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História Cinderella - Ao meu lado.


Escrita por: kidrauhlquack

Capítulo 36 - Ao meu lado.


- Quem é? - Ele perguntou.

- Quem é!? - Repeti, rindo. - É a Bell, Justin!

- Bell? - Seu tom de voz mudou, e eu sabia que do outro lado da linha, se formava um sorriso no seu rosto. - Onde você está?

- Eu não tenho muito tempo, minha mãe deve aparecer a qualquer instante!

- Onde você está? Como você está?

- Eu estou bem, por mais que eu esteja sendo mantida em prisão domiciliar!

- O quê?

- E eu estou proibida de usar qualquer tipo de aparelho que eu possa usar para me comunicar com pessoas lá de fora!

- Como conseguiu esse celular então?

- Quando eu acordei, ele estava na mesinha ao lado da minha cama. - Eu disse. - Alguém está do meu lado!

- Bell, eu...

Não ouvi o resto da frase, pois alguém estava abrindo a porta do meu quarto.

- Preciso desligar. Eu te amo! - Desliguei e escondi o celular em baixo do travesseiro.

- Bom dia, Bell! - Minha mãe disse, entrando no quarto.

- Bom dia! - Eu disse, sorrindo, tentando limpar as lágrimas de felicidade que escorriam pelo meu rosto.

Me levantei e andei em direção ao banheiro.

- Bell, eu e o seu pai andamos conversando, e achamos que você deve voltar ao psicólogo!

Eu ri.

- Eu voltei a ser doente?

- Você nunca foi doente, mas esse garoto não faz bem à você, e talvez seja melhor um especialista estar ao seu lado, talvez assim você...

- Eu seja curada?

- Bell...

- Mãe, eu sei o que vocês pensam, não precisa se explicar, pois não estou afim de ouvir a mesma coisa de sempre!

- Você tem que superar isso!

- O que?

- Essa... - Ela parou.

- Continue!

- Bell, isso não faz bem à você!

- O quê?

- Ele!

- Por que?

- Você é doente por ele, você não o ama!

Eu gargalhei.

- Você pode tentar me fazer esquecê-lo, mas isso nunca vai acontecer! - Eu disse.

- Bell, pare com isso, por favor.

- Com licença mãe, quero tomar um banho!

- Bell, por favor...

Entrei no banheiro e fechei a porta.

Alguns minutos depois me lembrei que eu não devia ter feito aquilo. Terminei meu banho o mais rápido que consegui, e voltei para o meu quarto.

Minha mãe estava sentada na cama, segurando o celular que eu havia usado para falar com o Justin.

- O que significa isso? - Ela perguntou, mas sua tonalidade não demonstrava raiva ou algo parecido, apenas tristeza.

~Justin~

Eu estava preocupado, e queria ligar para ela, mas sabia que não devia. Se tivesse alguém com ela, descobririam o celular.

Quando eu atendi, achei que eu estivesse tendo mais uma das minhas ilusões e estivesse ouvindo sua voz por culpa da saudade que eu sentia dela todo o tempo.

Eu estava em uma reunião com Scooter, mas minha cabeça sempre se voltava para ela. Eu não havia contado à ninguém sobre o telefonema dela. Não queria correr o risco de ficar mais distante dela.

Eu não sabia nem sequer onde ela estava.

Naquele dia em que eu fui até a casa de Andy, decidi que iria até os pais de Bell no dia seguinte, mas quando cheguei lá, não havia ninguém.

Tentei encontrá-la, mas ninguém fazia ideia de onde ela poderia estar. Eu estava começando a me sentir da mesma forma que me sentira da última vez. Eu queria Bell ao meu lado. O mundo todo procurava uma resposta para esse novo desaparecimento dela. Ela havia sido fotografada comigo nas poucas horas que ficamos juntos quando eu a encontrei, mas ela havia desaparecido novamente. A mídia começava a inventar que ela se envolvera com drogas e estava internada em uma clínica de reabilitação. Estavam inventando de tudo, e eu já não sabia mais onde procurá-la. Tentei ligar para Robert e Helena, mas eles estavam me evitando. Eu estava a ponto de recorrer à droga novamente, mas ouvir sua voz havia me dado uma fagulha de esperança, mesmo que pequena, eu tinha algo à me agarrar.

- Justin! - Ouvi Scooter me chamando.

Pisquei algumas vezes, voltando à sala de reunião. Todos me encaravam.

- Desculpe, estou distraído hoje!

Scooter ergueu uma sobrancelha.

- Vamos encerrar por aqui e depois remarcamos. - Todos nos levantamos, e eu já ia saindo da sala, quando o ouvi me chamar. - Você fica, Justin!

Eu me virei e fiquei olhando para ele. Quando todos saíram, ele fechou a porta e se voltou para mim.

- Quem te ligou?

Eu sabia que ele queria falar sobre eu estar distraído, mas a pergunta me pegou de surpresa.

- O que?

- Desde aquele telefonema que você recebeu, você está distraído. Quem era? - Seus olhos mostravam que ele tinha uma suspeita, mas duvidava que poderia ser ela.

- Não era nada importante!

Ele franziu a testa.

- Então por quê você ficou tão transtornado desde então?

- Não fiquei transtornado, apenas...

- Preocupado?

- Não, eu...

- Era ela, não era?

Me calei.

- Justin, diga a verdade!

Respirei profundamente, e assenti.

- Era ela!

Sua expressão se suavizou.

- Onde ela está?

- Eu não sei! - Abaixei minha cabeça.

- O que ela disse?

- Só que está sendo mantida em prisão domiciliar, e que está proibida de usar qualquer aparelho que possibilite sua comunicação com outras pessoas, mas alguém chegou, porque ela desligou de repente.

- Já ligou novamente?

- Não quero que descubram que ela está com um celular, então decidi esperar ela me ligar de novo!

Scooter assentiu, pensativo.

- Então vamos esperar! - Ele disse. - Acha que ela liga ainda hoje?

- Não sei, mas acredito que sim!

Ele assentiu novamente, e se sentou. Me sentei do outro lado da mesa, e fiquei de frente para ele.

Ele enterrou o rosto nas mãos, e eu fiquei encarando o meu celular.

- Justin! - Ele disse, de repente, e eu o encarei. Seu rosto dizia que ele tinha uma ideia. - Qual o DDD do número que te ligou?

Arregalei meus olhos.

- Eu não havia pensado nisso!

Peguei meu celular.

- 212!

Scooter sorriu.

- Então nossa garota misteriosa está em Nova York?

Eu sorri. A fagulha de esperança que havia dentro de mim crescia a cada minuto.

O meu celular começou a tocar. Era ela.

~Bell~

Depois de ouvir muitas vezes "Você não entende", "Esse é o melhor para você", "Nós estamos pensando em você" e "Ele não faz bem para você", minha mãe sumiu com o precioso celular que aparecera na minha mesinha.

Passei o dia todo no meu quarto. Emily tentou me fazer comer, mas eu não sentia fome.

- Você precisa comer!

Eu balancei a cabeça negativamente.

Alguém bateu na porta do meu quarto, e eu coloquei o travesseiro em cima da minha cabeça. Eu não queria ouvir outro sermão.

Emily abriu a porta.

- Prazer, sou a Beth! - Ela disse, e eu reconheci sua voz acolhedora no mesmo instante.

Com um pulo, levantei da cama, e corri até ela. A abracei forte.

- Bell, como é bom vê-la! - Ela disse, se afastando um pouco de mim, para me olhar.

- Beth, você não faz ideia do quanto é ótimo vê-la!

Ela sorriu.

- Começamos bem dessa vez!

Eu ri.

- Você conversar logo de cara é algo que eu nunca pensei que aconteceria! - Ela disse, sorrindo. - E pensei que você não se lembraria de mim!

Eu sorri para ela.

- Quem é ela, Bell? - Emily perguntou, sorrindo.

- Essa é Beth, minha psicóloga! - Eu disse. - Beth, essa é Emily!

Beth a cumprimentou.

- Pode nos deixar a sós para que possamos conversar? - Ela perguntou à Emily, que assentiu e se retirou.

Nós nos sentamos na mesa que havia na sacada do meu quarto, uma de frente para a outra.

- Gostaria de conversar sobre tudo o que aconteceu desde nossa última sessão?

Eu assenti, e comecei a contar tudo à ela, sem deixar de fora nem sequer um detalhe.

Durante a história, lágrimas escorreram pelo meu rosto, mas Beth apenas me ouviu durante toda a história, ela não me interrompeu e nem mudou sua expressão.

Terminei de contar todos os acontecimentos. Desde que eu me mudara para Atlanta, até a manha daquele mesmo dia.

- Se lembra da nossa primeira sessão? - Ela perguntou.

Eu assenti.

- Se lembra qual foi a primeira coisa que eu te disse, quando ouvi sua voz pela primeira vez?

Eu pensei um pouco.

- Você disse que minha voz era linda, e perguntou se eu já havia pensado em ser cantora.

- Isso mesmo. E você se lembra qual foi a sua resposta?

- Eu disse que esse era o meu maior sonho.

- E você realizou esse sonho?

Eu franzi o cenho, sem entender onde ela queria chegar.

- É claro!

- E depois, você se lembra o que eu te perguntei?

Pensei um pouco mais.

- Você perguntou se tinha alguém que me inspirava a ter esse sonho.

- E você me respondeu o quê?

- Justin Bieber!

- Exatamente!

- Onde quer chegar?

- Você tinha um sonho e um ídolo, isso formava quem você era! Se lembra de quando eu disse que te conhecia, e você perguntou quem você era?

Eu assenti.

- Naquele dia, você era apenas uma garota que queria alguém ao seu lado, alguém que queria se sentir acolhida, você tinha um sonho e um ídolo. E hoje?

- Ainda não entendi onde você quer chegar!

- Quem é você, Bell Calouth?

- Eu... - Fiz uma pausa. - Eu... não sei! - Abaixei minha cabeça. - Quem sou eu?

- Você é Bell Calouth, uma belieber que conquistou o mundo todo, e até mesmo seu próprio ídolo. Você tem o mundo todo ao seu lado, e ainda assim se sente sozinha. Você é uma mulher batalhadora, que por mais que tudo indique que você não deve ficar com o Bieber, você luta contra a correnteza e faz de tudo para chegar até ele. Agora me diga, quem é você?

- Beth, eu não sou tudo isso!

- Vai dizer que eu disse alguma mentira? - Ela ergueu a sobrancelha. - Você não se tornou mundialmente famosa, conquistou seu ídolo e lutou contra tudo e todos para estar ao lado dele?

- Mas você fala como se isso fosse algo tão grandioso, mas não é. Se eu tivesse conseguido, talvez fosse, mas eu não consegui!

Beth sorriu.

- Não?

- Não.

- Bell, por quê você está sendo mantida em prisão domiciliar?

- Porque... - Fiz uma pausa. - Não, Beth.

- Apenas me responda!

- Porque meus pais acreditam que o Justin não faz bem à mim!

- E o que você pensa sobre isso?

- Isso não é verdade!

- Como sabe disso?

- Porque com ele, eu me sinto completa!

- E o que você já fez para estar com ele?

- Desapareci da vida de todos, e mudei de nome.

- E isso não é nada?

- Beth...

- Isso não é nada?

- Não.

Ela riu.

- Bell, você foi capaz de sumir para que ele não morresse, e isso não é nada? - Ela disse. - Você está sendo mantida presa aqui por não ter feito nada? Você está sendo mantida presa aqui porque você lutou!

- Mas não acabou bem!

- E quem disse que já acabou?

Eu a encarei.

- Você acredita em nós dois?

- Não, Bell, eu não acredito em vocês dois, eu acredito em você!

Eu sorri.

- Você coloca tanta confiança em mim, que eu me sinto até...

- Importante?

- Sim!

- Você é importante, e não apenas para mim.

Eu franzi o cenho, e ela colocou alguns papéis em cima da mesa, e os empurrou para mim.

- O que é isso?

- Veja você mesma!

"O QUE ACONTECEU COM A GAROTA MISTERIOSA?"

"ONDE ESTÁ BELL CALOUTH?"

"FÃS DE BELL CALOUTH SE REÚNEM PARA HOMENAGEAR SUA ÍDOLA"

"NÓS TE AMAMOS BELL"

Lágrimas escorreram pelo meu rosto.

- Eles sentem sua falta, Bell! - Ela disse, se levantando. - Eu preciso ir agora, mas eu volto amanha!

Ela beijou minha testa e saiu, me deixando sozinha com meus pensamentos e as notícias sobre mim.

Algumas horas depois, minha mãe entrou no quarto, e se sentou ao meu lado.

- Gostou de rever Beth? - Ela perguntou.

Eu assenti.

- Eu conversei um pouco com ela, e ela me disse que eu preciso te deixar sair pelo menos um pouco.

Eu a encarei.

- Você vai me deixar sair?

- Ela me convenceu a deixar você ir a um baile que acontecerá em alguns dias!

Eu sorri.

- Mãe, você está falando sério?

Ela assentiu.

Ficamos em silêncio por algum tempo, e ela me disse boa noite.

Beth chegou no mesmo horário do dia anterior. Eu a abracei.

- Obrigada, Beth, muito, muito obrigada!

Ela me olhou, com os olhos semicerrados.

- Do que você está falando?

Eu a encarei. Ela realmente não sabia.

- Minha mãe me contou sobre a conversa que vocês tiveram!

- Mas eu nem sequer vi a sua mãe! - Ela disse. - Eu conversei apenas com o seu pai para combinar de vir para cá, eu não falo com a sua mãe desde o ano passado, quando ela marcou sua primeira sessão.

- Mas ela me disse que... - Fiz uma pausa.

Não era possível!

Será que era realmente isso?

Minha mãe estava do meu lado!



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