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História CORRIDA DO AMOR - Jeon Jungkook ( BTS) - Kart intimidador


Escrita por: Singularity97 e Paige97

Notas do Autor


Boa noite amoras. Preparadas para mais um ep?❤🏁

Antes de qualquer coisa, eu gostaria de agradecer a vocês pelos 200 FAVORITOS!!! Não imaginava que chegaríamos a essa marca t ao rapidamente, muito obrigado mesmo pelo apoio que vocês me dão cada uma tem um lugar especial em meu coração até mesmo os leitores fantasmas🏁❤👻 AMO VOCÊS❤
Queria ter vindo agradecer a alguns eps atrás, mas por conta da correria do dia eu não estava lembrandoksksksk.
@Jjungkooka parabéns, pq vc acertou uma das teorias desse ep kskksksk tô chocada até agora💛💛

BOA LEITIRA🏁

Capítulo 24 - Kart intimidador


Fanfic / Fanfiction CORRIDA DO AMOR - Jeon Jungkook ( BTS) - Kart intimidador

POV's JK

 

08:42 A.M

 

Tendo tomado banho, arrumado o cabelo e  me vestido, só faltava me perfumar para sair de casa e cumprir com o meu objetivo do dia. 

 

Os dias haviam passado rapidamente após o passeio que tive com a equipe da Ferrari. Me lembro muito bem de tudo que aconteceu, principalmente dos momentos em que passei com S/N Miller.

 

Não nego que desde o dia que a vi na empresa algo nela me chamou muito a atenção. Sua beleza estonteante, a pose de 'chefona' e até mesmo seu modo de falar me deixavam hipnotizados. O tempo passou e a cada momento que passava com S/N se tornou especial de modo que sem perceber posso ter acabado me atraindo pela minha própria chefe.

 

Sei que se eu me deixar levar por esses sentimentos posso acabar me ferrando no final, mas não só eu, S/N também que com certeza não deve sentir o mesmo. No final, apenas poder ser próximo dela já me basta, pois só devo sentir atração pela mesma como qualquer outra mulher que já tive a chance de dormir.

 

Deixando meus pensamentos tolos de lado, terminei de me arrumar apreciando minha imagem no espelho, não acreditava ainda que estava vestindo a camiseta da Ferrari após tanto tempo me dedicando para conseguir esse feito. Com certeza se eu tivesse um coração mole acabaria chorando agora mesmo, mas essa não é a realidade. 

 

Após apreciar tanto a bela imagem sendo refletida no espelho desci para o primeiro andar de minha cobertura, vendo Hope e Jisoo tomando café na varanda de casa. Era algo costumeiro nosso, comermos ao ar livre, pois dizíamos que isso tornava o horário das refeições mais único por conta  dos céus que a cada dia estava de um jeito diferente.

 

— Jungkook, você já está pronto tão cedo? Você está bem? — Hope me indagou assim que me aproximei da mesa. Digamos que o fato dele estar surpreso é porque eu sempre demoro para me arrumar, o que acaba atrasando a gente.

 

— Estou ótimo hyung. — respondo pegando um copo e botando um pouco de suco.

 

— Então porque já está pronto? Só sairemos daqui uma hora. — Jisoo questionou tirando um pouco os olhos do celular.

 

— Na verdade, vocês dois irão sair daqui uma hora. Eu vou ir mais cedo, pois tenho que fazer algo importante antes. — tomei um gole do suco assim que terminei minha fala, vendo uma expressão suspeita se formar no rosto de Hoseok. — O que foi?

 

— O que você está aprontando? — semicerrou levemente os olhos.

 

— Nada. — suspirei pesadamente colocando o copo na mesa. — Muito bem, eu tenho que ir agora. Os vejo lá. 

 

— Hum, okay. Mas não demore para chegar no evento, porque se não sua chefe nos mata.

 

— Ah Hoseok, isso é impossível de acontecer hoje, mas isso não importa agora. Tchau. — me despedi indo em direção a porta, até que escutei o mais velho me chamar novamente  

 

— Não vai comer antes de ir!? — indagou em um tom mais alto por causa da distância.

 

— Compro algo para comer no caminho! — respondo fechando a porta. Às vezes parece que Hoseok é meu pai quando se preocupa assim. Fazer o que? É quase isso mesmo.

 

(...)

 

Após sair de casa, não demorou muito para eu chegar na empresa. Estacionei o carro em frente ao edifício indo em direção a porta de vidro da entrada com certa pressa, visto que se eu quisesse chegar no evento pontualmente eu teria que me apressar.

 

No mesmo instante que entrei na empresa vi que a atendente da portaria não estava, por esse motivo optei por ir a área de lazer contando com a sorte de que uma das cozinheiras estivesse lá, mas era muito melhor. Encontrei justamente a pessoa mais próxima de S/N conversando com meu amigo em uma das mesas que fica  perto das janelas do refeitório.  

 

— Lívia, que bom que te achei. Eai Tae. — dei um rápido abraço no meu amigo que anteriormente conversava com a ruiva, vulgo namorada. Pois é, desde o dia do passeio esses dois finalmente tomaram vergonha na cara e decidiram assumir o que já era óbvio.

 

— O que foi Jeon? Aconteceu alguma coisa? — perguntou com o semblante preocupado, no entanto  com olhar curioso. Acho que sua preocupação se deu pela forma afoita que chamei a garota.

 

— Não. Eu só estou procurando a S/N. Você sabe se ela já chegou?

 

— Ah que susto, achei que tinha ocorrido algo. — colocou a mão no peito e suspirou com um pequeno sorriso aliviado nos lábios  — Ela já chegou sim, mas está em reunião agora na sala dela.

 

— Mas sabe se ela já está terminando?

 

— Acho que sim, ela disse que era coisa rápida. 

 

— Ótimo, muito obrigado. — antes que pudesse ir a sala de S/N não pude evitar de ressaltar aquela cena. — Inclusive, amei a boina combinando de vocês. — pisquei para os dois que ficaram um pouco vermelhos com minha fala e logo tratei de ir em passos rápidos para a sala de S/N.

 

No instante em que o elevador abriu fui em direção aos pequenos degraus que separavam  a área dos funcionários da parte em que fica a sala da chefe e de reuniões. Mas antes mesmo que eu pudesse pensar em bater na porta a mesma se abriu revelando Allen que estava com a feição séria.

 

— Oi. — eu disse para o britânico que apenas me ignorou e passou reto dando uma leve ombrada em mim. — "Olá Jungkook, posso te atormentar mais hoje?" — imitei a voz de Allen com certo desdém pelo mesmo, mas logo voltei o olhar para S/N que se encontrava com o olhar fixo em mim enquanto permanecia com os braços cruzados. Uma cena de se admirar. — Era com esse pateta que estava tendo reunião? O que ele fez de tão grave para ter que vir aqui mais cedo? — perguntei com um sorriso quase imperceptível em meus lábios.

 

— Nada. Só o chamei para vir mais cedo para dar uma de mãe. Não quero que ele cause confusão na frente das crianças. — a italiana se aproximou lentamente de mim que permanecia encostado no batente na porta. — Mas o que realmente me interessa agora é, o que você está fazendo aqui tão cedo? O evento só será às 10 horas. 

 

— Bem, é que eu gostaria de saber se você irá de táxi ou irá com alguém para evento. — instintivamente acabei por colocar uma das mãos atrás da cabeça, já que era uma mania que eu tinha quando ficava nervoso com algo. 

 

S/N inclinou um pouco a cabeça para o lado, me olhando com afinco, ação esta que me deixou nervoso. A italiana ainda de braços cruzados foi em direção a sua mesa e se apoiou na mesma com suas orbes focadas em mim. 

 

— Não nego que é bem estranho você vir uma hora mais cedo para saber disso, sendo que poderia me mandar uma simples mensagem… — expirou e semicerrou os olhos. — No entanto, respondendo a sua pergunta, eu irei de táxi. Por que?

 

Perfeito!

 

— Bem, é que eu gostaria de saber se você não quer vir comigo. Vai ser mais divertido do que ir no táxi. — sugeri com o olhar vago.

 

— Hum… pior que você tem razão. Além de não ter que pagar ninguém, poderei pegar carona com meu amigo super divertido. — ironizou na última parte, me fazendo dar um sorriso anasalado.

 

Essa mulher mal sabe que a ida até o evento será mais intensa do que imagina, ou quem sabe um ponta pé inicial para resolver grande parte de seus problemas.

 

— Carona? — sorri. — Isso é o que você pensa.

 

— O que?! — franziu o cenho não entendo minhas intenções com essa "carona". — Jungkook, o que você quer dizer com isso? 

 

— Você só irá saber quando descermos. Vou indo na frente. — A italiana demonstrou certa desconfiança, mas logo cedeu.

 

— Tudo bem. Eu só irei avisar ao pessoal e logo estarei lá.

 

— Ótimo.

 

(...)

 

POV's S/N

 

Jeon Jungkook, o ar de mistério que pairava sobre ele estava me deixando intrigada. A cada segundo que se passava e a cada passo que eu dava em direção a saída me deixava mais nervosa, tendo em vista que pelo pouco tempo de amizade que tenho com o rapaz conheço bem quando ele está armando alguma.

 

Assim que o elevador abriu no hall de entrada, ajeitei o meu casaco da Ferrari em meu corpo como sinal de meu nervosismo que aumentava a cada instante. Sai da caixa metalizada e fui em direção a saída, sendo possível ver Jungkook encostado em sua Ferrari preta que  destaca mais as cores vivas de sua camiseta da Scuderia.

 

— Pode ir desembuchar. O que você está aprontando? — questionei com o semblante sério.

 

— Nossa, calma. — sorriu. — Eu não estou aprontando nada demais, só estou querendo aproveitar uma situação que irá te favorecer.

 

As palavras de Jeon pareciam fazer nó em minha cabeça me deixando mais curiosa com o suspense do coreano.

 

— Poderia se explicar melhor. — pedi vendo o Jeon  se afastar do carro e se aproximar de mim. Ação esta que me fez erguer um pouco o rosto para olhá-lo, já que o mesmo era mais alto.

 

Esse pequeno gesto me deixou um pouco tensa pela aproximação, já que eu conseguia sentir a respiração do castanho bater contra meu rosto quando ele se abaixou um pouco para ficar frente a frente comigo.

 

— Sendo direto, hoje você será a motorista e eu o carona. — deu um minúsculo sorriso ao final me fazendo arregalar levianamente os olhos 

 

Motorista? Essa com certeza é uma função tão comum do dia que eu entrava em pânico só de imaginar a minha pessoa nessa função.

 

— É melhor não Jeon, eu não dirijo a bastante tempo e você sabe bem os meus motivos. 

 

— Exatamente por isso que eu estou te pedindo para ser motorista. — o coreano suspirou e se afastou um pouco olhando para cima, um ato que fez o sol bater contra seu rosto, mas logo voltou à posição original me olhando — Se você quiser dar mais um passo positivo tem que superar seu medo de carros.

 

— E-eu não sei Jeon, isso parece muito assustador para mim, não sei se consigo. — digo olhando para o carro do castanho com certo receio.

 

Não sei, não sei, não sei, é só isso que sabe dizer? S/N se você não parar de dizer isso e entrar naquele carro, aí sim você nunca irá saber se consegue. Se quiser superar seu trauma deve fazer tudo o que você parou de fazer por causa dele. Você se esqueceu do que me prometeu quando combinamos que eu iria te ajudar? — indagou sério e firme. Nunca tinha visto Jeon agir dessa forma, isso de certo modo é novo para mim.

 

— Que você me ajudaria se eu deixasse você fazer tudo do seu jeito. 

 

— Exatamente. Então, você deve fazer isso não por mim, mas por você mesma. Okay? — colocou a mão em meu ombro me fazendo concordar. Afinal, ele tinha razão. — Ótimo. Então, pode ir entrando mocinha.

 

Acabei sorrindo com seu jeito mandão e logo fiz o que o castanho me pediu. Entrei no automóvel sentindo o cheiro de Jeon que estava impregnado no mesmo, era um cheiro levemente amadeirado, mas que exalava refrescância.

 

Não precisa ser fácil, só precisa ser possível. — ditei a frase de Dylan colocando a mão no volante, ato que fez Jeon franzir o cenho, me fazendo dar um leve sorriso. — Dylan me diziam essa frase sempre que eu pensava em desistir dos meus sonhos ou sentia medo. Então, se tornou a nossas frase. — expliquei fazendo Jeon emitir um "Hum"

 

—  Esse cara era incrível. Mesmo não estando mais aqui ele consegue me ajudar. — sorriu com o olhar vago. —  Use essa frase a seu favor para dirigir, não tenha medo do que pode acontecer porque superar esse medo é possível, só basta tentar. É além disso, estarei aqui para te apoiar. 

 

— Tudo bem. — minha voz saiu quase em sussurros por conta do receio, mas a confiança que Jeon depositava em mim me acalmava um pouco.

 

Respirando fundo e logo em seguida mordendo os lábios apertei no botão de ligar do carro dando partida no mesmo. 

 

Os pensamentos sobre o acidente vieram à tona novamente, mas eles pareciam não me afetar tanto quanto antes, pois todas as vezes que Jungkook percebia meu nervosismo aumentar ele colocava a mão em minha coxa para indicar que estava comigo e isso me deixava menos aflita.

 

(...)

 

No instante em que estacionei o carro na vaga do estacionamento senti meu corpo e mente finalmente relaxar depois de alguns momentos de tensão. Fazia muito tempo que eu não dirigia por conta do medo de lembrar de coisas tão ruins do passado, mas a coragem que Jeon depositou em mim foi um combustível a mais que me ajudou a sair da zona de conforto.

 

— Não acredito que consegui. — Coloco as mãos em meus lábios jogando minhas costas no encosto do banco, impressionada comigo mesma.

 

— Eu te falei que conseguiria, só precisava tentar. 

 

Assim que o coreano ditou tais, eu não me aguentei e abracei o mesmo o fazendo levar um susto, mas a partir desse singelo gesto eu só queria demonstrar toda a minha gratidão a ele. 

 

Há quanto tempo eu desejava voltar a conseguir fazer algo que era tão comum em meu dia a dia e que com o apoio e insistência do mais novo foi possível retornar a fazer. Com certeza Jeon era a pessoa que Dylan tanto falava.

 

— Obrigada Jeon, de verdade mesmo. Você não sabe o quanto sou grata. — digo ainda abraçada a ele.

 

— Que isso? Só fiz o mínimo. — se separou de mim colocando uma das mãos em meu ombro. — Mas se realmente quiser me agradecer terá que me prometer que virá a empresa de carro.

 

— Promessa é dívida e dívida é algo que eu não admito. Vou fazer o máximo possível para ir de carro. — sorri para ele, vendo o meu gesto ser retribuído.

 

— Acho bom mesmo mocinha. — afagou meu cabelo nos fazendo rir voltando o olhar para frente — Acho que é melhor a gente ir, parece que o pessoal já chegou. — indicou ainda sorrindo e eu concordei pegando minha bolsa e descendo do carro. 

 

Logo que sai do veículo vejo que o carro de Jisoo havia acabado de estacionar a nossa frente, mas o que nos chamou a atenção foi a expressão da castanha que emanava surpresa assim que me viu parada ao lado da porta do motorista.

 

— S/N Miller! Você que veio dirigindo? — me indagou, fazendo eu e Jungkook nos olharmos com certo ar de suspense.

 

— Sim! — no momento em que confirmei a indagação da coreana, a mesma me deu um rápido  abraço emitindo um "ooh".

 

— Ah amiga, não sabe o quanto fico feliz com cada passo que você dá para superar o que te feriu tanto. 

 

— É só você me dar mais um de seus abraços que eu vou saber que está feliz.

 

— Então vem cá. — a mesma me abraçou novamente com mais aperto, nos fazendo rir. 

 

— Bom dia gente. Chefe. — escutei a voz de Nam chegar por trás me desfazendo do abraço de Jisoo. — Atrapalho algo? 

 

— Bom dia, Nam. Claro que não. Aconteceu alguma coisa? — perguntei vendo que ele cumprimentava Jungkook.

 

— Não, é que o pessoal da organização do evento está querendo falar com a gente.

 

— Ah sim, tudo bem. Então, pessoal eu vou lá e enquanto isso vocês podem ir conversar com o pessoal e interagir com as crianças.

 

— E o Allen,  ele já chegou? — Hoseok se pronunciou me fazendo lembrar do outro piloto. Acho que estava tão emocionada pela conquista que me esqueci.

 

— Ah, ele já chegou. Está tirando foto com os pequenos. — respondeu Nam.

 

— Perfeito. Então, vamos? — indaguei Namjoon que concorda. — Até pessoal, já vejo vocês.

 

POV's JK

 

Com S/N tendo ido conversar com os organizadores eu decidi conhecer mais o lugar que tanto fez parte da minha infância. Por mais que eu não tenha praticado Kart neste kartódromo, sempre que vou em um minhas memórias de infância retornam sendo elas boas ou...ruins.

 

Mergulhado em minhas memórias de infância, uma cena acabou por chamar minha atenção. Um garotinho que aparentava ter por volta de oito anos estava sendo ajudado pelo que parecia ser sua mãe, a arrumar o capacete. Isso acabou me lembrando do dia em que Jisoo percebeu que eu realmente amava carros.

 

[...]

 

Busan, Coreia do sul - 15 de maio de 2004    

 

Os dois irmãos andavam calmamente perto de um dos autódromos que existia na cidade de Busan. Jisoo havia tido a ideia de levar o irmão de apenas seis anos para passear e esquecer um pouco dos recentes acontecimentos que abalou a família Jeon.

 

O pequeno que segurava a mão da irmã andava em pulinhos enquanto com a mão livre fingia que seu carrinho estava pilotando. Era o mundinho que o pequeno criou para si mesmo para não ter que pensar tanto no passado. Entretanto, enquanto Jisoo andava distraidamente sentiu que o pequeno havia parado de andar e assim que se virou percebeu que o mesmo olhava atentamente para os Karts que era pilotado pelas crianças.

 

— O que foi Jeon? — Jisoo se agachou na altura do pequeno. — Você gostou dos carros? — Kookie, como a mãe do pequeno gostava de chamá-lo, olhava atentamente a ação que acontecia ali sem falar nada, era algo costumeiro dele desde a perda tão traumatizante dos pais. — Parece que sim. São bonitos, não é? —  pergunta para o pequeno com esperança de que ele fale, mas tendo percebido que era em vão se deu por vencida. — Parece que você ainda não se sente pronto, não é mesmo? Tudo bem, quando quiser conversar eu estarei aqui. — Jisoo se levantou afagando a cabeça de Kookie  e pegando na mão dele para que os dois pudessem prosseguir com o caminho, mas antes que pudesse andar algo aconteceu.

 

— Eu quero dirigir aqueles carros. — Jeon disse, fazendo a irmã ficar surpresa ao ouvir depois de tantos meses a voz do irmão.

      

— Você falou? - se agachou afoita na frente o irmão que direcionou os olhinhos amendoados para ela. — O-o que você falou, Jeon? — pediu ainda desacreditada com a hipótese do pequeno ter falado.

 

— E-eu quer-ro dirigir aqueles car-ros. — meio tímido o pequeno falou, mas foi o suficiente para Jisoo se emocionar e abraçar o irmãozinho.

 

Somente ela e a família de Hoseok sabiam o quanto foi doloroso para o pequeno perder os pais tão cedo e de forma tão horrível. Hoseok e Jisoo já tinham feito de tudo para que Jeon voltasse a falar, mas assim que perceberam que ele precisava de um tempo decidiram esperar o tempo que fosse para poder ouvir a voz do pequenino e parece que o dia chegou de forma surpreendente enchendo Jisoo de felicidade.

 

— Claro, claro que você vai dirigir aqueles carros. — desfez do abraço do pequeno enxugando as lágrimas — O que acha de irmos agora mesmo? — assim que sugeriu viu um sorriso se formar no rostinho do irmão. 

 

—  S-sim. — respondeu com um enorme sorriso no rosto.

 

 Os dois irmãos não perderam tempo, Jisoo alugou o Kart pelo maior tempo que era permitido no autódromo para alegrar o irmãozinho. Aquele dia foi o início de uma grande paixão que viria a se tornar a profissão do garotinho que antes andava pelos cantos em puro silêncio, mostrando que mesmo de coisas ruins podem vir coisas boas. 

[...]

Lembrar desse momento que foi tão especial para mim me faz lembrar sempre de seguir em frente por mais que doa e de que nada em nossa vida acontece em vão sendo ela boa ou ruim.

 

— Ei seu tampinha. Tá achando mesmo que vai conseguir alguma coisa praticando Kart? Você nunca vai chegar no topo, tá entendendo? — sou arrancado de meus pensamentos quando escuto uma voz cheia de deboche ser emitida por alguém, até que ao olhar ao redor vejo um grupo de garotos na casa de 12 a 14 anos intimidando um que aparentava ter oito. Aquela cena fez meu sangue ferver.

 

Como pode ainda ter garotos que gostam de intimidar os mais fracos?

 

— Que merda. — afirmei irritado.

 

No mesmo instante sai de onde estava e fui até os garotos que haviam acabado de empurrar o mais novo.

 

— O que vocês estão fazendo com ele? — assim que disse isso os quatro garotos ficaram estáticos ao perceberem a minha presença.

 

— Você está bem? Te machucaram? — indaguei o garoto estendendo a mão para o ajudar a levantar.

 

— Eles…

 

— Cala boca…! — um dos garotos maiores ordenou o pequeno que se encolheu de medo. 

 

— Escuta aqui seu fedelho, não mande ele calar a bola! — me aproximei do garoto que arregalou os olhos. — Vocês acham que podem diminuir ele por ser menor!? QUAL É O PROBLEMA DE VOCÊS VALENTÕES!? — gritei na cara do moleque já sem paciência. 

 

POV's S/N 

 

Eu estava terminando de assinar alguns papéis relacionados ao evento quando de repente escutei uma gritaria vir da área da torcida que tinha perto da pista de Kart.

 

— O que está acontecendo? — questionei a mim mesma assim que vi Jungkook se misturar com um grupinho de garotos, mas no instante que vi Jeon se aproximar do que parecia ser o mais velho deles eu me desesperei e corri até eles. Jeon parecia alterado e fora de si, eu não poderia deixar ele acabar com a vida dele por coisas banais.

 

— Vocês acham que podem diminuir ele por ser menor!? QUAL É O PROBLEMA DE VOCÊS VALENTÕES!? — Jeon gritou na cara do garoto  aparentando está sem paciência.

 

— Jungkook!? — peguei no braço dele o impedindo de fazer o que quer que fosse, mas ele se soltou de mim com brutalidade. — Jungkook para agora! — pedi vendo ele me olhar de uma forma assustadora, como nunca tinha visto antes.

Seu corpo estava rígido de raiva, os punhos fechados e respiração ofegante. Com certeza ele estava fora de si.

 

— Você vai deixar esses moleques me maltratarem!? — questionou possesso de raiva me deixando confusa.

 

— Te maltratarem? — perguntei fazendo o mais novo ter ideia do que havia dito. Ele logo murmurou "merda" diversas vezes saindo apressadamente de onde estávamos. — JUNGKOOK! — gritei o nome dele, mas o mesmo me ignorou, indo em direção ao estacionamento.

 

— S/N, o que aconteceu? Por que Jungkook saiu desse jeito? — sem eu nem mesmo perceber Jisoo se aproximou e me encheu de perguntas.

 

— Eu não sei. Eu só ouvi ele gritando com os meninos…

 

— Desculpa, tia. Ele só tentou me ajudar. Os garotos mais velhos sempre me humilham por eu ser mais novo e por não ser italiano. — O garotinho explicou com certo receio. Com certeza deve achar que é culpa dele o estado de Jeon.

 

— Não se sinta culpado, okay? — digo ao pequeno de forma calma, mas assim que olho para Jisoo a vejo murmurar. — O que foi Jisoo?

 

— Eu sei o porquê de Jeon está assim. Droga, porque tudo tem que voltar justo agora. Aish. — murmurava me deixando mais nervosa e curiosa com o que ela dizia.

 

— Voltar? Você está me deixando preocupada.

 

— Me desculpa S/N, mas é que o passado de Jungkook, por mais que ele negue, vez ou outra o atormenta. Jeon não é tão forte quanto você imagina, ele também tem momentos em que se sente mal por conta dos traumas.

 

Tudo que Jisoo me dizia me deixava mais aflita por saber que ele estava mal por algo  do passado. Eu não podia deixá-lo na mão em um momento como esse. Jeon estendeu a mão para me ajudar mesmo não me conhecendo e isso era o mínimo que eu devia fazer a ele para retribuir o favor.

 

— Mas o que foi que aconteceu com ele? Quais foram os traumas? — indaguei minha amiga que negou com a cabeça.

 

— Infelizmente eu não posso te contar S/N, pois isso é algo que só meu irmão pode. 

 

— Tudo bem. Eu vou procurá-lo e ver se consigo o acalmar pelo menos um pouco.

 

— Sim, Jeon precisa de alguém de confiança para isso. — suspira botando a mão em meu ombro. — Vá lá e não se preocupe com o evento. Caso comece e você não estiver aqui eu seguro as pontas.

 

— Obrigado. — dei um singelo sorriso a Jisoo que retribuiu.

"O que fizeram com você Jeon?"


Notas Finais


Aí gente, tô meio sad com esse final😞 Será que Jeon revelará a S/N seu passado? Quero saber suas teorias.

{Comente, surte, crie teorias e se divirta💕}

ATÉ AMORAS ❤🏁❤


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