1. Spirit Fanfics >
  2. Como eu encontrei a sua mãe >
  3. O dia depois...

História Como eu encontrei a sua mãe - O dia depois...


Escrita por: Braunjakga

Capítulo 9 - O dia depois...


“Mas talvez você não entenda 

Essa coisa de fazer o mundo acreditar 

Que meu amor não será passageiro 

Te amarei de janeiro a janeiro 

Até o mundo acabar” 

  

(Roberta Campos e Nando Reis — De janeiro à janeiro) 

 

L’alguer, Sardenha

5 de setembro de 2018 

 

O bom de um dia feliz é que nós queremos que ele nunca acabe. É fato: ele nunca vai acabar desde que surjam outros momentos igualmente felizes. Bastava manter viva essa esperança dentro do coração. 

Uma bela manhã começou. As ondas do mar iam e vinham e o canto das gaivotas ressoava em seus ouvidos. Dava até pra ouvir o som das águas batendo contra os rochedos e banhando a areia da praia.  

Sakura ainda estava na fase de recém-formada em busca de uma nova oportunidade de trabalho na Catalunya. E também, de recém casada de um segundo casamento. Ela, que sempre foi tão certa do seu destino, não sabia o que fazer da vida naquele momento. Sentia um vazio dentro de si e uma paz grande. Tudo o que veio à mente foi aproveitar aquele momento ao lado dela.  

Abriu os olhos progressivamente e viu que havia mais uma pessoa ao seu lado na cama. Fazia muito tempo que isso não acontecia. Seu coração se encheu de felicidade. Era ela. Dormia com um anjo de conchinha consigo, segura de que nenhum mal aconteceria. Os cabelos morenos pendiam delicadamente sobre os ombros. A camisola fina de alças que usava tornava tentador beijar aquelas espáduas. Foi isso que ela fez. Beijou profundamente os ombros da esposa. Ela sentiu o toque e despertou. 

 — Bon dia, meva estimada dona! (Bom dia, minha mulher amada!) 

Tomoyo demorou para se tocar. Pensou se tratar da típica confusão que temos ao despertar, mas viu pelo tom de voz inconfundível que era Sakura falando em catalão com ela.  

— Bon dia, meva coratjosa! La dona més coratjosa del món! (Bom dia, minha corajosa! A mulher mais corajosa do mundo!) — Tomoyo e Sakura trocaram um longo selinho.  

— Quant temps es quedarà al llit? (Vai ficar quanto tempo na cama?) 

— El temps que desitjar… (O tempo que você quiser) — As duas trocaram mais um selinho. — Estar amb vostè és meu somni i no vull que es acabi tan aviat… (Estar contigo é o meu sonho e não quero que acabe tão cedo!) 

— No acabarà aviat… Por molts i molts anys seré la teva dona i vostè, la meva… (Não vai acabar cedo… por muitos e muitos anos vou ser a sua mulher e você vai ser a minha…)   — Mais um selinho foi trocado entre elas.  

— Has aprengut català, eh? (Aprendeu catalão, não é?) 

— La llengua de teu cor… He aprengut justament per parlar amb la teva ànima… (A língua do seu coração… Aprendi justamente pra falar com a sua alma…)   

— Et estimo i molt, Sakura. (Eu te amo muito, Sakura) 

— Jo també… (eu também) 

Por fim, um beijo de língua naquela manhã para acordar com o pé direito. Depois, Tomoyo se sentou na cama e ficou pensando no outro lado daquele paraíso. 

 — Sabe, Sakura... Tô pensando quando a gente voltar e tiver que pagar um monte de conta... Isso tá me dando agonia... Eu me preocupo até com o tempo que a gente tá aqui, se não tá dando muito gasto...  

— Mas...  

— Eu sei que nossos pais estão bancando, mas sabe como é...  

— Sei, mas sabe de uma coisa? A gente tem que aproveitar enquanto estamos aqui. Nossa passagem de volta está marcada. Não precisa se preocupar! Vamos voltar pra nossa vida daqui há três dias, mas, enquanto esse dia não vem, vamos preencher nossas vidas com alegria, meu amor? — perguntou Sakura, acariciando uma mecha de cabelo ao lado da bochecha dela. Tomoyo deixou a melancolia de lado e deu um sorriso. Pegou as mãos da esposa e deu um beijo profundo nas palmas dela. 

— Amo quando você me chama de “meu amor”. 

— Esse foi só o comecinho das minhas surpresas... — Sakura sorriu.  

— Só o começo, é? Conta mais... Sei quando você esconde as coisas de mim...   

Sakura deu um sorriso sapeca. Pegou a mulher pelas mãos e levou-a até a janela. Olhando para a praia, Tomoyo tomou um susto que a fez levar a mão para a boca. Kero e Yue apareceram, trazendo as crianças consigo. O anjo prateado trazia as meninas enquanto Kero carregava os rapazes em suas costas.  

— Sakura... — Nem deu tempo de Tomoyo terminar a frase. A garotada entrou no quarto do resort delas, à beira-mar, e sufocaram a violeta com seus abraços. 

— Mare! (mãe) 

As crianças ficaram no resort com elas até dar o dia de voltar.  

 

[...] 

 

Um mês depois...  

 

Dom Jordi, o tio de Sophia, voltou para a Catalunya, para saber se elas comparam uma casa decente para a rainha. Eles não se encontraram no velho apartamento das Daidouji de anos em Nou Barris. Estavam em um casarão imenso de Sarrià, o bairro rico de Barcelona. Era no mesmo estilo do casa delas em Tomoeda, com um amplo jardim e uma casa espaçosa. Custou cinco milhões de euros. O presidente de governo examinava cada centímetro daquela construção.    

Enquanto isso, Sonomi comentava com as filhas: 

— Que olhe tudo! Não vai encontrar nada de seu interesse! Não somos os políticos que ele vê todo dia do congresso dos deputados! — comentou a executiva. 

— A última herança do vovô Masaki... Ele pensou na gente até o último instante independente das nossas escolhas! Hoe! — disse Sakura. Tomoyo entrelaçou suas mãos com as dela.  

— Bem, só espero que liberem a pensão do Felipe pra aliviar as contas da escola da Sophia... — Tomoyo confessou. De repente, Dom Jordi olha para elas e fala: 

— Eu já vi tudo o que eu tinha pra ver. Tornem Sophia numa mulher à altura da responsabilidade que ela vai assumir! — Ele falou. As três assentiram. O ministro entrou no carro oficial e partiu. As três pularam de alegria, as crianças celebraram com Kero e Sophia continuava a mostrar a língua para o tio. 

— Sophia, olha a educação! — alertou Tomoyo. 

Continua...  



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...