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História Como (Não) Viver Com Park Jimin - Seja O Namorado Dele


Escrita por: vanelope-stars

Notas do Autor


LEIAM AQUI, É IMPORTANTE

OLÁ! Gente, eu estou trabalhando nesse capítulo há dias. É o maior capítulo da fanfic até agora, então aproveitem bem, ok? Matem a sede KKK
E, gente, esse capítulo tem uma narração pesada em uma parte, não leiam se não se sentirem confortáveis. Eu vou colocar uma frase em negrito pra vocês saberem aonde começa e termina essa parte, ok? A primeira frase em negrito marca aonde vocês devem pular, se não se sentirem bem lendo, e a segunda frase em negrito marca o final, aonde podem continuar lendo. Prestem atenção.
Até 💕

Capítulo 19 - Seja O Namorado Dele


Acho que eu nunca havia me questionado tanto sobre o que de fato são relações e do que elas são feitas até me envolver com Jimin. Ele era diferente de todas as pessoas que eu já tinha conhecido; nada com ele era monótono ou comum para mim. E foi quando eu, de fato, me vi como namorado dele que pude perceber que se relacionar com alguém ia muito além de amor e sexo, conselhos ou brigas.

Eu só entendi o que de fato era namorar quando Jimin me considerou o seu namorado.




ㅡ Jungkook, meu amor, meu amor… ㅡ Senti beijos no meu maxilar. ㅡ Meu anjo…

ㅡ Hmm… o quê? É treinamento de incêndio de novo? ㅡ perguntei sem abrir os olhos. Ele riu.

ㅡ Não.

ㅡ Então me deixa dormir mais umas 12 horas… ㅡ Puxei ele para perto e o abracei, coloquei o queixo no ombro dele e voltei a dormir. Ele fez carinho nos meus ombros.

ㅡ Meu amor…

ㅡ Hmm…

ㅡ A gente tem que tomar banho, comer e pegar o ônibus pra ir trabalhar, lembra? ㅡ Arregalei os olhos e rolei para fora da cama. Jimin riu.

ㅡ Meu Deus, eu tinha esquecido totalmente… ㅡ Passei os dedos nos olhos, ainda não enxergava nada. Senti Jimin me abraçar por trás e beijar meu pescoço.

ㅡ Eu sei. Você esquece quase toda manhã. Vamos tomar banho. ㅡ Beijou meu ombro e pegou nossas roupas empilhadas na cômoda antes de sair do quarto. Passei um tempo bocejando e recuperando a visão até seguir Jimin para o banheiro.

Onde eu tinha enfiado meus óculos de novo? Todo dia os encontrava em um lugar diferente. Fui até o banheiro meio incerto do caminho e encontrei Jimin sem camisa, tirando sua calça para entrar no box. Eu quis fazer uma cantada, mas estava com sono demais para pensar em uma boa. 

ㅡ Venha logo, meu anjo. ㅡ Jimin me puxou pela mão e se abaixou, tirou minhas calças e jogou-as no canto. Eu bocejei.

ㅡ Eu ainda estou muito cansado, Jimin. Acho que vou cair no box ㅡ falei e bocejei de novo. Jimin segurou minha mão para que eu não caísse e entramos debaixo do chuveiro. A água quentinha começou a cair e eu gemi baixinho. Era tão gostoso…

ㅡ Não durma debaixo d'água. ㅡ Ele deu um tapa na minha bunda.

ㅡ Não vou… ㅡ Espirrei e depois espirrei de novo. 

ㅡ Está ficando doente? ㅡ Me virou na direção dele e observou o meu rosto. Eu já estava mais desperto por conta d'água e fiquei o admirando enquanto ele me inspecionava. 

ㅡ Você fica muito bonito molhado, Jimin ㅡ disse. Ele sorriu e beijou meu nariz.

ㅡ Se ainda consegue me elogiar aleatoriamente, deve estar bem. 

Eu estava passando shampoo, o cheiro era muito bom e me fazia suspirar às vezes. Finalmente, disposto. Estava pensando sobre o que tinha naquele shampoo para ter um cheiro tão bom quando as mãos de Jimin me puxaram para perto. Minhas costas bateram no peito dele e eu me assustei.

ㅡ Meu Deus, o que foi, Jimin? ㅡ Ao invés de me responder, ele começou a beijar minhas costas. Me arrepiei e gemi. 

ㅡ Você lembra o que me disse quando me ajudou a tomar banho pela primeira vez? ㅡ Sua voz saía abafada devido aos beijos que ele deixava na minha pele.

ㅡ Quando você me beija, eu não consigo pensar em muita coisa… ㅡ Inclinei a cabeça para trás e Jimin beijou minha orelha. Minhas pernas tremeram.

ㅡ Você disse que nós não podíamos "transar loucamente no box" com a minha perna quebrada. ㅡ Fez uma trilha de beijos do meu pescoço até a minha nuca e aí disse no meu ouvido: ㅡ Minha perna não está mais quebrada.

Meus olhos quase saltaram para fora e não tive tempo de pensar em uma resposta, pois Jimin me empurrou contra o vidro do box e fez outra trilha de beijos, mas agora até o meu quadril. Eu estava de costas para ele e tentava entender tudo o que estava acontecendo e ia acontecer.

Ele tinha dito que a gente ia transar ou eu ainda estava tonto de sono e entendi tudo errado? 

Ele passou um dedo no meio das minhas nádegas e o forçou para dentro de mim, arfei e engoli em seco; estava em completo choque. Ele tirou o dedo e fiquei vazio por apenas um segundo até que sua língua me invadisse. Eu xinguei alto e mordi os lábios. Meu Deus, meu Deus…

Jimin segurava minhas nádegas com as mãos, as afastando para poder encaixar bem seu rosto e me lamber até onde sua língua alcançava. Minhas mãos no vidro do box eram o que me mantinham em pé, pois meu corpo estava mole e minhas pernas às vezes tremiam. Meu pau estava duro e encostava no vidro, eu conseguia ver algumas veias pequenas mais saltadas. Jimin me sugou e eu gritei o nome dele. Eu podia ouvir o som dos beijos e isso me fazia enrubescer. Jimin nunca havia me tocado daquela forma, não naquele lugar. Eu estava com vergonha e morrendo de ansiedade; não sabia quais seriam os próximos passos dele. Acho que nunca me senti tão submisso em toda a minha vida quanto me senti naquele momento. Eu não sabia o que ele ia fazer, eu não sabia como, todavia já estava duro e ansioso para realizar suas vontades.

Os lábios dele se moviam entre as minhas nádegas quando ele enfiava mais sua língua para dentro, isso me fazia imaginar seus lábios rosadinhos e tão lindinhos ajudando ele a fazer um beijo grego tão bom. Eu quase conseguia ter a imagem na minha cabeça: minhas mãos apoiadas no box, ele de joelhos, me abrindo com suas mãos e me lambendo bem devagar. Eu imaginava o que ele devia estar pensando. Eu esperava que fosse algo relacionado a me foder. 

ㅡ J-Jimin… ㅡ gemi quando ele passou sua língua ao redor da minha entrada e me penetrou mais uma vez. ㅡ Jimin… meu Deus…  ㅡ Meu pênis pulsava, e eu nem conseguia dizer a Jimin que estava ficando quente demais, não conseguia pedir mais ou menos, não conseguia nem pensar. ㅡ Jimin… Eu… ㅡ Não consegui concluir a frase; gemi arrastado e minhas mãos quase escorregaram. ㅡ J-Jimin…

Ele parou de repente e eu comecei a regular minha respiração; meu coração estava tão confuso quanto eu. Ele ergueu minha perna esquerda e, quando me dei conta, seu pau estava dentro de mim. Ele começou a chupar meu pescoço. Eu não sabia o que dizer, o que pensar! Meu Deus! Eu sentia que estava enlouquecendo! Queria gritar e gritar o nome dele porque não conseguia fazer outra coisa!

ㅡ Jimin… E-essa hora da manhã… ㅡ O pau saiu todo de mim e entrou com força. Grunhi e joguei a cabeça para trás. ㅡ N-não… vamos nos atrasar?

ㅡ Eu te acordei mais cedo.

Se eu pudesse elaborar perguntas teria questionado quando ele planejou tudo isso e se tinha pensado em todos os passos ou só estava fazendo o que lhe dava na telha. Eu não podia elaborar perguntas, eu só podia ouvir meus gemidos cortados devido aos solavancos que meu corpo sofria com suas investidas. Eu ia para frente e para trás, para frente e para trás; meu pênis quase batia no vidro do box e por isso Jimin me puxou para perto dele. Ainda segurava minha perna esquerda, acredito que para me deixar bem aberto, e sua outra mão estava no meu peito, me mantendo mais equilibrado, porque eu realmente cairia para frente, sem forças. 

Jimin entrava e saía tão rápido... Eu queria fazer algo para dar a ele tanto prazer quanto ele estava me dando, porém eu realmente não sabia o quê. Eu o daria o melhor boquete do mundo depois se ele quisesse, engoliria aquele pau grosso com gosto e faria tudo que sabia fazer com a língua só para vê-lo tão satisfeito quanto eu estava. Eu gostaria de fazê-lo gritar o meu nome também. 

ㅡ M-meu Deus… 

Fazia barulho quando Jimin ia muito fundo, sua pele batia na minha. Eu gemia e falava coisas sem sentido. Jimin não fazia tanto barulho. Ele gemia alto às vezes também, geralmente quando eu gemia muito arrastado. Mas ele parecia concentrado, eu que estava enlouquecendo. Aquilo não parecia certo; enlouquecer sozinho. Inclinei a cabeça até perto de seu ouvido e fiz a única coisa que tinha certeza que o excitava.

ㅡ J-Jimin… ㅡ Ele virou o rosto para mim. Estava com os lábios entreabertos, todo molhado, vermelho e arfando. Quase escorreguei. Fiz um gesto para chegar mais perto, ele o fez, e eu sussurrei em seu ouvido: ㅡ P-prólogo… ㅡ Seus olhos arregalaram antes de ele morder o lábio com força. ㅡ Epílogo… A-anagrama… 

Aquelas eram as únicas palavras que me vinham à cabeça e pareceu funcionar. Jimin fechou os olhos e deslizou sua mão, apertou minha cintura com força. Meu corpo ainda sofria com os solavancos, Jimin não perdia o ritmo ou algo do tipo. Meu Deus, como ele conseguia? Como podia estar tão concentrado e inteiro? Jimin, que tipo de animal é você?

ㅡ E-epitáfio… ㅡ gemi alto essa palavra e Jimin grunhiu, pareceu quase um rosnado. ㅡ Paulatinamente… 

ㅡ Porra, Jungkook! Que droga! ㅡ Mordeu o meu ombro e quase me jogou para frente com a força que usou ao entrar em mim. Eu gritei o nome dele mais uma vez e senti minha força para ficar de pé indo embora. ㅡ N-não diga essas coisas, isso me deixa…

ㅡ Dogma re-religioso… ㅡ Jimin fechou os olhos e jogou a cabeça para trás, ficou parado dentro de mim durante um momento. Eu aproveitei para pegar ar. ㅡ Onomatopéia… ㅡ disse baixo. 

Jimin gemeu alto, eu senti sua porra me preencher. Isso me fez perder o ar, ele percebeu que aquilo tinha me deixado sensível e voltou a entrar e sair, mas, desta vez, bem lentamente. Aquilo era demais pra mim, meus gemidos se tornaram ainda mais longos. Quase chorei. Só queria que ele parasse de brincar comigo e me deixasse gozar…

ㅡ J-Jimin… por favor… ㅡ pedi, mordi o lábio inferior. Meus olhos estavam molhados. Ele beijou o meu pescoço com bastante carinho e voltou a me foder com força.

Eu estava tão mole, tão quente, tão desesperado. Meus gemidos morriam no meio do caminho. Jimin voltou a chupar meu pescoço, e não aguentei. Eu gemi alto, alto demais, e depois disse o nome dele. Disse o nome dele quando o orgasmo me fez contorcer até os dedos dos pés e simplesmente perdi a força nas pernas após ver minha porra escorrendo no vidro do box. Jimin soltou minha perna, por fim. Eu estava recuperando o ar, não aguentava em pé. Ele sentou no chão e me puxou para o colo dele. Eu respirei, respirei e respirei novamente. Ele estava beijando meus ombros quando entendi que ele queria mais. Foi por isso que me colocou sentado? Jimin começou a me masturbar, eu me permiti receber aquilo, já que estava sentado e não iria gastar a pouca força que ainda possuía. 

A mão dele era pequena, era forte e bonita. Ela subia e descia pelo meu pau, fazia um barulho gostoso. Eu estava molhado, então a mão dele deslizava. Observei aquilo: era tão erótico vê-lo me tocando daquela forma. Olhei para o lado e encontrei seu rosto. A água não caía sobre nós e foi aí que percebi que Jimin havia desligado o chuveiro em algum momento. Ele realmente pensava em tudo. 

Jimin me percebeu, deixou a imagem de sua mão passeando por minhas veias de lado e me olhou nos olhos. Eu estava corado, em parte pelo orgasmo, em parte pelo tesão, em parte pela vergonha. Ele aproximou o rosto do meu e me beijou. E foi enquanto sua língua e a minha se encontravam que ele passou o polegar pela minha glande. Eu gemi no meio do beijo e ele pareceu gostar muito. Não parou de me beijar, pelo contrário, mostrou querer me beijar ainda mais. O beijo de Jimin era bom, era muito bom. Tudo que Jimin fazia com a língua era bom. 

Ele deixou a masturbação de lado e segurou minha cintura com as duas mãos, me ergueu. Segurei em suas coxas para me levantar e ele ajeitou sua posição. Me desceu; conforme eu me abaixava, seu pau entrava. Gemi bem baixinho quando ele estava todo em mim outra vez. Jimin me deixou ali, ficou parado e retornou a me masturbar. Ele me segurava forte, deslizava devagar, me fazia arfar. Meu pescoço estava livre outra vez, e Jimin não demonstrou gostar de estar longe dele, pois logo estava lhe enchendo de beijos de novo. 

Ele sussurrava coisas bonitas pra mim, elas me deixavam acanhado. Segurou meu quadril e me subiu, não era mais hora de ficar parado. Ele suspirou alto quando saiu de dentro de mim e mais alto ainda quando eu sentei nele de novo. Eu pegava impulso e quicava, ainda devagar. O sentia me preenchendo pouco a pouco, quase me fazia xingar de tão bom. Jimin segurou minha cintura mais uma vez com as duas mãos, minhas sentadas já não eram lentas. Eu arfava com mais frequência, a ansiedade já morava em mim de novo e o calor já parecia uma terceira identidade entre nós. A pele de Jimin contra a minha, ele dentro de mim, as coisas que sussurrava…. Ele sabia que estava me fazendo perder a razão?

ㅡ Você gosta assim? ㅡ perguntou no meu ouvido. Eu apenas concordei com a cabeça. ㅡ Por que está mordendo os lábios, meu anjo? ㅡ Mordeu meu pescoço de leve. Arrepiei. Ele foi muito fundo dentro de mim e um gemido escapou. ㅡ Por que você não quer gemer pra mim? Estava gritando meu nome faz minutos… 

Eu estava quicando rápido, meu coração estava todo bagunçado outra vez. O som da minha carne se chocando contra a dele… Por Deus, por que tinha que ser tão erótico? Eu não conseguia falar com Jimin naquele momento, estava envergonhado tanto quanto estava excitado. Firmei minhas mãos e sentei com força, murmurei algo sem sentido e mantive um ritmo mais acelerado.

ㅡ Não seja assim… ㅡ Cheirou meu cabelo. ㅡ Não tenha vergonha. Pode gemer pra mim, pode gritar pra mim. Eu gosto tanto… 

ㅡ Não brinca assim… ㅡ Arfei, não conseguia pegar ar o suficiente. ㅡ E-eu… ㅡ Gemi no meio da frase. Jimin beijou minha nuca. ㅡ Eu não consigo com você falando… m-me deixa muito… ㅡ gemi outra vez quando ele acariciou meu mamilo esquerdo ㅡ muito… constrangido… Só me foda bem forte… e eu prometo gemer e g-gritar pra você… 

Não sei como consegui dizer aquelas palavras, porém disse, e que bom que disse. Jimin voltou a chupar e morder meu pescoço enquanto segurava minha cintura e ia bem fundo. Ele me beijava devagar, eu apreciava a língua na minha pele... era tão quente. Meu cabelo estava grudado na testa, eu estava suado e Jimin também. Mas ele não se importava tanto com isso naquele momento, e eu muito menos. O calor dele era divino e eu só queria que ele continuasse colado a mim.

ㅡ Droga, Jimin… É tão… é tão bom… 

Ele mordeu a minha pele; eu tremi, estava mordendo o lábio, de olhos fechados. Meu cabelo estava molhado do banho, os fios estavam todos juntos, no entanto ainda balançavam com os meus movimentos. Jimin se afastou do meu pescoço e beijou minhas costas. Ele gemia contra a minha pele, sua respiração me deixava arrepiado. Eu me sentia tão entregue a ele, estava tão frágil naquele momento. 

ㅡ Amor… amor… ㅡ chamei. Ele murmurou "hm" contra a minha pele. ㅡ Eu… eu não consigo mais… Eu vou gozar…  ㅡ Ele murmurou de novo e mordeu meu ombro. 

Ele me ergueu pela cintura e ajudou a sentar enquanto gemia coisas desconexas contra a minha pele. Eu grunhi e apertei as coxas dele, meu coração disparou e senti espasmos por todo o corpo. Jimin me subiu e desceu mais algumas vezes, isso me fez gemer seu nome bem devagar. Ele gozou dentro de mim mais uma vez; eu me deitei nele. Estava sem ar, sem força. Jimin saiu de mim e me abraçou por trás. Ficamos ouvindo a respiração um do outro. Vi as pernas dele, as minhas estavam no meio, e elas eram tão bonitas. Toquei suas coxas com cuidado. Eram macias e grandes. Apertei de leve sua carne e acariciei. Jimin puxou meu rosto para o lado e me beijou, enfiei a mão nos seus cabelos e ele pegou meu pescoço. Sussurrei que o amava quando acabamos o beijo. Ele sorriu e beijou a pintinha abaixo do meu lábio. 

Eu saí do colo dele, fiquei de joelhos no chão, mas ele abraçou meu peito e me fez inclinar, ficando de quatro, antes que eu pudesse levantar. Deixou um selinho nas minhas costas.

ㅡ Você quer outra vez, Jimin? ㅡ perguntei. Ainda estava um pouco ofegante.

ㅡ Só se você quiser. Se você não quiser, eu paro ㅡ disse entre os beijos que deixava na minha pele. 

ㅡ Vamos só mais essa vez, não aguento mais que isso... ㅡ Ele murmurou um "ok". ㅡ Mas vai ser assim? Nessa posição? 

ㅡ Eu adoro você de quatro. Prometo ser rápido, não temos tanto tempo.

Foi tudo o que ele disse antes de ficar de joelhos atrás de mim e me penetrar mais uma vez. Ele espalmou minhas costas e apertou meus mamilos. Eu soltei um gritinho de surpresa e ele riu, se abaixou e beijou minhas costas novamente. Seu pau saiu e voltou. Eu pedi que ele fosse mais rápido, não tínhamos tempo para aumentar o ritmo gradativamente. E não, parar naquele momento não era uma opção. Eu estava de quatro no banheiro e Jimin estava me fodendo, aquilo era quase um sonho para mim e eu queria ir até o fim mesmo que fosse breve. 

As lajotas do banheiro estavam lisas, eu temia que minhas mãos pudessem deslizar, mas Jimin estava segurando meu quadril e eu confiei nele para me manter estável naquela posição. Senti que ele nunca me deixaria cair.

Enquanto ele saía e voltava para dentro de mim, eu tinha a mente vazia, não conseguia pensar em nada. Meus gemidos chegaram e os de Jimin vieram logo depois. Acho que meus gemidos o deixavam excitado. Meu corpo se movia para frente e para trás acompanhando os movimentos dele. Eu fiz força nos braços para que aguentassem meu peso.

ㅡ Você… quer parar? ㅡ perguntou, estava arfando.

ㅡ Não… não é isso… ㅡ Mordi o lábio, evitei que um gemido saísse. ㅡ Eu não tenho mais força, Jimin… Tenho medo de cair… 

ㅡ Espera… ㅡ Ele se distanciou e me colocou de joelhos. ㅡ Esse lado da parede parece mais seco, consegue se apoiar aí? ㅡ Encostei minhas mãos na parede, elas continuaram firmes. Assenti com a cabeça e Jimin voltou a foder. ㅡ Você não vai demorar para começar a escorregar. Vou te fazer gozar logo pra você poder tomar banho e descansar.

Apenas concordei com a cabeça. Ele segurou meu pau e começou com movimentos lentos, acho que para me acostumar, e depois ficou mais rápido. Às vezes ele movia a mão mais devagar e passava o dedo em volta da minha glande e na fenda. Isso me fazia esquecer o meu nome. Ele xingava também, geralmente quando eu inclinava a cabeça para trás. Tremi quando ele acertou minha próstata e minhas mãos quase vacilaram. 

ㅡ Era ali? ㅡ perguntou, eu concordei com a cabeça e ele se moveu um pouco para o lado, quando voltou a meter foi apenas naquele local. 

Sua mão escorregava pelo meu pênis com tanta facilidade que parecia um dom, nossos corpos colidindo era melodia e os gemidos dele eram o que me enlouquecia. Estava tão imerso que não havia mais lugar para vergonha.

ㅡ J-Jimin… Você mete tão bem… por favor, não pare…

ㅡ Não até você gritar o meu nome. 

Ele continuou naquele ritmo, me estimulando e me fodendo e gozou antes de mim. Sentir a porra dele me deixava maluco e foi o que me fez sujar a parede do banheiro quando gozei. Minhas mãos estavam cansadas, Jimin me sustentou pelo peito antes que eu caísse. Apoiei minha cabeça no ombro dele e comecei a regular a respiração.

Jimin sorriu.


{...}


ㅡ Aliás, eu achei seus óculos ontem. Estavam dentro de uma panela vazia.

O encarei, tentando lembrar por que razão eu teria colocado meus óculos em uma panela. Não achei resposta nenhuma.

ㅡ Acho que você colocou lá por acidente enquanto guardava a louça. 

ㅡ Deve ter sido… 

Jimin estava vestindo sua camisa, eu estava colocando o cinto da calça. Ele me puxou pela mão, ficou de joelhos e começou a ajeitar meu cinto. Ri e neguei com a cabeça.

ㅡ Se você queria me chupar, devia ter feito isso antes de eu vestir as roupas. ㅡ Jimin riu. Acabou de ajeitar meu cinto e se colocou de pé, me puxou pela cintura.

ㅡ Eu sei. Devia ter aproveitado a minha chance. 

ㅡ Prometo te deixar me chupar quando voltarmos pra casa ㅡ falei, corado.

ㅡ Vai me deixar engolir sua porra? ㅡ Aproximou seu rosto do meu.

ㅡ Cada gota. ㅡ Ele riu e me beijou. Segurei seu rosto e fiz carinho no maxilar dele. ㅡ Temos que ir trabalhar. 

ㅡ Temos mesmo. Vamos fazer o café bem rápido e sair. 

Assenti e saímos do banheiro. Jimin me deu meus óculos e eu pedi a ele que sempre me lembrasse de usá-los. Estava com medo de piorar ainda mais minha visão de tanta força que fazia para ler. Enquanto Jimin enchia os copos com suco e eu cortava o pão senti uma sensação que não sentia faz tempo: inspiração. Senti vontade de pegar meu notebook e começar a escrever naquele momento, mas não tinha tempo para isso. Anotei no meu celular para não esquecer depois.

Eu tive uma boa ideia depois de um longo tempo.


{...}


O tempo passava e eu buscava caixas, papéis, anotava algumas coisas que Jimin pedia, ajudava com alguns cronogramas e planilhas. Jimin tinha planilhas para quase tudo, todos os gastos e até gráficos que mostravam a eficiência de cada produto de limpeza que a gente usava no apartamento. Eu tinha as notas do celular, onde só tinham avisos de: "Compre pão", "Não esqueça de dizer a Jimin que ele está bonito hoje", "Você já varreu o chão, seu inútil imprestável do caralho? O Jimin tem que fazer tudo sozinho agora? Vai trabalhar, idiota", então eu admirava muito Jimin por ser tão organizado. Ele não precisava de mim pra nada, por isso acreditava fielmente que Jimin me queria ali pra fazer o trabalho braçal. E mais que isso, acreditava que ele queria que eu carregasse caixas pra lá e pra cá porque meus músculos apareciam. 

Jimin era um tarado.

Jimin era o meu tarado.

ㅡ Jungkook, você está com os arquivos que te mandei ontem? Preciso vê-los ㅡ indagou sem tirar os olhos do computador.

ㅡ Tenho, espera aí. ㅡ Procurei os arquivos no notebook e levei o aparelho até ele. ㅡ Deixei nessa pasta aqui. ㅡ Apontei.

ㅡ "Coisas que o Jimin manda. Te mato se perder" ㅡ leu o nome da pasta e riu. ㅡ Você ameaçou você mesmo de morte?

ㅡ Às vezes temos que ser agressivos. 

ㅡ Entendo, entendo. ㅡ Riu de novo e começou a inspecionar os arquivos.

Jimin trabalhava com fotografia e design, descobri fazia pouco tempo. Ele me disse que sempre gostou de arte e grandes coisas, todavia não podia sair pelo mundo fotografando tudo que achava bonito ou desenhando tudo que viesse à sua mente. Além de todos os problemas que ele tinha com viagens, contato com outras pessoas e objetos, ele também gostava de ficar sozinho para trabalhar, gostava de ter o próprio espaço para poder usar seus métodos sem medo de atrapalhar outra pessoa. Por isso ele ficava na sala dele, editava, organizava e dava algumas ideias. Às vezes ele era chamado para ajudar em sessões de fotos, pois entendia muito de ângulos. Também já havia visto ele nas salas do pessoal da publicidade.

Jimin era a pessoa mais multiuso que já tinha visto.

ㅡ Certo… estou enviando os arquivos pra mim e… O que é isso, Jungkook? ㅡ Ajeitou os óculos. ㅡ "7 Luas", o que é isso?

ㅡ Ah… ㅡ Lambi os lábios e procurei uma forma de responder àquilo. ㅡ É a… minha fanfic.

ㅡ Sua o quê?

ㅡ Minha fanfic. Nossa, na verdade, já que tem eu e você nela. ㅡ Fiquei rubro, Jimin me encarou por longos segundos. Depois ouvi o "click" do mouse. ㅡ Jimin, por favor, não leia!

ㅡ Você usou meu nome? 

ㅡ Como?

ㅡ Na narrativa. Você usou o meu nome ou me deu outro? ㅡ perguntou enquanto passeava por todos os capítulos em ordem.

ㅡ Usei o seu.

ㅡ Então eu posso ler. Você usou da minha imagem, do meu nome, tenho direito de ler. 

ㅡ Jimin! Não estamos em um tribunal!

ㅡ Estamos sim, e eu te declaro culpado. ㅡ Pegou minha mão e a beijou. ㅡ Agora me deixe ver a sinopse, não tenho tempo pra ler tudo. ㅡ Pigarreou. Eu me abaixei ao lado dele e me amaldiçoei por ter deixado os arquivos dele tão perto dos meus. ㅡ "7 luas foram o necessário para que eu me apaixonasse por Jimin. Sete noites, sete vezes contando as estrelas. Tudo seria perfeito, todas as noites seriam uma viagem pela galáxia, se Jimin não me deixasse sozinho para contar estrelas com outra pessoa".  ㅡ Meu rosto estava queimando e eu movia a cabeça em negação, minhas mãos cobriam minha face. Eu estava muito envergonhado. ㅡ Calma aí, eu namoro outra pessoa? ㅡ Me encarou. ㅡ Por que eu namoro outra pessoa? Ou eu traí você? Você fez eu te trair?! 

ㅡ O quê? N-não… na história você já namorava outra pessoa quando eu te conheci.

ㅡ Mas por quê? Assim demora mais tempo para que a gente fique junto! ㅡ Bufou. ㅡ Eu vou ler tudo depois. Espero que tenha um final feliz.

ㅡ Ah… tem sim. Nós casamos e temos filhos.

ㅡ Ah! ㅡ Sorriu e bateu palminhas. ㅡ Eu não sou muito fã de clichê, mas se a gente fica junto no final, eu gosto!

Me animei e beijei o nariz dele. Jimin não cansava de me surpreender? Tive medo que ele me achasse ridículo por escrever, achasse bobo assim como…

Jimin era Jimin. Jimin não era nenhuma outra pessoa, e eu devia saber que ele teria reações totalmente diferentes das reações de outras pessoas. Jimin era diferente e especial, ele fazia eu me sentir diferente e especial e a nossa relação era diferente e especial.

Jimin não era Yoongi.


{...}


Quando Jimin disse que já podíamos ir, foi como se um grande urso de pelúcia me abraçasse e me levasse ao céu. Não que trabalhar com Jimin fosse ruim, não, realmente não era isso. É que era tão bom quando estávamos em casa... Jimin parecia mais calmo. Mesmo ele tendo o próprio espaço no trabalho e fazendo tudo muito bem, ainda ficava muito ansioso com algumas coisas. Às vezes alguém vinha até ali falar com ele, e eu notava que ele não gostava muito disso.

Ninguém o respeitava. As pessoas olhavam estranho quando passávamos pelo corredor, cochichavam sempre que Jimin passava álcool em gel nas mãos. Tinha quase certeza de que algumas mulheres da sala ao lado riam dele. Eu realmente buscava razões e não encontrava. Jimin era gentil e profissional, ele era muito eficiente e educado também. Mas ninguém parecia se importar com tudo de bom que Jimin fazia, pois ele tinha um comportamento diferente.

Às vezes queria gritar com todo mundo, brigar com quem olhava estranho para ele. Jimin sabia disso e por isso sempre saía me puxando pela mão ou pelo braço quando saíamos da sala dele para ir a algum lugar ou quando estávamos indo para casa. Ele não queria que eu visse, mas eu via. Eu gostaria que ele não visse.

ㅡ Oi ㅡ Taemin nos cumprimentou no corredor, nós respondemos e voltamos a andar.

ㅡ Jimin, o Taemin é bonito, não é? ㅡ disse quando ele se afastou. Jimin murmurou um "hm?" confuso e depois mexeu a cabeça.

ㅡ Ah, sim. Ele é.

Ele mordeu o lábio e suspirou. Achei que tivesse ficado incomodado com aquilo e quis consertar, porém não ali no corredor onde alguém poderia nos ouvir. Esperei estarmos no ônibus indo pra casa para falar. Jimin estava olhando o movimento da janela, eu evitava isso, mesmo gostando, porque me deixava enjoado.

ㅡ Jimin… ㅡ chamei. Ele murmurou e me olhou. ㅡ Você se incomodou com o que disse? Sentiu ciúmes ou algo do tipo? 

ㅡ Hm? Ah, não, não foi isso. Eu só não reparo muito nele.

ㅡ Você não sentiu ciúme, então? ㅡ Apoiei o queixo no ombro dele.

ㅡ Não, porque não tem problema você achar outras pessoas atraentes. Isso não é uma escolha também. ㅡ Segurou minha mão. ㅡ Acho que me sinto inseguro quando você elogia alguém, mas não é nada demais.

ㅡ Me diga quando algo que eu faço te faz mal. Nem sempre eu entendo o porquê. 

ㅡ Não, não fique assim. ㅡ Beijou minha testa. ㅡ Eu estou bem. E sobre eu sentir ciúmes… eu sinto. Às vezes eu sinto.

ㅡ Sente?

ㅡ Sinto. Um pouco mais do que devia. Não que eu deva.

ㅡ O que te deixa com ciúme? Eu nunca pensei nisso, achei que você não fosse uma pessoa ciumenta.  

ㅡ Acho que dá pra perceber, tipo… ah! Quando encontramos aqueles seus amigos na rua e aquele cara apertou a sua bunda. Foi tão estranho, eu não estava acostumado com aquele tipo de proximidade. Fiquei mesmo surpreso. E fiquei com ciúme porque aquele cara com quem você tinha dormido estava lá. Eu ainda estava tão longe de ter qualquer tipo de relação com você… Doeu ver que você era tão próximo de outras pessoas, enquanto eu nem conseguia passar um dia sem discutir com você. 

ㅡ Eu não sabia que você se sentia assim em relação ao Jinyoung, e… as nossas discussões fizeram eu te entender melhor… Eu gosto delas. Gosto de você sendo exatamente como é, foi por isso que me apaixonei, por você e o tanto que eu via que se esforçava pra estar perto de mim e me fazer bem mesmo com tantas limitações. Você realmente tenta… você faz eu me sentir importante. Eu quase nunca me sinto assim. Eu sou muito grato.

Jimin sorriu e beijou minha testa de novo, me trouxe para perto e fez carinho no meu cabelo até o ônibus parar. 

Eu me sentia mais forte quando estava com ele.


{...}


Quando chegamos em casa, limpamos o apartamento. Jimin ficou com a cozinha porque lá tinha mais coisas para organizar e que deviam estar bem limpas; ele gostava de ter certeza de que estava tudo perfeito. Jimin tinha muito medo de pegar alguma doença de alguma bactéria, isso me deixava preocupado, mas não tinha muito que eu pudesse fazer, então eu só ajudava a deixar tudo limpo e organizado. Se Jimin estivesse calmo, tudo estaria melhor.

Eu limpava a sala, pois era só varrer, passar um pano nos móveis e objetos e limpar os vidros. Também tinha um inseticida, ou algo do tipo, que eu passava em todo cantinho. Jimin me disse que adorava insetos, entretanto não conseguia conviver com eles. Me lembrava de um dia que entrou um grilo na sala, Jimin o pegou e colocou na borda de fora da janela. Ele quase machucou as mãos de tanto lavá-las naquele dia e também não dormiu direito. Pedi a ele que me deixasse cuidar dos insetos dali pra frente.

Era muito assustador quando Jimin ficava nervoso. Eu não sabia o que fazer, eu não sabia o que dizer. Era como ter que assistir ele se torturar na minha frente e não poder impedir.

Eu e Jimin limpamos os quartos. O meu andava vazio e sem uso, porque eu só dormia com Jimin. Não que isso me desagradasse. 

Quando tudo estava pronto, nós começamos a fazer o jantar. Eu estava fazendo macarrão, o único alimento que dominava o preparo, e Jimin estava fazendo salada. As saladas de Jimin eram tão bonitas... Ele conseguia cortar os tomates em forma de estrela. 

ㅡ Jimin… Depois daquilo que falamos no ônibus, eu fiquei pensando… Foi por isso que você me chupou naquele dia? Porque eu disse que o boquete do Mark era bom?  ㅡ Jimin pensou por um momento. ㅡ Não tem que responder se não quiser.

ㅡ Não é isso. Eu só estava lembrando do que eu senti… ㅡ Colocou os legumes já cortados em uma bacia e começou a cortar pepinos. ㅡ Em parte foi ciúme. Mas também foi porque você disse que eu não te satisfaria e porque… Bom, porque eu queria fazer aquilo há um bom tempo. Tudo isso se juntou, e aconteceu. Eu tenho essas reações, às vezes… Impulsivas. 

ㅡ Tipo quando você me bateu no banheiro?

ㅡ Ah… ㅡ Ele paralisou por um momento, depois voltou a cortar os pepinos. ㅡ Sim… não, na verdade não. ㅡ Bufou. ㅡ Foi uma atitude impulsiva, mas foi por outro motivo.

ㅡ Qual?

ㅡ Eu… eu me senti muito invadido.

ㅡ Invadido? Eu… eu achei que você não tinha gostado porque a gente não era tão íntimo naquela época. Eu não quis invadir o seu espaço, eu não achei que você fosse se sentir assim…  

Senti vontade de chorar. Pensar que tinha feito Jimin se sentir mal acabava comigo.

ㅡ Não, não foi sua culpa, só… ㅡ Passou as mãos pelo rosto e bufou de novo. ㅡ Por isso eu só pedi desculpas naquele dia e não disse nada. Não foi você. Quando você tocou em mim daquele jeito, me lembrou de coisas muito ruins, e eu só quis afastar você.

ㅡ Coisas ruins? ㅡ Senti um aperto horrível no peito e não consegui disfarçar. ㅡ Alguém já tocou em você sem você querer? ㅡ Jimin virou o rosto; suas bochechas estavam vermelhas e ele tinha lágrimas nos cantos dos olhos. ㅡ Alguém já… machucou você? 

Perguntar aquilo doeu, mas ver Jimin em silêncio doeu mais. Não tinha como consertar aquilo, não tinha como voltar atrás e esquecer que tínhamos chegado àquele assunto. Eu sentia uma vontade enorme de chorar e abraçar Jimin, porém se eu fizesse isso, ele fingiria que nada aconteceu e me diria que estava tudo bem. Eu não queria isso. Eu não queria que Jimin dissesse que estava bem quando não estava. Eu entendia e respeitava que ele não estivesse confortável pra falar de algumas coisas, mas não queria que ele fingisse que não doía. Não queria que ele escondesse seus sentimentos de mim.

ㅡ Eu não sei ㅡ respondeu após um longo silêncio.

ㅡ Não sabe? Como não sabe?

Eu estava agitado e não conseguia filtrar as palavras que dizia. Eu só sentia meu coração bater muito rápido, e minha boca estava seca. Eu não estava pensando muito bem, eu não conseguia pensar muito bem. A ideia de Jimin responder o que eu não queria ouvir me deixou em pânico.

ㅡ Eu não sei.

ㅡ Como pode não saber?

ㅡ Eu já disse que não sei! ㅡ gritou.

Ele largou a faca que usava para cortar a salada e foi para o banheiro. Eu fiquei na cozinha e encarei o nada por segundos. Respirei fundo algumas vezes antes de ir atrás dele. Ele estava com as mãos apoiadas na pia, estava chorando. Eu parei na porta. Ele deve ter me percebido ali, contudo não disse nada.

ㅡ Me desculpe por ter falado daquele jeito com você. Eu entrei em pânico porque… porque a ideia de alguém ter te feito mal me mata por dentro. Você não tem que me responder se não quiser, eu só espero que você saiba que sempre vou querer te ouvir, mesmo que às vezes eu seja tão idiota com você. ㅡ As lágrimas molharam meu rosto e as limpei rápido, esperando que Jimin não visse. Mas é claro que ele viu e me olhou instantaneamente. ㅡ Eu sinto muito mesmo. ㅡ Funguei. Jimin tirou os óculos e os colocou em cima da pia. Passou as mãos no rosto para limpar as lágrimas, e eu esperei.

ㅡ Eram muitas festas, muitas pessoas e lugares cheios… ㅡ começou. Sua voz era baixa e meio rouca. ㅡ Eu era muito jovem, tinha muita bebida e muita gente que não sabia nem como tinha chegado lá. ㅡ Fungou e sentou na tampa da privada. Mexeu nos dedos. ㅡ Era normal que muita gente bêbada passasse as mãos em mim, mas eu não ligava. Eu não ligava quando beijava elas e elas me beijavam, eu não queria pensar naquilo nem em nada. ㅡ Fungou outra vez e mais lágrimas caíram. ㅡ Eu tinha relações com muitas pessoas, às vezes nem passava de um boquete. Mas… uma vez tinha um cara muito, muito bêbado. Ele me puxou para um dos banheiros, e eu estava tão bêbado também. Eu tinha noção de tudo que acontecia, mas estava lento e fraco. Eu pedi pra ele me soltar, e ele não me soltou… ㅡ Riu, um riso triste e amargo. ㅡ Eu tentava me soltar das mãos dele, mas ele era mais velho e mais alto que eu. Eu me debati muito, até cortei o braço em uma lasca de madeira na porta.

Eu me aproximei e ajoelhei na frente dele. Ele não me olhou, continuou com a cabeça virada para o chão, de olhos fechados. 

ㅡ De alguma forma, ele conseguiu tirar a minha calça. 

Eu fechei os olhos, queria tapar os ouvidos e não ouvir mais nada. Queria sair do banheiro com Jimin e levar ele para o quarto, queria deitar com ele e fazê-lo se sentir seguro. Queria esquecer tudo que ele tinha dito. Queria que fosse tudo mentira.

ㅡ Quando… Quando eu senti ele entrar em mim... eu surtei. Eu gritei e bati nele o mais forte que eu podia, eu mordi o braço dele, senti o gosto do sangue. Eu consegui me soltar e fugir. ㅡ Limpou as lágrimas mais uma vez. ㅡ Por isso Hoseok me fez prometer que nunca mais iria àqueles lugares, que nunca mais beberia tanto sem ter alguém comigo. Eu podia mentir sobre tudo, mas eu não podia esconder os machucados no meu corpo, o corte no meu braço. Eu não pude mentir naquela noite. ㅡ Lambeu os lábios e me encarou. ㅡ Eu… Eu não sei se posso considerar isso um abuso, porque ele não conseguiu terminar. Durou só uns 2 minutos, eu consegui ir embora antes, então não sei dizer. 

Eu segurei o rosto dele e engoli tudo o que queria chorar, aquele não era o meu momento. Eu estava em pedaços, no entanto Jimin estava em pedaços há mais tempo que eu. Eu só queria juntá-lo e deixá-lo inteiro.

ㅡ Jimin, se alguém toca em você sem você querer, se alguém te machuca, se alguém faz qualquer coisa depois que você diz não, é abuso. Se alguém... ㅡ Eu não conseguia dizer, não conseguia. Estava tudo embolado na minha garganta. ㅡ Se alguém força algo… ㅡ ele desviou o olhar de novo, estava envergonhado ㅡ é estupro, Jimin. Não importa se durou dois minutos ou uma hora, se ele te forçou é estupro. 

ㅡ Eu… eu nunca quis pensar assim. Eu também não quis associar essa memória com você naquele dia. Aquela foi a última vez que alguém tocou em mim antes de você. Eu… Já fazia tanto tempo. Você me apertou e eu surtei. Me perdoe, me perdoe...

ㅡ Jimin, você não tem que se desculpar. Eu que peço desculpas. Me perdoe, por favor. Eu achei que você só tinha ficado bravo naquele dia, eu nem podia imaginar… Eu jamais teria te tocado daquele jeito se soubesse que você se sentia assim. Eu também não devia ter te tocado daquele jeito depois que você me pediu pra parar… Eu só estava tão acostumado a fazer coisas daquele tipo com todos os meus amigos… eu nem pensei que você não se sentiria como eles.

ㅡ Não é sua culpa… Eu nunca me expliquei também. Você me conhece, conhece os meus costumes e as coisas que me fazem enlouquecer, mas não sabe o porquê. Eu... Eu quero te contar essas coisas, mas eu não quero me sentir tão… fraco. ㅡ Fechou os olhos e mordeu o lábio. ㅡ Tão machucado e frágil. Eu não quero que você me veja assim. Quando… Quando a gente transou pela primeira vez, eu tive tanto medo. Não de você, mas de mim. Tive medo de estragar tudo, estragar algo que eu queria tanto com alguém que eu amava tanto. Eu me esforcei pra pensar só em você e mais nada. E quando você tocou em mim foi… maravilhoso. Ninguém nunca tinha me tratado com tanto cuidado antes. ㅡ Sorriu, ainda havia lágrimas escorrendo pelo rosto dele. ㅡ E eu não tive que pensar em nada, porque você só me fez sentir coisas boas. Naquele dia, eu entendi por que as pessoas dizem que é diferente quando você gosta de alguém. Você nunca fez nada errado, pelo contrário, ninguém nunca fez eu me sentir tão bem antes. 

Eu fechei os olhos e encostei minha testa na dele. Jimin merecia um conto de fadas, merecia clichês de cinema e elogios constantes. Jimin não merecia aquilo.

ㅡ Eu quis te contar sobre isso depois que bati em você, eu queria que você entendesse meus motivos. Mas eu me sinto tão fraco, sujo e... envergonhado quando penso nisso. Eu não queria que você soubesse mesmo querendo contar.

ㅡ Jimin… ㅡ Abri os olhos e o encarei bem. Jimin era um anjo, um anjo. Anjos não deveriam sofrer. ㅡ Não é você que tem que se sentir sujo, fraco e envergonhado com isso. Te juro que não é você. É ele. É a pessoa horrível que fez isso com você. Você não fez nada errado, você não tem que se sentir culpado.

ㅡ Mas talvez se eu tivesse mordido ele antes ou… eu nem devia beber tanto…

ㅡ Não importa! Não importa como você estava ou o que estava fazendo! Ninguém pode tocar em você sem você deixar!

Jimin prestava atenção em mim. Eu nunca o tinha visto tão… frágil. Ele me ouvia como uma criança ouvia os pais, não tinha sinal de suas atitudes autoritárias naquele momento. Jimin era um homem adulto, mas ele também era um adolescente que não sabia o que fazer com a própria dor. Jimin era forte e maduro, mas parecia pequeno e frágil naquele momento. Eu passei uma vida achando que ser maduro e forte era ser como os meus pais, os adultos que eu via. Ser maduro era pagar as contas, ter tudo sob controle, saber filtrar as pessoas à sua volta e sempre ter as respostas.

Jimin era maduro, porém ele não era assim. Ele não tinha tudo sob controle mesmo tentando. Ele não tinha todas as respostas mesmo estando aberto a aprender. Quando vi Jimin ali, olhando pra mim, tão perdido e triste, eu entendi o que era ser uma pessoa forte e madura. E isso não tinha a ver com pagar contas, ter todas as respostas e tudo sob controle. Força eram todos os sorrisos diários que ele dava enquanto carregava tanta dor. Maturidade era como ele estava disposto a continuar, como ele fazia o melhor que podia o tempo todo. Ser adulto não significava superar tudo, não ter coisas não resolvidas. Todos nós carregamos parte de nós de quando éramos crianças e adolescentes, levamos isso para a vida toda. Não é sinal de fraqueza ter medo, ter coisas que você ainda não superou, coisas que você quer esquecer porque doem demais. Eu aprendi isso com Jimin, mas ele não tinha aprendido ainda. Ele me ensinou muito, mas nunca teve alguém para o ensinar. Eu desejei fazer isso, eu desejei ensinar a ele o pouco que eu sabia.

Eu era o namorado dele, não era o que eu devia fazer? Namoros não eram só amor, beijos e sexo, brigas e reconciliação. 

Ser o namorado de Jimin era estar ouvindo ele naquele momento e estar tentando acalmá-lo enquanto eu queria chorar. Era admitir a mim mesmo que eu não podia ajudar ele com aquilo, era reconhecer que era impotente com alguns problemas e traumas dele. Era aceitar que eu não sabia tudo sobre ele e que talvez passasse muito tempo sem saber ou até nunca soubesse. E que ele não me contar tudo não era sinal de que ele não me amava. Talvez fosse sinal de que existia coisas que ele não conseguia colocar em palavras; e ser o namorado dele era respeitar isso.

Mesmo juntos nós éramos e sempre seríamos pessoas diferentes com seus próprios problemas e dores, eu nunca poderia mudar isso. Ser o namorado dele era reconhecer que uma relação não tornava a gente a mesma pessoa, que ainda teria momentos em que haveria um abismo entre nós.

Jimin tinha me mostrado um de seus abismos, e eu faria de tudo para atravessá-lo, todavia não sozinho. Eu queria que ele também atravessasse, eu queria que ele também fosse livre daquilo. Eu iria segurar a mão dele durante o caminho e esperava que ele também segurasse a minha.

ㅡ E o que eu devo fazer com isso? ㅡ ele perguntou e fungou logo depois. ㅡ O que eu faço agora que te contei? Você nunca mais vai me ver do mesmo jeito. 

ㅡ Claro que não vou. ㅡ Mais lágrimas escorreram pelo rosto dele, molharam as minhas mãos, que ainda lhe seguravam. ㅡ Mas não do jeito que você pensa. ㅡ O acariciei e ele olhou pra mim. ㅡ Eu… Eu posso te entender melhor agora. Eu não te acho fraco, Jimin. Muito pelo contrário, eu… eu finalmente estou vendo que você é muito mais forte do que eu imaginava. Você foi uma vítima, mas você é muito mais do que isso. Você é muito mais, Jimin. Muito mais e eu fico tão orgulhoso e também… preocupado com você. Você já fez tanto, tanto por mim. E agora que eu estou começando a poder te ajudar também. Eu sinto muito por tudo de ruim que já te aconteceu. Eu vou te ouvir se você quiser conversar, mas também vou respeitar se você não quiser. São seus sentimentos, não sou eu que devo te dizer o que fazer com eles.

Jimin assentiu com a cabeça, tirou minhas mãos de seu rosto e limpou as lágrimas, pegou um pedaço de papel higiênico e assoou o nariz. Ele olhou nos meus olhos e sorriu. 

Foi naquele momento que eu entendi o que era mesmo amar alguém e ser amado. 

ㅡ Jimin, eu fico feliz que você tenha me contado isso e eu quero te ajudar, mas eu não sou a pessoa mais indicada pra isso. Você nunca procurou ajuda? Pode parecer que não adianta, mas terapia ajuda muito, Jimin.

ㅡ Eu já tentei uma vez, mas… foi na época em que eu consegui um emprego de meio período pra pagar o apartamento. Eu… Eu não tinha ninguém pra dividir quarto ou morar junto. Eu queria ter a minha casa. Eu queria ficar no meu lugar sem me preocupar com estar incomodando alguém. Eu não tinha dinheiro para pagar as consultas, muito menos aquele tanto de remédio. Eu parei pra poder alugar esse apartamento e ter a minha vida. Eu sei que as coisas podiam estar melhores agora se eu tivesse continuado com a terapia, mas… Eu até trabalhei de noite, sabia? Hoseok me ajudou a comprar algumas coisas para o apartamento, mas ele não podia me bancar, e eu também não queria isso. ㅡ Abriu um sorriso, parecia estar lembrando de coisas boas. ㅡ Eu só tinha dinheiro para o aluguel e comida, gastava só com isso, já que tinha uma bolsa na faculdade. Hoseok também me ajudava com contas de água e luz. E quando eu finalmente acabei a faculdade e consegui trabalho na empresa, eu pude encher o apartamento aos poucos com tudo o que eu queria. Eu ainda não tenho tanto dinheiro assim, por isso aluguei o quarto pra você, mas eu fico feliz quando abro a geladeira e vejo que eu a enchi sozinho. Eu não me arrependo de ter deixado a terapia mesmo com as consequências ruins porque usei o dinheiro e tempo gastos nela com o apartamento. Ter um lugar só pra mim é importante demais, Jungkook.

Concordei com a cabeça. Nunca tinha pensado em como Jimin vivia antes do apartamento e como o conseguiu. Pensar no quanto ele tinha trabalhado era… insano. Pensar no quanto morar com alguém o machucava a ponto de ficar sozinho ser tudo pra ele também era insano.

ㅡ Eu entendo o porquê o apartamento é tão importante pra você, mas você também é importante. Você é muito importante pra mim, Jimin. ㅡ Suspirei, tentando achar a melhor forma de expressar tudo o que eu sentia. ㅡ Eu não quero nem vou te forçar a fazer terapia, mas quero que você pense nisso, tudo bem? Eu também tenho dinheiro agora, Jimin. Eu tenho um trabalho e… eu quero usar esse dinheiro com você. ㅡ Ele entendeu o que eu quis dizer e negou com a cabeça instantaneamente.

ㅡ Você não vai gastar seu salário comigo! Com isso! Jungkook, esse é seu dinheiro! Eu preciso sim dele para ajudar com algumas coisas aqui de casa, mas… Ele é seu! Eu sei o quanto você se esforça mesmo sem nunca ter trabalhado antes e eu não quero que você gaste o que te sobra comigo!

ㅡ Jimin, eu não estaria fazendo um grande sacrifício... Eu quero ajudar você.

ㅡ Eu não quero que você gaste seu tempo com isso! ㅡ gritou. Tinha voltado a chorar. ㅡ Já não basta o Hoseok pagando as coisas pra mim e me ligando e… e agora você quer pagar uma terapia pra mim, eu… ㅡ Cobriu os olhos com as mãos por baixo dos óculos. ㅡ Eu não quero ser um incômodo. 

Eu não suportei mais a distância entre nós e o abracei. Ele retribuiu segundos depois. Eu não quis continuar com aquele assunto, Jimin não estava pensando muito bem para falar. E eu também não estava no melhor dos estados. Eu só o abracei bem forte e passei a mão nas suas costas. Ele ficou um tempo quieto, porém depois retornou a chorar. Agarrou muito forte a minha camisa e chorou de um jeito que eu nunca tinha visto antes.

Eu não disse nada. Nenhuma palavra faria tudo aquilo que ele sentia sumir ou melhorar. Eu só senti que… ele precisava chorar.

Fazia quanto tempo que ele não falava sobre aquilo? Que ele não chorava por aquilo? Há quanto tempo ele engolia suas lágrimas junto com toda a sua dor e tudo que ele não conseguia contar?

A obsessão pela ordem, pelo ciclo e pela limpeza. O medo de doenças, do contato e de se abrir. O ódio ao próprio corpo, personalidade e costumes. A solidão, a carência… 

O quão ruim era ser Park Jimin? O quão doloroso era ser Park Jimin?

O quão ruim eu era por o ter julgado tão mal? Quanto de culpa eu podia carregar por cada discussão nossa? Cada vez que fui imaturo e não respeitei suas atitudes, cada vez que achei alguma mania dele engraçada e achei que não fosse importante, quanta culpa eu podia sentir por isso agora?

Ele começou a me amar na época em que eu mal olhava pra ele. O quão mal eu podia me sentir por ter dito que o odiava agora? 

Existia muito mais em Jimin do que eu achei que existia quando o conheci. Eu que era raso, fácil de desvendar e conhecer. Eu que estava perdido, sem nenhuma noção do que fazer comigo mesmo e com a minha vida quando o conheci. 

Jimin me salvou quando eu não merecia sua bondade e afeição. Ele me tratou bem, arriscou a vida por mim e suportou tudo o que sentia de ruim calado atrás de uma imagem de cara chato. 

O que eu era perto de Park Jimin? O que eu poderia fazer por Park Jimin? Eu não fazia ideia. Mas Jimin me amava, Jimin realmente me amava, e a única coisa de que eu estava certo sobre mim naquele momento era que o amava também. O amava demais, demais.

Eu havia me tornado o namorado dele. Não apenas dos seus sorrisos, malícia e gentileza. Eu havia me tornado o namorado de tudo aquilo que ele guardava só pra ele. Eu não queria ser um namorado pela metade, pois Jimin sempre deu tudo de si pra mim.

Eu prometi a mim naquele momento que seria o namorado de Jimin. Seria a pessoa que ele merecia, tentaria salvá-lo assim como ele me salvou.

ㅡ Me desculpe por tudo de ruim que já te disse, Jimin. Eu não te conhecia e não devia ter julgado você. Eu te amo, eu realmente te amo. Por favor, não tenha medo de mim. Não tenha medo de se mostrar. Eu nunca mais vou julgar você, nunca mais vou te tratar mal. Por favor, me deixe ajudar você. 

Jimin ficou em silêncio, me abraçou mais forte e encostou a cabeça no meu ombro. As mãos dele estavam tremendo. As minhas também estavam. Ele fungou e seu aperto na minha camisa aumentou.

ㅡ Obrigado por me amar.

Foi impossível impedir que algumas lágrimas caíssem depois que ele disse isso, impossível me impedir de entrar em uma espiral de sentimentos sobre Jimin. Foi impossível não amá-lo ainda mais e não abraçá-lo ainda mais.

Eu o amava. Eu o amava de verdade. Eu jamais amaria outra pessoa daquela forma e jamais seria amado daquela forma.


{...}


Terminar o jantar não foi ruim. Tinha um silêncio grande reinando entre nós, entretanto era um silêncio necessário. A gente já tinha falado demais, tínhamos que ficar em silêncio e digerir tudo. Isso não era ruim. Comer o jantar foi bom. Trocamos poucas palavras, nada demais. Lavar a louça foi da mesma forma. Eu sentia que Jimin estava em seu próprio mundo, estava pensando em coisas muito importantes. Eu também estava. Eu estava pensando em tudo que aconteceu até que chegássemos ali. Estava pensando em tudo que aconteceria. Mas eu não estava tenso, ele também não estava, nós… nós só tínhamos muito pra pensar.

No meio de toda a movimentação do meu dia, eu nem tinha reparado na data. Quando olhei o celular e encontrei aquela data, tudo recebeu uma outra camada de sentimentos.

ㅡ Jimin… ㅡ o chamei. Eu estava sentado ao lado dele, assistindo televisão.

ㅡ Sim?

ㅡ Quero que vá comigo a um lugar amanhã.

ㅡ Claro. Onde?

ㅡ Quero que vá comigo ao túmulo da minha mãe.


Notas Finais


[Capítulo revisado em 21/10/2021]

Wow, muita coisa em um capítulo só, não é? Eu disse que agora o passado tanto do Jimin quanto do Jungkook seria explorado, e aqui estamos. Ainda tem muita coisa pra ser falada aqui. Espero que gostem de conhecer melhor todos os personagens - não é só Jikook que vai ser mais explorado.
Falar de um assunto tão pesado e sério como estupro foi muito desafiador pra mim. Espero ter feito tudo tudo certo, e não não fiz, digam. A ÚLTIMA coisa que eu quero é não tratar esse assunto com o cuidado que merece.
Espero que nenhum de vocês tenha passado por algo desse tipo e que possam superar se passaram. Espero que fiquem bem.
Por fim: não julguem as pessoas. Elas não são rasas como parecem.
Eu mudei meu @ no twitter. Agora é @gukkieprincess. Estou lá pra responder todo mundo.
Espero que tenham gostado, que fiquem bem, até mais! 💕


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