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História Copy Girl - Chris


Escrita por: DarthUnicorn10

Notas do Autor


Se preparem, peguem as facas, as armas, os lenços, pq não estar fácil. . .

Capítulo 17 - Chris


Fanfic / Fanfiction Copy Girl - Chris

- Eu só acho que você vai passar frio com essa saia – Ian disse pela segunda vez enquanto estávamos a caminho da festa da Kat.

- Por que eu passaria frio? - Perguntei sem entender.

- Eu não sei - Ele mordeu o interior da bochecha - Só acho melhor voltarmos para sua casa e você troca isso.

Isso. Eu só estava com uma saia preta, uma nova curta que estava me deixando um pouco envergonhada por estar muito curta, mas ainda não entendia por que Ian se importava se eu passaria frio.

- Lá com certeza terá aquecedor,  Ian- Disse ajeitando meu cabelo.

Candice é quem estava levando as listas para assinaturas, e eu estava cruzando meus dedos para que todos colaborassem.

- Por que está tão quieta, e por que não está usando sweater? – Ian perguntou novamente sobre minhas roupas e eu mordi meu lábio. Será que estava muito ruim?

- E-eu achei legal mudar - Disse sem jeito - Não ficou legal não é? Essa blusa marca muito minha barriga, e-eu...

- NÃO! – ele me assustou, mas seu rosto se suavizou rapidamente - Você está muito bonita, eu só não quero que você.. hm, passe frio.

Olhei curiosa para Ian, ele estava me distraindo bastante sobre o que eu iria encontrar naquela festa, e o que eu teria que fazer.
Seria uma longa noite.

(Ian POV.)

Nina estava extremamente... gostosa.

E isso estava me incomodando demais, era como se eu estivesse levando um bife aos leões. Aqueles garotos iriam se jogar aos seus pés quando a visse com essa saia.

Droga, Ian. Você parece um menininho tendo a primeira ereção.

Mas de fato, Nina estava maravilhosa. Não tão quanto a perfeita imagem de suas curvas apenas em uma calcinha. Mas eu sei que logo logo eu a veria assim novamente.

Ela estava séria, e eu até tentei lhe dar um beijo antes de entrarmos no carro, pois eu sei que lá no fundo, ela ama meus beijos roubados. Mas a mesmo desviou rapidamente, e sequer corou quando eu elogiei seu cabelo.

Nina ficou um tanto insegura por minhas perguntas sobre suas roupas, e tive que me segurar para não ataca-la naquele carro quando seus olhos inocentes chegaram até mim, inseguros sobre ela estar bonita ou não.

Esse era o fato: Ela não estava apenas bonita. Ela estava magnifica!

Chegamos a festa ao mesmo tempo que Paul e os outros garotos do time, e vi que Nina apenas acenou com a cabeça quando Paul a cumprimentou.

- Candice... - ela disse baixinho em frente a casa quando viu Candice pela porta.

- Pode ir, eu já entro - Disse e a mesmo confirmou com a cabeça, praticamente correndo para dentro da casa, sendo recebido por abraço de Kat.

Vi que Michael praticamente babava em Nina, e lhe dei um soco forte no ombro.

- Ow. Calma ai, Somerhalder - Michael gritou, rindo - Olhar não arranca pedaço.

- Mas um soco na sua cara vai arrancar - Disse irritado e Paul riu ao meu lado, pegando em meu ombro e me afastando um pouco dos garotos que agora encaravam as costas de Nina entrando na grande mansão.

- Olha, já aviso que se alguém pegar a Nina antes, você perde a aposta - Paul cochichou, segurando uma das garrafas de bebida que trouxe.

Cerrei os olhos para ele, segurando minha vontade de lhe dar um belo de um soco.

- Ela não vai pra cama com ninguém - Disse entre dentes - E cale a boca, pois se eu encontrar sua namoradinha misteriosa aqui dentro você está ferrado.

- Ah, fique a vontade para procurar - ele piscou, seguindo as outras pessoas que atravessavam o jardim e já dançavam por conta da música alta.

  Filho da puta!

Me apressei para segui-lo, e quando entramos pude ter a certeza que os Grahams eram podres de rico pelo tamanho da mansão. Era completamente branca, desde o sofá as paredes, e o tapete que ocupava grande parte do chão, onde um DJ já estava instalado e quase deixavam esses adolescentes surdos pela música eletrônica.

Eu já estava preocupado depois de quase dez minutos, quando vi Candice beijar Joseph e nenhum sinal de Nina. Pensei seriamente em interromper o casal e perguntar onde estava aquela coisinha, mas eu não precisei de tanto. Minha mão apertou o copo de alguma bebida colorida que Paul me deu, e eu estava pronto para estourar os miolos daquele garoto de costas, que segurava a cintura de Nina com certa intimidade.

Quando dei meu primeiro passo até ela, Kayla e outras duas garotas me pararam rapidamente.

- Ian! - Kayla gritou animada, tampando minha visão pelos seus saltos extremamente altos - Eu estava te procurando.

- Olha Kayla, eu estou procurando a... - Ela me calou rapidamente, colocando o seu iphone em minha cara.

- Nós ganhamos em segundo lugar no campeonato de líderes de torcida, não é fantástico?! - Ela gritou animada e as outras garotas deram pulinhos comemorativos.

- Muito - Menti, segurando minha vontade de empurra-la para o lado e correr para tirar Nina de quem quer que seja.

- Olha, eu preciso ir... - Me afastei ajeitando meus cabelos, e tomando um susto quando Candice apareceu em minha frente.

Só pode ser palhaçada.

- Eu preciso de canetas, você tem? - Ela perguntou com um sorriso imbecil no rosto, e minha mente vagou na possibilidade de lhe empurrar também, já que Joseph estava distraído com as outras pessoas.

- E por que eu traria uma caneta para festa sua idiota? - Perguntei irritado, olhando por cima do seu ombro e procurando Nina. Mas Candice me segurou.

- Olha, você bem que poderia nos ajudar com as assinaturas, não é? – Candice pediu sorrindo e eu sorri irônico para ela.

- Precisando da minha ajuda? - Baguncei seus cabelos - Vai pedir pro Joseph, eu sei lá o que você está usando pra subornar ele, mas comigo não vai rolar.

Candice falhou com o sorriso, mas revirou os olhos empurrando uma lista para mim.

- Vai ajudar ou não? - Perguntou e eu empurrei a lista de volta.

- Eu já disse que não vou ajudar! - Falei irritado e uma voz me cortou.

- Ajudar em quê? - Me virei rapidamente, vendo Nina corada e o mesmo garoto de minutos atrás, que a tocava e que agora me parecia muito familiar.

- Nas assinaturas - Candice deu uma lista para ela - Prazer em vê-lo, Chris - Os dois se cumprimentaram com um sorriso e vi Nina corar novamente.

Cerrei os olhos para Chris que se virou para mim, mas sua fala foi direcionada para Nina.

- Eu ajudo vocês - Ele disse com um sorriso cínico, provavelmente só queria levar Nina para cama - É claro, se você quiser.

Nina concordou rapidamente, olhando para mim e virando logo em seguida.

Segurei no pulso de Nina, enquanto os outros dois começavam a falar com as pessoas.

- Que droga esse garoto está fazendo aqui?! - Perguntei irritado.

- E-ele quer me ajudar, e eu já disse que g-gosto dele.. - ela sussurrou e puxou o pulso - Eu preciso pegar assinaturas.

Vinte minutos depois e eu estava praticamente mastigando meu copo plástico, vendo Nina corar toda vez que o "babaca Chris", dava um jeito de tocar nela. Nina pareceu perceber meu ódio, e percebeu também que eu estava quase atacando o garoto quando Paul me segurou.

- Será que Nina não percebe?! Ele só quer transar com ela! - Falei para Paul perto do seu ouvido, já que o som estava extremamente alto e as luzes estavam me deixando levemente tonto, mas minha atenção ainda estava toda em Nina.

- E o que você está fazendo Ian?- Paul bufou e eu torci o nariz com raiva - Você é um babaca!

Paul riu, ele estava extremamente bêbado e eu ainda não sei por que estava perdendo meu tempo ao seu lado.

- Vai ter que ralar muito se quiser transar com ela - Paul riu novamente, logo em seguida soluçou - Muito...

Cerrei os olhos para ele, e ouvi Candice rir enquanto Claire assinava seu nome e lhe dava uma nota de cinquenta libras. Logo atrás, Chris sussurrava algo no ouvido de Nina, que estava distraído tentando equilibrar as notas com seus dedos curtos. Mas o" babaca Chris" fez a caridade de lhe ajudar, assim pegando em suas mãos.

- Já chega - Joguei meu copo plástico todo mordido na cara de Paul, e marchei em direção a eles.

- O que... - Candice tentou dizer, mas eu peguei a lista de assinaturas de sua mão e parti para a mesa da sala de jantar, onde a maioria das pessoas dançavam ao redor. Subi em cima da mesma, vendo o grande lustre pairar em cima de minha cabeça.

O DJ, para minha sorte, desligou a música no mesmo instante, fazendo aquelas quase trezentas pessoas olharem para mim.

- Hey, pessoal!- Gritei atraindo a atenção de todos, principalmente de Nina, que precisou tampar a boca de tão surpresa - Eu quero que vocês venham até aqui e assinem a lista da minha namorada, e quero também a abram as carteiras e coloquem cada centavo em cima dessa mesa.

Todos riram, mas como eu sabia bem, começaram a se aglomerar em volta da mesa. Antes mesmo da garota de cabelos vermelhos assinar seu nome na lista, outro grito foi ouvido.

Subi meus olhos e rapidamente meu sorriso sumiu. Porra!

Chris sorria vitorioso quando todos pararam para ouvi-lo, ele estava em cima do piano negro de Chris, e sorria falso para mim.

- Vamos fazer assim então - Chris ergueu os braços - Se vocês assinarem a minha lista, eu bebo uma rodada inteira de vodka!

E ouvi gritos e risadas. Revirei os olhos voltando a atenção para a garota de cabelos vermelhos, mas era tarde demais. Ela já se encontrava do outro lado da sala.
Candice ria da minha cara, enquanto Nina olhava para aquilo sem entender.

Mas essa eu não iria perder, se Chris queria fazer disso um desafio, então faríamos.

- Hey hey pessoal! - Gritei logo que um garoto terminou de assinar a lista de Chris - Eu sei muito bem quando sou desafiado, e se vocês assinarem minha lista, eu bebo duas rodadas!

Todos começaram a bater palmas, e Chris estralou os dedos chamando a atenção.

- Assinem nessa folha aqui - Ele apontou para a lista e piscou para mim - E eu me deito naquela neve toda!

Os garotos do time ficaram boquiabertos, e não era pra menos. Estava um tremendo frio do lado de fora.

Mas eu não iria perder.

Eu nunca perco.

- Então é o seguinte - Olhei para Nina que mordia a ponta do dedo mindinho em nervosismo - Eu vou tirar a camiseta se vocês assinarem, e ainda doarem cem libras cada um.
E os gritos foram três vezes mais altos que da última vez (principalmente da parte das meninas). Chris até tentou reverter, disse que tiraria até a cueca, mas era tarde demais. Em poucos minutos eu estava sendo engolido pela multidão de pessoas loucas para assinar a droga da lista.

Candice estava ao meu lado, recebendo o dinheiro enquanto eu tentava equilibrar a prancheta em minhas mãos, e via Kat doar quase duzentas mil libras.

Esses garotos eram ricos pra caralho!

Candice também estava explicando o motivo da causa, e eu estava procurando Nina com os olhos enquanto aquela multidão ainda me cercava.

Depois de quase todas aquelas pessoas terem assinado e eu ter tirado a camisa rapidamente, arrumei uma desculpa qualquer para ir ao banheiro. Mas eu estava preocupado com Nina.

Principalmente depois de não ter encontrado Chris também.

(Nina POV.)

- Nina - Chris me chamou e eu arrumei meu cabelo rapidamente, será que eu gostava dele? - Eu tentei, mas Ian...

- Oh, não - Eu balancei a cabeça rapidamente - Obrigado por ajudar do mesmo jeito, eu não teria conseguido essa quantidade enorme de assinaturas se não fosse por vocês.

Chris concordou e sorriu.
Ian estava rindo de uns garotos que doavam quase seiscentas libras só de uma vez, e eu acabei me perdendo naquele sorriso bonito. Ele estava me ajudando. Da pra acreditar?!

- Han, quer subir pra contar o dinheiro? - Chris apontou para as escadas.

- Nós podemos contar depois que Ian recolher o res...

- Não - Chris riu me cortando - Vamos lá, Nina.

Dei de ombros e o segui, afinal, iriamos só contar o dinheiro para o hospital. Eu estava tão feliz que tudo estava dando tão certo.

Me assustei com a parte de cima do corredor. Tinha quase dez portas, e na primeira que Chris tentou abrir, tomamos um grande susto com um casal em plenos amassos em cima da cama.

- Melhor irmos para os últimos - Ele apontou - Devem estar vazios.

Concordei corando, e Chris me deixou passar na frente até chegarmos no último. Ele estava aberto e vazio, e parecia como qualquer outro quarto de hospedes. Limpo e arrumado.
Me sentei na grande cama de casal, e comecei a esvaziar meus bolsos repletos de notas, e até mesmo moedas. Eu não estava prestando muito atenção, mas pude jurar que ouvi Chris chavear a porta.

Olhei sem entender para ele que sorriu.

- Para o caso de alguém entrar aqui e roubar o dinheiro - Ele riu, e eu levei como uma piada, corando quando ele se sentou ao meu lado.
Eu já estava contando as notas a alguns minutos, quando sinto dedos subirem pelas minhas coxas e eu recuar de imediato.

- Chris o que...

- Xiiii - Ele se aproximou mais ao meu lado, se inclinando até mim e beijando meu pescoço - Nós estamos sozinhos, seu namorado está lá em baixo, pode ficar tranquila.

Meus olhos se arregalaram e eu tentei segurar em seu peito para afasta-lo, mas suas mãos seguraram as minhas enquanto seus beijos continuavam insistentes e meu pescoço.

- Não - Empurrei-o sem sucesso - Chris, pare.

Chris cessou os beijos, e me olhou como se não estivesse entendo. Meu rosto pegava fogo pela vergonha e eu só queria desaparecer desse lugar.

- Ah, Nina. Me poupe com essa pose de santinha - Chris disse se levantando - Você mesmo quem me ligou, eu sei que quer trair seu namoradinho. Não precisa dessa graça toda.

Eu mal tive tempo de dizer algo, e Chris já estava em cima de mim me beijando. Apertei seu ombro e virei meu rosto rapidamente, o empurrando e fazendo o mesmo bufar irritado.

- Para com isso, e-eu não quero... - Tentei dizer, mas Chris já puxava os cabelos com força.

- Eu estou com cara de palhaço por acaso? - Ele gritou e eu me encolhi na cama - Isso aqui não é a festa do présinho, Nina. Pare de se fazer de difícil e tire logo essa saia. Você não era a vadia me ligando? Eu sei que está louca para meter o chifre em Ian, e eu estou louco para te foder.

Os meus olhos marejaram. Eu não posso acreditar que ele estava dizendo aquilo para mim.

- E-eu não v-vou fazer nada com você.. - Disse já sentindo as lágrimas quentes escorrerem.

Chris jogou as libras que segurava em mim, e negou com a cabeça.

- Eu vou procurar alguém que preste nesse lugar - Ele bufou se virando - Eu não sei quem é o mais idiota, você ou Ian.

Neguei com a cabeça ouvindo ele continuar.

- Eu tentei ser bonzinho, sei lá, você me pareceu essas garotinhas virgens que querem o príncipe encantado - Ele riu da minha cara -Eu vou ver se te acho uma chupeta.

Chris abriu a porta, e a fechou me deixando desolada e rodeanda de dinheiro, querendo urgentemente ligar para minha mãe ou para Candice.

Eu acabei de ser chamada de vadia.
Eu só queria chorar.

(Ian POV.)

Eu estava desesperado atrás de Nina

Não conseguia acha-la em meio aquele aglomerado de pessoas, e o som alto e as luzes piscando estavam dificultando cada vez mais o meu trabalho de busca.

Paul, que ainda estava meio bêbado, insistiu que Nina deveria estar com Candice, já que a mesma também havia sumido de minhas vistas.
- Kat - Chamei a garota morena que se agarrava com um garoto - Você viu Nina?

Ela deu de ombros, logo em seguida cantando a música da Lorde que tocava alto.

- Sei lá, deve estar na parte de cima - Apontou sem jeito para as escadas - Já procurou nos quartos?

Não.

NÃO!

- Ela não está lá - Disse mais a mim mesmo, e Kat apenas sorriu acenando, voltando a cantar a musica animadamente.

Meus passos foram rápidos, eu praticamente derrubei as pessoas que insistiam em não me dar passagem. Que ela esteja sozinha, com Candice, com qualquer um menos Chris.

Mas para minha sorte, encontrei Chris descendo as escadas, com um sorriso sacana logo que me viu.

- Onde está a Nina? - Perguntei raivoso, me aproximando mais do idiota que ria - Fala!

- Está em um dos quartos - Ele murmurou - Olha, foi difícil, aquela ali deve se abrir apenas para você.

E foi de repente. Eu nem cheguei a raciocinar quando me vi dando um grande soco no nariz daquele idiota.

- Merda - Ele grunhiu levando as mãos rapidamente ao rosto - Seu idiota!

- Onde ela está?! - Gritei pegando no colarinho de sua camisa, e dois caras que desciam a escada nem tentaram intervir.

- Em um dos quartos, agora me larga se não quiser que eu conte a todos naquela sala que Nina é uma vadiazinha.

Cerrei meus olhos, apertando meu punho novamente e quase lhe dando um grande soco na bochecha esquerda.

- Você vai embora. Agora! - Disse pausadamente - E eu juro que você não vai nem se lembrar do seu próprio nome se disser qualquer coisa sobre Nina, está me ouvindo? Eu vou arrebentar a sua cara!-
Chris fez com que eu soltasse sua camiseta, e bufou arrumando-a e terminando de descer as escadas sem dizer uma única palavra.

Eu queria esmurrar a cara dele, mas precisava encontrar Nina.

O corredor era repleto de quartos, e eu tentei abrir os dois primeiros que se encontravam trancados. Os outros dois seguintes tinham casais e até um grupo de garotas jogando cartas. Eu estava desesperado.
No último quarto do corredor, eu precisei bater por medo de ter que presenciar outra cena de sexo explícito. Nenhuma resposta.

Abri a porta devagarzinho, encontrando Nina no topo da cama, chorando entre os joelhos e com o corpo todo trêmulo. Seus soluços eram baixinhos e ela resmungava algo que eu não conseguia entender.

- Nina - A chamei com receio, me aproximando devagar de onde ela estava e não obtendo nenhuma resposta.

Me sentei na cama, vendo seu corpo balançar minimamente e meu desespero começar a aflorar. Ele havia tocado nela? Eles tinham...

- O que Chris te fez? - Perguntei segurando em seu joelho, mas ela me deu um tapa de leve para que eu tirasse minha mão do local - Ele te machucou?!

Ela negou com a cabeça, ainda não erguendo para que eu pudesse ver seu rosto.

- Eu vou quebrar todos os dentes da boca desse cara - Apertei meus punhos com raiva - Me diga o que ele fez!

- E-ele me d-disse coisas horríveis... - Nina se engasgou com um soluço - E-eu.. me desculpe...

Eu não sabia exatamente por que ela estava se desculpando, mas seus olhos estavam vermelhos e seu corpo tremia como se ele fosse desabar em choro novamente.

- Fique calma - Murmurei me aproximando mais - Está tudo bem... Ele te tocou?

Ela concordou, voltando a abaixar o rosto.

- Você quer ir embora? - Perguntei baixinho, ainda não era nem madrugada, mas eu não poderia deixa-la aqui desolada.

- E-eu ligo para um táxi - ela limpou o rosto com as mãos, e eu neguei rapidamente.

- Eu vou te levar - Estiquei minha mão para ela, que olhou meio incerta - Vamos?

- M-me desculpe - Ela pediu chorando de novo.

Eu não entendia do porquê das desculpas, mas puxei sua mão para que ela se levantasse.

- Todos já estão praticamente caindo de bêbados lá fora - Tentei fazer piada. Péssima hora, Ian - Não chore, Okay?

Puxei sua mão novamente vendo Nina vir devagar até o final da cama, e pude perceber que era um tanto grande demais, já que ela teria que dar um pequeno pulo para descer.

- Eu te ajudo - Sorri segurando em sua cintura, mas tomei um grande susto quando a mesma me abraçou.

Foi extremamente rápido. Seus braços se agarraram a parte de trás do meu pescoço enquanto ela chorava baixinho, escondendo seu rosto e me apertando cada vez mais.

- Eu vou te levar pra casa - Sussurrei e ela concordou - Não se preocupe.

Nina me soltou rapidamente, e pareceu ficar com vergonha logo em seguida por ter me abraçado.

- Vem - A chamei e ela me acompanhou - Depois você liga pra Candice avisando, ela está sumida e eu quero sair bem rápido daqui, não sei o que vou fazer se der de cara com aquele babaca, eu espero que o soco tenha doido.

- Você bateu nele?! - ela perguntou assustada - Ele machucou você?

Nina estava preocupada comigo. Ali, em minha frente. Ela estava avaliando meu rosto enquanto mordia os lábios em nervosismo.

- É claro que não, eu é quem machuquei ele - Sorri e ela negou com a cabeça - Agora vamos.

Eu acabei sendo parado por Paul, que olhou confuso para Nina e seu rosto todo vermelho pelo choro. E eu não posso descrever a sensação de ter Nina agarrada ao meu braço, cobrindo o rosto daquela multidão, e me apertando com força para que eu a guiasse até sua saída.

Seus dedos, apertavam com força minha jaqueta.

- Já estamos livres - Brinquei destravando meu Porsche - Acho que nunca saí tão cedo de uma festa.

- Eu posso chamar um... - Ela tentou dizer novamente e eu neguei.

- Nada disso, pegou o dinheiro, as listas? - Perguntei e ela concordou rapidamente - Então já podemos ir.

Entramos no carro e eu a vi tremer, então me lembrei de nossa pequena discussão mais cedo sobre suas roupas.

- Pegue a minha jaqueta - Comecei a tira-la e ela disparou a dizer diversos "não."

- Eu vou ligar o aquecedor, e você está parecendo um cubo de gelo - Estiquei a jaqueta para ela, que como eu esperava, passou pelos braços curtos se abraçando a ela.

Eu acho que nunca me preocupei tanto assim com alguém. Talvez fosse o fato de que eu queria muita aquela Ferrari. Ou de Nina parecer tão indefesa.

Minutos de silêncio e já estávamos próximos de sua casa, quando seu choro baixinho voltou.

- Nina... - A chamei parando no acostamento de uma rua qualquer e ela balançou a cabeça.

- Não é nada - Ele mentiu - E-eu...

Eu juro que estava me controlando, mas quando dei por mim já estava a abraçando.

- Você deve estar me achando uma criança por só chorar - Ela sussurrou - Me desculpe..

Tantas desculpas.

- Não precisa chorar - Beijei uma de suas bochechas molhadas, fazendo ela suspirar - Olhe aqui para mim.
Ela olhou para cima devagar, enquanto eu tirava meus braços de suas costas e enxugava suas lágrimas.

Que diabos eu estou fazendo!

Ignorei meus pensamentos e colei nossos lábios, sentindo as mãos da Nina segurarem em minhas bochechas da mesma forma, e seus dedos frios me dando arrepios. Não forcei mais o beijo, apenas lhe dei mais um selinho e um beijinho (um tanto esquisito, mas que por sorte fez ela rir) no nariz.

- Viu. Não chore - sorri lhe dando mais um beijinho na ponta do nariz - Não precisa chorar, Nina.


Notas Finais


Desculpem se encontrarem algum erro.


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