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História Clamor de Fogo - Perseguição


Escrita por: Dark_Siren4

Notas do Autor


Boa Leitura, amores !

Capítulo 9 - Perseguição


Fanfic / Fanfiction Clamor de Fogo - Perseguição

- Quem nos encontrou?- questionei.
Ele avançou até mim e puxou meu braço.
- Não dá tempo de explicar- disse me arrastando para a porta de meu quarto- Temos que sair daqui.
Parei no meio do caminho.
- São meus amigos, não são?
- Claro que não. Acha que me preocupo com seus coleguinhas de roupas coloridas?
- Se não são eles, então quem é?
Ele respirou fundo, talvez se controlando para não me dar um soco.
- Não dá tempo de falar agora- e me puxou para a saída.
Caminhamos pelos corredores escuros. Bom, ele caminhava. Eu estava sendo rebocada.
Pude ouvir sons de passos e conversas em uma língua que não compreendi.
E do nada, Frank me empurrou para dentro de uma sala, fechando a porta em seguida.
Ouvi sons de passos pesados no corredor e vozes falando naquela mesma língua estranha. Eles foram se esvaindo aos poucos.
- Venha- sussurrou, me puxando pela mão.
Caminhamos mais alguns metros, até que ouvimos o som de passos mais uma vez.
Frank me empurrou para um canto escuro e se posicionou na minha frente. Como se estivesse... me protegendo?
Os passos aumentaram, até que um sombra surgiu à nossa frente.
E Frank se lançou para cima da pessoa a prensando em uma parede. Pude ouvir o som do concreto se partindo.
Aquela silhueta era um pouco familiar...
- Anjo?- perguntou o homem.
- Que droga, sou eu- respondeu ela e Frank soltou o aperto em seu pescoço.
- Pensei que fosse um deles. Desculpe. Conseguiu ver quantos eram?
- Consegui matar dois e pelas minhas contas, são ao todo trinta e dois homens- explicou ela- Mas não tenho certeza, pode haver muito mais deles.
Frank suspirou pesadamente.
- Como eles nos encontraram? Tomamos cuidado. Saímos do radar.
Vi Anjo cruzar os braços.
- Você se descuidou no momento em que foi atrás dela- e apontou com a cabeça para mim.
- Tem razão- concordou- Eu fui impulsivo e não tomei cuidado. Mas agora, temos que achar uma saída.
- Ela vem conosco?- perguntou a mulher, apontando para mim de novo.
- Claro, que vai- disse ele, parecendo um pouco ultrajado.
- Você quem sabe...- Anjo deu de ombros- Mas, ela vai nos atrasar.
- Eu cuido dela. Foque em se manter viva, Pó de Anjo.
- Pode deixar- foi sarcástica.
Nós seguimos para a escadaria, mas percebemos que haviam homens de roupas pretas e com armas, tomando todo o térreo.
- Merda- Frank praguejou.
- Vamos- chamou Anjo, nos levando para outro lugar.
Entramos em uma sala do andar superior.
Haviam alguns papéis amassados e cinzentos pelo chão empoeirado e uma escrivaninha pra lá de velha, encostada em uma parede.
Anjo caminhou até a janela enorme a abriu.
- Venham- chamou.
Frank começou a caminhar, mas eu me mantive no mesmo lugar.
- Eu não vou me jogar de uma altura de dez metros- fui firme.
O homem parou de caminhar, olhando para mim.
- Pára de frescura, pirralha. Nem é tão alto, assim.
Continuei parada no mesmo lugar.
- Vocês têm resistência física para aguentar uma queda dessa altura. Eu não- apontei- Vou virar geléia quando cair no chão.
Anjo revirou os olhos.
- Deixa ela aí, Ajax- murmurou com tédio- Essa coisinha só vai nos atrasar mais.
- Não- disse ele, sendo teimoso- Ela só vai sair de perto de mim, quando eu quiser. Entendeu, Phimister?
E ficou me encarando.
Estava quase o mandando se jogar da porra da janela logo, quando ouvi um estampido.
Anjo, colocou a mão no abdômen e vi sua blusa branca se manchar de sangue.
- Desgraçado!- rosnou para um canto escuro.
Segui seu olhar e vi um daqueles homens de preto, escondido ali, todo aquele tempo.
A mulher se lançou para cima dele.
O cara ainda tentou se proteger, atirando nela, mais umas três vezes, mas Anjo o pegou, quebrando seu pescoço.
E ainda pisou em seu crânio, descontando a raiva. Ouvi o osso se partir.
- Aquele maldito estragou minha blusa nova- disse ela, esticando um pouco o tecido, mostrando os furos e o sangue que não parava de correr.
- Merda, Anjo!- disse Frank, tentando ajudá-la.
Mas a mulher o afastou.
- Eu estou bem- sinalizou, mas não parecia tão bem assim- Vamos.
E saiu pela janela e nós a seguimos.
Eu fui praticamente arrastada por Frank.
Quando estávamos no telhado, não vimos indícios de nenhum daqueles caras. Mas, não demorou muito para que eles nos encontrassem.
Logo a sala na qual estávamos à um segundo atrás, se encheu deles.
E as saraivadas de balas começaram!
Corremos pelo telhado, tentando contornar a construção, mas eu podia ver alguns desses homens cercando o prédio.
Conseguimos chegar até um ponto no qual eles não haviam nos alcançado.
- Vamos- disse Anjo e pulou do telhado.
Fui até a beirada, vendo a enorme altura, mas a mulher estava bem. Ela havia caído de joelhos, deixando uma pequena cratera no chão.
Engoli em seco.
E antes que eu pudesse dizer um "Tchau, Frank, nos vemos depois!", ele me pegou em seus braços e pulou daquela altura assustadora.
Senti o leve balançar, quando pousamos no chão e mais nada.
Eu estava bem.
Abri meus olhos, vendo os braços dele me cercando. E notei que ele havia pousado de joelhos, como Anjo e não sofreu nenhum ferimento.
Eu por outro lado, tremia como um animalzinho assustado.
O homem ficou de pé, me pousando no chão, ainda trêmula.
E mal estava em solo, já começaram a correr e me arrastar para perto da floresta. Porém, nem encostamos na borda dela e aqueles caras nos encontraram.
Senti quando uma bala passou zunindo perto de minha orelha.
Corremos o máximo que um cara, arrastando uma adolescente lenta e uma mulher ferida, conseguiam.
Logo estávamos dentro da floresta, ouvindo os tiros, sons de passos cada vez mais próximos e cães latindo.
Cães latindo?
Anjo também percebeu.
- Bella! Brutus! Peguem!- gritou.
E não pude ver os cães naquela escuridão, mas com certeza não vou esquecer dos gritos do cara que eles pegaram.
Aquilo só os atrasou um pouco até que conseguimos chegar em um chalé caindo aos pedaços no meio da floresta.
Entramos no lugar escuro e vi a forma com Frank e Anjo, andavam apressados por ele, como se já conhecessem tudo.
Segui o homem, vendo-o entrar em uma pequena cozinha, se abaixar e tirar algo de debaixo de um esconderijo na pia.
Eram dois machados prateados e com lâminas super afiadas.
- Toma- murmurou, me jogando uma faca de caça do tamanho do meu antebraço- E nem pense em usar isso em mim. A retalho antes de fazer um simples arranhão na minha pele.
E girou os dois machados em suas mãos, para deixar bem clara a ameça, caso eu fosse retardada e não tivesse entendido.
Logo Anjo surgiu na cozinha, com um colete à prova de balas em seu torso e armas carregadas na lateral das coxas, presas à cintas.
- Andem logo- falou.
Até que ouvimos sons de tiros.
Logo buracos começaram a surgir nas paredes de madeira, lançando farpas em todas as direções.
Frank me empurrou no chão, ficando sobre mim. E Anjo, se abaixou também.
Ficamos assim, durante alguns segundos até que os tiros pararam.
Frank se levantou devagar e pegou uma pistola, embaixo da pia. Se aproximou da janela.
E um tiro estraçalhou o velho vidro.
O homem se abaixou, enquanto a parede ficava toda furada.
Ele logo se levantou e deu um único tiro. Ouvi um grito.
O cara virou presunto.
- Bosta!- disse, se sentando no chão da cozinha- Estamos cercados. Vi pelo menos cinco, desse lado do chalé.
- Vamos sair pelos fundos e pegar o carro que está do outro lado do rio e sumir de novo- falou Anjo, sendo estratégica.
A encarei.
- Mas, como? Estamos cercados. Não há saída- falei.
- Sempre há uma saída, garota- murmurou carregando uma metralhadora- Só precisa ser inteligente o suficiente para encontrá-la.
Vi Frank se levantar, parecendo determinado.
- Venham- chamou- Temos que sair daqui.
Caminhei atrás dele, até a tal porta dos fundos, com Anjo em meu encalço.
E ouvimos o som claro da porta da frente, sendo arrebentada.
Nós paramos.
- Eles entraram- arfei.
Senti a mão de Anjo em meu braço.
- Ellie, preciso que cuide dele, entendeu?- disse ela, me mirando com firmeza e dizendo meu nome pela primeira vez.
Fiquei momentaneamente confusa, até compreender que ela falava de Frank.
- O quê?- ele parecia chocado- Não, Anjo. Você não vai fazer isso.
E segurou em seu braço, como se pudesse impedi-la.
- Você não manda em mim- ela sorriu, tirando sua mão carinhosamente de sua pele- Não mais, Ajax.
Ele parecia desesperado, pois sabia que seja lá o que ela pretendia fazer, não poderia impedir.
- Soraya, por favor- implorou, a chamando por seu verdadeiro nome.
Ela continuou determinada.
- Cuide dele, Ellie- pediu e deu um beijo carinhoso na bochecha de Frank.
Ele ficou momentâneamente paralisado, com os olhos azuis avermelhados.
- Vão!- gritou ela e tirou um daqueles palitos de fósforo do decote da blusa e colocou na boca- Agora!
Tudo aconteceu muito rápido.
Aqueles homens invadiram a sala e a única coisa que pude fazer foi puxar Frank comigo e fechar a porta. E os tiros recomeçaram.
O homem parecia um tanto sem reação, mas consegui arrastá-lo para longe dali.



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