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História Colours - Lovely Rainbow


Escrita por: nastyona

Notas do Autor


EIS QUE AQUI ME APRESENTO!!
Parece que meu "amanhã" é meio demorado demais, hehehe. O problema foi que essa anta de autora acabou por excluir o capítulo SEIS VEZES. Então, desculpem eventuais erros...
Obrigada aos favoritos do capítulo passado!
Um beijo, e até!

Capítulo 2 - Lovely Rainbow


Fanfic / Fanfiction Colours - Lovely Rainbow

Matthew estava correndo feito um louco desvairado atrás de Bela, que havia roubado o pincel que ele estava usando. Era um dos maiores da caixa, poupava tempo na hora de pintar. Por isso que ele se importava tanto. Brian ficou só na sala, encarando a parede que eles estavam prestes a pintar. Era de uma coloração branca, mas encardida. Feia. Olhou para as latas de tinta que seu amigo, Zacky – um artista plástico – havia o presenteado. Eram cores fortes, intensas, bonitas.

Marcantes.

Aguçou os ouvidos, escutando apenas Matthew gritar “Bela, volte aqui! ”, assegurando-se de que ele não estava voltando. Parecia uma criança prestes a fazer algo de errado. Aproximou-se da primeira lata de tinta que viu e, com certa dificuldade, a abriu.

Vermelho.

Um vermelho tão intenso que mais aparentava ser sangue. A cor do pecado, da tentação, da luxúria, da raiva, do amor. Significados tão complexos e profundos atinentes àquela cor que era impossível para Brian resumi-la em uma única palavra oficial.

Pegou o balde pela alça e encarou a parede. Um movimento brusco fora realizado pelo corpo esguio. E Brian sorriu.

O manchão abstrato transcorria a parede, roçando um pouco no teto. Mas isso não fora problema. A beleza daquela cor cortando a doente palidez da parede era linda, majestosa. Perfeita.

Satisfeito com o que acabara de fazer, Brian soltou o balde de tinta vermelha vazio pelo chão e correu para o próximo. Com mais familiaridade à tranca de segurança das tintas, abriu com mais facilidade o segundo.

Verde.

A cor-definição da natureza, o tom dos fios de cabelo da Mãe Natureza. A cor da saúde, da vitalidade, da liberdade e da esperança. Tão intenso quanto o vermelho e de complexo tão imensurável quanto.

O movimento brusco e objetivo de antes fora reproduzido por ele com maestria.

Sobre o mancho de vermelho-sangue, saltava uma faixa de verde-bandeira. As cores mal se tocavam, devido o contraste. Brian, com raiva de tal preconceito das próprias cores entre si, dispensou qualquer tipo de pincel e usou as mãos para fundir as tintas, dando origem à um clássico tom de marrom.

E o ato se repetiu de novo, de novo e outra vez.

Rosa, azul, laranja, lilás, roxo, lavanda, verde-petróleo, magenta, ciano, verde-grama e mais cores no qual Brian já havia se perdido em defini-las. Onde Matthew estava? Por mais que tentasse espantar esse pensamento, Brian pouco se importava naquele momento. Tão compenetrado em misturar as tintas com as mãos, em fazer marcas definitivas, que outro pensamento que não remetesse a esse era terminantemente proibido. A beleza que aos poucos deflorava violentamente surgia, tanto em suas mãos e corpo lambuzados de tinta quanto na parede, alvo primordial dos ataques com o balde.

– Mas que porra...? – A familiar rouquidão da voz de Matthew pôde ser escutada em um silvo. Imediatamente, Brian recolhera as mãos, olhando assustado para quem o encarava com surpresa no olhar. Não pôde focalizar com certeza o fato de Matthew estar com as pregas do macacão abaixadas, exibindo assim seu tronco fisicamente modelado. – O que você fez?

– E-Eu... – Tentou se explicar, mas as palavras simplesmente fugiram de sua mente. Desespero o definia quando Matthew começou a andar em sua direção à passadas longas e concisas. Marchando.

– Combinamos de pintar tudo de branco, não foi? – Segurou as mãos de Brian, os olhos verdes não pareciam furiosos, e sim, indagadores. Mesmo com as mãos aprisionadas, Brian assentiu. Abriu a boca, quando finalmente algo plausível (ou nem tanto) lhe passou à mente, porém Matthew o surpreendera com a frase que ele dissera, provavelmente passando imperceptível aos próprios ouvidos. – Ficou lindo.

– O que você disse? – Ouvira perfeitamente e sem ruídos o que Matthew dissera, porém Brian queria que ele repetisse para ter certeza. Ele precisava ter certeza. Matthew sorriu sugestivo.

– Eu disse que ficou lindo. – Olhou para Brian, como se estivesse esclarecendo o óbvio. – Mas você ficou todo sujo...

– Isso é o de menos... – Brian sacudiu a cabeça para os lados, como se estivesse negando. Ele e Matthew, repentinamente, começaram a andar em direção à parede, ainda úmida de tinta, como se dançassem melodias inaudíveis, embebidos e hipnotizados pelo olhar intenso um do outro, sem explicação plausível para tal. Quando o caminho se findou, Brian suspirou. A frieza e umidade das cores recém-espalhadas colidiram contra a tepidez das costas morenas, fazendo com que Haner entreabrisse os lábios para suspirar. Tal ato fora a deixa prefeita para Matthew inserir sua língua na boca desesperada de Brian, desfrutando de todo o espaço que ela possuía. As línguas esfregavam-se violentamente, os lábios abertos ao extremo, atribuindo às línguas maior fricção, os corpos diminuindo de distância e os membros se encostando mesmo sobre o tecido da calça, despertando o desejo que mais cedo lhes fora atribuído.

Ah, Deus! Como adorava perder os sentidos com Brian daquele jeito, tão selvagemente! Os corpos foram trocados de posição e agora era Matthew quem estava contra a pintura, porém em outra extremidade. Esta era mais fresca do que a de Brian, e lambuzou suas costas tremendamente. Mas aquilo não pareceu afetar o beijo em momento algum. Pelo contrário: afogueou-o.

Brian teve suas nádegas fortemente apertadas, e então entendeu que Matthew queria que ele pulasse em seu colo. Não obedeceu, para a frustação de seu parceiro. Sua ideia fora muito melhor.

– Quero que fique exatamente aí! – Haner ordenou, e Matthew, com um sorriso de canto já prevendo o que viria a seguir, obedeceu. Brian recuou cinco passos, alcançando um balde de tinta que estava perto de si, aparentemente pela metade. Não se deu tempo de admirar a cor que ali estava, apenas a viu quando lambuzou o peito tatuado de Matthew.

O vermelho. O mesmo vermelho considerado “a cor do pecado”.

Brian riu, realmente cabia a Matthew o prêmio mundial de “pedaço de mal caminho”. Mas não parou no vermelho. Vieram mais cores, mais tonalidades, mais temperaturas. E, moldando Matthew à cor que quisesse, Brian despropositalmente acabava pintando a sala num inteiriço ato. E espalhava o corpo de Matthew com as mãos, recebendo beijos e lambidas, mas não viu quando ele e Sanders já estavam no chão da sala, deitados, com os corpos todos sujos de tinta. Já não se importavam com a bagunça; eles precisavam um do outro agora.

Até o pescoço e bochechas de Brian estavam sujos de tinta. E Matthew não ficava atrás. Até pareciam uma obra de arte abstrata. Muitos apenas viam borrões, manchas que jamais deveriam estar juntas ou misturadas, mas outros via a verdadeira beleza, o verdadeiro valor que a união homogênea de cores proporcionava.

Ensandecidos, a rapidez com o qual se despiram fora inigualável. Nus, deram início a um beijo diferenciado dos demais. Nesse, a calmaria era o principal ingrediente. A língua hábil de Matthew acariciava a de Brian, que simplesmente se encontrava ébrio pelo beijo. As mãos de seu ativo automaticamente desceram para a cintura de Brian, que sentiu o membro do maior roçar em sua fenda, assim arrancando-lhe um frustrado suspiro expectante. O pré-gozo de Matthew serviria como uma espécie de lubrificante, assim os dois não teriam que se preocuparem com dor da parte de Brian, além do mais, ele estava muito acostumado com essas intromissões sexuais.

A penetração veio sem ajuda das mãos, além de indolor, rápida e funda. Brian murmurou algo indiscernível, que se repetiu nas vezes em que Matthew estocou. Haner gostava de repetir que ninguém jamais o satisfizera como Matthew fazia, mas isso era a mais pura verdade. Mesmo sendo passivo. Brian sabia que ninguém lhe daria aquele prazer fino quando tinha sua próstata atingida diversas vezes seguidas, ou o faria gozar com vontade e violentamente como ele fazia, ou até mesmo teria o mesmo boquete.

– Ma-aaa-tt... – Apenas sabia gaguejar o nome do parceiro, que estava compenetrado em acertar a próstata de Brian. Os olhos de Brian reviravam de levemente sempre que o objetivo de Matt era cumprido. Saber que dava prazer a Brian era o prazer de Matthew, e isso o instigava a ir cada vez mais forte e mais fundo.

E, quando concretizou o objetivo, doze estocadas depois, ambos gozaram ao mesmo tempo. Brian lambuzou os corpos, e Matthew se derramara em seu interior. Ofegando, se retirou de Brian e deitou-se ao seu lado. A tinta, levemente úmida por conta do suor, começava a pinicar em seus corpos, mas não queriam ter que se afastarem.

– O que nós fizemos...? – Brian indagou, com uma risada ofegante, após um longo momento de silêncio.

– Inauguramos o chão da sala... – Matthew riu nasalizado. Coçou as lascas de tinta seca que se encontravam perto do umbigo, já se sentindo incomodado. – Se isso secar por completo, vai ser mais difícil de tirar. – Disse pensativo, admirando Brian. Este possuía um olhar distante, como se tentasse assimilar, por si só, o que acabara de fazer ali. Um sorriso travesso agraciou seu rosto, por natureza, malicioso.

– Se nós inauguramos a sala... – Começou, agora mirando Matthew nos olhos. – O que acha de inauguramos o banheiro?

– Você aguenta um segundo round? – Sanders debochou, dando um selinho em Brian.

– Te garanto que saber na prática é bem melhor... – Brian e Matthew foram, então, agarrados e aos beijos para o mesmo banheiro em que antes houveram tomado banho, mas dessa vez, a coisa não se limitou apenas em um banho.

Brian e Matthew sabiam que haviam sidos feitos um para o outro no momento em que confessaram seus sentimentos, na fatídica floricultura de sempre. Mas não sabiam que era tão grandioso e majestoso quanto pensavam. O seu amor era como as cores, podem ter diferentes temporadas, tonalidades, temperaturas e saturações.

Nada jamais tiraria sua beleza.

Pois não há como descolorar a cor do amor.


Notas Finais


Agora que a história acabou, o que me dizem de opiniões? Críticas? Elogios? Tapas? Sugestões?
Um beijo, obrigada por tudo e até!


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