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História Cinderella - I Miss You!


Escrita por: kidrauhlquack

Capítulo 35 - I Miss You!


~Bell~

- Bell, acorde! - Minha mãe começou a me sacudir. Abri os olhos sonolenta.

- Que horas são? - Perguntei, tentando descobrir se eu estava acordada ou apenas sonhando.

- Levante, e se prepare! - Ela disse. - Sairemos em dez minutos!

Me sentei na cama, devagar.

- O que está acontecendo?

- Apenas faça o que eu mandei! - Ela disse ríspida.

Me levantei, e notei que ainda estava escuro lá fora. Devia ser duas da madrugada. Minha mãe pegou uma mala e começou a colocar minhas coisas dentro.

- O que está havendo? - Perguntei, impaciente.

- Vá se aprontar! - Ela disse, tentando manter a calma.

Puxei seu braço, para chamar sua atenção e ela olhou para mim.

- Vamos fazer uma viagem!

Havia algo errado nisso.

- Uma viagem? - Perguntei, desconfiada.

- Vá se arrumar, em dois minutos eu termino sua mala!

Convencida de que minha mãe não diria nada, andei pelo apartamento até encontrar meu pai.

- Aonde vamos?

- Por que ainda está de pijama? - Ele perguntou, indiferente.

- Não vou me arrumar até alguém me dizer aonde vamos! - Disse.

- Então vá de pijama mesmo!

Dei um passo para trás, finalmente entendendo o que estava acontecendo.

- Vocês querem sumir daqui! - Eu disse, mais para mim mesma do que para eles. - Eu não vou. Eu não vou fugir, e nem sumir novamente!

Meu pai se levantou e andou em minha direção.

- Não torne as coisas mais complicadas! - Ele disse, se alterando.

Ele começou a me puxar pela casa, e me empurrou para dentro do meu quarto.

- Controle ela! - Ele disse à minha mãe.

Assim que ele saiu, eu me sentei na cama e fiquei olhando para a minha mãe, sem dizer uma palavra sequer.

- Não me olhe desse jeito, é para o seu bem!

- Mãe eu já tenho dezoito anos, sou capaz de tomar decisões sozinha, e isso não vai me fazer bem, te garanto!

- Você não entende!

- Então me explique!

- Se nós ficarmos aqui, mais cedo ou mais tarde o Bieber virá atrás de você!

- E qual o problema dele vir atrás de mim?

- Ele não faz bem à você!

- Por quê?

- Filha, você não...

- É claro que eu entendo! - Disse, tentando controlar a raiva que crescia dentro de mim. - Você que não entende!

Minha mãe respirou profundamente, se aproximou de mim e acariciou o meu rosto.

- Eu sinto muito!

- Mãe, por favor!

Ela me abraçou rapidamente, e depois voltou a fazer minhas malas. Em minutos, nós três estávamos dentro do carro. Meu pai pegou a estrada para Baltimore. O silêncio permaneceu no carro durante a hora seguinte, e eu acabei dormindo.

Senti meu pescoço doer, e abri meus olhos. Não tinha ideia de quanto tempo havia se passado. Ainda estava escuro. O clima no carro continuava pesado. Minha mãe estava quieta, mas eu sabia que ela não estava dormindo. Antes dela me abraçar, quando estávamos no meu quarto, eu vi em seus olhos a dor que ela sentia. Ela sabia e entendia o que eu sentia, mas ela tinha medo por mim. Ela tinha medo de que eu me machucasse, ou sumisse. Eu entendia sua preocupação, mas ela não podia me prender embaixo da asa para sempre, uma hora eu teria que enfrentar o mundo sozinha.

Passei as horas seguintes recordando minha vida ao lado de Andy e Justin. Acabei dormindo novamente.

Ele se aproximava, e eu corria ao seu encontro. Não sei dizer ao certo onde estávamos, mas só de estar perto dele, eu estava feliz. Nada iria nos separar. Eu não permitiria que me levassem embora novamente. Sem ele eu nunca seria feliz.

Eu o alcancei e o beijei. Depois de algum tempo nos afastamos, e eu fiquei o admirando.

- Eu te amo! - Sussurrei.

Seu sorriso desapareceu, e seus olhos se arregalaram.

- Por que fez isso comigo? - Ele gritou. - Você não devia ter voltado!

- Mas...

- Eu te odeio!

- Justin, eu...

- É tudo culpa sua!

Ele caiu no chão. E eu finalmente entendi do quê ele estava me culpando. Havia uma faca enterrada em suas costas. Olhei para frente, e ela estava lá, sorrindo para mim. Olhei novamente para o Justin, e ele estava... morto.

- NÃO!

Alguém me chacoalhava.

- Bell! - Era a voz da minha mãe.

Abri meus olhos, mas a claridade não me deixava enxergar.

- Foi apenas um sonho, acalme-se!

Esfreguei os olhos, e consegui abri-los.

- Eu... - Meus olhos estavam cheios de lágrimas.

- Está tudo bem! - Ela disse.

O carro estava no acostamento da estrada. E eu não fazia ideia de onde estávamos.

- Próximo à Lancaster! - Meu pai respondeu, do banco da frente.

- Você começou a se debater e falar, então pedi para o seu pai parar o carro.

Eu assenti. Meu pai voltou para a estrada. Minha mãe permaneceu no banco de trás comigo.

Ela acabou adormecendo, e eu comecei a ter algumas ideias.

E se eu conseguisse pegar seu celular?

Eu poderia mandar uma mensagem para o Justin ou para a Andy, dizendo onde eu estava.

E se meu pai visse?

Ele ia acabar brigando com a minha mãe.

Mas eu podia ser muito cuidadosa.

Decidi fazer isso. O celular estava no bolso do moletom que ela usava. Calmamente, consegui pegar o celular sem que meu pai percebesse ou minha mãe acordasse.

Me virei para o lado, e desbloqueei o celular. Digitei o número Andy, e mandei uma mensagem:

"Eles estão me levando embora, estamos próximos à Lancaster! Avise o Justin. Me ajude!"

Assim que a mensagem enviou, excluí.

Ela não respondeu minha mensagem na hora seguinte, e nem na seguinte, e nem depois. Talvez ela soubesse que eu estava com o celular sem que meus pais soubessem, e decidiu que era melhor não responder.

Algumas horas depois chegamos em Nova York. No começo fiquei me perguntando por quê Nova York, e não uma cidade pequena e pouco óbvia. Mas depois percebi que era justamente por isso. Nova York é uma cidade imensa,e é quase impossível encontrar alguém nessa cidade.

Entramos em um condomínio luxuoso, e meu pai estacionou o carro na garagem de uma das mansões.

- Bem-vida ao seu novo lar, Bell! - Meu pai disse, empolgado, enquanto saía do carro.

A casa era imensa, e tinha muitos empregados, mas nenhum telefone. Era lotada de câmeras. Todos os empregados tinham ordens para não me deixarem sair ou telefonar para qualquer pessoa que fosse. Se eu quisesse me comunicar com os meus pais, eu devia pedir para Emily ligar para eles.

Emily era como uma governanta (ou talvez uma babá, não sei dizer ao certo). Mas eu gostava dela. Ela fazia de tudo para me animar. Ela tinha cerca de trinta anos. Tinha a pele bronzeada, cabelos cacheados e escuros com californiana, e olhos cor de âmbar. Ela era linda.

Meu pai passava o dia todo fora, cuidando da sua empresa (pois tinha uma em Nova York também), e eu quase nunca via minha mãe. Até os empregados da casa me evitavam.

- Eles devem achar que eu sou doente ou algo do tipo! - Eu disse à Emily.

Estávamos sentadas perto da piscina. Emily riu.

- Eles têm medo de que você os convença à quebrar alguma regra!

- Como me entregar um celular?

- Exatamente!

- É só eles dizerem não e pronto.

- Bell, eu e você sabemos que você não desistiria assim tão fácil!

- Mas eu não os forçaria a entregar um celular à mim!

- Será? - Ela levantou a sobrancelha. - Bell, eles conhecem a sua história e sabem por quê você é proibida de ligar para qualquer pessoa!

- Por que?

- Na verdade, você não seria proibida de ter um celular, se sua intenção não fosse ligar para o Justin!

- Ele é meu namorado, qual o problema de eu ligar para ele? - Perguntei, impaciente.

- Eu não vejo problema algum nisso, mas seus pais vêem, e não sou eu quem controla as coisas aqui, são eles!

- Têm razão!

Passamos o resto da tarde tomando sol, e depois subimos para tomar banho e comer alguma coisa.

Uma das empregadas estava servindo a mesa, quando decidi que já era hora de acabar com isso. Eu não gostava de ser evitada, ainda mais agora que a única pessoa que eu tinha era Emily. Há dias eu só conversava com Emily.

- Chame todos aqui! - Eu disse à ela.

Ela me analisou por um instante, e depois entrou na cozinha.

- O que está aprontando? - Emily perguntou.

- Nada, estou apenas fazendo aquilo que meus pais sempre me pediam para fazer quando eu estava na escola, me socializando!

- Eu sei que você está aprontando alguma coisa!

Eu sorri. Sete pessoas entraram na copa. Cinco mulheres e dois homens.

- Prazer, meu nome é Bell! - Eu disse, me levantando e apertando a mão de cada um deles. - Qual o nome de vocês?

Eles estavam um ao lado do outro, em silêncio. Fui até a mulher que estava na ponta.

- Qual o seu nome? - Perguntei, sorrindo.

- Anna.

- Prazer em conhecê-la, Anna. Sente-se, por favor! - Eu disse, puxando uma cadeira para ela.

Ela se sentou, relutante.

Cada um se apresentou e se sentou.

Anna, Chloe, Leah, Taylor, Payton, Chase e Connor.

Eu me sentei, e olhei para o rosto de cada um.

- Vocês fazem ideia do por quê eu os chamei aqui?

Todos balançaram a cabeça negativamente.

- Estou cansada de ser evitada por todos vocês, não acho isso justo! - Eu fiz uma pausa. - Nenhum de vocês sabem o que aconteceu realmente, e eu vou contar!

Alguns arregalaram os olhos, outros tentaram se manter indiferentes, mas eu sabia, todos estavam curiosos.

- Eu sempre fui muito fã do Bieber, e ele era tudo o que eu tinha, pois eu não tinha amigos, e eu não havia encontrado o meu lugar no mundo. Mas depois que eu o conheci, tudo mudou. Ele realizou o meu sonho de ser cantora, e nós nos apaixonamos. Mas havia tantos obstáculos na nossa vida, que quase não sobrevivemos! - Continuei. - Uma fã louca, nos sequestrou e tentou me matar inúmeras vezes, mas no fim disso eu fiz um acordo com ela. Se ela não se aproximasse dele, nem fizesse nenhum mal à ele, eu o faria me odiar e desapareceria da vida dele e da dela. E foi isso o que eu fiz. Ela se entregou à polícia e eu fugi para a Espanha, sem avisar ninguém. Após seis meses, o Justin me encontrou, e eu voltei com ele para os Estados Unidos. Eu sabia que seria difícil enfrentar todas as pessoas que eu deixara para trás, mas eu não imaginei que daria nisso. - Fiz uma pausa. - Agora me digam, por que ninguém me deixa ser feliz ao lado dele?

- Bell, por favor... - Emily começou, mas eu a interrompi.

- Eles precisam entender a minha prisão domiciliar! - Suspirei profundamente. - Agora eu quero que me digam com sinceridade, por que eu não posso ligar para o Justin Bieber?

Passaram alguns minutos, e quando eu estava prestes a desistir, ouvi a voz de Leah.

- Isso se chama egoísmo! - Ela disse, baixinho.

- Agora me diga, Leah, para quê tanto egoísmo?

- Eles tem medo de te perder! - Ela continuou. - Talvez eles estejam cegos pelo medo, talvez não estejam enxergando o erro que estão cometendo.

- Me explique, por quê eu não posso ligar para o meu namorado?

- Pelo mesmo motivo, egoísmo! - Ela olhou ao seu redor, e todos a encaravam. - Ela perguntou, e eu respondi. Ela também é a patroa.

Eu sorri, e pisquei para Leah.

- Bell, eu nem sei o que te dizer! - Emily disse. - Eu sabia da sua história por cima, mas não fazia ideia que esse havia sido o motivo do seu desaparecimento!

- Agora você entende minha revolta? - Perguntei. - Agora vocês entendem o por quê de eu me sentir tão mal com vocês me evitando? É como se eu tivesse uma doença contagiosa, e vocês evitassem se aproximar, pois tem medo de pegar.

Falei mais algumas coisas, mas nenhum deles abriu a boca novamente.

Subi para o meu quarto e fiquei pensando na vida que eu tinha, até adormecer.

Acordei com a claridade. Olhei para o relógio que tinha ao lado da minha cama, e algo me chamou a atenção. Me sentei rapidamente, e o peguei.

Lágrimas surgiram nos meus olhos. Era um celular.

Disquei o número, rapidamente. Eu tremia de tanta felicidade.

Chamou algumas vezes, e eu finalmente ouvi sua voz:

- Alô?

- Justin!



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