História Confused love - Capitulo 30

Entro no quarto de Natasha e fico a esperando sair do banho. Passaram-se uma semana desde que conversei com Alissa... E devo admitir que nossa situação está neutra. Quando nos encontramos ela apenas me cumprimenta, mas é um avanço não? Melhor do que ser ignorado.

Me dirigi até a cômoda de Natasha e percebi um envelope de cor parda em cima dela. Era do hospital onde Lis trabalhava, fiquei incomodado claro, mas decidi não abrir, se fosse algo grave ela me contaria, deve ser exames de rotina.

- Não sabia que já estava me esperando. – ela diz me assustando saindo do banheiro já arrumada.

- Decidi vir te esperar aqui em cima. – sorrio.

- Então vamos...?

- Claro. Será que hoje Michelle dá o braço a torcer e assume sentir algo pelo Matt? – pergunto saindo de seu quarto.

- Duvido muito, apesar de ser o ultimo dia dela aqui, ela ainda é orgulhosa. – Natasha conclui me seguindo.

- Elas poderiam ficar mais tempo aqui.

- Sim, também acho, mas como minha, mãe disse, elas trabalham.

Descemos as escadas e o pessoal já nos esperava. Eu ia abrir a boca pra falar algo, mas prendi minha respiração quando Alissa entrou. Ela parou quando viu todo mundo ali, mas logo sorriu,

- Que bom que estão todos aqui. – ela disse se colocando a nossa frente. – Mãe... – ela voltou sua atenção para mãe. – Recebi uma proposta para trabalhar em Nova York.

Olhei para Natasha e pude ver seu desespero nos olhos.

- E você vai ir? – a voz de Natasha sai num fio.

Alissa se vira para nos e antes de responder ela nos analisa, droga, eu deveria me preparar para esse tipo de situação não? Ser observado pela ex, não é nada legal, ainda mais quando a atual é irmã GEMEA dela.

- E-eu... – ela umedece os lábios. – Eu vou sim, é uma nova chance pra poder recomeçar não?

- Mas... E você vai ir quando?

- Amanhã mesmo. – ela se vira novamente para a mãe. – Vamos poder nos falar por telefone, não é o fim do mundo.

- Claro que não. – dona Elizabeth resmunga. – Primeiro fico um ano sem ver Natasha, agora vou ficar não sei quanto tempo sem te ver.

- Vai ser por pouco tempo mãe. – Lis abraça dona Liza, e vejo Nat limpando algumas lágrimas.

Really? Fala sério, minha vida ultimamente está um drama mexicano.

- Por que não vai conosco então? – pergunto um pouco hesitante.

- Não dá. – ela me olha. – Tenho que arrumar minhas coisas, saio amanhã cedo.

- Se quiser eu posso ficar e te ajudar. – Natasha se ofereceu um pouco afobada.

- Não. Não precisa, pode ir. – Lis sorri de lado. – Se me dão licença.

[...]

- Você não pode ficar se culpando por isso. – digo bebericando minha cerveja.

- Brian, como você pode estar tão tranquilo? – ela me encara. – A Lis vai embora por nossa causa.

- Eu não estou tranquilo Natasha. Apenas... É a vida dela, ela quer ir, não estamos a forçando a nada.

- Mas...

- Será que dá pra você prestar mais atenção nas coisas ao seu redor? Suas primas estão aqui para se despedir, é a ultima noite dela aqui e...

- Também é a ultima noite da minha irmã, e ao invés de estar com ela, eu estou aqui, bebendo e jogando conversa fora com você.

- Ninguém te obrigou a vir Natasha. Ela mesma recusou a sua companhia. Dá pra você parar de tentar consertar as coisas? Nós já nos desculpamos, já pedimos desculpas á ela, se ela quer ir embora, se ela acha que isso é melhor para ela, deixa ela, é a vida dela, você não tem nada haver com isso.

- Você quer que eu esqueça isso? Ótimo.

Ela se levanta e vai para a pista de dança, onde Valary e Michelle dançavam.

- Droga. – murmuro.

- Eu não entendo vocês. – Kenna diz se sentando ao meu lado.

- Agora não McKenna.

- Brian, é sério... Antes o que impedia de vocês ficarem juntos era a Lis, e agora... Continua sendo ela, eu não entendo isso.

- Eu também não. – balanço a cabeça. – Natasha está obcecada nesse lance de perdão da irmã.

- Deve ser complicado também. Elas moram na mesma casa, deve ser tensa a convivência.

- Mas ela sabia disso. Desde o inicio.

- Vocês vão ficar ai? – Zacky pergunta surgindo do alem.

- Eu preferia ir embora. – resmungo.

- Relaxa cara, entende a situação dela também.

 

POV 3ª Pessoa

- E então? – Matt fala enquanto observa a loira á sua frente.

- E então o que? – ela ri.

- Não vai mesmo assumir que se interessou por mim?

- Matt.

- Michelle... Assumir isso não vai te matar. – ele ri e ela revira os olhos.

- Tudo bem. Eu me senti interessada sim, mas só. Não crie esperanças. – ela cruza os braços.

- Não vou criar. – ele a abraça, e a loira o aperta. – Você poderia ficar né?

- Não. Eu não posso. – ela diz contra o tórax de Matt.

- E por que? Moro sozinho e...

- Matt. – ela o empurrou rindo.

- Ok, desculpa. – ele a puxa novamente. – Mas você tem a casa da Nat e... – ele deixa a frase no ar.

- Eu acabei de falar pra você não criar esperanças.

- Eu não entendo essa sua frieza, aliás, esse fingimento.

- Tenho meus motivos.

- Você pode estar jogando sua felicidade no lixo, sabia disso né?

- O que? – ela o encara. – Minha felicidade é ao seu lado?

- Quem sabe. – ele dá de ombros.

- Você não existe.

- Claro que existo, olha só.

Matt pega a mão da loira e coloca sobre seu peito... Michelle prende a respiração ao sentir o coração dele batendo de forma frenética. Ela pisca os olhos atônita e o encara, ele sorri de lado, e sem tirar a mão da garota do peito dele, ele a beija. Ele queria fazê-la desistir da ideia de ir embora, e mesmo que tenha passado pouco tempo com a garota, esse pouco tempo foi o suficiente pra fazê-lo sentir algo profundo e verdadeiro por ela. Talvez os foras, e a forma que a garota lhe “dispensava” ajudou, afinal, nunca levou tanto fora de uma garota só como levou de Michelle.

- Matt... – ela sussurra quando se separam.

- Tudo bem, eu... Eu entendo, eu acho. – ele ri. – Eu gosto de você, muito.

- Eu sei. – ela ri. – E agradeço por isso.

- Você não facilita a minha vida cara. – ele ri, a abraçando.

[...]

Natasha acorda e sente a melancolia lhe atingindo, suas primas indo embora, sua irmã já foi viajar... A morena se levanta contra gosto e faz sua higiene matinal, vestindo em seguida uma roupa qualquer.

- Isso tudo é por que vou embora? – Michelle comenta entrando no quarto da prima.

- Também. – Natasha ri. – Até eu me acostumar novamente sem as suas doideiras, vai ser difícil.

- Ah você se acostuma, sou uma pessoa esquecível.

- Isso pode ter certeza que você não é.

- own.

Michelle ri e abraça Natasha. Ela não queria esses momentos, pois odiava despedidas.

- E como terminou a noite? – Natasha pergunta rindo.

- Como assim?

- Dormindo novamente no Matt, acho que...

- Não rolou nada, e eu não dormi lá. – Michelle balança a cabeça. – Conversamos apenas uns minutos e logo vim embora.

- E como não ouvi você chegando?

- Você estava dormindo?

- ok, eu vou fingir que acredito em você ok?

- Acredite se quiser. – a loira dá de ombros. – Alissa saiu sem se despedir de ninguém.

- Ela está com raiva ainda... Não tiro a razão dela.

- Você sabe que não pode ficar se remoendo por isso né? E que você deveria enfim ser feliz com Brian.

- Não é tão fácil assim Mich... Eu deveria ter pensado nisso tudo antes de ter feito o que fiz. Olha que engraçado, antes eu sequer ligava, agora estou me matando de arrependimento.

- Você não se arrependeu, apenas não aceita essa atitude da Alissa, de fugir.

- Eu não sei.

Michelle ia responder, mas a porta foi aberta e sua irmã logo entrou, abraçando Natasha.

- Ah, vou sentir sua falta. – Valary se lamenta.

- Eu também minha diva platinada.

- Você poderia ir nos visitar.

- Pode deixar, qualquer dia eu junto a galera e passo uns dias lá.

- Como assim junta a galera? Não quero esse povo na minha casa não. – Michelle reclama.

- Não quer a galera, ou não quer o Matt? – provoco.

- Esquece aquele ogro.

- Claro, até porque Nat, fomos nós que sonhamos com aquele ogro, e ficamos o chamando nos sonhos né?

- MICHELLE. – a morena grita enquanto a loira fuzila a irmã com o olhar.

- Eu nunca fiz isso, eu sequer sonho com ele.

- Claro. – Valary ri.

 

POV Brian

Decidimos ir todos levar as gêmeas no aeroporto... E não foi que elas conseguiram conquistar todos nós? Claro que uma conquistou mais do que devia, mas isso não vem ao caso.

- Vou ao banheiro enquanto não anunciam o voo delas. – Natasha murmura.

- Tudo bem.

Ela me dá um selinho antes de ir.

- Vocês estão bem? – Valary pergunta.

- Acho que sim. – dou num meio sorriso.

- Espero que fique tudo bem entre vocês. – ela sorri. – Apesar de tudo. – ela balança a cabeça e rio.

- Entendo.

- Acho que vou vender minha casa e vou vir pra cá. – ela sussurra.

- E eu? Vou morar na onde? Embaixo da ponte? – Michelle finge desespero.

- Você pode morar na casa de certo ogro. – Valary responde e rimos da cara de Michelle.

- Eu sofro muito bullying.

Conversa vai, conversa vem e nada da Natasha, já estava quase indo atrás dela quando a vejo voltando.

- Demorou hein. – reclamo a puxando pela cintura.

- Desculpa estava passando mal.

- Está tudo bem? – a encaro.

- Sim... Foi apenas um mal estar. – ela sorri.

- Qualquer coisa podemos ir ao médico.

- Não, está tudo bem Bri.

Assinto com a cabeça e a abraço. Será que tem haver com aquele exame? Se é que era exame né? E se ela... Não, acho que não.

Ouvimos o chamado para o voo das gêmeas.

- Chegou a hora. – Valary disse abraçando Natasha.

- Vou esperar mais visitas de vocês.

- Pode deixar que vamos aparecer.

- E Michelle... Ops.

Natasha iria dizer algo, mas percebeu que Matt e Michelle se atracavam.

- Olha só, pra quem não era casal, isso aqui está muito meloso. – Jimmy zoa, e Michelle empurra Matt, depositando tapas em seus braços.

- Nunca mais faça isso... Você tem habilidade de me fazer pagar mico. – ela ralha irritada, enquanto ele ri.

- Lembre-se que eu realmente existo. – Matt diz sério, e ela suaviza o semblante.

- Acho que o assunto é entre eles pessoal. – Johnny diz exatamente o que eu ia dizer.

- Já estão de segredinhos? – Kenna entra na brincadeira.

- Não tem nenhum segredo.

Michelle enfim ri, e nos abraça se despedindo de cada um. Natasha se agarra á mim, sorrindo, mas chorando pelo fato de ver suas primas irem embora.

- Elas vão voltar.

- Não sei, tenho medo de ficar um bom tempo sem vê-las.

- Não vai.

Decidimos ir para a sua casa, ela queria ficar perto de sua mãe. Subimos para seu quarto e percebo que o envelope permanecia no mesmo lugar. Já que ela estava preparando algo pra comer, não custa nada eu matar minha curiosidade não é mesmo? Abro o envelope e tiro o papel,, lendo tudo o que via pela frente.

- Não acredito... Vou ser pai?