Taehyung
Um idiota. Aliás um idiota não, um grande idiota com ênfase no grande, é isso que eu sou. Se eu pudesse teria dado um soco mim mesmo após dizer para _______ que éramos amigos, que tipo de babaca fala isso para uma garota logo após de eles transarem? Bem, aparentemente o tipo “eu” de babaca.
A verdade é que eu não soube reagir quando ela me confrontou sobre eu dizer que a amava, porque eu não queria jogar aquela informação em cima dela daquela forma, porque eu já tinha idealizado mil maneiras mais bonitas de falar como eu amava o jeito que ela sorria, a forma como ela dizia meu nome, como ela me ouvia e nunca parecia se cansar do meu falatório, de como ela conseguia ser meiga e esquentada tudo ao mesmo tempo, amava os segredos que compartilhávamos, os gostos que tínhamos em comum desde star wars até high school musical. Porque a verdade era que eu amava tudo que fosse relacionado a ela, do seu cheiro às suas manias, do sabor que os lábios dela tinham até a forma como os dedos dela encaixavam perfeitamente nos meus, não havia nada sobre aquela garota que eu não amasse e naquele momento vendo-a dormir tão serenamente com a cabeça em meu peito eu tinha mais certeza ainda do quanto a amava.
Não sou capaz de dizer um momento específico onde isso aconteceu, porque me apaixonar por ela foi tão gradativo quanto pegar no sono, mas se tiver que citar um momento em que a olhei e pensei “caramba, a gente faria um bom par” eu diria que foi no dia do parque, quando ela segurou minha mão na roda gigante. Eu poderia ter me permitido sentir aquilo, eu poderia ter tentado ganhá-la enquanto tinha a chance, mas meu orgulho idiota e o medo de viver aquilo que sempre temi me impediram, porque eu não queria ser a segunda opção. E ainda como naquele momento eu continuava desejando ser o primeiro lugar no coração dela assim como ela era no meu, eu ainda queria que ela tivesse cem por cento de certeza que eu era a sua escolha.
_________ se moveu sobre o meu peito e eu continuei observando-a, eu mal havia dormido porque olhar para ela era mais interessante, prestar atenção nos barulhinhos que ela fazia dormindo e o melhor de tudo foi ver meu nome escapando da boca dela algumas vezes enquanto dormia.
— A gente tem que ir pra escola. -a voz sonolenta me tirou dos meus pensamentos. — Já tá na hora de levantar?
— Faltam quinze minutos ainda. -passei a mão nos fios de cabelo garota em um pequeno afago, dando um beijo no topo da sua cabeça.
— Você não dormiu, Tae? -havia um tom de preocupação em sua voz e dei um sorriso de canto.
— Dormi um pouco, gatinha. Mas é que olhar você dormindo é mais interessante. -pisquei fazendo com que ela risse. — Tô falando sério, gatinha. Fazer o quê se até dormindo você fica linda.
Não era mentira, mesmo com os fios de cabelo fora do lugar e com os olhinhos inchados pelo sono ela continuava perfeita, talvez ainda mais do que normalmente. A rouquidão de sua voz sonolenta me faz lembrar dos gemidos roucos dela em meu ouvido e tento afastar a lembrança porque a última coisa que preciso é de uma ereção matinal, mas minha mente parecia disposta a ignorar meus comandos e continuava repassando imagens do que havia acontecido aquela madrugada.
— Gatinha… -ouço minha própria voz quando ela rola o corpo para um pouco mais longe, deitando de lado para que continue a me olhar. — Você… Você tá arrependida?
— Claro que não. -ela inspira enquanto eu respiro aliviado. — Mas vou ficar se você perguntar de novo porque isso é bem broxante.
— Desculpa.-uma risada nervosa sai dos meus lábios e ela dá um sorriso antes de me dar um selinho rápido que me faz travar completamente, enquanto me pergunto o que aquilo significa.
— Vou tomar banho primeiro. -ela deu um salto tão rápido da cama que nem parecia que poucos segundos antes estava toda sonolenta. Não contive a risada vendo a corrida rápida que ela deu até o banheiro. O pensamento foi inevitável “caralho, eu to muito apaixonado por essa garota!”, quem diria que a dona dos meus pensamentos seria a responsável por me dar um banho de cerveja em uma festa.
Entrei no banheiro logo após ela sair e quando terminei o banho ela não estava mais no quarto. Me vesti rápido e tentei dar um jeito no meu cabelo antes de ir para cozinha, onde a encontrei agitada terminando de fazer o café.
— A gente precisa comer rápido pra não se atrasar. -falou e eu apenas balancei a cabeça positivamente. Eu sentia todo o peso das coisas não ditas ali entre nós e queria muito falar sobre isso, mas não era o momento considerando que em poucos minutos teríamos que sair e ir para a escola. Ainda assim, não ficamos em um silêncio desconfortável porque isso não combinava com a gente, mas na nossa troca de olhares eu sentia a promessa de que mais tarde iríamos conversar sobre o que era aquilo entre nós porque eu sabia que ela tinha sentido também, não havia como não ter sentido.
— Eu te deixo uma rua antes da escola, pode ser? -perguntei assim que entramos no meu carro, já que nunca podíamos chegar juntos em um local.
— Acho que não teria problema a gente chegar junto...Somos amigos certo? Qualquer coisa a gente diz que você se ofereceu ontem pra me dar carona já que meu pai viajou. -sorri involuntariamente com a sugestão, pode parecer bobo porém aquilo pra mim representava a esperança de não ter mais que esconder nossa proximidade.
— Concordo, gatinha. -ela sorriu, enquanto colocava o cinto, e eu dei partida no carro. Não conseguia me lembrar da última vez que havia me sentido feliz daquele jeito.
[...]
Jimin se jogou na minha cama como sempre fazia assim que entrava no meu quarto, no auge da nossa intimidade. Jungkook era sempre mais reservado, sentava na ponta e isso quando sentava antes de eu dizer para ele sentar. Quase sempre íamos para minha casa após o treino, minha mãe amava quando eles ficavam pra jantar e quase sempre os convencia a ficarem.
— Nem acredito que a final é em dois dias. -falei pensativo, eu nem mesmo acreditava que havíamos conseguido chegar na final.
— Na real, eu nem acredito que o ano tá acabando.-Jungkook suspirou e acabei fazendo o mesmo ao pensar que em breve nosso trio iria se separar. — Pelo menos acho que ainda vou conseguir ver o Tae às vezes.
— Caras, eu não vou ficar no Canadá pra sempre, é só um ano de intercâmbio e aí eu tô de volta. -Jimin justificou, mas eu não estava muito certo quanto a isso. Se duvidasse, ele iria acabar gostando tanto de lá que nem iria voltar, eu sempre soube que a Coréia não combinava muito com ele.
— Daqui a pouco tá cheio de amigos canadenses e esquecendo da gente. -bufei, conhecia bem o meu melhor amigo, fazer o quê se ele era sociável demais e todos gostavam dele.
— Amigos não sei, mas amigas canadenses… -Jimin disse em um tom malandro e tanto eu quanto Jungkook jogamos almofadas nele ao mesmo tempo.
— Se manca, safado. Tem um encontro sexta e já tá pensando nos do ano que vem. -nosso amigo mais novo disse e não aguentei a risada ao ouvi-lo chamar Jimin de safado.
— Perdi o ano quase todo apegado a Yuna e no fim das contas levei um pé na bunda, eu não quero me apegar de novo. Pelo menos não tão cedo. -observei calado ele explicar, mesmo aquilo não sendo algo que eu não soubesse. — Eu deveria desmarcar?
Jimin não era bobo, ele percebia como ________ olhava para ele, ele sabia que ela sentia mais do que amizade, desde a peça ele falava sobre “a garota da maquiagem” que gostava dele. Mas apesar do que possa parecer meu melhor amigo sempre teve consciência de não brincar com o sentimentos de ninguém, ele não se envolveria com alguém que soubesse que ele poderia acabar fazendo sofrer.
Foi eu quem comecei a falar que ela era bonita e parecia legal, eu comecei a plantar a ideia na cabeça de Jimin porque queria ajudar _______, eu comecei a insinuar que ele deveria chamar ela pra sair e Jimin sempre me ouviu demais, sempre levou muito em consideração tudo que eu achava.
— Acho que não tem nada de mais em um encontro, o problema é se ela criar expectativas que você não pode suprir. -Jungkook respondeu e vi Jimin assentir com a cabeça. — Você sabe né? Se partir o coração dela Mirae te arrebenta na porrada… E eu não vou fazer nada pra te defender.
— Muito obrigado,amigo. -o loiro pronunciou de maneira sarcástica fazendo com que eu e Jungkook começássemos a rir.
— Errada ela não vai estar. -falei e Jungkook jogou a cabeça para trás,rindo. Jimin no entanto não prestou atenção o suficiente pois pouco antes de eu abrir boca ele havia puxado o celular que estava vibrando.
— A _______ perguntou se eu posso encontrar ela agora. -tive que fazer um grande esforço para manter a expressão neutra ao ouvir aquilo. — Bem, vou lá!
— Lembra da Mirae. -Jk alertou, fazendo Jimin rir, mas não consegui acompanhá-los na risada porque meus pensamentos estavam muito distantes.
— Pode deixar, até amanhã! -apenas o observei se levantar ir embora sem nem ao menos ouvir um tchau meu. Me senti um amigo de merda por estar sentindo inveja dele, logo eu que sempre jurei para mim mesmo que nunca sentiria isso.
— Ok, conta logo. -olhei assustado para Jungkook que mantinha uma expressão tranquila no rosto enquanto eu mal conseguia conter meu pânico.
— Não sei do que você tá falando. -o mais novo soltou uma risada após ouvir minha resposta falsa. Ainda bem que não planejo ser ator, porque sou péssimo nisso.
— Já tem um tempo que você tá aí com essa cara de quem comeu e não gostou, então conta logo o que é. -minha expressão muda de imediato para uma careta ao ouvir a frase esquisita de Jungkook e ele pareceu perceber pois começa a rir de imediato.
— Foi a ________ que me ensinou isso, ela disse que a família dela de lá fala muito quando quer dizer que alguém está esquisito. -fico tenso ao ouvir o nome dela, é inevitável, e me pergunto como vou ficar quando a ver se só de escutar o nome dela eu reagia daquela maneira. Meu amigo parece notar porque ele me olha com curiosidade e eu respiro fundo antes de começar o meu desabafo, porque sei que se não falar sobre tudo que estava acontecendo vou enlouquecer.
Jungkook ouve atentamente, em completo silêncio enquanto conto tudo desde o banho de cerveja na festa de Jimin até o momento em que chegamos juntos na escola, momento esse que no fim das contas acabou não sendo visto por ninguém.
— Eu sabia que estava acontecendo algo, sabia que não era coisa da minha cabeça. -o mais novo diz, enquanto ainda parece processar tudo que contei. — Nunca engoli aquela história de que foi coincidência vocês dois saírem na mesma hora da casa do Namjoon, desde lá observei os olhares que você dava em direção a ela, e aí teve o presente na festa de aniversário ontem e pra completar a forma como você ficou agora. Se você gosta dela, deveria contar para o Jimin, ele não vai ficar chateado.
— Sim, eu sei que deveria. -sei que Jimin não vai ficar chateado quando eu explicar, sei porque o conheço o suficiente pra isso, porém não é essa minha preocupação. — Mas se eu contar sei que ele jamais sairia com uma garota que eu gosto e não quero ter a sensação de que estou sabotando a chance dela.
—Certo, é uma atitude legal da sua parte. Mas cuidado pra não confundir altruísmo com covardia e nem mesmo tentar conquistar a garota que você gosta. -as palavras dele são como um soco na cara, porque sei que ele não está errado, sei que estou sendo um covarde que não quer nem mesmo tentar.
— Bem, ela acabou de chamar Jimin pra sair depois de passar a noite comigo… Acho que isso já é resposta suficiente. -minha fala o faz revirar os olhos e eu o olho confuso.
— Tae, eu conheço a ________ desde que éramos crianças e isso não é muito a cara dela. Não seja precipitado em tirar conclusões e nem deixe acabar antes de começar por falta de comunicação. -balanço a cabeça positivamente calado porque me recuso a admitir em voz alta que ele está certo, que mesmo sendo mais novo ele estava sendo muito mais maduro que eu.
Peguei meu celular, abrindo minha janela de conversa com ela. Jungkook me observa em silêncio enquanto digito e apago diversas vezes. “Merda” murmuro baixinho pra mim mesmo, porque não consigo lidar com aquilo, porque é novo pra mim e ainda estou descobrindo como demonstrar meu sentimentos. No fim das contas, acabo por escolher um caminho pelo qual sei andar.
Ei gatinha, sabe o que eu estava pensando? [17:47]
Gatinha: O quê? [17:47]
Arrelago os olhos, não esperava ser respondido tão rapidamente. Olho para Jungkook que murmura um “vai”.
Percebi que ainda te devo duas aulas, trato é trato não é? [17:48]
Posso te dar a quarta aula hoje, “o encontro” [17:48]
Comecei a roer as unhas, apreensivo, enquanto esperava ela digitar. Estava nervoso pela resposta, o medo do não me assombrava. Os segundos pareceram levar uma eternidade.
Gatinha: Bem lembrado, tigrinho [17:48]
O sorriso idiota que surgiu na minha cara ao ver o apelido foi imediato e senti meu coração bater mais forte, esperançoso. Eu estava prestes a responder quando recebi outra mensagem dela.
— Vou encontrar ela daqui a pouco. -falei sorrindo ao ler a mensagem e ouvi Jungkook comemorar e murmurar algo sobre eu dever aproveitar chance e me declarar, mas eu ainda estava olhando pra tela do celular.
Gatinha: 19h, não se atrase. Amo você [17:49]
[...]
Eu nunca havia ficado nervoso daquela forma antes de encontrar _______, mas seria mentira se eu dissesse que não estava naquele momento quando parei o carro na frente da casa dela e a vi saindo de casa. Ela estava linda, mas isso não era novidade porque ela sempre estava linda.
— Oi! -ela sorriu ao entrar no carro e eu sorri de volta. — Quais seus planos pra aula de hoje?
— Vou te levar em um típico encontro, o clássico cinema. -respondi, observando qual seria sua reação e quando o rosto dela se iluminou o meu sorriso foi automático. — Pensei em assistirmos parasita.
— Pra mim está perfeito. -a forma rápida com a qual ela disse isso me deixou aliviado, de certa forma apesar de ter quase certeza que ela iria gostar, já que há dias ela falava que queria ver aquele filme, eu ainda estava um pouco inseguro.
— As críticas estão ótimas,todo mundo tá falando desse filme. -comentei enquanto dava partida no carro. — Estou curioso pra assistir.
— Você não está com sono? -ela perguntou após alguns instantes de silêncio. — Você mal dormiu essa noite.
— Um pouco, não muito. -menti, a verdade era que eu estava caindo de sono, mas não queria falar e fazê-la ficar preocupada. — Mais tarde eu durmo.
— Não consegui dormir hoje a tarde. -”sim, porque saiu com Jimin” minha mente completa e tenho vontade de me socar no mesmo instante em que penso isso. — Mas até que eu não to com sono.
— A sessão começa oito horas, acho que a gente não sai tão tarde. -comentei e ela assentiu com a cabeça.
Eu estava curioso sobre a saída dela com Jimin, claro que estava, mas eu não queria perguntar porque eu queria que ela falasse quando se sentisse a vontade de falar sobre aquilo, então apenas segui fingindo que não sabia de nada.
— Dica um, filme de suspense ou terror é ótimo pra encontro porque você pode esconder o rosto no ombro dele ou segurar a mão quando ficar nervosa. -falei, seguindo a aula que havia prometido. — No caso, comigo é mais fácil eu ficar com medo né? Sabemos disso.
— Olha, eu nem ia falar nada, mas já que você mesmo disse… -rimos juntos, porque nós dois sabíamos o quão medroso eu era de filmes de terror. Continuamos rindo disso até chegarmos no cinema, enquanto eu tentava me justificar dizendo que quem tinha problemas era quem não se assustava.
Claro que entramos em um conflito sobre que ia pagar, no fim concordei em deixar ela pagar o próprio ingresso contato eu pagasse a pipoca. E claro, ela concordou de me deixar pagar a pipoca contato que ela pagasse o refrigerante.
— Dica número dois. -murmurei baixinho assim que pegamos nossos assentos e ela cruzou os braços. — Deixe sua mão de uma maneira acessível, assim ele vai poder segurar sua mão.
— Assim? -ela colocou a mão sobre o braço da cadeira com a palma virada pra cima e eu coloquei a minha por cima da dela, entrelaçando nossos dedos.
— Assim mesmo. -a olhei sorrindo e ela sorriu de volta. O filme começou e qualquer conversa entre nós cessou, mas ainda precisei me concentrar muito para não me distrair com o fato de estarmos tendo um quase encontro de verdade. Se eu tivesse um pouquinho mais de coragem nós dois teríamos admitido que aquilo era realmente um encontro. Enfiei um punhado de pipoca na boca, esperando que mastigar me ajudasse de alguma maneira.
Eu ria baixinho cada vez que ela murmurava um palavrão quando o filme ficava muito intenso e acaba nem prestando a atenção que deveria na cena. Fazer o quê se eu sou completamente caído por ela?
— Cadê as dicas, Tae? -a ouvi perguntar baixinho e não contive a risada pela tom levemente debochado dela.
— Você tá se saindo bem, acho que não precisa mais de dica. -na verdade quem precisava de aulas pelo visto era eu, porque não estava sabendo nem um pouco como agir. Ela deu uma risadinha voltando a focar no filme que já estava chegando ao fim e eu fiz o mesmo porque precisava ser capaz de conversar com ela sobre ele depois.
Não contivemos os palavrões murmurados baixinhos nas últimas cenas e quando acabou nós no entreolhamos sem saber exatamente o que dizer, tentando processar o que havíamos acabado de assistir.
— Caralho? -soltei, fazendo-a dar uma gargalhada e acabei rindo junto. — Sério, eu to em choque. Porra… que filme!
— Agora eu entendo porque todos estão falando desse filme, é incrível. -comentou enquanto saíamos da sala de cinema, ela parecia tão empolgada que me deixava animado também. — Caramba, que filme! Eu amei, obrigada por me trazer.
— Eu que agradeço por vir comigo, gatinha. -sem pedir permissão joguei meu braço por cima do ombro dela, puxando-a pra perto de mim, e beijei sua testa. Se ela ficou incomodada não demonstrou, muito pelo contrário.
Andamos juntos daquele jeito até chegarmos no meu carro, quem visse com certeza pensaria que éramos um casal de verdade, por um instante até eu mesmo acreditei nisso. _______ comentou sobre o filme durante todo o caminho até a casa dela, enquanto na maior parte do tempo eu só ria e concordava.
— Tae… -disse baixinho, como se houvesse alguém perto que pudesse escutar. — Você tá meio calado hoje.
— Eu to? -me fiz de sonso. Havia acabado de parar o carro na frente da casa dela, então finalmente podia olhá-la nos olhos enquanto falava. — Espera.
Abri minha porta rápido, saindo e dando a volta no carro para abrir a porta para ela. _______ me olhou sem entender, mas segurou a mão que estendia para ajudá-la sair.
— Desculpa, mas lembrei que tinha que finalizar nossa aula. -sorri enquanto ela me olhava curiosa. — Sabe, esse é o momento do beijo…
Apesar dos olhos arregalados ela apenas assentiu com a cabeça, permitindo que eu segurasse delicadamente seu rosto entre minhas mãos e selasse nossos lábios em um beijo delicado. Meu coração batia tão rápido dentro do peito que sei que se estivessemos mais proximos ela conseguiria sentir.
— Sua boca tá com gosto de pipoca. -ela murmurou ainda contra meus lábios e eu me afastei, sem conseguir controlar a risada.
— A sua também, gatinha. -falei ainda rindo e ela acabou rindo junto. — Desculpa ficar meio calado hoje, é só o sono.
— Sabe… Meu pai só chega amanhã de tarde. -a olhei curioso, me perguntando se ela realmente iria chegar aonde eu estava pensando. — Se você quiser ficar, só se quiser claro…
— Eu quero. -soou mais apressado do que eu gostaria, mas não me importei porque eu não conseguia disfarçar minha felicidade. — Quero ficar com você.
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