História Confused love - Capitulo 31

Ok... Já reli esse papel umas três vezes, e estou até tonto com essa história. Não acredito mesmo nisso, como assim vou ser pai? Aliás, como assim a Natasha está grávida? Calma, eu sei como tudo aconteceu, mas... Ela se prevenia, e eu também. Ás vezes e...

- O que... – a voz dela morre quando me vê com o envelope na mão.

Me viro para encará-la e balanço o envelope sorrindo, mas não um sorriso alegre, se é que vocês me entendem.

- Quando ia me contar?

- Quando... – ela aperta os olhos. – Brian, não é o que você está pensando.

Rio pelo nariz e coloco o envelope no lugar.

- Como assim não é o que estou pensando? Se não é você que está grávida é a Alissa.

Ela desvia o olhar, colocando o prato que segurava no criado-mudo e sinto um aperto no coração, não podia ser... Não, eu me recuso a pensar isso.

- Então é ela? – minha voz sai num sussurro.

- E-ela... Ela me falou que esse exame era de uma amiga e que...

- E você realmente acreditou nisso? – a corto.

- Por quê? – ela cruza os braços. – Você não se prevenia quando transava com ela?

- Sim... Mas... – engulo a seco. – E se ela realmente estiver grávida? O filho é meu, eu tenho que saber isso.

Natasha ri e a olho confuso. Isso não é hora de rir.

- Ok... – ela levanta as mãos se rendendo. – O exame é meu.

- Como assim? – balanço a cabeça. – Dá pra você dizer a real? Por que estou muito confuso.

- O exame é meu Brian. – ela se aproxima. – Eu estou grávida.

Pode ser errado, mas senti um alivio ao ouvir aquilo, ter um filho com Alissa seria complicado demais.

- E por que você disse que era dela?

- Apenas pra ver sua reação. – ela dá de ombros.

- Você tá com mania de fazer as coisas pra ver minha reação, vai ter uma hora que você não vai gostar dela e...

- Para de drama Bri. – ela me dá um selinho. – Eu disse que estou grávida e você fica me dando sermão. – ela faz bico.

Sorrio e a puxo pra mais perto colando nossos corpos... Então eu realmente vou ser pai. Caralho, eu vou ser pai.

- E-eu não sei o que dizer. – sorrio feito bobo.

- Não precisa. – ela enlaça os braços no meu pescoço. – Seu sorriso vale mais que palavras. – ela sorri.

É, eu estou feliz com isso, claro que não estava nos meus planos, mas se aconteceu, quem sou eu pra negar ou reclamar de algo? Um filho com a Natasha... Nunca pensei isso, e estou feliz, realmente estou feliz.

POV Matt

Depois que as gêmeas foram embora eu resolvi ir para casa. Claro que eu estava naquele estado deplorável, afinal a mulher que eu gosto foi embora, foi embora sem assumir seus sentimentos.

Tentei. Eu juro que tentei arrancar algo da Michelle, tentei uma conversa mais profunda com ela, mas não deu. Ela realmente sabe se fechar quando quer. Não vou dizer que a amo, afinal isso seria demais, mas eu gosto, e muito, dela.

~Flash back

- É sua ultima noite aqui.

- Idai? – ela ri.

- Você podia dormir aqui comigo. – sorrio.

- Matt.

- Michelle. – a interrompo novamente. – Você vive procurando desculpas.

- Eu sou assim.

- E eu não entendo.

- Você não tem que entender Matt, tem que aceitar.

- Seria mais fácil pra você mesma se você desabafasse com alguém.

- Eu não preciso disso, eu não quero isso.

~Flash back

Não sei como tudo isso foi acontecer. Não sei se foi os foras, o jeito dela... Realmente não sei, só sei que aconteceu, e que eu queria muito que ela permanecesse aqui.

Me levanto quando ouço a campainha tocando.

- Kelly. – suspirei.

- Matt. – ela sorri entrando.

- O que faz aqui? – pergunto fechando a porta.

- Acho que já lhe disse isso, mas você já foi mais amável.

- Desculpe. – passo as mãos no rosto. – Só estou sem paciência.

- Entendo... – ela se senta no sofá. – Sua atual paixonite foi embora né?

- Presumo que você esteja feliz com isso. – me sento no outro sofá.

- Claro que estou. – ela ri. – Nada contra você, claro. Mas eu até soltaria fogos por isso.

- Poupe-me disso.

- A Val até que era legal. – ela coça o queixo. – Já a outra. – ela balança a cabeça.

- A Michelle é uma ótima garota.

- Claro. – ela revira os olhos. – Matt seu gosto já foi melhor.

- Ainda não ouvi você dizendo o que realmente veio fazer aqui.

- Tudo bem. Vim perguntar se meu tio entrou em contato com você.

- Não... Por quê?

- Acho que vocês não vão tocar essa semana, ele tinha me dito que iria fazer algo mais suave nesse fim de semana.

Assenti com a cabeça, tentando finalizar o assunto, eu realmente não estava com paciência pra conversar.

- Matt... – ela se levanta e se senta ao meu lado, quase no meu colo. – Você não sente falta de nós?

- Kelly... – murmuro. – Isso é irrelevante agora.

- Mas que saco Matt. – ela se levanta irritada.

- Que saco? – rio me levantando também. – Kelly, você é uma linda garota, isso você sabe, mas não rola mais entende? Nós nunca mais vamos voltar.

Ela morde o lábio e se vira indo embora.

- Que idiota.

POV Brian

Deixei Natasha dormindo e preferi ir embora antes dela acordar. Ficamos conversando sobre a gravidez dela, e ainda não discutimos nomes nem nada do tipo, como padrinho e madrinha. Cheguei em casa e corri para o quarto de McKenna.

- Kenna acorda. – puxo o seu edredom.

- Você é retardado ou se faz? – ela ralha irritada.

- O assunto é sério. – me sento ao seu lado.

- Eu estava dormindo, nada é mais sério que meu sono.

- Nem mesmo um sobrinho? – sorrio de lado.

Ela enfim se levanta se sentando e me olha com os olhos arregalados.

- Eu não entendi direito. – ela ri nervosa.

- A Natasha está grávida. – falo num tom mais sério.

- Está brincando comigo né?

- Não. Descobri ontem.

- Como assim descobriu?

- Ela ia me contar, mas acabei vendo o exame primeiro.

- E você está assim? Tão tranquilo?

- Não estou tranquilo Kenna... Minha cabeça está a mil... Mas... A-acho que ainda estou em choque.

- Claro que é pra estar em choque. – ela se levanta e começa a andar pelo quarto. – Eu estou em choque. Brian você vai ser pai.

A encaro com o cenho franzido.

- Oh meu Deus, coitada da criança. – ela coloca a mão na boca.

- Você é tão engraçada. – jogo o travesseiro nela.

- E o Papa? Já contou á ele? E a mamãe sabe?

- Não. Estou contando á você primeiro.

- Que fofo, eu sei que você me ama. – ela sorri e lhe mando o dedo do meio.

- Te contei primeiro porque tenho outra coisa pra dizer.

- O que?

- A Natasha primeiro me disse que o exame era da Alissa.

- Mas... Por que ela fez isso?

- Diz ela que era pra ver minha reação, mas acho que tem algo atrás disso.

Kenna se senta ao meu lado pensativa.

- Oh meu Deus. – ela exclama.

- O que?

- Você já pensou na possibilidade desse filho não ser seu?

A encarei com a sobrancelha arqueada, e percebi que ela estava realmente falando sério.

- Como assim, se o filho não for meu?

- Qual é Brian. – ela ri nervosa. – O filho pode ser do Brad também, ou você esqueceu o lance da Natasha com ele?

Me encosto na cabeceira da cama e passo a mão no cabelo totalmente nervoso. É claro que isso não era verdade, a Kenna deve estar brincando comigo, como sempre faz.

- Você está brincando, só pode. – balanço a cabeça.

- Bem que eu gostaria.

- Ótimo. – me viro para encará-la. – Você vai descobrir isso por mim.

- Hã? Como assim?

- Ué, você e a Natasha são BFF. – ela revira os olhos. – Que tal você descobrir isso pro seu amado irmão?

- Por que você mesmo não pergunta á ela?

- Porque você que está dizendo que o filho não é meu.

- Não, espera. Eu disse que PODE NÃO ser seu.

- Dá no mesmo. Agora você vai se levantar, tomar um banho e ir na casa da Natasha.

- Você não acha que está mandando muito não?

- Não. Não estou. E por favor, espera ela dizer primeiro que está grávida, finge que não sabe de nada.

- Mas...

- Eu vou falar pro Papa o que você e o Zacky fazem.

- Você é um idiota. – ela grunhiu irritada.

Me levanto e saio do seu quarto, entrando em seguida no meu. Me jogo na cama encarando o teto. Será que o filho não era meu e cara... A Natasha está grávida. Grávida. Eu vou ser pai, porque, por mais que a Kenna encha minha cabeça de merdas, eu sei que o filho é meu, tem que ser meu... E se não for? O que eu vou fazer? E-eu... Eu não vou ficar com ela, sendo que ela espera filho de outro... Ainda mais do Brad.

POV McKenna

Eu ainda não acredito que a Natasha esta grávida. O Brian parecia estar tranquilo demais com essa noticia, e qual é... Isso é noticia pra ele enlouquecer. Literalmente. O Brian pai, ok, não tem como imaginar isso, ainda mais depois de tudo que aconteceu. Depois de tomar banho, visto a primeira roupa que vejo, e quando ia sair, dou de cara com Zacky.

- Vai aonde? – ele pergunta.

- Na Natasha. – respondo lhe dando um selinho.

- Acho que ficarei aqui com o Brian então.

- Acredite, vai ser melhor.

- Por que?

- Ah ele vai te contar.

Não espero ele responder, lhe dou um demorado e longo selinho e pego meu rumo, indo á casa de Natasha. Entrei, e estava tudo quieto até demais. Sua mãe já deveria ter ido trabalhar... Subo para seu quarto e ela ainda estava dormindo.

- Acorda. – grito e ela acorda assustada.

- Kenna. – ela coça os olhos. – O que faz aqui?

- Vim te visitar, sabe... Pra você depois não jogar na minha cara que só te procuro quando preciso.

Ela balança a cabeça e volta a se deitar.

- Pode falar que você está aqui porque Brian falou da minha gravidez.

- Também. – admito. – Aliás, parabéns, eu acho. – rio.

- Ele está bem?

- Sim, ele está tranquilo até.

- E-eu não sei o que vou fazer.

- Como assim?

- Kenna eu sou modelo.

- Idai? Oliver pode te fotografar grávida.

- Não existem muitas marcas exclusivas para gestantes.

- Ele pode achar... Não é o fim do mundo.

- Pra você. – ela se levanta. – Faz um favor? Vai comprar café da manhã para mim?

- O que? Vai começar a me explorar?

- Por favor?

- Tanto faz.

- O dinheiro está na minha bolsa. – ela diz enquanto ia pro banheiro.

Me levanto bufando e pego sua carteira... Essa bolsa dela é uma bagunça, quantos papéis e... Mas o que isso está fazendo aqui? Isso sequer é dela

- Achou? – me assusto com o grito dela.

- Sim achei. – grito de vota, guardando aquele documento, intrigada. – Daqui a uns minutos eu estou de volta.

Sai de sua casa correndo, com várias perguntas rondando minha cabeça, claro. Não entendo o porquê de aquele documento estar em sua bolsa. Me assusto com o toque do meu celular.

- Ligou na hora certa.

- Por que? – ele pergunta preocupado.

- Preciso da sua ajuda para descobrir algo.