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História Clarity - Fifth - For the first time


Escrita por: loudestecho

Notas do Autor


Avisos para esse capítulo:

Romance
TRETA
Romance
TRETA
Romance

Ahhh escutem a música "For the first time" do The Script junto com o capítulo e não esqueçam de ver a tradução porque tem muito a ver com elessss (SÉRIO, MUITO)!!! Se preparem, lindas! Beijos ❣

Capítulo 145 - Fifth - For the first time


Leonardo Castanhari P.O.V

"Deve ser tarde demais para dizer pra você não achar nada disso estranho, mas sério, não ache nada disso estranho. Eu só saí sem avisar porque preciso resolver algumas coisas aqui e quero que você e a Alicia passem o máximo de tempo juntos. E sozinhos. Não precisa me ligar nem nada disso, eu estou bem. Estou com a Brooke e nós nos vemos daqui algumas horas... tchau. - Mari."

- Ei, olha pra mim. - peguei a Alicia no colo e limpei os olhos dela. - A mamãe vai vir logo, logo. Não precisa chorar. 

- Eu nunca acordei sem a mamãe. - Alicia disse entre soluços. - Eu estou com saudade dela, papai. 

- Eu também, filha. Eu também. - beijei sua testa e a peguei no colo. Ela permaneceu soluçando abraçada a mim. - Não chora, tudo bem? Eu vou ligar pra mamãe e ela vai vir se divertir com a gente. 

- Tudo bem. 

Suspirei aliviado quando Alicia se acalmou completamente. O que caralhos a Mariana estava pensando de deixar a Alicia sozinha comigo desse jeito? Acordei com a Alicia dormindo do meu lado e não entendi nada. Entrei em pânico quando percebi que as coisas da Mari tinham sumido, mas me acalmei ao lembrar que Alicia estava aqui e que ela nunca iria embora sem ela. O que ela queria dizer com "resolver algumas coisas"? O que ela tem para resolver aqui em Londres? Nada. Exatamente nada. Eu sabia que tinha sido por causa do que aconteceu ontem, não espararia uma reação diferente. Ela ainda acha que vou me casar com a Brianna, ela acha que acabei querendo levar aquilo adiante. 

- Papai, você ligou para a mamãe? - Alicia apareceu na cozinha com seu ursinho panda de pelúcia e o dedo na boca. 

- Vou ligar agora. - a peguei no colo. - Quer leite? - ela balançou a cabeça. 

- Eu quero a mamãe. - ela ameaçou voltar a chorar e fiquei tenso novamente. - Liga pra ela, papai. 

- Eu vou ligar, mas não chora. Tudo bem? - ela assentiu e encostou a cabeça no meu peito. 

A Mariana demorou alguns segundos para atender, mas deu pra perceber que ela estava preocupada só pelo jeito que falou "Alô?". Não era só a Alicia que nunca tinha acordado sem ela... a Mari também. Ela me disse que tinha uma rotina com a Alicia. Elas dormiam juntas, acordavam juntas, escovavam os dentes juntas, tomavam banho juntas, tomavam café da manhã juntas e, infelizmente, precisavam se separar quando a Mari ia para o trabalho. Mas antes do trabalho... era apenas as duas e era difícil ver a Alicia magoada desse jeito.

- Resolver algumas coisas? O que você precisa resolver aqui em Londres, Mariana? - deixei a Alicia sentadinha no sofá e fui até a cozinha. 

- A Alicia está bem? 

- Ela estava chorando desde acordou. Só agora parou. - disse. - Isso tudo é por causa de ontem a noite? 

- Não... não. - ela suspirou do outro lado da linha. - A Alicia está bem mesmo? Não consegui parar de chorar também. 

- Então, por que fez isso? Ela está bem agora. - falei. - Mas ela está com saudades. E eu também. 

- Leo... - sua voz doce e rouca ficou no ar. Respirei fundo. - Ficamos anos separados. O que é um dia?

- Quero conversar com você. - falei sério. - Dessa vez é sério. Não quero que você fuja, não quero nem que você fale qualquer coisa. Eu só preciso dizer.

- Me dizer o que, Leo? 

- Não faça besteira, Mari. Eu te conheço, sei que está planejando não me ver. - falei. - Você ainda vai me ver. 

- Eu não sei se consigo. 

- Vem pra cá, Mari. Volta pra nossa filha... e pra mim. 

- Não somos uma família, Leonardo. Foi por causa disso que ligou para o Henry e vocês ficaram horas se falando? Ou melhor, só você falando e ele ouvindo? Você decidiu o que quer? 

- Vem pra cá, Mari. - finalizei a ligação e fui até a Alicia. 

- Papai, você ama a mamãe? - ela perguntou passando a mão na minha barba. - Eu ouvi ela dizendo para a tia Brooke ontem. 

- Ouviu? O que você ouviu? 

- Eu não entendi muito inglês, mas a mamãe chorou muito. Eu fiquei fazendo carinho no cabelo dela pra ela parar de chorar, mas ela não parou. 

Porra. 

- Sim, Alicia. Eu amo a sua mãe. - respondi. 

- Ela está vindo? 

- Eu espero que sim. 

- Cadê aquela menina loira assim? - ela fez cara de brava e eu franzi o cenho. - Aquela lá! A tia Brooke e a tia Pri disseram que ela parece uma bruxa malvada e que princesas não podem ficar perto de bruxas. 

Sem querer, comecei a rir. Não acredito que elas falaram isso da Brianna para uma criança de dois anos. 

- O que foi, papai? 

- A bruxa malvada não vai voltar mais, filha. - falei e beijei sua testa. 

- Ela olhava pra mamãe como se quisesse fazer assim ó. - ela deu um tapa de leve no meu braço. - Por isso eu não gosto dela. 

Alicia se distraiu com o desenho na televisão e nós dois olhamos para a porta ao mesmo tempo quando a campainha tocou. Finalmente ela chegou! Levantei do sofá para abrir a porta. 

- Oi, amor. - Brianna abriu um sorriso e eu franzi o cenho. - Tudo bem por aqui? - ela entrou sem ser convidada. 

- Brianna, por que você ainda vem atrás? Caralho, eu já falei que não vai mais rolar. 

Terminei o noivado com a Brianna há mais de uma semana e ela permanecia vindo atrás, pedindo para eu deixar "aquelas duas" e me pedindo para escolher. Bom, foi assim que eu terminei tudo. Ela pediu para eu escolher entre ela e a Mariana. Deixei bem claro que não estava escolhendo só a Mariana e sim a Alicia também. E sim... a minha família. Certo? 

- E você já teve coragem de dizer a ela o que queria? Aposto que não. É um covarde. 

- Você veio no meu apartamento pra tentar me ofender? Sério? Sai daqui, Brianna. 

- Você me deu um anel, Leonardo. É impossível que você tenha me pedido em casamento sem sentir nada. Não acredito nisso. 

Porra, como eu queria dizer na cara dela que o anel nunca foi pra ela. Mas me segurei.

- Nunca parei de amar a Mariana. Você sempre soube disso. - falei. - Soube no dia que nos conhecemos. Você até cansou de tanto que eu falava sobre ela, lembra? Você sempre soube. 

- Você nem ao menos sabe quem é sem ela e isso é doentio, Leonardo. Você não pode depender de outra pessoa pra viver! 

- Eram por esses motivos que eu a deixei escapar duas vezes. Não adianta tentar me desfazer daquilo, eu gosto de quem eu sou quando estou com ela. 

- Espero que vocês ainda quebrem muito a cara! - fui atrás dela quando ela foi até a Alicia. - Toma cuidado, viu menina? As... 

- Você perdeu a porra do seu juízo? - não me importei em controlar a força quando segurei o braço da Brianna e a empurrei pra longe da Alicia. Ela teve coragem de segurar o braço dela e ainda balançá-la como uma boneca. A Alicia chegou a se engasgar de tanto que começou a chorar. - Sai daqui. Agora! - aumentei a voz apontando pra porta. Ela se assustou e me obedeceu. 

Mas deu de cara com a Mariana antes de sair. A Mari olhou para mim, para a Alicia chorando no meu colo e encarou a Brianna com raiva quando viu o braço da filha dela vermelho. Porra, por que a Brooke não veio também?! A Mariana vai acabar com ela. 

- Leonardo, leva a Alicia daqui. - ela disse entre dentes. Fodeu, caralho. 

Obedeci e deixei a Alicia em cima da cama do meu quarto. 

- A mamãe vai acabar com a bruxa, né? - Alicia disse entre soluços. - Porque a mamãe é a princesa também. 

- Você se importa se eu for lá, filha? - perguntei quando ela já estava mais calma.

- Pode ir. 

Assim que abri a porta do quarto, ouvi gritos. Puta que pariu, a Brianna deve estar paraplégica. 

No momento em que pisei na sala, tive a visão da Mariana em cima da Brianna enquanto dizia várias coisas e a Brianna gritava pra ela parar. A Mari dizia que se ela tocasse na filha dela novamente, iria se arrepender mais do que agora e enquanto a Brianna estava toda acabada, a Mari não tinha nenhum arranhão. Brianna estava com o nariz sangrando, o olho esquerdo roxo, um arranhão enorme na bochecha, o canto da boca sangrando e uma ressaca moral que lembraria para o resto da vida. 

- Mari, já chega. - a segurei pela cintura e ela quase bateu em mim também. Estava vermelha de raiva. 

- Já chega? Já chega, Leonardo?! Vai defender essa filha da puta que machucou a sua filha?! - ela me empurrou também. Segurei os braços dela. - Não me segura, porra! - ela me empurrou novamente e conseguiu se soltar. - Se você ousar apenas olhar para a minha filha mais uma vez, eu vou acabar com você. Eu vou completamente acabar com você. - ela ficou cara a cara com a Brianna.

Caralho, se até eu estou com medo dela, imagina a Brianna. 

Você me ouviu?! - ela gritou e a Brianna assentiu rapidamente, então caiu fora. 

- Mari...

- Não toca em mim! - ela levantou os braços. - Não toca em mim que eu quero acabar com você também por ter colocado uma mulher dessa dentro da sua própria casa. 

Ela me deu as costas e foi até o quarto onde a Alicia estava. Esperei alguns minutos para ir atrás e quando entrei, a Mari estava aos prantos com a Alicia. 

- Você está bem mesmo, né? Eu não acredito que ela teve coragem de fazer isso. - a Mari dizia e deu vários beijos na bochecha da Alicia. 

- Eu estou bem, mamãe. Prometo. - Alicia sorriu. 

- Eu te amo muito, muito, muito. Você é a minha vida, tá? 

- Você também é a minha vida, mamãe. - a Mari abraçou a Alicia mais uma vez e fiquei meio emotivo de ver essa cena. 

Poderíamos ser uma família, sabe? Eu poderia ter ficado em Los Angeles, eu poderia ter escolhido a Mariana e tudo isso teria sido poupado. A Mariana ficou tentando fazer a Alicia dormir e conseguiu em menos de quarenta minutos. Fiquei esperando-a sair do lado de fora do quarto. 

- Podemos conversar? - perguntei quando ela passou e ia me aproximar, mas ela levantou a mão. 

- Não me rela. 

Levantei os braços em forma de rendição, mas a segui até a cozinha. 

- Eu quero tanto quebrar você também. Tanto. Então, se está pensando em tocar em mim, se está pensando em me olhar... pode dar meia volta. Você vai se despedir da Alicia assim que ela acordar e nós vamos embora. 

- Eu terminei tudo com a Brianna. 

Ela deu uma risada irônica e isso me assustou um pouco. Só dava para perceber o quão irritada ela estava.

- Ah, jura? Que bom, não é mesmo? Ótimo sinal! Só malucos permaneceriam com uma mulher que machuca uma menina de dois anos que não é nada dela. 

- Não terminei com ela hoje. - me aproximei. 

- Eu já falei pra você não tocar em mim! - disse e eu me afastei novamente. 

- Terminei com ela há mais de uma semana. Ela permaneceu vindo aqui porque queria voltar... você sabe. Mas já está tudo acabado há uma semana. 

- E você ficou me fazendo de otária durante esse tempo? Sabendo que eu estava sofrendo, pilhada e maluca por causa dessa situação toda... você simplesmente deixou? Ótimo, Leonardo. Ótimo. 

- Porra, o que você queria que eu fizesse? Eu não sabia o que você estava sentindo! Eu não sabia se você ainda queria voltar comigo, eu não sabia... eu não sabia de nada! 

- Você sabia assim! - ela gritou de volta. - Você sempre soube! Você sempre soube, desde que eu tinha os meus quatorze anos! Você sabe o que eu sinto por você, sabe que eu sempre sentirei, mas eu não tenho mais medo do amor não, Leonardo. Eu me tornei corajosa e você se tornou um covarde. 

Aquilo me atingiu em cheio. O pior era que eu sabia que ela estava certa. 

- Você nunca quis ter um relacionamento duradouro comigo! As promessas que você fazia... no momento eram cheias de certezas, mas você sabia que sempre escolheria crescer na vida! O seu único relacionamento duradouro é com a sua carreira! - gritou enquanto me olhava. Seus olhos ainda fervilhavam ódio. - No momento que você entrou na faculdade... as coisas mudaram. Você mudou! Você não era mais aquele garoto que faria de tudo para ficar com o amor da sua vida, você se tornou o cara que faria de tudo para se dar bem na vida. Estudando, estudando muito, você é honesto e é uma pessoa incrível, mas dinheiro e carreira não preenche isso aqui não, Castanhari. - ela bateu no lado esquerdo do peito. - Sabe o que enche isso aqui? Sim, o amor que eu sentia por você. Você nem precisaria me amar de volta, eu poderia amar por nós dois... seria o suficiente porque isso me consome e me mata todos os dias. Eu sou corajosa agora, quero lidar com isso, quero sentir isso e quero viver com a pessoa que me faz  deixar em segundo plano. Mas você se tornou o egoísta covarde que não consegue lidar com os próprios sentimentos! - seus olhos aguaram. Não sabia se era de raiva ou se era de mágoa. - O pior de tudo: aos vinte e quatro anos de idade! Você não tem coragem de colocar as necessidades de quem ama acima das suas próprias e é isso que amar significa. Você nunca abriu mão de nada por mim... nunca. Você... ah, eu te odeio tanto. Tanto.  

- Eu fui demitido da empresa em Los Angeles. - falei baixo e ela me olhou na mesma hora. - Fiquei desesperado. Eu já tinha tantas coisas em mente em relação a nós dois... você era rica, Mariana. Eu não. 

- Por que você não me contou que tinha sido demitido?! 

- Estava envergonhado, puto... não queria te preocupar com isso. Fiquei dois meses tentando encontrar outro emprego, mas não encontrei. O André... lembra dele? - ela assentiu. - Ele me disse que o lugar que fiz estágio na Inglaterra me queria de volta e planejava me contratar com um emprego fixo. Eu tinha tudo em mente. Ia me estabilizar financeiramente, dois anos longe era um sacrifício que eu teria que fazer, mas tudo saiu dos eixos. Eu era fraco demais pra não me importar e no final das contas eu sempre terminava me sentindo culpado. Me sentia incapaz, insuficiente, como se todas as merdas que aconteciam a minha volta era minha responsabilidade. 

- Você não me contou porque não queria se sentir inferior a mim?! Isso é ridículo, Leonardo! - e a sua raiva voltou. - Nós éramos uma família de dois! Nós éramos a mesma pessoa! Não tinha dinheiro só meu ou só seu, nós dividíamos tudo! Tudo... inclusive amor. - ela abaixou a guarda novamente, mas limpou os olhos com força. - Você sempre foi muito ambicioso, eu sei. 

- E me apaixonei pelo que estava trabalhando aqui. Não queria voltar. - falei. - As coisas começaram a acontecer, eu não queria que você ficasse sofrendo por minha causa... preferia que você me odiasse do que ficasse chorando e sofrendo. Consigo lidar com a sua raiva, com você com raiva, mas não consigo lidar com você sofrendo de novo por minha causa. 

- Por isso se envolveu com a Brianna? Para tentar parar de sofrer também? 

- Você estava certa. Eu nunca esperei que o nosso relacionamento durasse. - me aproximei. 

- Eu já falei para você não relar a mão em mim! - ela se afastou mais uma vez. 

- Quero dizer, eu quis. - voltei a falar. - Eu... porra, eu te amava. Eu só não queria que isso acabasse comigo. Não tem como viver só de amor, Mari. Não tem. - falei. - Eu pensei pequeno. Eu queria focar apenas na minha carreira, sem mais ninguém. Apenas eu e eu. Isso só se intensificou depois do nosso primeiro término, mas eu... eu não conseguia te tirar da cabeça. Tinha dias que eu não conseguia dormir e eu sentia que eu estava ficando maluco, precisava me desfazer dos sentimentos. Eu não sei mesmo quem eu sou sem você, é como se eu fosse cada vez uma pessoa diferente. Não... não sei como viver bem longe de você. Eu só... sobrevivo. Sabe?

- Eu sei que você é assim por causa do que aconteceu com seu pai. Eu sei, Leo. - dessa vez ela se aproximou. - Eu não sou ele. E você com esse medo de que eu fosse ele, acabou se tornando ele pra mim

Aquilo sim me atingiu. Eu via o sofrimento da minha mãe, via o meu sofrimento e eu não quero ser para a Mari e para a Alicia o que meu pai foi pra mim e para minha mãe. A Mari abaixou a guarda totalmente quando percebeu que eu estava com os olhos aguados. 

- Eu não sou ele, Leo. E você também não. - disse. - Você é muito melhor que ele. Você é íntegro, genuíno e incrível. Você sabe administrar tudo na sua vida... menos o que você quer em relação a mim. Não sei o que você quer de mim. Não sei o que você espera de mim. - ela suspirou. - Você brinca comigo. Você diz coisas, mas vai embora. Depois volta dizendo as mesmas coisas e eu sempre aceito, porque meu coração está aqui ó... - ela segurou minha mão com a palma virada para cima. - E você o usa sem dó alguma. 

- Não diz isso... - balancei a cabeça ainda sentindo meus olhos ardendo. Quando pisquei, duas lágrimas caíram. - Você sabe que não é verdade. Você sabe que eu nunca faria isso com você. 

- O que você quer de mim? Você realmente me ama? Porque eu sou a sua zona de conforto, Leonardo. - disse me olhando. - Eu sou a sua zona de conforto. Sou o lugar que você sempre volta quando você sente falta de algo familiar. Não quero ser sua zona de conforto, quero ser todas as suas zonas. Não quero que você volte pra mim, quero que você nunca saia do meu lado. Quero que você divida a sua vida comigo. Desde um pedaço de pizza até todos os seus problemas. Suas conquistas, suas derrotas, seu sorrisos, seus choros... - ela limpou minhas duas lágrimas. - Seus sonhos, seus medos... eu quero você por inteiro. Não quero pela metade. Você sabe o que sempre eu digo, não sabe? É 8 ou 80, ou fo...

- Ou fode ou sai de cima. - a interrompi com um sorriso e ela suspirou enquanto limpava meu rosto.

- Eu ainda amo você. Ainda quero ficar com você, nunca deixei de querer isso. Só quero que você me diga o que quer. Eu preciso que você... 

Não esperei ela terminar de falar, só a beijei. Não sei como paramos aqui, como eu parei aqui, mas eu sabia o que eu queria. O que eu sempre quis. Tentei fazer o que achava que era certo, agindo com o cérebro e não com o coração, e acho que esse sempre foi o meu defeito. É tanta pressão, pressão que eu coloco em cima de mim mesmo e expectativas em cima de tudo à minha volta. A Mari não era minha zona de conforto, ela era a minha casa. O lugar que sempre quero ir quando quero descansar os meus ossos, ficar em paz e me sentir bem. É como se... porra, todos sabem que viajar é muito bom, dormir em outros lugares é muito bom, mas sempre fico maluco para chegar na minha casa, deitar na minha cama e ficar confortável. E o que me deixava maluco era que ao mesmo tempo que ela era a minha calmaria, permanecia me fazendo sentir toda aquela agitação, perturbação. Não sei lidar com isso. Não sei lidar de saber que isso não tem volta, que sempre vou sentir a mesma coisa como se... como se sempre fosse a primeira que eu a vejo. A primeira vez que nos beijamos. A primeira vez que ela disse que me amava. A primeira vez que ela se entregou pra mim. Eram as mesmas sensações, os mesmos sentimentos. 

- Espera um pouco. - a Mari me afastou alguns minutos depois. - Eu não quero que você faça mais isso. Não quero que você me esconda o que acontece na sua vida. 

- Não quer que eu esconda nada? Tudo bem. - ela franziu o cenho. - Eu vou embora com você e com a Alicia. Já tinha planejado isso há vários dias. 

- Por que... por que você não me disse? 

- Tinha um abismo entre a gente. Sempre que eu tentava dizer alguma coisa, você se esquivava. - falei. - Ia contar ontem depois do beijo, mas você fugiu. 

- Você queria que eu fizesse o que? Você teve coragem de colocar uma aliança em outra mulher! 

- Eu já te expliquei essa história, Mari. Já te contei que não era pra ela, que era pra você. 

- Eu sei, mas... 

- Só me responde se você quer mesmo isso. Eu te magoei muito... - parei de falar. - Você tem certeza que ainda me quer? 

Deus, você sabe o quanto eu quero você! - disse passando os braços em volta do meu pescoço. - Mas... 

- Claro que tem um mas. 

- Quero que você coloque a Alicia como prioridade. Quero que você me coloque como prioridade. - disse me olhando séria. - Se você ao menos pensar em ir embora novamente por causa da sua carreira, eu te deixo ir. Mas você vai sem seu bilau.

Cai na gargalhada e ela tentou ficar séria, mas não conseguiu. 

- Eu estou falando sério! - disse. - Ah, Leo... eu quis te matar tantas vezes. Matar de amor e matar de morte mesmo. 

- Matar de morte mesmo? - continuei rindo. Como eu conseguia ficar longe disso? Como? - Ah, pode ficar tranquila. Ainda preciso ficar vivo pra casar com você e ainda preciso do meu "bilau" pra dar irmãos pra Alicia. 

- Você é um idiota! - disse, rindo. - Falo sério. Lembre-se da sua prioridade. 

- Família, certo?

- Certo. - ela sorriu e me beijou mais uma vez. 

- Você é meio bipolar. Sabia, né? Queria me bater também. Me bateu, na verdade. 

- Eu estava com raiva daquela... daquela mulher. De você não, mas... como ela teve coragem de fazer aquilo com a nossa filha? Eu nunca segurei a Alicia daquela maneira. Nunca. 

- Também não é preciso, né? Você tem criado a Alicia muito bem. 

- E agora você vai me ajudar. - ela sorriu. - Só que eu preciso te avisar de algumas coisas.

- Tipo...?

- Tipo se ela começar a chorar e gritar porque quer alguma coisa que não pode ter naquele momento. Ela fez isso uma única vez e eu tive uma conversa séria com ela. - disse. Fiquei imaginando. - Ela não tem medo de mim, mas sabe o respeito? É muito respeito. Ela me respeita demais. E ela precisa respeitar você também, então não a deixe muito mimada. Sei que você quer mima-la por ter ficado longe esses anos, mas... tome cuidado. 

- Fica tranquila, eu não vou tirar a sua autoridade. 

- Exatamente isso! Ufa, não sabia como dizer. Não quero...

- Oi! - a Alicia apareceu na cozinha com um sorriso e a Mari se afastou na mesma hora. 

- Oi! - a Mari respondeu rindo e a pegou no colo. - Por que você está sorrindo desse jeito, Alicia? 

- Porque nós três vamos ficar juntinhos! - ela bateu palminhas e a Mari me olhou de um jeito... aliviado. Feliz. 

- Droga, que horas são?! - a Mari deve ter se lembrado do voo. 

- Relaxa. Vamos amanhã cedo. - falei e ela estreitou os olhos pra mim.

- Oi?! Como você sabe disso? Como você prevê tanto as coisas?! Você estava planejando ir embora com a gente há tempos! - sorri culpado e ela balançou a cabeça. - A Brooke e o Henry sabiam disso?

- A Brooke não. O Henry sim. - falei. - Vocês não iriam hoje de qualquer jeito... eu precisaria de um tempo pra te convencer. 

- Não acredito que armou tudo isso. Que planejou tudo isso.

- Só a maluca da Brianna que não estava nos meus planos.

- Nem fala dela! - os olhos da Mari mudaram de uma hora pra outra. - Não quero me irritar. 

- Tudo bem, sem falar sobre ela. 

- Papai, você vai mesmo embora com a gente? - a Alicia chamou nossa atenção. 

- Você quer que eu vá? 

- Você tá blincando?! - me assustei de novo ao perceber o quanto ela e a Mari eram parecidas. - Eu quero, papai. Quero muuuitão!

- Eu te amo, linda. - beijei sua testa e ela me abraçou. 

- Também te amo, papai.

A Mari sorriu pra mim e deu um beijo na bochecha da Alicia. 

- Eu to com fome. - Alicia disse. 

- Vamos sair pra almoçar? 

- Sim! Em um lugar que tem brinquedo, né? - Alicia amou a ideia. 

- Vamos nos arrumar então, amor? - Mari disse e a Alicia assentiu, então elas foram para o quarto. Antes ganhei dois selinhos. Um de cada uma. 

Mariana Lenzi P.O.V

- Mentira! Finalmente!!!!! - a voz da Brooke soou animada no outro lado da linha e eu comecei a rir. - Vocês devem estar loucos pra matar a saudade do sexo também, né? Vou buscar a Alicia a tarde.

- Não!!!! Ficou maluca?! Quero dizer, claro que estou maluca por ele, mas não vou deixar minha filha de lado assim só porque não consigo controlar minha... paixão. 

- Tesão, amiga. Não consegue controlar o tesão pelo seu amor. 

- Meu Deus, Brooke. - coloquei a mão na testa rindo e vi que eu estava envergonhada como se estivessem ouvindo e me olhando. - Vamos almoçar em algum restaurante. Falo com você mais tarde, beijo. 

- Beijo, Sra. Castanhari. - ela cantarolou. 

- Larga de ser boba, Brooke! - falei rindo e finalizei a ligação.

Terminei de trocar a Alicia e ela estava toda animada pulando na cama. 

- Você está feliz, mamãe. Você não sorria assim lá na nossa casa. - Alicia disse me olhando e pulou no meu pescoço. 

- Como você sabe diferenciar?! Você tem dois anos! 

- Eu olho muuuuito pra você. Aparece uma voquinha aqui quando você está feliz. - ela colocou a mão na minha bochecha. 

- Covinha, amor. - falei rindo. - Aparece, então? 

- Sim! Só quando você sorri assim. - ela abriu um sorrisão e eu ri novamente, dando vários beijos em sua bochecha. 

- Não quero que você cresça, minha linda. - a abracei. 

- Não vou crescer, mamãe! Prometo!

Ai, Alicia... 

- Igual o Peter Pan? 

- Sim! Eu só queria voar também. Eu posso voar, mãe?

- Infelizmente não. Eu também sempre quis voar quando era pequena, sabia? Mas nós não podemos, então nunca tente. 

- Se eu tentar voar, o que acontece? 

- Você vai cair no chão e se machucar toda. - ela fez uma careta, mas depois um beicinho. 

- Então, eu não vou tentar voar. 

- Ótima escolha. - falei rindo, me lembrando de quando eu fiz a péssima escolha. 

- Estão prontas? - o Leo apareceu no batente da porta com um sorriso e por um momento esqueci que agora eu podia me aproximar dele. Fiquei pensando em como iria respirar quando ele parou com os braços cruzados na porta... difícil, Leonardo Castanhari. Difícil. 

- Sim. - respondi e a Alicia pulou no colo do Leo. 

Nós fomos em um restaurante perto do prédio do Leonardo e a Alicia foi direto para o mini parque que tinha no fundo do local. Sentamos em um lugar que dava para ficar de olho nela, mas sem precisar ficar em cima e fizemos nossos pedidos. Tinha um clima e uma energia diferente entre o Leo e eu... não sabia definir se era bom ou ruim. Acho que era um pouco dos dois. Eu ainda tinha medo de que algo acontecesse, que ele fosse embora mais uma vez, mas... ele não faria isso mais. Ele não faria. Ele tem a Alicia, ele tem a mim e nós somos sua família. Não se abandona a família. Não se abandona a família como o pai dele fez, como o meu pai já fez. Ele é muito melhor do que os dois juntos e eu sabia que ele seria - está sendo - um pai maravilhoso e um marido melhor ainda. Eu não tenho o que reclamar do Leo enquanto estamos juntos. É tudo às mil maravilhas, nos entendemos, conversamos, rimos e somos tão parceiros, sempre fomos. O problema era quando afetava sua autoconfiança. Ele tinha medo de tudo dar errado e sempre agindo com a razão e não com o coração, acaba querendo resolver os problemas antes mesmo deles aparecerem. Mas enquanto estamos juntos, enquanto estamos bem... é muito melhor do que o paraíso. É tudo que eu sempre esperei, tudo o que eu sempre quis e ele deve colocar tanta pressão em cima de si mesmo, talvez com medo de que eu não o ache bom o suficiente, mas ele... ah, ele é muito mais do que suficiente. 

- O que você tanto pensa? - ele me despertou dos devaneios. - E ainda me olhando assim? Não me diz que você mudou de ideia. 

Abri um sorriso. Até parece. 

- Não consigo imaginar um término de nós dois sem que termine com uma reconciliação como ponto final. - sorri pra ele. - Só estava pensando... é muito louco lembrar de tudo, não é? Estamos nessa faz tanto tempo. Eu era uma criança e você todo metido a pegador. 

- Como se você não fosse pegadora. - ele revirou os olhos e eu soltei uma risada. - Aparecia cara do céu querendo você enquanto estávamos juntos. Era uma bosta. 

- Não se garantia não, Castanhari? - brinquei. 

- Você sabe que sim. - ele acariciou minha mão e eu fiquei tensa. Mas aí lembrei que tínhamos voltado. 

- Desculpa, não me acostumei ainda. Sempre demoro pra me acostumar. - me aproximei dele e encostei a cabeça em seu ombro. - Já passamos por isso antes, mas os anos passam enquanto estamos separados. O tempo não para. 

- Sei que... sei que você ainda está chateada, mas...

- Não estou chateada. - o interrompi. - Eu te amo, Leo. Sei que você me ama também, e eu entendo você. Entendo porque você fez aquilo. Eu só quero que você também queira ficar comigo, com a Alicia e que saiba que eu nunca iria julgar você por não ter um emprego. 

- Você é incrível. - disse com um sorriso e acariciando minha bochecha. - Eu amo você, morena.

Me inclinei para beija-lo. Ouvimos alguém pigarrear um tempinho depois e me afastei do Leo ao ver o garçom com as nossos pedidos.

- Obrigada. - respondi baixo e olhei envergonhada pro Leo. Ele começou a rir.

Nós voltamos para o apartamento por volta das quatro e meia. A Alicia quis ir tomar sorvete e ficou brincando em um parque por longos minutos. 

- Mamãe, eu to com sono. - Alicia deitou na cama. - Posso pegar a chupeta? 

- Pode. - entreguei a ela. - Vou ficar aqui até você dormir. 

- Tudo bem. - ela bocejou. 

Alicia estava muito dorminhoca ultimamente. Antes ela demorava um pouco para dormir sem a mamadeira, mas agora dormiu em menos de vinte minutos. 

- Ela dormiu? - o Leo perguntou quando apareci na sala e eu assenti. - Porra, finalmente. - e ele me agarrou. 

Comecei a rir durante o beijo. 

- Está tão desesperado assim por sexo, Castanhari? A Brianna não te satisfazia do mesmo jeito que eu? - provoquei e mordisquei seu lábio inferior. Estava sentada em seu colo com uma perna de cada lado de seu corpo. 

- Estou desesperado pelo seu sexo. - ele beijou meu maxilar e desceu até o pescoço. - Fico puto só de lembrar que outros caras conheceram você na cama e tocaram na sua tatuagem. - ele tocou na nossa tatuagem.

- Puto por que? Quanto mais experiências melhor, certo? - ele me olhou sério e eu gargalhei. - Sem ciúmes, Leo. 

- Sem ciúmes. 

Ele voltou a me beijar e levantou nós dois ao mesmo tempo, segurando minha cintura. Me segurei nele enquanto ele nos guiava até o seu quarto.

(...)

- Você estava errada em me imaginar com alguém como você. - o Leo sussurrou enquanto fazia linhas imaginárias em minhas costas desnudas. - Não tem ninguém como você, é só você. Só você.  

- Fico feliz de saber que tem bilhões de pessoas no mundo e eu sou a única que te faz sentir isso. - lembrei do que ele me disse ontem e abri um sorriso. - Quem diria, não é mesmo? - me virei pra ele e encostei e cabeça em seu peitoral. 

- Quem diria que te beijar perto daqueles arbustos causaria todo esse transtorno nas nossas vidas. - sorri pra ele e percebi que meus olhos ameaçaram aguar. 

- É tão estranho, sabe? Quando eu lembro de mim naquela época... era tão estranho. Nós conversávamos às vezes, sabe? Nunca o suficiente para eu me apaixonar por você, mas tinha aquelas benditas... porra, aquelas sensações malucas cada vez que você me olhava ou que você se aproximava. Leonardo, seu olhar tem um poder bizarro sobre as mulheres. Você sabe disso, né? Você sabe que essa sua cara de safado... puta merda. 

Ele riu e deu um beijo na minha cabeça. 

- Sério, meu. Eu ficava pirada, Leo. - falei séria. - Me perguntava como tinha deixado aquilo acontecer e porque você me causava frios estranhos na barriga e o caralho a quatro. Aí que raiva. 

- Essa era uma das vezes que você queria me matar de amor ou matar de morte mesmo? - soltei uma risada. 

- Os dois! Eu sei lá, era muito louco. Era muito louco. O que a gente sentia assim... era louco. Era tanto amor.

- Continua sendo. 

- Louco ou amor demais?

- É a mesma coisa. - disse. - Essa porra me deixa encucado, sabia? Esse lance de você acreditar que a nossa vida está escrita, que estamos ligados ao amor da nossa vida com um estático imaginário...

- Por que te deixa encucado?

- Porque eu sentia desde o começo. Porra, você não tá ligada no que eu senti quando te vi pela primeira vez... é muito bizarro. 

- É mesmo, né? - franzi o nariz.  - Esse negócio é muito louco mesmo. Não sei se a nossa vida está escrita, não sei se tem mesmo um elástico aqui, mas... você sabe que é muito mais do uma simples paixão da adolescência. 

Ele suspirou com um sorriso e sua boca encostou na minha orelha: 

- Você é o amor da minha vida. 

Abri um sorriso ao lembrar que eu disse isso a ele antes do primeiro intercâmbio que ele fez para a Inglaterra. Eu ainda tinha quinze, ele dezessete. O que sabíamos sobre a vida? Nada. Talvez continuamos sem saber, mas ele era a minha certeza. E eu sabia que era a dele. 

- Não acredito que nós temos uma filha. 

- Uma filha linda e incrível por sinal. - ainda me sentia tão culpada de ter escondido dele.

- Você queria menina mesmo? - ele perguntou ainda fazendo carinho no meu cabelo. 

- Eu sempre quis ser mãe de menina, mas também amaria se fosse um menino. - falei. - Você iria ensina-lo a jogar futebol. 

- A chegar nas menininhas. - ele sorriu safado e desencostou de mim, sentando direito na cama. 

- Mato você se transformar meu filho em um Castanhari! - falei séria e o Leo riu. Imagina se meu filho vira cafajeste?! Não aguento! 

- Ele já será um Castanhari... - o Leo sorriu. - Você também quer ser?


Notas Finais


Gente, deixa eu comunicar uma coisa a vocês: estou planejando uma história da Alicia. Não terá ligação nenhuma com Clarity, além dos pais dos personagens aparecerem uma vez ou outra, mas nada além disso. É como se fosse uma história nova, mas com os filhinhos dos nossos amores. E eu ainda estou pensando no enredo e tudo mais, mas tenho duas ideias na cabeça: a primeira era que a Alicia e um suposto filho da Priscila e do Lucas foram criados como irmãozinhos, mas acabam se apaixonando. Massss, eu não tinha isso em mente quando comecei a escrever o Spin-off e não coloquei esse suposto filho da Pri e do Lucas na história (continua sendo só uma ideia avulsa na minha cabeça). A outra história é que a Alicia tem um relacionamento de anos com um garoto que também cresceu com ele e ela vai ser toda marrenta tipo a Mari, mas ainda vai ser superprotegida (principalmente pelo Leo, com medo que ela faça as mesmas merdas que ele) e na visão de todos, inclusive da família, ela tinha o relacionamento perfeito e a vida perfeita, mas sabe aquele lance do adolescente querer se achar? Se ela é mesma aquela pessoa, se quer mesmo aquilo. E ela acaba descobrindo algumas merdas em relação ao namorado e fica revolts, mas não sabe como se livrar dele. Tem muita pressão do tipo "Nossa, vocês vão casar quando terminarem o ensino médio" (não literalmente senão papai Leo mata o menino). Enfim, ela iria conhecer outro cara também todo marrento (pra caralho) e conhecê-lo vai ser tipo um choque de realidade pra ela, que sempre viu a vida como se fosse fácil porque é "a riquinha que tem tudo o que quer". Enfimmmm, por enquanto essas duas ideias surgiram na minha cabeça e ainda podem aparecer mais a qualquer momento... o que vocês acharam? De ter da história da Alicia e das duas ideias por dentro?? Deem suas opiniões, please

"Só" isso mesmo

Mentira, não é só isso!!! Fica a dúvida no final desse cap: é um pedido de casamento, Castanhari?????? Agora sim, bjssss


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