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História Comemorações à Luz de Velas. - Capítulo Único: Anote minhas palavras.


Escrita por: camelilia

Notas do Autor


✧ – Já fazia algum tempo que eu sentia vontade de voltar a escrever drabbles, e fazia mais tempo ainda que eu estava devendo um capítulo solo da Hyeji/Jihye (e da Barbie, que terá o seu momento em breve, mas priorizei a Jiji pelo roteiro ser mais simples kk) em Apricity, então juntei o útil ao agradável e fiz isso aqui. 🙌🥳 É uma one-shot bem bobinha e despretensiosa, então não tenham muitas expectativas, mas espero que gostem de qualquer maneira. <3

✧ – Caso alguém acabe caindo aqui de paraquedas, Choi Jihye é uma personagem da minha interativa de kpop, "Apricity", mas não é necessário lê-la para entender isso aqui. Créditos à arroba @LariWitte por ter criado a gatinha. Créditos também à @Yimy-He do @WonderfulDesigns pela capa belíssima. Muito obrigada a ambas! ❤️

✧ – Com todos os avisos, boa leitura. 🌻

Capítulo 1 - Capítulo Único: Anote minhas palavras.


Fanfic / Fanfiction Comemorações à Luz de Velas. - Capítulo Único: Anote minhas palavras.

Ei, nós estamos indo para Vênus ou algo do tipo?... — Taecyeon pôde perceber a impaciência na frase de Jihye enquanto os dois caminhavam pelo apartamento do mais velho, que não se importou tanto; já estava acostumado com o pavio curto da namorada e, sobretudo, sabia que ela provavelmente estava irritada devido ao terrível calor do verão de Seul.

— Quase. — Ele respondeu num tom bem-humorado, notando-a inflar as bochechas, coisa que apenas reforçou o sorriso doce em seus lábios.

Naquele momento, Jihye e Taecyeon pareciam duas baratas tontas se locomovendo pelo apartamento relativamente grande e sobretudo, bagunçado. Os olhos de Jihye estavam cobertos por uma venda, portanto o mais velho precisava guiá-la e, ciente do quão desastrada sua namorada era, afastá-la dos "obstáculos" — pilhas de coisas no chão, como calçados e bolinhas de papéis, muito provavelmente rascunhos descartados de letras de música — antes que uma tragédia acontecesse.

— Pronto — disse, afastando as mãos da Choi. — Pode tirar a venda, Jiji.

Ela sorriu com o uso do apelido, ato que foi rapidamente interrompido pelo arregalar de olhos que marcava surpresa no rosto da Choi.

Naquele momento, o casal estava localizado na cozinha, o único cômodo minimamente organizado no apartamento. Não que isso importasse muito, pois era difícil enxergar a arrumação do local, que estava completamente escuro, com única exceção para as luzes alaranjadas das velas presentes ali. As velas da mesa de jantar, em específico, iluminavam uma vasta quantia de comida; pratos diversificados que incluíam todos os alimentos preferidos de Jihye, com destaque para os morangos na fruteira.

A-Ah!... Amor, você não precisava! — A Choi disse, em um tom envergonhado com tamanha dedicação do namorado em preparar aquilo tudo.

Em resposta, Taecyeon sorriu, aproximando-se de Jihye e envolvendo seus braços ao redor da cintura da mais nova.

— Feliz aniversário, querida. — disse, antes de presentear Jihye com um doce beijo nos lábios.

Tratava-se do aniversário de Jihye, 26 de junho. Graças à agenda apertada de ambos, era raro que passassem os seus aniversários juntos. Aquele ano era uma completa exceção à regra, e por causa disso, Taecyeon passou todo o mês planejando lugares interessantes para levar a Choi e tornar a noite dela inesquecível, mas tudo foi por água abaixo quando recebeu uma ligação da namorada para que "passassem o dia em casa", após um cansativo dia de trabalho como líder do girl group Apricity.

Isso não deixou o Ok decepcionado e nem irritado; pelo contrário, deu seu melhor para animar e confortar Jihye pelo telefone ao mesmo tempo em que se virava nos 30 para conseguir planejar um jantar decente para os dois. Sabia como a correria do dia-a-dia da idol era estressante — mesmo que Jihye tentasse descaradamente fingir que estava bem —, então fazê-la esquecer dos seus problemas era algo importante para ele.

Além disso, havia uma coisa que ele tinha em mente para tornar aquela noite ainda mais especial.

— Enfim, vamos comer? — Taecyeon disse após trocar mais palavras e gestos de afeto com Jihye, que assentiu plenamente, sentando-se em sincronia com ele nas cadeiras aos lados da mesa.

Logo começaram a se servir, mas enquanto Jihye praticamente devorava seu prato após um dia sobrevivendo de frutas e snacks, Taecyeon mal tinha tocado nos alimentos.

Amor? — A Choi chamou, demorando um pouco para ser notada pelo Ok, que fitava algo em seu colo. — Está tudo bem? Você nem comeu.

Ele assentiu, desculpando-se pela distração.

— Não me diga que as batatas te fizeram ganhar uma ereção. — Jihye brincou com um sorriso malicioso, enquanto segurava um pedaço do tubérculo com seu garfo. Taecyeon, já acostumado com as piadinhas da namorada após sete anos as ouvindo, acompanhou sua risada.

— É bom você encher a sua boca com essa comida se não quiser enchê-la com outra coisa. — Ele respondeu sem pudor, num falso tom de indignação com a pergunta indecente, mas logo esboçou mais um dos seus sorrisos dóceis quando ouviu o riso de Jihye.

Graças à altura da mesa, e à pequena distância que o móvel proporcionava entre o casal, Jihye não conseguia enxergar o colo de Taecyeon, mas naquele momento ele havia retirado do bolso uma caixinha de bijuteria em que se encontrava o motivo não só da sua distração, mas também da sua pequena ansiedade interna:

Faziam alguns meses que Tae vinha pensando em pedir sua namorada em casamento. No início era apenas uma ideia inocente e natural de surgir na mente de qualquer casal que já namorasse há longa data, mas ele acabou tendo mais certeza sobre isso nos últimos dias, chegando até mesmo a comprar alianças para eles, sem certeza alguma se Jihye aceitaria ou não.

Tinha pensado nos menores detalhes sobre aquilo, mas pensar era muito diferente de agir. E por mais confiante que Taecyeon fosse, sua coragem se esvaziava sempre que tentava ditar aquelas quatro palavrinhas perto de sua namorada:

"Você quer casar comigo?

Taecyeon não queria sentir que estava indo rápido demais, tampouco pressionar Jihye, mas adorava imaginar a vida de casado com ela. Adoraria ver sua amada em um vestido de noiva; adoraria ter uma lua de mel como as de cinema com ela; adoraria comprar uma casa mais espaçosa e quem sabe construir uma família; e principalmente, adoraria acordar já admirando aquele doce sorriso todos os dias, e passar toda a sua vida com ela. Sabia que sofreriam ainda mais com o ódio da mídia e dos fãs, mas Taecyeon já não se importava tanto com isso.

— Amor, tem certeza de que está bem? — Jihye interrompeu os pensamentos do namorado mais uma vez. — Seu rosto está vermelho...

Ele, em resposta, se surpreendeu, só aí reparando que seu rosto tinha esquentado. Seus pensamentos estavam lhe deixando corado.

O-Oh, não é nada, querida! Sério... — respondeu, se recompondo antes de finalmente começar a comer.

Algum tempo depois, entre garfadas e drinks, a mesa logo passou a ter somente pratos vazios. Jihye não bebia muito, mas Taecyeon acabou exagerando naquela noite, e agora possuía a cabeça baixa, tentando não cochilar ali mesmo.

Percebendo a situação do namorado, Jihye recolheu as coisas na mesa e foi até a pia, passando a lavar a louça. Às vezes virava o pescoço, dando uma olhada sobre o ombro para ter certeza de que Taecyeon estava bem. Foi então que o mais velho deitou a cabeça na mesa, com os olhos ainda fechados. Ele realmente estava disposto a passar a noite ali, Jihye pensou.

— Amor... Vá para a sua cama. — Jihye recomendou, mas Taecyeon pareceu ter a ignorado, e isso se sequer havia ouvido.

Recebendo o silêncio como resposta, Jihye suspirou, deixando a louça em segundo plano para ir até ele. Tentou ajudá-lo a levantar, pedindo para que a usasse de apoio, mas Taecyeon não parecia querer ir.

Jiji... — Ele chamou num tom sussurrado, um pouco desleixado, e ela parou para ouvi-lo. — Eu ainda vou me casar com você.

H-Hein?!... — Foi a única coisa que ela pôde dizer, surpresa com o comentário repentino.

— Anote isso.

No mesmo momento, parou de tentar carregá-lo — tanto pelo pequeno choque quanto porque ele era muito mais pesado do que ela —, mas não obteve nenhuma resposta após a última frase do Ok. Ao invés disso, a única coisa que ouviu dele após isso foi o seu ronco leve, coisa que deixou a Choi um pouco emburrada. "Casamento...", ela pensou. "Nunca tinha imaginado antes que isso aconteceria."

E suspirou. Não muito disposta a prender-se àqueles pensamentos, e sem chances de levar Taecyeon para o quarto sozinha, decidiu apenas levar até ele um lençol confortável, que acabaram dividindo, e um travesseiro, que pôs abaixo da cabeça do adormecido; àquela altura, o pobre coitado já dormia profundamente. Não havia muito o que fazer.

Quando sentiu o sono bater em sua porta, abraçou o namorado à procura de conforto.

Enquanto fazia a ação, sentiu um volume cubicular em um dos bolsos de Taecyeon, mas não comentaria sobre ele no dia seguinte, apesar da surpresa ao encontrar o item.

Sabia do que se tratava, mas ela gostaria de comemorar da forma correta. Comemorar com o seu namorado.

E, deitando a cabeça na mesa, logo ao lado do mais velho, adormeceu à luz das velas, finalizando o aniversário de forma agradável.


Notas Finais




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