorando ouvir os resmungos e o som abafado de seus engasgos.

Os dedos de Archie tocaram-no nas coxas, passando as unhas na calça com força e Marc franziu o cenho, afastando-o de seu pênis. 

Com o queixo e os lábios molhados, Archie respirou de maneira ofegante. 

━Coloca a língua pra fora. -Marc ordenou, acelerando devagar o carro

Archie não entendeu o motivo da ordem, mas fez o que ele havia pedido, sentindo o corpo inteiro queimar de calor. Algumas gotas de suor escorriam por sua coluna e as janelas já começavam a ficar embaçadas. Queria tocar-se, precisava se aliviar, mas era daquela tortura que Marc gostava e, no fundo, também adorava saber que era ele quem controlava seu prazer. A cabeça girava e doía, estava tonto, mas precisava que ele lhe tocasse.

━Isso. -olhou-o rapidamente, ligando a seta para entrar numa rua- Quer saber o que você parece assim? -perguntou, completamente inebriado de desejo. Marc tocou o próprio pênis algumas vezes, mordendo os lábios, sendo observado por um Archie ansioso

━Não -respondeu, quase gaguejando e, quando Marc arqueou a sobrancelha, por vê-lo fechar a boca, rapidamente colocou a língua para fora, sentindo-se constrangido, sem conseguir encará-lo direito

━Parece uma cadelinha. -disse e riu alto

Archie gemeu e fechou a boca, pegando fôlego. Marc não costumava xingar-lhe daquele jeito e só o fazia quando estava realmente no ponto alto do prazer, que beirava a loucura às vezes. Estremeceu só de pensar no quanto ele lhe marcaria naquela noite.

━Língua para fora. -mandou, dando um tapinha na sua bochecha direita com um sorrisinho enigmático

Então Archie percebeu que o carro havia parado. Estavam estacionados numa rua afastada do centro da cidade. Poucas pessoas caminhavam na calçada, que era cheia de condomínios e casas Estavam parados numa parte mais escura. 

Archie olhou para os lados, nervoso, e recebeu um tapa mais forte do rosto, que lhe fez suspirar e gemer, com o cenho franzido. 

━Vira pra janela.

Arregalou os olhos com o pedido e, com nervosismo, tentou enxergar a movimentação da rua, mas teve o rosto puxado com força. 

━Eu mandei virar. -Marc sussurrou ameaçadoramente, empurrando seu rosto para a janela

O garoto engoliu em seco e virou-se lentamente, ficando de quatro no banco. Da rua podia ouvir o barulho dos carros, das buzinas e de conversas. Uma fresta da janela continuava aberta e qualquer um que passasse caminhando e olhasse para baixo o veria ali, de quatro no banco do passageiro. 

Marc lhe obrigou inclinar-se para baixo e empinar o quadril para cima, ficando com o rosto no estofamento de couro do carro. De forma agressiva, ele abriu o zíper da sua calça e abaixou-a até os joelhos, junto com a cueca que vestia. Archie mordeu os lábios e abriu mais as pernas, inclinando-se para trás.

━Olha pra você, de quatro no meu carro, implorando pra que eu te lamba. 

Os cabelos de Archie já grudavam em seu rosto e o carro começava a ficar mais abafado com o calor dos corpos. Apenas suas respirações pesadas eram ouvidas acima dos barulhos da rua. Os dedos de Marc passaram por sua entrada delicadamente e foi o suficiente para fazê-lo arrepiar-se.

━Eu quero te marcar antes de te foder. -sussurrou de encontro às nádegas e mordeu uma delas com força

Archie gritou e logo colocou a mão na boca, mordendo-a com os olhos arregalados, pois o som ecoou por longos segundos pela rua. Marc riu baixinho, a respiração quente tocando-o intimamente e Archie inclinou-se mais para trás, escondendo o rosto.

━Quando você está me chupando não consegue gritar. -mordeu a outra nádega enquanto tocava o próprio pênis, observando que o do namorado estava ereto e que o corpo dele tremia- Eu quero te xingar de todos os palavrões possíveis. -rosnou de encontro às coxas dele 

Archie gemeu, ergueu a cabeça, com o rosto completamente vermelho, a boca molhada e os cabelos desalinhados.

━Por que não xinga? -perguntou e logo enterrou o rosto no estofamento com vergonha. Um tapa fez seu traseiro arder

Realmente, o champanhe havia lhe deixado bastante animado. Estava um pouco zonzo, a cabeça doía, o corpo ardia de desejo e o membro pingava no assento, ansioso por um alívio. Cenas do jantar se embaralharam em sua mente. Será que tinha bebido tanto assim?

━Tão corajoso. -riu baixinho e inclinou-se, puxando-o pelos cabelos para trás- Quer que eu te chame de quê? -sussurrou em sua orelha, segurando seu queixo com força- De vagabunda? -perguntou numa voz sedutora e Archie moveu os quadris para trás, gemendo de olhos fechados

Recebeu outro tapa nas coxas que deixou sua pele ardendo e formigando. Beijou a mão do namorado e colocou o dedão dele na boca, para abafar os gemidos. Na rua um casal passou a 2 metros de distância da janela, e Archie sobressaltou-se, de olhos arregalados, ao vê-los tão próximos.

━Não se mexa. Será que eu deveria abrir a janela? -Archie negou com a cabeça veementemente, incapaz de pronunciar qualquer coisa- Não? Mas qual é a graça assim? -perguntou num tom decepcionado

Marc levou dois dedos a própria boa e, enquanto segurava o queixo do garoto com a outra mão, lambeu-os e deixou-os bem molhados. Depois os colocou na entrada de Archie, pressionando-a e mordendo os lábios de desejo ao vê-lo gemer e mover a língua em volta de seu dedão. 

━Você se comporta como uma vagabunda quando quer transar. 

Ele também deveria estar um pouco bêbado para estar lhe xingando daquela maneira. Archie fechou os olhos, envergonhado por ter gostado daquele xingamento. Os dedos de Marc deslizaram para dentro de seu corpo com lentidão.  A dor inicial foi incômoda, mas depois que eles passaram pela entrada, seguiram sem dificuldades até o fundo. 

    ━Merda. -Marc largou seu rosto e levou a mão ao próprio membro, tocando-se devagar

    As paredes dele apertaram seus dígitos e, quando Archie gemeu mais longamente, a pressão aumentou, tentando expulsá-lo dali.

    ━Coloca o rosto no vidro e se inclina pra frente. -ordenou entredentes, empurrando-o para frente

    ━Não! -Archie protestou, mas sua cabeça foi empurrada de encontro ao vidro e um tapa foi desferido em sua nádega direita

    ━Não sabe mais obedecer? -Marc sussurrou de encontro ao seu ouvido de maneira amedrontadora- Você vai ter que gritar pelo menos duas vezes quando eu estiver te fodendo.

    ━Marc, não… -choramingou, preocupado, com o rosto colado na janela do carro

    Na rua não havia ninguém passando, mas até quando? Mordeu os lábios com preocupação e abaixou os olhos, evitando olhar para fora. Fechou os olhos e pediu, mentalmente, para que ninguém resolvesse caminhar por ali. 

    ━Só pode gemer ou gritar, entendeu? Se resmungar ou reclamar eu vou te bater. 

    As mãos nada delicadas de Marc puxaram sua camiseta para cima até sua cintura e continuou movendo os dedos em seu interior, agora com mais rapidez e força. Archie estava controlando os gemidos e Marc começou a ficar irritado com aquilo. 

    Marc olhou para a rua com cuidado. Não havia ninguém passando no momento e ficou decepcionado. Queria ser visto, mas não sabia o que poderia acontecer se aquilo se concretizasse. Inclinou-se, tirou os dedos de dentro de Archie e beijou-o na entrada, rindo de encontro à pele quente e molhada.

    ━Pare de segurar sua voz. -mordeu sua nádega esquerda e passou a língua pelo interior da região, fazendo-o estremecer 

    Pelo retrovisor, Marc viu que uma moça caminhava em linha reta pela calçada, do lado de Archie. Sorriu largamente ao ver sua chance.

    ━Você tem que gritar agora. 

    ━Não! -Archie negou 

    Marc mordeu os lábios com irritação e, de cenho franzido, beliscou a coxa direita dele com toda a força que tinha, torcendo a pele. O grito dele ecoou por toda a rua e misturou-se ao som dos carros e buzinas, mas foi perceptível acima dos barulhos da cidade. A moça olhou para os lados, confusa e assustada, mas seguiu caminhando, agora mais rapidamente.

    Marc riu e beijou o local em que havia beliscado.

    ━Se nos pegarem podemos ir presos, Marc. -Archie disse, ofegante

    ━Cala a boca. -bateu em suas coxas, dando um tapa estalado e forte, que também ecoou

Com um sorriso e sem aviso, Marc enterrou o rosto no meio das pernas dele, movendo sua língua de maneira a pressioná-lo a relaxar.  Tocou-lhe os testículos e masturbou-o lentamente com as mãos, adorando ver o quão duro e quente ele estava. 

    ━Marc, por favor… -ia pedir para ele lhe penetrar e acabar logo com aquilo, porque o queria dentro de seu corpo e também porque estava com medo de ser pego

    ━Você vai gritar de novo.

    ━Não! -implorou, olhando para ele com pavor

    ━Vai pro banco de trás, de quatro. -ordenou, dando-lhe um tapa na bunda

    O garoto obedeceu rapidamente, rastejando, atordoado. Ajoelhou-se no banco, com as costas coladas no estofamento de couro. Puxou a camisa para cima e, desesperado para fazer com que Marc lhe penetrasse logo, inclinou o corpo para trás e tocou as nádegas com ambas mãos, abrindo-as de maneira a ficar mais vulnerável.

    ━O que pensa que está fazendo? Me provocando? -a pergunta ecoou de maneira ameaçadora e Archie fechou os olhos com força, enterrando o rosto no banco

    ━Por favor… -pediu- Coloca dentro. 

    ━Onde? 

    Archie quase gritou de impaciência. Ele estava lhe testando, querendo que falasse, que mostrasse e que agisse. Por isso, levou o dedo indicador da mão direita até a entrada, colocando-o dentro lentamente num gemido longo enquanto mordia os lábios.

    ━Aqui -gaguejou, com a voz abafada.

    Olhou para trás e encarou os olhos selvagens e escuros, que marcavam seu corpo mentalmente, guardando cada pedaço de pele e movimento seu na memória. Ele estava se tocando com uma expressão alucinada no rosto, e Archie nunca havia desejado-o tanto na vida. Num movimento brusco e cheio de vontade de enterrar-se naquele corpo que tanto amava, Marc empurrou-o para frente, pelos cabelos, e ajeitou-se para penetrá-lo. Com aquela aproximação, o pênis dele tocando sua entrada, Archie gemeu alto, dando-se conta do quanto o queria. Por um momento esqueceu onde estavam, olhou para trás e deu um sorrisinho tímido. 

    Marc ficou um pouco desestabilizado com aquela expressão sincera. Os cabelos desgrenhados, grudados na testa pelo suor, a posição que ele estava, o jeito como se mostrava completamente, as bochechas e lábios vermelhos… Passou um pouco de saliva nas mãos, no próprio membro e, com um grunhido, penetrou-o lentamente, até o fundo. O corpo dele estremeceu e Marc inclinou-se para beijá-lo na nuca. Parecia que, quando estavam conectados daquela maneira, seus corpos também se ligavam através de uma corrente elétrica, que arrepiava suas peles.

    ━Você ainda não gritou. -sussurrou em seu ouvido, de olhos fechados e com uma voz inebriada de quem tentava conter o próprio prazer 

    ━Não vou gritar. -disse com dificuldade, mordendo os lábios ao sentí-lo mover-se

    ━Vai gritar. Porque eu vou bater na sua cara. -segurou-lhe o queixo e, com a mesma mão, deu-lhe um tapa na bochecha

    ━Marc, pare com isso -resmungou, sabendo que, se ele continuasse, não conseguiria segurar a voz

    ━Teimoso. Prefere que eu te bata no rosto ou na bunda?

    Archie não respondeu, pensando no que escolher, e uma outra estocada mais funda lhe fez gemer alto.

    ━Se for na bunda eu vou bater até ficar vermelha. E depois vou apertar, morder e beliscar a pele.

    O garoto quase sentiu a alma sair do corpo. Enquanto ele sussurrava os jeitos como iria marcá-lo, arrepios intensos faziam todo seu corpo tremer ao imaginá-lo lhe batendo. Foi segurado pela cintura e sentiu os dedos de Marc apertarem o local.

    ━Se for no rosto você vai ter que trabalhar marcado. Todos verão que você não tem nada de quietinho e tímido. 

    Olhou para trás, com o corpo vibrando, sentiu a cabeça rodar e, quando ele lhe penetrou mais fundo, tocando-o num ponto sensível, gemeu alto. Lembrou-se das palavras baixas que ele havia usado para lhe xingar e o rosto esquentou ao ponto de parecer que estava com febre. O corpo balançou para frente e para trás enquanto Marc movia os quadris, entrando e saindo de seu interior. Ainda encarando-o, Archie murmurou, com a coragem que o champanhe havia lhe dado:

    ━Pode me xingar, se quiser. -mordeu os lábios, provocando-o

    Marc ficou tão atônito, tão surpreso, que estocou com mais força no corpo pequeno, sentindo-o acomodá-lo com mais facilidade. Apertou as nádegas, gostando de apalpar a pele quente e encostou o abdômen nas costas dele. Levou uma mão ao pescoço de Archie, apertou-o levemente e beijou sua nuca, inspirando profundamente o cheiro de sexo misturado ao shampoo doce de morango. Mordeu seus ombros, beijou a pele suada das costas e terminou por mordiscar o lóbulo da orelha pequena.

    ━Você ficou bêbado só com duas taças de champanhe? Ou meu pau te deixou tão feliz ao ponto de pedir essas coisas? -mordeu com força o pescoço dele, penetrando-o mais rapidamente, quase grunhindo ao chegar perto do clímax- Vagabunda.

    Aquela palavra, xingamento, foi dito tão baixinho e tão próximo de seu ouvido, que o garoto gemeu longamente, de olhos fechados, como se estivesse quase chegando ao orgasmo. Ele havia a sussurrado, num tom tão baixo e rouco que lhe arrepiou o corpo inteiro.

    Marc, surpreso ao vê-lo gostar tanto do xingamento, segurou-o pelos cabelos com agressividade, obrigando-o a encostar a cabeça em seu ombro. Ficaram encarando-se diretamente, com olhares semicerrados repletos de desejo. Suas expressões estavam contorcidas, extasiados com o efeito do álcool e da libido. A excitação borbulhava dentro do carro, cujos vidros estavam embaçados.   

    Ouviram alguns passos e conversas altas se aproximarem. Marc, perdido nas sensações que o corpo de Archie provocava, apertando-o e envolvendo-o com calor, estocou fundo dentro dele, sentindo os testículos apertarem e baterem de encontro às coxas suadas. Largou seus cabelos e segurou as mãos dele nas costas. De cima, ficou admirando o pênis entrando e saindo; o líquido que saía de seu pênis fazia barulho ao lubrificar as paredes internas do corpo do outro. Não havia gozado ainda, mas estava muito próximo.

    Os passos se aproximaram do carro e, quando olhou para o banco da frente, viu um par de olhos espiando pela janela do passageiro que não havia fechado completamente. Era um homem que, ao ver o que acontecia, com a expressão curiosa, fez uma expressão de choque e ficou parado por alguns segundos, sem saber como agir. Naquele meio tempo Marc arqueou as sobrancelhas, olhando diretamente para ele. Em seguida riu e colocou um dedo na frente dos lábios, pedindo silêncio, enquanto movia os quadris mais rapidamente, apertando e torcendo a pele do quadril de Archie. A adrenalina que percorreu seu corpo foi tão intensa que estremeceu. O homem saiu rapidamente de perto do carro. 

    O suor escorria pelo corpo de ambos e Archie mordeu o estofamento do carro, controlando os gemidos que emitia e tentando parar de pensar na dor da penetração. Marc afastou-se e admirou a entrada molhada e vermelha do namorado, que contraía-se, tentando acostumar-se com a falta de volume.

    Marc penetrou-o profundamente e, de uma vez só, derramou-se no interior quente de Archie, mordendo os lábios e sentindo a onda de prazer fazer seu corpo inteiro tremer. Quando terminou, teve que segurar-se para não cair no banco. As pernas estavam bambas, a respiração ofegante e o calor irradiava de seu corpo. Era como se tivesse corrido uma maratona. Passou a mão pelo rosto, pelos cabelos suados e, quando acalmou-se, saiu de dentro do corpo de Archie, que estremeceu com o movimento.

    O garoto estava ofegante e virou-se, sentando-se no banco. No rosto havia uma expressão alegre, perdida e um pouco orgulhosa que fez Marc inclinar-se para beijá-lo na boca.

    ━Vou te chupar. -murmurou em seus lábios, empurrando as pernas dele para cima e ajoelhando-se no carro

    Archie estava tão desnorteado que não entendeu o que ele estava prestes a fazer e, assim que Marc aproximou-se de seu membro, abrindo suas pernas ao máximo e empurrando-as para cima, sentiu algo escorrer da sua entrada. Cobriu o rosto com vergonha, mas, quando Marc colocou-o na boca, teve que morder os próprios lábios com força. 

Ele brincou com a língua na ponta, pela base, mas, quando engoliu-o por inteiro, numa velocidade incrível e de uma vez só, Archie segurou-o pelos cabelos, impedindo-o de afastar-se e ouvindo o som do engasgo enquanto sentia as unhas dele machucarem suas coxas com violência, afundando-se na pele e arranhando.

 Segurou-o com força, sentindo o corpo inteiro ser tomado por espasmos rápidos e eletrizantes. Quando o soltou, ofegante e bastante tonto, alguns fios de cabelo ficaram grudados em seus dedos. 

    Quando Marc levantou a cabeça, limpou os cantos da boca, lambeu os próprios dedos e deu-lhe um sorrisinho sedutor. Encarou-lhe com irritação e malícia.

    ━Nunca mais faça isso. -ameaçou, passando a mão pela boca, que estava molhada

    Archie esticou-se no banco, ainda com o corpo tremendo e, sorrindo em meio às ondas de prazer, provocou:

    ━Eu gosto quando você engasga. 

    Marc encarou-o seriamente, chocado com a audácia das atitudes dele. Será que tudo aquilo havia sido efeito da champanhe? Archie, ao vê-lo com aquela expressão surpresa, riu e fez um carinho em seu queixo.

    ━Você é bom nisso, não me olhe assim. -disse, timidamente

    O peitoral de Marc estava todo suado e era a visão mais sexy que Archie já tivera dentro daquele carro. Os cabelos negros estavam desalinhados, jogados para trás, e a pele morena brilhava, iluminada apenas pela luz da rua. 

    ━Terei que mandar lavar o carro. -Marc comentou, olhando para o chão do veículo e Archie corou

    ━Não precisava ter sido dentro. -retrucou, sem olhá-lo, constrangido

    ━Eu gosto. -disse seriamente

    Ficaram alguns minutos acalmando a respiração até Marc olhar pela janela do passageiro e ver que não havia mais ninguém na rua. Depois de tomar coragem, fechou a calça, a camisa e sentou-se no banco do motorista, deixando Archie no banco de trás.

    ━Vai ser meu motorista hoje? -o garoto brincou, enquanto puxava as calças e ajeitava a camisa

    Os olhos escuros lhe encararam pelo retrovisor de maneira febril.

    ━Acabou de me dar várias ideias, Archie. Temos que aproveitar esse carro de maneira melhor.

    Um sorriso pensativo espalhou-se pelo rosto lindo e o garoto engoliu em seco, sabendo que várias novas fantasias sexuais deveriam estar aparecendo na cabeça do namorado. Lentamente, Marc dirigiu para longe dali com tranquilidade, vez ou outra observando Archie. Quis beijá-lo ao vê-lo quase dormir sentado no banco de trás. Quando chegaram em casa, depois de várias tentativas de acordá-lo, teve que carregá-lo até a cama. Quando deitou-se, Archie abraçou-o pela cintura com carinho, por trás, e Marc adormeceu em seguida, sorrindo.

 


Notas Finais


• ENTÃO MENINAS, MARC REALIZANDO A FANTASIA DE TRANSAR NO CARRO (E QUASE EM PÚBLICO, NÉ?)
• ELE ESTAVA BEM SURTADO, NÉ MENINAS HOHO
• Família do Marc vai aparecer logo, não se preocupem, e s outros personagens também!
• Espero que tenham gostado! Por favor, comentem se gostaram, se não gostaram, aceito críticas, sugestões, TUDO! Vocês são ANJOS que eu amo demais. Os leitores do Spirit são os melhoress, eu amo vcs muito, obrigada pelo carinho!
• BÔNUS: fiz uma playlist para os personagens (com as músicas que eles escutam), se vocês tiverem interesse:
Marc: https://open.spotify.com/playlist/2KlW08o7GJLp0ZGHLtireh?si=zHHsZCgJQEqVEEDD9QZRSA
Archie: https://open.spotify.com/playlist/2w5t6TlHgFB0oUDRbTd9PO?si=w9nKMlDdRui8EkQQiK444Q
Finn: https://open.spotify.com/playlist/4e16K6aJEahZrmIMmDXr1m?si=gSbdhS0eQHSSIg1DzX7irg
Leonard: https://open.spotify.com/playlist/7eHKD4Qn2zH3yzDZuAwtIp?si=mznF1GIlRL6e_lkSJETKiw
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