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História Cotton Candy Heart - The Little Prince


Escrita por: Chantillyeoll

Notas do Autor


PARABÉEEENS VIC UNNIE MELHOR PESSOA DESSE MUNDOO \O/

Entons povo lindo, hj já é aniversário da minha unnie e fiz essa fic de presente pra ela, (ano passado foi Black Widow de presente, e esse ano outro lemon pra vc ficar felizona tá bom minha mozi linda) .... Mans é um presente tb pros leitores de The Fallen Angel, que bateu 2k de view essa semana e tb pra vc, pessoinha linda do outro lado da tela.

Eu vou ser breve aqui, mas me conhecem e sabem que vou dar aquela digitada marota lá em baixo fazeroq né ¯\_(ツ)_/¯

Ah antes que me xinguem, eu sei ficou um pouco grandinha a fic, mas tem um motivo que será explicado lá em baixo, boa leitura meus amores <3

Capítulo 1 - The Little Prince


Fanfic / Fanfiction Cotton Candy Heart - The Little Prince

 

 

Era o último dia de aula e Chanyeol não poderia deixar uma data tão especial passar em branco. O jovem de olhos amendoados, fios castanhos e humor agradável, acordou com mais uma de suas ideias mirabolantes e logo ligou para amigo de longa data.  

 

- Yah, Sehunnie, eu pensei em fazer uma pegadinha com o Baekhyun hoje. Você podia me ajudar né?  - Chanyeol falhava com a voz. Ainda era cedo, seus olhos mal estavam abertos e seu primeiro pensamento do dia foi Baekhyun. Mais precisamente, como ele faria para irrita-lo. O segundo foi ligar para Sehun, já que ele precisaria contar com a ajuda de alguém para ser conivente de seus planos.

- Chanyeol... – resmungou Oh Sehun.

- Hun? 

- Você acabou de me acordar... E é muito cedo pra pensar no Baekhyun. A menos que tenha tido sonhos eróticos com seu irmão mais novo e queira me contar, sugiro que me ligue mais tarde... – as palavras do mais novo, tomado pelo sono, saíram automaticamente. Entretanto, aquele era seu ponto de vista com relação à Chanyeol: Um apaixonado pelo irmão mais novo e carente de atenção.

- Olha as bostas que você tá falando Oh Sehun.  Volta a dormir, na escola a gente conversa – Chanyeol sentou-se na cama e encarou o celular, agora com o visor aceso.  

- Hun... Yehet – soou a voz do outro lado da linha, seguida do barulho de desligar da chamada.

 

Chanyeol se atirou de volta à cama, agora encarando o teto e deu um sorriso lateral soltando um trisco de ar por entre os dentes.  

 

"Oh Sehun... Você tem sérios problemas, meu filho. Eu sonhando com o pirralho... Tsc... "

 

Os olhos do maior foram desviados ao relógio da cabeceira da cama que marcava seis horas e cinco minutos da manhã. O moreno se levantou da cama, logo foi tomar seu banho matinal e se arrumar para a escola. 

O jovem saía de toalha do banheiro quando foi surpreendido por um pequeno zumbi. Baekhyun ainda sonolento estava parado na porta do banheiro como quem dormia em pé. A mão pequena escapuliu da maçaneta assim que Chanyeol abriu a porta e Baek se desequilibrou, dando de cara com o peito do irmão mais velho.

 

- Sáaai peste – dizia enquanto empurrava Baekhyun, que finalmente abrira um pouco dos olhos.

- Hmm... – murrinhou. Baekhyun não se dispôs a abrir os olhos por completo, apenas seguiu banheiro adentro ignorando a presença do mais velho, estagnado na porta.

 

O maior estranhou o comportamento de Baekhyun. Ele parecia calmo demais para ser real, mas ainda assim, ignorou aquilo e continuou andando até seus aposentos. Enquanto caminhava pelo segundo andar da casa, Chanyeol pensava em Baekhyun novamente,  mais precisamente como faria para irrita-lo, e finalmente teve uma boa ideia.

 

“Vou estragar alguma coisa dele, já que é o último dia de aula e ele não precisará mais dos materiais. Perfeito”.

 

Chanyeol já vestido com o uniforme desceu as escadas com pressa, e seguindo o cheiro de torradas foi até a cozinha, onde havia um Baekhyun preparando o café da manhã. Era quinze para as sete quando o mais velho olhou o visor do celular novamente. Tendo em vista que preparar seu próprio café da manhã seria demorado, pensou em furtar o lanche matinal do mais novo.  

Baekhyun estava de costas para a bancada quando o Chanyeol chegou sorrateiramente.

 

- Bom dia mã... Ah é você, assombração -  os olhos do mais novo foram desviados à Chanyeol que já se encontrava sentado à sua frente.

- Bom dia pro bebê mais lindo do mundo - respondeu apertando as bochechas do menor. Baekhyun estapeou a mão do mais velho o xingando mentalmente.  O maior fitou o prato de Baek contando as torradas cobertas com o que parecia ser uma geleia de morango e se fez de bruços sobre a mesa encarando o pequeno.

- Você quer? – perguntou Byun, com um sorriso doce no rosto.

- Se eu quiser, por um acaso, você vai me dar?  - Chanyeol retrucou desconfiado, mas sabia exatamente quais seriam as palavras de Baekhyun.

- Definitivamente, não – negou levando em seguida uma fatia à boca.

 

Assim que Baek respondeu com um sorriso largo, Chanyeol devolveu o gesto causando estranheza ao mais novo, que de imediato o encarou com os olhos espremidos. Cautelosamente, Baekhyun continuou a levar uma das torradas à boca. Chanyeol, ainda sorridente o encarava. Baekhyun lentamente estendeu a mão ao copo de leite enquanto era observado pelo outro. O mais novo deu dois goles no leite, em seguida devolvendo o copo à mesa. Baek levaria a torrada de volta à boca, mas Chanyeol foi sagaz e antes que a mordesse mais uma vez, ele já havia tomado seu lanche.

 

- Ah sim... Então eu quero – disse roubando dos lábios de Baekhyun a torrada que o pequeno havia preparado. Chanyeol após o delito, correu para não ser apanhado pelo mais novo.

 

Indignado, Baekhyun se levantou da mesa e correu atrás do ladrãozinho, mas já era tarde. Chanyeol estava com sua torrada na boca e logo passara pela porta. O mais novo seguiu atrás do mais velho e estagnou no portão da casa, assistindo a cena de Chanyeol correr pela rua em zigue-zague com os braços abertos; A mochila pulava em suas costas, como a de uma criança, e na boca do garoto, a torrada com geleia recém-furtada dos lábios do irmão mais novo.

 

- Eu vou te matar, seu vira-lata. CHANYEEEOL! – gritou o pequeno do portão de casa.

 

Ele já estava longe, mas ouviu seu nome ser chamado pelo mais novo e sorriu. Por algum motivo que o mais velho por ora desconhecia, lhe era prazeroso ver Baekhyun nervoso. Principalmente logo pela manhã. Encarar o rosto de Byun rubro de raiva, era como uma carga de energia extra para Chanyeol aguentar o dia.

 

♚♔♚

 

Ainda refletindo sobre como seu meio irmão mais velho era inconvenientemente retardado, Baekhyun voltou para dentro de casa e terminou sua refeição. Ele estava saindo da cozinha quando ouviu os saltos de sua mãe fazerem barulho enquanto a senhora descia a escada acompanhada do atual marido, Senhor Park.

 

- Bom dia mãe, pai... E, onde vocês vão tão cedo? – perguntou ao notar as malas de pequeno porte carregadas pelos mais velhos.

- Oi meu amor, bom dia. A filial de Haeundae vai anunciar um novo gerente, então vamos passar esse final de semana lá para as comemorações - a mãe acarinhava o queixo do filho enquanto conversavam.

- Hun...

- Meu filho é só um final de semana. Se precisarem de alguma coisa, sua irmã chegou de viagem ontem – dizia senhor Park, sugerindo implicitamente que ligassem para Yoora, caso necessário.

 

Senhor Park era o pai de Chanyeol e Yoora. Depois de se divorciar, se casou com a mãe de Baekhyun e adotou o menino como seu filho de sangue. Baekhyun por sua vez era grato à presença do padrasto, a qual se referia como pai. Não que o pequeno não gostasse do seu genitor biológico, ele o amava grandiosamente, no entanto, o pai de Baekhyun faleceu em um acidente assim que o menino completou quatro anos. Então, entre odiar o padrasto que supostamente “roubaria” o lugar de seu pai, e preencher essa lacuna em sua vida com um pai postiço, ele preferiu aceitar as circunstancias e encarar senhor Park e seus dois filhos como uma nova família. Mesmo que Chanyeol fosse por incontáveis vezes insuportável, ele ainda tinha um certo carinho pelo encapetado do irmão mais velho.

 

- Hun... – assentiu com a cabeça.

- E seu irmão, onde está? - perguntou o senhor indo em direção à porta de casa, que por sinal ficava ao lado da cozinha, de onde viera Baekhyun.

- Aquele demônio já foi pra escola, onde eu deveria estar agora, inclusive - dizia após fitar de soslaio o relógio de pulso de seu padrasto.

- Olha como fala de Chanyeol, vocês deviam se dar bem ao invés de ficaram como cão e gato - a mãe jogava com as palavras, tendo em vista que seu filho Baekhyun era arisco como um felino, e Chanyeol agitado como um filhote de beagle.

- Impossível, ele não é de Deus e eu sou de Jesus - Baekhyun juntava as palmas das mãos como um santo. - Ele é Yoda e eu sou Vader, então não estamos do mesmo lado da força. Desculpa mãe – Baekhyun dizia ironicamente, agora com a mão no peito e com uma expressão profunda, ele sabia que isso irritaria a mãe de certa forma, mesmo que a senhora abafasse a própria risada sem querer render a piada.

- Vocês dois não tem jeito – disse o padrasto cruzando a porta após voltar e deixar na testa do filho um selo carinhoso. A mãe foi em seguida, assim que acarinhou o filho em seus braços.

- Se cuidem... Aproveitem a viagem – disse Baekhyun fechando a porta.

 

Após encarar o celular em busca das horas, subiu ao quarto correndo para pegar a mochila. O menino a puxou com pressa de modo com que fizesse os livros serem derrubados acidentalmente.

 

- Aaish que droga! Deve ser praga daquele infeliz...

 

Baekhyun recolhia o material do chão quando se deparou com um presente que havia ganhado de seu pai biológico. Um livro de capa azulada e com um menino de cabelo cor de palha desenhado na capa. Baekhyun deixou que um sorriso escapasse. Aquele era o livro do Pequeno Príncipe. Era seu livro favorito. A história era de certo modo infantil, mas havia toda uma moral por trás dos desenhos de traços simples e colorido lúdico. Além do que, fora um presente dado por seu pai.

 

 ♚♔♚

 

Por conta dos contratempos, o pequeno havia chegado atrasado.

Baekhyun correu pelos corredores vazios da escola até que enfim chegasse em sua sala. O pequeno se esticou na ponta dos pés e olhou pelo vidro da porta, o ambiente interno da sala de aula. Baek encontrou seu melhor amigo sentado na terceira fileira ao lado da janela e assim que abriu a porta dos fundo, seguiu caminho até Kyung Soo. O amigo era pouca coisa menor que Baekhyun, olhos e fios negros como a mais escura noite e lábios voluptuosos. Sua personalidade também era forte, tal qual a de Baekhyun, porém o menino a mantinha escondida por trás de um sorriso doce e um penhasco de timidez.

 

Voltando ao jovem Byun, que caminhava silenciosamente pela sala, ele havia entrado pela porta traseira de modo que não fosse notado pelo professor de linguagens que escrevia o roteiro da aula no quadro. O menino contava os passos até que uma risada maliciosa tirou seu foco.

 

- Chanyeol... – o olhar foi desviado ao mais velho, sentado atrás da cadeira vaga. Infeliz hora para se ter um irmão mais velho atentado, sentado atrás da única cadeira vazia numa sala trinta alunos, e ainda chegar atrasado na escola. 

 

Soo era quem estava ao lado da cadeira desocupada, ou seja, por inconveniência do destino Baekhyun teria que se sentar na frente do seu querido e amado irmão. O dia do garoto, ironicamente, só melhorava a cada segundo. 

Ele continuou sua conta mental calculando os poucos passos que lhe restavam até finalmente chegar em seu lugar. Baekhyun passara por Chanyeol que maliciosamente se espreguiçou na cadeira. As pernas do mais velho cruzaram o caminho de Baek fazendo com que o menino caísse de palmas e joelhos no chão.

O barulho despertou a curiosidade de toda a sala, inclusive a do professor, que desviou imediatamente o olhar do quadro o mirando em Baekhyun que estava rubro como um pimentão. A sala estava silenciosa, o clima estava pesado e Baekhyun ainda estava de quatro, até que Park quebrou o silêncio provocando a risada dos outros alunos.

 

- Bela bunda, Baek... -  os burburinhos começaram, vindos do fundo da turma.

 

Sehun que estava sentado atrás de Chanyeol, o socou levemente enquanto cobria a boca escondendo o riso. Soo se levantou e foi ajudar o amigo. O professor ainda analisava Baekhyun, que sentou-se de cabeça baixa e somente desviou o olhar ao mais velho, o reverenciando para em seguida abaixar a cabeça coberto pela vergonha.

Baekhyun passou os próximos minutos de cabeça baixa. Minutos que mais pareciam uma eternidade, e tudo que ele queria era socar o rosto de Chanyeol até que fosse esfolado.

 

Assim que o sinal para a segunda aula tocou e o professor deixou a sala, Baekhyun se virou para Chanyeol.

 

- Seu demônio, você fez de propósito! – Baekhyun estava virado para o mais velho que ria com as mãos apoiadas na cabeça.

- O que? - Chanyeol colocou a mão sobre o peito fingindo indignação ao ser acusado por Baekhyun de fazê-lo cair.

- Você colocou a perna pra eu cair, abestado! - Baekhyun pegou o estojo de cima da mesa e acertou consecutivas vezes no irmão mais velho.

- Não tenho culpa de ter uma perna grande e das suas ser uns cotoco que não serve pra nada.

 

Baekhyun que desde cedo já estava desesperado para voar em cima de Chanyeol, sem que percebesse, já havia o feito. Byun agora encarava o irmão de perto, puxando as orelhas avantajadas de Chanyeol para trás como quem as quisesse arrancar. O menino gritava com  o mais velho enquanto puxava suas orelhas e Chanyeol gritava mandando o menor largar suas preciosas orelhinhas.

 

- Saaaai caralho! - berrou.

- Eu vou te matar seu idiota, seu coisado - Baekhyun devolvera o berro com maior intensidade enquanto fazia caretas sem que percebesse.

- BAEKHYUN larga minha orelha, porra. Tá doendo, seu viado! - por um momento Baekhyun parou, para pouco depois voltar a puxar as enormes orelhas de Chanyeol com mais força.

- Viado, é você! Peste... - foram suas palavras finais.

 

Baekhyun aproximou o mais velho de si o fitando com ódio. Era pouca a distância entre as faces e aquilo despertou em Baekhyun uma angústia. Chanyeol percebeu o desconforto do mais novo e com os olhos serrados o encarou com um sorriso provocante, que logo se transformara em um bico.

Chanyeol brincou como quem beijaria o menor, em seguida ameaçou morder seus lábios. Baekhyun desvio e paralisou, seu coração parou juntamente com sua respiração e quase no mesmo instante, o órgão se dispôs a acelerar, ele parecia estar explodindo dentro de seu peito. Baek então, largou as orelhas de do outro o empurrando para trás assim que sentiu seu coração bater mais forte com a brincadeira, dita estúpida, feita pelo mais velho.

 

- Depois eu que sou o viado... – Baekhyun reclamou baixo.

 

O pequeno se sentou e endireitou na cadeira. Chanyeol conferia se suas orelhas ainda estavam inteiras e da porta da sala o professor de biologia encarava os meninos com uma expressão assustada.

 

- Eer... Então, bom dia... Eu sou o professor substituto de bio... Taemin é meu superior na faculdade, e como ele não pôde vir, eu vou substituir essa última aula.

 

Baekhyun desconsiderou a presença do novato, diferentemente de Kyung Soo. O pequeno tomou a cor rubra em sua face assim que a voz do professor ecoou pela sala. O coração do pequeno Kyung Soo disparou como nunca antes. Soo trocou olhares com Baekhyun indicando que ele deveria olhar para o homem. Baekhyun o analisou minuciosamente e em seguida olhou para o amigo ao lado com um sorriso. Soo estava corado, e havia um sorriso tímido em seu rosto.

 

- E seu nome é? – perguntou Sehun, desinibido.

- Kim Jongin... Falando nisso, não sou bom com nomes e como essa é a última aula de vocês, vou dispensar suas apresentações. Então, vamos à matéria?

 

Mesmo o homem tendo sido breve, seu nome era capaz de ecoar em um looping infinito na mente de Kyung Soo, enquanto o menino tremulava batendo a ponta da caneta no caderno.

 

- Kim Jong In... – Soo repetia para si.

 

O menino até então desconhecia a audição apurada do professor, mas a percebeu ao dizer o nome do moreno, que quase no mesmo segundo teve seu olhar voltado ao aluno. O professor anotava a data quando foi interrompido pela voz baixa. Jongin fitou transversalmente de soslaio o aluno e sorriu, logo voltando-se ao quadro com um sorriso cortando os lábios. Um nó subiu à garganta do aluno que engoliu secamente a própria saliva, que naquele momento mais se parecia com milhares de espinhos.

 

Baekhyun conhecia o amigo e de cara percebeu que ele não estava bem, então começou com as mensagens.

 

“Soo, tá bem?” - perguntava através de um bilhete escrito no final da folha de caderno.

 

“Eu tô sim. Bem mal. Olha esse professor Byun...” – Soo devolveu o papel ao dono juntamente com sua resposta.

 

“Alguém se melou todo rsrs”- Baek respondeu implicando. Soo encarou as palavras de Baekhyun em seguida olhou para suas partes baixas temendo que tal acidente realmente tivesse ocorrido.

 

“Vai à merda ಠ_ಠ” – foram as palavras finais de Kyung Soo, seguidas de um gesto obsceno feito de baixo da mesa, dedicado a Baekhyun.

 

Os meninos seguravam a risada cobrindo as bocas e trocando olhares. Baekhyun continuaria rindo se não fosse por um chute indireto em suas partes traseiras. Era a vez de Chanyeol mandar um bilhetinho seguido de um chutar nada suave abaixo da cadeira do irmão mais novo.

 

“Seja menos óbvio. Até um cego veria você babando purpurina pelo professor”

 

Baekhyun rasgou o bilhete assim que terminou de lê-lo e atirou os picotes de Chanyeol.

 

Chanyeol e Baekhyun eram novamente observados pelo professor. O moreno seguiu sua aula ignorando o fato de Chanyeol implicar com Baekhyun de cinco em cinco minutos, se não menos, e de o mais novo revidar quase que no mesmo instante. Consequentemente, olhando para os dois, não poderia deixar de notar o pequenino sentado ao lado de Baekhyun.

Olhares cruzados e olhares desviados, foi assim o primeiro contato de Jongin e Soo...

 

♚♔♚

 

Finalmente o sinal tocou.

Era a última aula antes do intervalo, e passou consideravelmente mais rápido se comparada as duas  aulas anteriores. Era o último intervalo antes das férias do último ano, mas a rotina de Soo e Baek fora a mesma. Ambos seguiram caminho até a quadra e ficaram boa parte do tempo fazendo comentários sobre suas vidas, e com certeza gastando boa parte do tempo fazendo comentários sobre o substituto de última hora. Enquanto o tempo corria, Chanyeol colava as páginas de alguns dos livros de Baekhyun, e Sehun era conivente do plano, mesmo discordando daquela idiotice.

 

- Hyung... Por que mesmo que você implica tanto com o Baekhyunnie? – Sehun que brincava com o pirulito na boca, o tirou para fazer mais uma de suas perguntas ao mais velho.

- Por que eu gosto...

- Gosta do Baekhyunnie? - Chanyeol percebeu a ironia de Sehun.

- Não. Santa demência! Gosto de implicar com ele - Chanyeol respondia no automático enquanto se melava todo, com a cola em suas mãos.

- Sabe o que eu acho? - Sehun perguntou rodeando misteriosamente o dedo na mesa do professor.

- Sei... Acha que eu curto rola, mas eu não curto, só a minha já tá de bom tamanho.

- Hmm... - Sehun contraiu os ombros como quem não ligava.

- Pronto, acabei. O sinal já vai bater, vamos sair. Depois a gente volta como se nada tivesse acontecido – Sehun fez que sim com a cabeça e os meninos deixaram a sala.

 

O sinal soou alto e não demorou até que os alunos voltassem às suas salas. As aulas seguintes foram as de matemática, química e sociologia. Baekhyun prestou atenção em todas elas, já que  estranhamente, agora Chanyeol parecia ter acalmado o fogo. Obviamente que não, Chanyeol apenas resolveu poupa-lo até a hora da saída, o que não demorou uma eternidade.

O último sinal tocou e todos os alunos correram das salas e ocuparam os corredores como fugitivos. Soo esperava o amigo colocar os materiais na bolsa, enquanto Chanyeol esperava por Baekhyun na porta da sala.

 

- Não foi embora por que, assombração? - perguntou colocando a bolsinha de canetas e lápis na mochila.

- Nada não... Só quero ter certeza de que vossa majestade não vai esquecer nenhum material – Chanyeol deu um sorriso largo, que provocou Baekhyun na mesma hora, o fazendo espremer o olhar contraindo as bolsinhas dos olhos.

- Chanyeol... Por que tá me esperando como se... Park Chanyeol... Você... - Baekhyun começou a conferir os materiais dedilhando-os por cima e contando os livros em sua mochila.

 

No canto da bolsa havia um livro de capa azulada, ele estava estranhamente colocado e as páginas pareciam mais espessas. O coração de Baekhyun gelou quando segurou o livro em mãos e percebeu que quase todas as folhas estavam coladas umas nas outras. O jovem tentou desgruda-las, mas pior ficavam, agora além de grudadas e amassadas, ainda estavam rasgadas. Os olhos de Baekhyun se enfureceram ao ver seu precioso presente totalmente danificado, e acabaram por se encher de lágrimas. Com ódio, o pequeno fitou o mais velho apoiado na porta, que bocejava despreocupado.

Chanyeol esperava pelo momento exato em que Baekhyun fosse surtar, e não demorou mais que um segundo. O garoto da porta sentiu uma onda de choques percorrer seu corpo jurando que Baekhyun havia lançado uma descarga elétrica em si. O maior ria das expressões do pequeno.

Como uma criança, Chanyeol apontava para o mais novo e batia palmas e mais palmas em meio as gargalhadas, ele não parou até notar que o que havia no olhar de Baekhyun não era só ódio, mas uma profunda mágoa envolta de tristeza. A risada do mais velho foi cortada pelas palavras de Baekhyun, que abandonou todo o material para trás e começou a correr atrás do maior com o livro em mãos.

 

 - Park... - Baekhyun respirou profundamente engolindo vagarosamente o próprio choro. - CHANYEOL... Eu vou te trucidar seu demônio! 

 

Chanyeol correu pelos corredores da escola sendo perseguido pelo pequeno e enfurecido Byun. Baekhyun correu até ficar suficientemente perto do mais velho, e assim que possível, Baek se desfez de um dos sapatos e o arremessou contra Chanyeol que por um descuido, e pelo tênis voador, tropeçou caindo em meio aos outros alunos. O pequeno se aproveitou da deixa e partiu para cima de Chanyeol no mesmo instante.

 

- Eu vou te matar seu infeliz – Baekhyun estava sentado por cima de Chanyeol e mais uma vez puxava as orelhas dele como quem as quisesse arranca-las definitivamente.

 

Chanyeol se acabaria de rir se não fosse pelas lágrimas que escorriam no rosto do mais novo e respingavam em seu rosto. Ainda havia uma considerável quantidade de alunos nos corredores e sua maioria estava envolta dos irmãos jogados no chão. Sehun e Kyung Soo se espremeram por entre os outros até chegarem em Baekhyun e Chanyeol. Soo puxou seu amigo de cima de Chanyeol enquanto pedia para ele parar com aquilo. Baekhyun resistiu e esperneou  como uma criança birrenta até que seu choro o fizesse perder as forças.

 

- Baek, Baek, para. A diretora vai te dar um esporro se souber que você tá dando outro show no último dia de aula por causa dele. Calma Baek - Soo ajudava Baekhyun a se erguer enquanto Chanyeol continuava no chão.

- Calma? CALMA SOO? Chanyeol estragou meu livro, Soo – Baekhyun virou-se ao amigo em seguida voltando a encarar Chanyeol. - Eu te odeio Chanyeol, te odeio com todas as minhas forças - sem pensar, Baek jogou o livro acertando Chanyeol no rosto.

 

Baek deu às costas ao maior sem ao menos olha-lo uma última vez. Chanyeol, ainda sentado no chão viu as costas do pequeno se afastando e logo uma mão surgira em sua frente. Sehun estendeu o braço e puxou seu amigo, o levantando. O maior limpava a traseira da calça enquanto era encarado pelo mais novo.

 

- Parece que dessa vez o Baek ficou meio puto – Sehun bufou, ajeitando os fios que fugiram do lugar quando o mais novo se dispôs a ajudar o amigo a se levantar.

- Não entendi, eu não fiz nada demais. Só colei os livros dele - dizia coçando a cabeça enquanto com o olhar no horizonte, tentava acompanhar a saída de Baekhyun do seu campo de visão.

- Hyung... – Sehun o encarava mais de perto. Sua cabeça foi tombada para o lado e Chanyeol retrucou.

- Eu sei, eu sei. Não vou fazer mais - disse revirando os olhos. As mãos de Chanyeol estavam escondidas no bolso do casaco vermelho e o pé direito de chutava o ar enquanto o maior mantinha a cabeça baixa.

- Não é isso. É que sua boca está sangrando – o dedo fino de Oh Sehun quase tocava a boca de Chanyeol no pequeno machucado em seu canto inferior direito.

- Aairsh. Droga - Chanyeol tateou a próprio lábio sentindo o pequeno volume do machucado.

- Ele te deu um soco?  - perguntou o mais novo enquanto caminhava com o amigo rumo à saída da escola.

- Não. Só tacou o tênis, me deu uma voadora, tentou arrancar minhas orelhas e depois o livro na minha cara - foi irônico ao responder Sehun.

- Ah sim, então tá suave – Sehun tirava sarro enquanto abria mais um de seus pirulitos. Ele ofereceria um à Chanyeol, mas supôs que o gosto ferroso do sangue não combinaria muito com o doce do pirulito.

- Vou te falar o que tá suave... 

- Tsc... - as mãos de Oh Sehun foram levadas aos bolsos da calça. Um sorriso atravessado se deu em seu rosto, Sehun trocou olhares com Chanyeol e logo os amigos se pegaram em meio a gargalhadas.

 

Chanyeol seguiu caminho até o bairro de casa acompanhado de Sehun. Eles combinaram de se ver no outro dia e cada um tomou seu rumo. Enquanto sozinho, Chanyeol pensava em Baekhyun. Pensou que talvez tivesse passado dos limites, mas por outro lado, aquele era só um livro, não teria motivos para o pequeno ter ficado com tanta raiva do irmão.

Os pensamentos em Baekhyun tomaram tanto a mente de Chanyeol, que sem que percebesse, já havia chegado no gramado de casa. Ele cruzou o jardim, enquanto ainda estava pensativo e automaticamente, subiu os quatro degraus da varanda e girou a maçaneta da porta. 

Não havia nenhum barulho em toda a casa, talvez as únicas coisas que fizessem algum som, eram os murmúrios de Baekhyun cobertos pelo travesseiro já úmido por conta das lágrimas. Chanyeol largou a mochila no próprio quarto e caminhou até a porta seguinte, que seria a do quarto do irmão. O mais velho bateu antes de entrar e ao abrir a porta foi surpreendido por um vulto indo em sua direção.

Baek havia arremessado um travesseiro bem no meio do rosto de Chanyeol.

Sem que dissessem uma palavra, Chanyeol deu as costas e Baekhyun correu atrás de seu travesseiro. Havia um mínimo molhado avermelhado no tecido e o choro de Baekhyun aos poucos passou, conforme ele encarava o tecido manchado e relembrava o momento de antes, as lágrimas iam secando e uma preocupação ocupava sua cabeça.

 

“Eu te machuquei? ” – pensou.

 

A porta do quarto de Baekhyun foi aberta pelo próprio que apertou os passos até o mais velho.

 

- Chanyeol, espera! – Baekhyun puxou o outro pela barra camisa antes que ele entrasse no quarto.

- Que... - relutou em dizer.

- Você... É um idiota – ainda de costas, Chanyeol levou a mão até a de Baekhyun que segurava a sua camisa com força.

 

As mãos maiores foram de encontro às pequenas e os dedos se cruzaram. Ambos os corações estavam acelerados e inesperadamente Baekhyun deixou que sua palma se encaixasse na do maior. Chanyeol segurou firmemente a mão do pequeno e aos poucos afrouxou o toque. Baekhyun devaneou pensando em também tocar o mais velho com a outra mão, mas hesitou ao ver a mão alheia se esquivar do toque.

 

- E você é doido – soou sereno e frio.

 

Foram as últimas palavras antes que Chanyeol deixasse Baekhyun e fechasse a porta do quadro.

O mais novo ficou alguns instantes paralisado na frente da porta fechada e sem entender exatamente o que estava acontecendo, franziu o cenho estranhando a própria atitude. Roboticamente se prestou a voltar ao próprio quarto, enquanto com a mão na testa refletia sobre a cena de segundos atrás.

 

"Deus, me ajuda aqui, rapidão. Eu tava mesmo segurando a mão do Chanyeol, certo?"

"E ele apertou a minha mão, não é? Eu juro que senti ele fazendo carinho... "

"Não, na verdade ele só queria se soltar... Baekhyun, você está ficando louco, bem louco."

"Vamos rever isso aí... "

"Chanyeol está me deixando louco." 

 

Baekhyun continuava envolto em seus momentos de reflexão enquanto seguia até o próprio quarto. 

No quarto ao lado, Chanyeol olhava seu reflexo no espelho e dedilhava o machucado na boca. Os olhos desviaram-se da boca e pararam na mão do garoto, agora encarando as próprias mãos se unirem como fizesse uma montagem mental de duas mãos distintas se cruzando. Os olhos voltaram-se ao espelho e um sorriso se mostrou ao notar que havia uma lágrima sem precedentes escorrendo pelo canto dos olhos e descendo na própria face.

 

"Eu estou ficando louco, definitivamente" - pensava, assim como Baekhyun.

 

Deitado na cama, Chanyeol remoía mentalmente o que havia feito mais cedo, e pensava mais ainda nas palavras de Oh Sehun.

 

"Gosta do Baekhyunnie?"

                              "Gosta do Baekhyunnie?"

                                                            "Gosta do Baekhyunnie?"

                                                                                          "Gosta do Baekhyunnie?"

                                                                                                                                            "Gosta do Baekhyunnie?"

 

- Baekhyun, sai da minha cabeça só um pouquinho. Por favor, deixa eu ser um adolescente normal que pensa em coisas normais e não no irmão mais novo... 

 

Chanyeol apertava o travesseiro no rosto enquanto urrava como um louco e se debatia na cama. Aah, os hormônios da juventude.

Angustiado, o menino ligou para Kyung Soo. Chanyeol tentou disfarçar a voz agitada e a preocupação com o irmão mais novo, entretanto, sabia que Soo as perceberia de qualquer modo. Isso é claro, se ele atendesse a chamada. Kyung Soo demorou a atender o telefonema e Chanyeol só faltou ir até ele atender a própria chamada, de tão agitado que se encontrava.

O jovem iria desligar quando finalmente foi atendido.

 

- Fala hyung - Soo finalmente respondeu.

- Soo, você demorou, tá ocupado? - perguntou o mais velho, assim que se impulsionou sentando-se na cama.

- Hun? Não, só fui falar uma coisa com o Nin... Jongin. O professor substituto, mas pode falar.

- Sei... Vocês se conhecem?

- Mais ou menos, mas fala logo – Soo não rendeu assunto e Chanyeol não se dispôs a perguntar como poderia conhecer uma pessoa mais ou menos, mas relevou, tendo em conta que algo urgente o preocupava, Baekhyun. - É sobre o Byun? – Soo continuou, perguntando secamente.

- Hmm... É! Ele falou alguma coisa? - a voz saia entre dentes como quem se forçava a fazer algo.

- Coisa do tipo?

- Não sei. Eu cheguei e ele estava chorando. O que ele falou do que eu fiz? - os dedos longos de Chanyeol se embolavam nos lençóis em busca de distração enquanto aguardava a resposta.

- Nada. Nem precisa. Hyung, com todo respeito, mas você é meio demente né! Aquele era o presente do falecido pai do Byun – o coração de Chanyeol gelou assim como suas mãos e um calafrio se deu em sua barriga.

- Aish, fiz merda - Chanyeol escorria a mão pela própria face enquanto revirava os olhos. O maior se jogou de volta à cama levantando, em seguida abaixando as pernas, fazendo com que seu corpo se movimentasse naquela cama de casal.

- Pois é, fez, e fez bonito. Mas pelo que bem conheço de Byun Baekhyun, é só esperar um tempo que ele vai te perdoar.

- Como? Quando? - perguntou se virando de barriga para baixo e apertando o travesseiro em seus braços.

- Como? Chanyeol, faça-me o favor, você já foi mais inteligente. E quando... Quando a mágoa dele passar.

- Hmm... - a cabeça enterrada no travesseiro assentia.

- Ow, você devia falar com ele depois. Pedir desculpas, quem sabe - sugeriu Soo após alguns breves segundo de silêncio.

- Eu tentei, mas ele jogou um travesseiro na minha cara - Chanyeol encarava o telefone emburrado como uma criança de cinco anos, conversando com a imagem de Kyung no visor da tela.

- Só isso? - indagou.

- Não, depois ele veio falar comigo... E eu chamei ele de doido.

- Hyung, assim não dá pra te defender. Tenta não fazer besteiras nas próximas vinte e quatro horas e depois me fala se deu certo.

- Oh! Obrigado Soo.

- Não é por você, é por vocês - as sobrancelhas de Chanyeol foram levantadas acompanhadas de um abaixar do queixo, deixando-o boquiaberto.

- Como? Soo... Alô? Droga... – Soo desligara a chamada deixando Chanyeol ainda mais confuso.

 

Depois do telefonema restou para Chanyeol tomar banho e dormir sem ao menos almoçar.

 

♚♔♚

 

O jovem acordou no final daquela tarde e a primeira coisa que fez foi ir até a cozinha em busca de comida. Chanyeol preparava seu lanche quando esbarrando na torradeira lembrou de mais cedo quando roubou de Baekhyun uma torrada. O jovem sentiu o gosto da torrada novamente em sua boca. Mais que isso, sentiu o sabor da lembrança de Baekhyun tomando café da manhã em frente a si, ele parecia tão radiante naquela manhã, e agora todo mimoso no quarto.

Ultimamente Baekhyun estava ocupando a cabeça de Chanyeol em quase cem por cento do dia, e quando se deu conta, lá estava o maior em frente ao quarto do irmãozinho. Chanyeol abriu a porta calmamente sem que fizesse muito barulho, e tendo em vista que nenhum objeto voador havia o acertado, caminhou até a cama onde Baekhyun descansava. O menor também havia dormido após algumas lágrimas terem transbordado de seus olhinhos.

 

Baekhyun parecia estar envolto em outro de seus pesadelos quando Chanyeol se sentou ao lado da cama. O mais novo estava no mais profundo sono quando os sentimentos de Chanyeol saíram de seu coração e traçaram rumo à boca do maior.

 

- Baek, me desculpa. Eu não queria ter estragado um presente do seu pai. Eu juro que não lembrava que era do seu pai... Não sabia que era especial pra você.  

- Chan... Chanyeol... - clamou em meio ao delírio do sono. Chanyeol sorriu como num sopro, dando sequência ao desabafo.

- Olhando de perto você não parece tão doido – “de perto fica ainda mais lindo”, ecoou na mente do mais velho.

 

Com o indicador, Chanyeol retirou alguns fios que cobriam a testa de Baekhyun e selou ali com delicadeza.  O mais velho nunca havia se aproximado de Baek daquela maneira, e isso mexia com seu interior de certa forma. Chanyeol fitou os lábios de Baekhyun os desejando, mas sabia que tornar seus pensamentos em realidade era errado, considerando que ele era seu meio irmão.  

A lembrança de uma caixa veio na mente do garoto. Imediatamente Chanyeol correu até seu quarto tirando de baixo da cama uma caixa velha com dezenas de livros infantis. Por que ele tinha aquilo? Porque por mais descompensado que parecesse, aquele garoto era uma pessoa secretamente amorosa, todos os livros ali eram parte de um projeto pessoal, onde o próprio se dedicava a ler para as crianças de um lar adotivo. Sendo assim, não foi difícil achar aquele livro de Baekhyun. Era uma edição mais antiga, o livro já não estava novo, mas tinha seu valor. Além disso, era especial para ele.

Chanyeol voltou ao quarto do mais novo com um sorriso no rosto e encarou o corpo de Baekhyun jogado na cama. Os dois irmãos tinham uma mania em comum, ambos dormiam e os olhos por vezes ficavam parcialmente abertos, o que fazia com que um sempre entrasse no quarto um do outro para conferir se eles estavam bem, isso secretamente. Baekhyun jamais fora pego por Chanyeol, e a recíproca é verdadeira.

Estranhamente, Baek estava com os olhinhos quase fechados, e Chanyeol por sua vez logo os fez fechar. O maior pôs o livro na cabeceira da cama de Baekhyun e sentou-se novamente ao lado do pequenino que estava todo encolhido. Os indicadores de Chanyeol tocaram nas pálpebras do irmão, e as desceu. O mais novo estava salvo de acordar com os olhos vermelhos e secos; E Chanyeol sorria por isso. O maior encarava o outro repensando sobre seus sentimentos com relação a ele, ainda tendo auto-questionamentos de aquilo ser certo ou errado.

Chanyeol adormeceu enquanto secretamente admirava os traços delicados do rosto de Baekhyun.

Passaram-se alguns minutos até que o dono do quarto despertasse. A cama de casal estava devidamente ocupada por dois, Chanyeol havia adormecido ao lado de Baekhyun sem que desse conta, e quando menor acordou o susto foi inevitável. Baekhyun saltou para trás caindo da cama e fazendo o barulho que despertara Chanyeol.

O maior abriu os olhos procurando a fonte do barulho e tudo que viu foi uma cama vazia. Poucos segundos se passaram e os dedinhos de Baekhyun se mostraram. Eles seguravam a beira da cama dando apoio para que o pequeno se levantar. Logo, Chanyeol era capaz de ver os olhos enraivados do outro.

O mais novo saltou para perto de Chanyeol e puxando pela orelha, ia levando o maior para fora do quarto, quando foi surpreendido pelo maior. Chanyeol inverteu as posições colocando Baekhyun em seus braços o segurando por trás. Baekhyun reagiu fazendo escândalo, com isso Chanyeol foi obrigado a cobrir a boca do pequeno birrento.

 

- Você parece uma cabrita...  - soou a voz rouca do recém acordado. - Eu vou soltar quando você parar de berrar.

- Hmmm... – Baekhyun se debatia enquanto era preso nos braços de Chanyeol.

- Aaai, cachorro – Baek havia mordido a mão de Chanyeol, que logo o soltou.  

- Sai do meu quarto, anda... Você tem dois segundos pra sair - Baekhyun apontava para aporta com o indicador, fitando o maior.

- Espera, Baek, eu vim me desculpar. 

- Sério mesmo? Você? Se Desculpar? Conta outra, Chanyeol.  O que você quer aqui? O que quebrou dessa vez?  

- É sério Baek, desculpa por eu ter falado aquelas coisas com você. E também por ter estragado seu livro - Baekhyun não processou as informações corretamente. Sua cabeça e seu coração divergiam em opiniões, enquanto sua mente lhe dizia para expulsar Chanyeol o mais breve possível, seu coração se amolecia, ainda sem entender o que era toda aquela explosão de sentimentos, todos confusos e emaranhados como em uma cama de gato. Entretanto, a voz da mente falou mais alto do que a de seu coração.

- Hm... Acabou seu tempo - Baekhyun expulsou o mais velho do quarto o empurrando até que a atravessasse por completo a divisória entre o quarto de Byun e o corredor.

 

Baekhyun fechou a porta apressado e com as costas coladas na estrutura de madeira, se apoiou. As mãos do menino foram levadas ao peito que subia e descia desordenadamente, checando seus altos batimentos cardíacos, em seguida pôs a mão na boca ainda sem entender o que estava acontecendo seu coração. Entretanto, outros pensamentos tomaram sua cabeça.

 

"Ele pediu desculpas. ... deve estar delirando. ... Tsc, idiota, pensa que eu sou trouxa. Com certeza que quebrou algo."

 

Desesperadamente, Baekhyun procurou por algo fora do lugar. Baek abriu tantas gavetas quanto possível, se fez de ponta-cabeça para olhar em baixo da cama, e abriu e fechou novamente as portas do armário até que enfim encontrou as únicas coisas que estavam fora do lugar naquele quarto. A primeira coisa, era o livro de capa surrada, mas que ainda era possível ler o seu título “O Pequeno Príncipe”, a segunda era ele próprio. Graças a Chanyeol, Baekhyun estava perdido em seus próprios sentimentos e pensamentos.

 

Byun, tomado pelo sangue da juventude, não pensou duas vezes até que aparecesse na porta de Chanyeol batendo incessantemente.

 

- Park Chanyeol, abre essa porta – berrava enquanto batia na madeira como a mesma intensidade das batidas pulsantes e agitadas em seu coração.

- Que?  - resmungou.

- Me explica isso – Baekhyun apontava o livro próximo do rosto do maior.

 

Chanyeol deixou a porta aberta e sentou-se na cama, tendo em vista que os questionamentos de Baekhyun poderiam se tornar demorados e talvez infinitos, ao passo que seria demasiadamente cansativo ficar de pé e ouvi-lo tagarelar. Ele estava certo. Baekhyun não pararia até obter suas respostas.

 

- Já disse Baek – começou a responder o questionário, ainda sentado na beira da cama. - É meu pedido de desculpas. 

 - Não. Você aprontou alguma coisa, o que foi dessa vez? – Baekhyun bateu com o livro sobre a cama se aproximando do mais velho. Havia dois palmos de distância entre os rostos e Chanyeol se incomodou com aquilo, se levantando assim que possível.

- Não.  Eu não fiz nada - empurrou a cabeça de Baekhyun espalmando o cenho do menor.

- Claro que fez – o pequeno seguia Chanyeol pelo quarto, que não era o maior de todos, mas parecia infinito aos incontáveis passos que o dono do quarto dava tentando se afastar do mais novo. - Por que você seria gentil comigo, se passou esses anos todos me odiando? 

- Não sei Baekhyun.  Você me irrita – o maior respondia com as mãos cobrindo o rosto e as movimentando desordenadamente.

 

Na cabeça de Chanyeol, as frases “Sai daqui cria de Satanás”, " Cala a boca, pelo amor de Deus", "Para de me seguir, pedaço de gente" , se repetiam incessantemente enquanto era perseguido por aquele pequeno Byun. Porém o que causava temor em Chanyeol não era Baekhyun em si, mas sim, sua presença tão próxima.

 

- EU? O que eu fiz pra você garoto?   - ele questionou para as costas de Chanyeol. O maior em seguida virou-se para Baekhyun e ameaçou segurar o rosto pequenino em suas mãos, mas hesitou contraindo os dedos, fechando o punho e engrandecendo os olhos enquanto mordia os lábios superiores com força,  ao ver os orbitais trêmulos do outro.

- AAh! Você existe – desabafou. Chanyeol respirou profundamente enquanto falhamente tentava se controlar.

- Que? Ficou doido?  Qual é seu problema, Chanyeol?  - Baekhyun não parava de falar e o mais velho precisava tomar uma atitude.

 

Chanyeol puxou o menor pela parte de trás da camisa e o expulsaria, mas Baekhyun resistiu. A disputa terminou quando o barulho de dois, dos primeiros botões, sendo quebrados, ecoou no quarto juntamente com o barulho de rasgar do pijama de Baek.

 

- Só saio quando me contar a verdade – Baekhyun continuava.

 

Agora de cabeça baixa e lágrimas seguras no canto dos olhos, Baek olhava para baixo, mais precisamente, para seus botões arrebentados por Chanyeol. Aqueles botões eram como o coração do menino, perdidos em pedaços e tudo culpa de Park Chanyeol.

 

- Eu acho que gosto de você... – um breve sorriso se deu no rosto de Baekhyun que ainda sem erguer a cabeça, ria de nervoso. Chanyeol continuou. -  Feliz?  Já pode se retirar por favor?

- Chanyeol, não brinca comigo assim – as risadas sem graça continuavam. 

- Para de rir e sai, eu tô te pedindo com educação agora. Sai, por favor - era a vez de Chanyeol indicar o caminho de saída de Baekhyun.

 

O maior seguiu até a porta e a abriu instruindo o caminho que Baekhyun deveria tomar, mas o menor continuou parado na mesma posição imutável.

 

 - Você é um completo imbecil, como você fala uma coisa dessas? – dizia Baekhyun cobrindo os olhos que mais se assemelhavam a torneiras quebradas, que entristeciam os orbres radiantes do menino Byun.

- Você queria ouvir a verdade, ouviu. Já pode ir agora.

- Não vou, porque é mentira – a cabeça do menor foi erguida e finalmente Chanyeol pôde notar suas lágrimas e seu rosto rubro pelo sangue que queimava na cabeça e coração de Baekhyun. - Por que você tá falando isso? Prova que é verdade e que não é mais uma de suas brincadeiras idiotas.  

- Baek, sai! – Chanyeol pediu novamente, agora deixando a porta e caminhando até o mais novo.

- Me prova que é verdade, Chanyeol! – a voz trêmula fraquejou ao notar que o outro vinha em sua direção.

- Baekhyun... É sua última chance.

 

As mãos de Chanyeol se aproximavam do rosto pequeno de Baekhyun, mas não só elas. Park também estava com o corpo próximo ao de Baek. A diferença de altura fazia com que o maior tivesse que se curvar e erguer o rosto do outro para poder encara-lo mais profundamente.

 

- Não vou sair – murrinhou Baekhyun com a voz manhosa.

- Por que?  - Chanyeol alternava os olhares entre a boca e olhos mareados do pequeno em sua frente. Era difícil escolher para onde olhar, os olhos mareados brilhavam ainda mais lindamente por conta das lágrimas, mas a boca rosada de Baekhyun, trêmula e umedecida fazia Chanyeol perder os sentidos.

- Antes de sair eu preciso ter certeza de uma coisa – Baekhyun fitava Chanyeol com ternura no olhar e agora com os lábios pressionados, indicando que ele estava claramente ansioso. Quanto mais próximo, mais seu coração acelerava, ao ponto de pensar que a qualquer instante ele sairia pela própria boca.

- Certeza... De que eu gosto de você? – perguntou Chanyeol com a voz grave fazendo com que os pelos de Baekhyun eriçassem. Os olhos daquele pequeno ficavam cada vez mais pesados, assim como os de Chanyeol.

- Não... Certeza se eu gosto de você - soou a voz calma de Baekhyun. Os dedos de Chanyeol já brincavam pela face macia do mais novo, enquanto este se dava por vencido naquele jogo.

 

O corpo do mais novo não estava mais sobre seu controle e Chanyeol percebeu que aquele seria o momento certo para acabar com todas as suas dúvidas.

 

- Baek... Eu realmente gosto de você - um calafrio percorreu a espinha do pequeno e o coração de Chanyeol se fez aliviado, como quem tirava muitas toneladas de sentimentos de suas costas.

 

O sorriso de Chanyeol foi breve. Seus lábios logo se ocuparam tomando os de Baekhyun para si. Chanyeol puxou o menor para mais perto, e Baekhyun correspondeu deixando que Chanyeol fizesse proveito de seus lábios finos. A barriga dos meninos contraía por conta das novas sensações. As famosas e tão faladas borboletas no estômago eram explicadas por uma carga de hormônio despejada em seus corpos. E aquilo era deliciosamente proveitoso.

Chanyeol desceu a mão destra até a cintura do pequeno e o acariciou, por vezes apertando aquelas saliências que o pequenino tinha para si. Baek, afogava todo o seu ódio nos lábios de Chanyeol, que por vez, insistia em capturar os do mais novo. Byun tentava recuperar o ar de instantes em instantes, mas logo vinha Chanyeol e fazia com que ele o perdesse por completo novamente.

O estalo dos selares eram acompanhados pelos gemidos baixos e envergonhados do mais novo. Esses pequenos ruídos faziam com que Chanyeol esquecesse tudo ao seu redor, já que a única coisa que lhe era de interesse, era Baekhyun e os pontos que o faziam vibrar diante de si. As mãos agitadas do mais velho, desceram até chegar na lombar do outro, e assim ficaram por um longo tempo, acariciando e arranhando com as poucas pontas de unha, mas que eram suficientes para fazer o corpo do irmãozinho se estremecer a cada fincada que Chanyeol deva em suas costas, enquanto o puxava para perto.

Quanto mais carinho Chanyeol fazia, quanto mais provocava, mais Baekhyun gemia prazerosamente aos pés dos ouvidos do maior.

O ósculo se tornava intenso. Baekhyun não estava satisfeito em ter somente os lábios do maior, ele desejava cada vez mais, seus toques, e Chanyeol, percebendo a agitação do pequeno, o acariciou como devido. Dois dos dedos de Chanyeol puxaram a barra da calça de Baekhyun, logo abaixo da lombar, e as mãos avantajadas se encontraram por entre a calça do pijama de Baekhyun fazendo um primeiro contado com a pele alva e acetinada do bumbum alheio.

 

- Ch-Channie... – Baekhyun clamou pelo mais velho enquanto mantinha em meio aos falanges, os fios negros do maior.

 

Baekhyun sentiu novamente aquele frio na barriga e puxou os fios de Chanyeol, que retribuiu apertando ainda mais as mãos na região traseira de Byun. Com o impulso, Baek se pôs na ponta dos pés diminuindo a diferença de altura. Chanyeol então soltou-se dos lábios do menor e desceu as mãos até as coxas salientes do menino, fazendo com que Baekhyun fosse erguido e encaixado em sua cintura. Baek se movimentava roçando sua região pubiana contra a barriga de Chanyeol, tendo por consequência um contato indireto do membro de Chanyeol com as partes traseiras do menino em seu colo.

 

- Baekkie, não faz assim...

- Assim como? – novamente Chanyeol teve seus cabelos puxados enquanto Baekhyun sussurrava indecências em seus ouvidos.

- Não provoca, Baek.

- Eu te provoco de alguma forma, Channie? – Baekhyun apertou um pouco mais as pernas ao redor do corpo de Chanyeol, impulsionando-se contra a pélvis do maior e mordiscou o lóbulo alheio. A voz de Baekhyun seguiu manhosa acompanhada de uma risada do próprio e um gemido, agora vindo de Chanyeol. – Você também me provoca, Chanyeol... Hihi...

 

O maior caminhou com o pequeno em seu colo, o colocando devidamente centralizado na cama e sentou-se sobre seu colo, decidido a provoca-lo ainda mais. Chanyeol impulsionou o corpo contra o de Baekhyun, fazendo com que o menor se deixasse ser deitado. Park segurava os fios de Baekhyun e bastou um leve puxar naqueles fios castanhos para ele fechar os olhos e abrir a boca em busca de mais.

Dois dos botões não estavam mais lá, mas ainda restavam alguns a serem desabotoados. No colo de Baekhyun, Chanyeol desfez os abotoados, enfim abrindo a camisa do pequeno e deixando à mostra seu peito desnudo, mas sem se desfazer do pijama. Chanyeol se endireitou sobre Baekhyun e traçou uma linha imaginária com o indicador descendo da boca e rumando sua barriga. As mãos maiores foram levadas à cintura fina do menino abaixo de si. Chanyeol as apertou e como consequência ganhou a visão de um Baekhyun se contorcendo enquanto arqueava as costas e puxava os tecidos da cama, já desarrumada.

Chanyeol deixou selares delicados na boca de Baekhyun, logo descendo ao ombro direito do pequeno. Chanyeol mordiscou e sugou toda aquela região marcando o pescoço de Baek com sua boca sedenta. Em seguida, desceu ao peito do pequeno; As auréolas rosadas e enrijecidas excitavam aquele que logo se dispôs a brincar com os mamilos do mais novo.

Os chupões seguiram caminho até os mamilos salientes de Baekhyun. A língua de Chanyeol rodeava as protuberâncias as deixando ainda mais ardentes. Enquanto o maior ocupava a boca em um, brincava com os dedos rodeando o outro mamilo do pequeno.

Chanyeol maldosamente se afastou e deixou que Baek brincasse sozinho, enquanto era admirado pelo maior. A barriga do pequeno se movimentava contraindo e relaxando consecutivas vezes denunciando os anseios do mais novo. Ele ainda mantinha os olhos fechados quando soltou os tecidos da cama e levou a própria mão para dentro de seu pijama azulado e detalhado com desenhos lúdicos.

 

- Baekhyun, você tá se tocando? – perguntou Chanyeol, agora sentado entre as pernas de Baekhyun, ainda o observando se masturbar por baixo da calça.

- Channie... me ajuda – implorou ao mais velho.

 

Chanyeol sorriu levado. O maior apertou a mão por cima do tecido, no membro de Baekhyun, que de imediato murmurou seguido de um gemido agudo. O sorriso de Chanyeol se engrandeceu ao notar que conforme sua mão se movimentava, mais gemidos vinham de Baekhyun. Já era hora de um contato mais direto quando o maior colocou as mãos por dentro da calça de Baek. Chanyeol sentiu os pelos pubianos do outro e em seguida seu membro melado com o pré-gozo.

Sem pressa, Chanyeol puxou a barra da calça de Baekhyun e continuou a movimentar a mão no membro do pequeno. Ainda brincando com ele, Chanyeol colocou sua mão esquerda por dentro da própria calça e começou a se tocar homenageando o pequeno que gemia abaixo de si, e sem que percebesse, Baekhyun acabara por estar com as pernas abertas para o mais velho.

Chanyeol não pensou duas vezes em soltar o próprio membro e ir em direção ao do menor. As mãos aceleradas percorriam a extensão do membro de Baekhyun, pouco menor se comparado ao de Chanyeol, o provocando espasmos. A glande inchada de Baek deixava por si escapar aquele líquido esbranquiçado que provocava o outro despertando sua sede de Byun.

 

- Channie... – Baekhyun chamava baixinho, seus olhinhos fechados e suas expressões provocativas cativavam ainda mais o maior a pecar.

 

Chanyeol mal percebeu o momento exato em que levou a própria boca em direção à glande do mais novo. Baekhyun balbuciou palavras as quais Chanyeol jamais ouviria, já que nem o próprio Baekhyun conseguia se compreender naquele momento. Seu membro estava sendo sugado vagarosamente pelo seu dito irmão mais velho, enquanto o mesmo dedilhava sua fenda traseira.

Baekhyun sentiu prazer ao ter sua glande engolida por Chanyeol, mas prazer maior foi o de quando um dos falanges de Chanyeol penetrou delicadamente o botão apertadinho de Baekhyun. Era possível ouvir de uma distância considerável, o menino gemendo com o que era uma mistura de dor e prazer.

 

- Channie, por que você... Você... Tá fazendo isso comigo? – soou baixo. As falhas na fala de Baekhyun se deram devido à falta de forças e prazer exacerbado.

- Por que eu quero te ver gemendo de prazer, igual nos meus sonhos – Baekhyun sorriu ao ouvir a voz rouca e sapeca se confessar. Aproveitando-se do sorriso de Baek, Chanyeol adentrou mais dois de seus dedos em seu buraquinho.

- Aaanh... Chaan... – a voz baixa de Baek indicava as estocadas dadas pelos dedos de Chanyeol que iam e vinham rodeando, abrindo e fechando como as pontas de uma tesoura no interior do menor, dando a prévia do que estava a caminho.

- Posso? – perguntou Chanyeol enquanto retirava calmamente os dedos do interior de Baekhyun.

- Uhum... Deve – Baekhyun brincou num tom provocativo.

- Então, vem aqui - Chanyeol sentou-se na cama e Baekhyun foi puxado de encontro a seu colo.

 

Ainda desajeitados pela falta de experiência, Chanyeol se posicionou na entrada de Baekhyun. O menor encarou Chanyeol com um sorriso apertado e uma expressão levada enquanto mantinha os olhos bem abertos, sobrancelhas levantadas e uma expressão divertida que por si já bastava como um “E agora, como faz? ”. Baekhyun estava parcialmente corado e ao sinal de Chanyeol, o menor desceu o quadril ainda desajustado, levando seu bumbum em direção ao membro rijo de Chanyeol.

 

- Aiin... - Baek protestou com a dor, fechando os olhos em seguida.

- Calma, Baek. Vai passar, é rapidinho – Chanyeol se ajeitou na cama ajudando Baek a se posicionar melhor.

- Hmm... Hmm... – a frequência e o volume dos gemidos de Baekhyun aumentavam a cada centímetro que Chanyeol  introduzia no garoto.

 

As mãos de Baekhyun apertavam os ombros deixando ali uma marca feita pelas unhas afeminadas do mais novo.

 

Finalmente Chanyeol estava por completo dentro de Baekhyun, que com os olhos fechados se manteve enterrando a cabeça na concavidade do pescoço do mais velho, aguardando que Chanyeol se movimentasse. A respiração de Baekhyun era controlada, mas logo se tornaria a mais desordenada de todas.

 

- Já posso ir? – Baekhyun perguntou tendo como resposta um selar e um piscar dos olhos amendoados de Chanyeol.

 

Baekhyun começou a se movimentar com suas idas e vindas no colo do outro. Ele dançava sobre Chanyeol com maestria, porém lentamente devida dor inicial, e conforme se acostumava com as proporções avantajadas de Chanyeol entrando e saindo de si, o menino dava velocidade aos movimentos. Chanyeol já se sentia mais confortável em começar novamente com as provocações, quando roçou as unhas nas coxas volumosas de Baekhyun, o que fez o menino arquear as costas tendo por consequência uma penetração mais intensa.

Os movimentos de Baekhyun se tornavam frenéticos e as provocações entre os dois continuavam. Chanyeol apertava o bumbum de Baekhyun, o mais novo retribuía forçando-se contra o membro de Chanyeol. Baekhyun puxava os fios de Chanyeol, o mais velho retribuía mordendo os lábios de Baekhyun enquanto o masturbava seguindo o rumo frenético o qual, com os movimentos, fazia a cama ranger ecoando no quarto silencioso.

Baekhyun e Chanyeol ritmavam as estocadas desenfreadas até que o menor começasse a se desfazer. Chanyeol manuseou o brinquedo de Baekhyun rodeando a mão em sua glande, dedilhando a fenda e logo abraçando o falo do menor com os dedos. O barulho provocado pelas estocadas ecoava juntamente das respirações pesadas e ofegantes.

O interior de Baekhyun se contraía ao ter a próstata socada consecutivas vezes pelo pênis inchado do mais velho, que por vez aumentava o ritmo da masturbação alheia. Não demorou até que a barriga de Chanyeol fosse molhada pelos jatos aquecidos e esbranquiçados que Baekhyun fazia jorrar.

Baek amoleceu por um instante, mas logo voltou a se movimentar até que Chanyeol também alcançasse seu orgasmo.

 

- Quentinho... – falou assim que recebeu dentro de si todo o gozo de Chanyeol. Seu corpo se contraiu pelas últimas vezes e completamente sem forças fechou os olhos, e cruzou os braços ao redor de Chanyeol, se apoiando.

- Você também é quentinho por dentro – sussurrou o maior no ouvido do quase adormecido Baekhyun.

 

Chanyeol deslocou Baekhyun na cama o deitando ao seu lado.

A traseira do pequeno ardia como se tivesse sido queimada, e Chanyeol sabia que aquilo poderia ser doloroso, então se dispôs cuidar de Baekhyun.

O menor encarava Chanyeol com carinho e o maior retribuía o zelo brincando com os fios da franja de Baekhyun.

 

- Não sai daqui, só vou pegar uma coisa – Chanyeol caminhou sem pudor até o guarda-roupas, onde pegou alguns lençóis e levou até a cama.

- Que bumbum bonito, Channie – Baekhyun riu sapeca abraçado a um travesseiro enquanto apreciava a vista desnuda de Chanyeol indo e voltando para a cama.

- Só meu bumbum é bonito é? – questionou enquanto puxava o lençol da cama. Baekhyun rolou na superfície sem que saísse da cama enquanto o maior retirava os tecidos sujos.

- Não, suas orelhas também são – disse o menor sentando-se na cama.

 

Chanyeol riu como num sopro, em seguida jogou um dos lençóis por cima de Baekhyun o cobrindo por completo e o agarrando.

 

- Sério, senhor fantasma? Achei que você não gostava delas, já que sempre tenta arrancar elas de mim, quando a gente briga.

- Só faço isso quando eu fico com muita raiva... Mas eu até gosto delas, Channie – Baekhyun descobriu o lençol no rosto até a altura dos olhos. - Delas e de você também... - Baekhyun riu e logo voltou a se cobrir com os tecidos acinzentados.

 

Em um rompante, Baekhyun puxou o braço de Chanyeol, o colocando em volta do próprio corpo. Os corpos nus se entrelaçaram embaixo dos lençóis e assim ficaram até que ambos caíssem em sono. Baekhyun foi o primeiro a fechar os olhinhos e apagar, seguido de Chanyeol, que esperou até que o pequeno dormisse para que pudesse fazer o mesmo. Ele precisava ter a certeza de que aquilo era real,  certeza de que Baekhyun ronronando em seus braços não era mais uma de suas fantasias secretas.

 

♚♔♚

 

O tempo correu enquanto os meninos dormiam. Várias horas se passaram até que Baekhyun finalmente acordasse.

 

Já era noite quando os olhos do jovem Byun se dispuseram a abrir. Sua primeira visão foi a de um menino de proporções bem maiores que as de Baek. Aquele era um menino bonito, o cheiro dele era agradável e seus olhos fechados cobertos pela franja negra e repicada era como a visão de uma obra de arte classicista.

Como uma criança Baekhyun esticou seu indicador de encontro às bochechas de Chanyeol. Ele revezava o toque entre a direita e a esquerda até que o mais velho fosse despertado.

 

- Baekhyun... Já deu né – Chanyeol resmungou. Em seguida apertou Baekhyun em seus braços impedindo que o pequeno continuasse com a brincadeira.

- Channie... Posso ter perguntar uma coisa? – Chanyeol confirmou com a cabeça. O movimento fazia seu queixo roçar na cabecinha de Baekhyun, com isso o cheiro dos fios do menor, entravam pelas narinas de Chanyeol. Era indescritível, e imensurável como ele amava o cheirinho de Baekhyun.

 

Os cheiros do amado perderam atenção de Chanyeol quando as palavras de Baekhyun foram soltas no ar, entregando aos ouvidos de Chanyeol uma pergunta que antes ele responderia com uma eterna negação.

 

- Você já se tocou pensando em mim? Você já sentia alguma coisa por mim antes? – perguntou Baekhyun, logo erguendo o pescoço em busca do olhar de Chanyeol, mas os olhos do mais velho ainda estavam fechados e aquilo incomodava Byun.

- Eu sempre pensei em você... Não só te homenageando, eu passava o dia pensando em você... Só não queria aceitar meus sentimentos – um sorriso tomou posse do rosto de Baekhyun que se movimentando conseguiu soltar seus braços do afago de Chanyeol.

- Por quê? – Baekhyun levou novamente os indicadores ao rosto do maior, dessa vez, abrindo seus olhos e fazendo com que Chanyeol o encarasse. Baekhyun esperava pela resposta enquanto se apoiava no peito de Chanyeol. O menino brincava de fechar e abrir as pálpebras do mais velho ainda com os indicadores.

- Yah! Para com isso, chatice – Chanyeol segurou os pulsos de Baek impedindo que ele continuasse a brincar com seus olhos.

- Paro não... E me responde logo.

- Medo. Eu tinha medo – Baekhyun se fez surpreso e cobriu os olhos de Chanyeol assim que se soltou novamente.

- Medo de que? -  a cabeça do pequeno foi tombada e apoiada no tórax do mais velho. Baekhyun mexia as mãos desordenadas no rosto de Chanyeol, implicando.

- De não ser correspondido – Chanyeol bagunçou os fios da franja de Baekhyun enquanto o menor o fitava com um sorriso envergonhado.

- Eu tinha medo também. Sempre achei que você não gostasse de meninos – a brincadeira de quem bagunçava mais o cabelo alheio continuou, até que Chanyeol desse um rumo sério para a conversa.

- Não confunda as coisas. Eu nunca gostei de meninos, nem vou gostar – Baekhyun parou a brincadeira e de cenho franzido encarou o maior deitado abaixo de si. Chanyeol continuou. - O único menino que me interessa é você, não ficaria com ninguém que não fosse você – Baekhyun novamente se fez surpreso com a resposta de Chanyeol e logo voltou a agitar as mãos nos cabelos negros.

- Você é um idiota, sabia?

- E você é outro - o pequeno, furtara um selinho de Chanyeol.

- Besta... Channie, sabia que eu não te odeio de verdade? Por mais idiota que pareça, eu até gosto de ver você implorando por atenção.

- Mas eu nunca implorei por atenção...

- Chanyeol, larga de ser mentiroso. No primeiro dia que eu vim morar com vocês, você ficou gritando meu nome um tempão igual um louco. Eu achei que você tava morrendo seu infeliz, e quando cheguei no quarto, você disse que não era nada. Eu pausei um anime  super importante, na melhor parte do episódio achando que você ia morrer a qualquer momento, mas não, você só sorriu e me mandou ir embora. Essa foi a primeira vez que eu quis te matar.

- Credo. Tá vendo, você que sempre foi um pirralho das trevas – implicou.

- Cala a boca - novamente Baekhyun de dispôs a capturar os lábios de Chanyeol, dessa vez mordendo um pouco mais forte.

 

Um gosto ferroso se deu na moca do pequeno, um flash de memória veio em sua mente e ele se lembrou do machucado que havia feito nos lábios de Chanyeol. Era pouco, mas sem que desse tempo para o maior reclamar, Baekhyun encheu o irmão de selares delicados, como uma mãe que beija o machucado do filho para sarar mais de pressa.

Chanyeol retribuiu as carícias enquanto tateava as costas desnudas do mais novo. Sua mente vagava pensando o quão surreal era aquele momento, quando uma memória antiga latejou em sua cabeça.

 

- Mas sério, sabe por que eu te chamei?

- Óbvio, pra me fazer passar raiva – dizia batucando o peito de Chanyeol com as mãos.

- Não... Eu tinha visto uma flor bonita no jardim da casa do Sehun e ela me lembrava você. Toda delicada, com as pétalas macias, mas tinha espinhos pequenininhos no talo dela, ela era única igual sua personalidade estranha. Então eu guardei a flor pra te entregar. Eu chamei você pra isso, mas depois que já tinha chamado, fiquei com vergonha quando lembrei que Sehun achou que isso seria muito gay. Ele ficou todo estranho quando eu disse que era pra você, então eu deixei pra lá... Mas eu ainda guardo a flor, se você ainda quiser.

- Como? Ela não morreu? – as batucadas cessaram.

- Aham... Ela secou dentro daquele livro que eu te entreguei hoje, mas ela ainda é bonita, mesmo estando velhinha e seca.

- Eu não sabia disso, por que não me falou antes?

- Já disse, é porque eu tinha medo, mas agora não tenho. Agora eu quero ter você pra sempre – Chanyeol puxou o rosto de Baekhyun pelas bochechas e selou os lábios do mais novo que faziam uma espécie de ‘peixinho’ deformado.

- Sei... Do jeito que você é, deve estar pensando a próxima coisa que vai aprontar, isso sim – Baekhyun ameaçou se levantar e logo fora puxado de volta por Chanyeol.

- Hurrum, estou mesmo. Vai começar aqui e terminar no chuveiro, e você vai gostar. Vêm, vamos tomar um banho...

 

Baekhyun foi puxado para fora da cama e indo na frente de Chanyeol, foi usado como um tipo de muletas.

 

- Sáaai demônio, você é pesado. Sabia? – o menor reclamou com o peso que Chanyeol fazia enquanto se apoiava em suas costas.

- Shiiiiu, reclama não, que eu coloco mais peso.

 

Chanyeol seguiu caminho até o banheiro se escorando no pequeno Baekhyun, dando os devidos cuidados e atenção ao mais novo, enquanto tomavam banho juntinhos. Cuidados salvo as devidas proporções, já que nem de baixo do chuveiro, Chanyeol foi capaz de parar de implicar com o mais novo. Ainda assim, Baekhyun no fundo não odiava Chanyeol, só não era o maior fã das atitudes por vezes infantis do mais velho, entretanto, eram essas atitudes que impulsionaram a relação de amor e ódio daqueles dois. Uma relação tênue e quente como o sangue juvenil que corria pelas veias daqueles dois amantes.


Notas Finais


Acharam o nome da fic gay? Pois é, é pq por trás de todo aquele ódio no coração desses meninos, tem um coraçãozinho de algodão doce todo derretido de amores //isso mesmo catei da música da Melanie aquela deusa
E aí? O que acharam? Me digam a verdade, é minha primeira longshot então assim, eu meio que me apeguei a ela.
Xent, pra ser sincera eu me apeguei muito... Lembram que eu tinha mencionado um projeto chamado Lemonade School que seria uma long fic com vários shots colegiais com suruba dos exo? Então, estou pensando em dar vida a essa fic, só que com o plot de Cotton Candy Heart, mais algumas coisinhas que eu já vinha escrevendo de Lemonade School. Ou seja, uma fic colegial, cheia de hormônios e adolescentes se descobrindo. Pra isso eu ia colocar alguns couples sugeridos em Cela 21, meu outro lemon Chanbaek, que inclusive, vcs deveriam ler se ainda n leram u.u
Eeee, bem, pediram Sekai, Krismin, em cela 21... Mas ultimamente eu tenho pensado muito em Sebaek tb, então assim, oq vcs acham de dar sequência em Cotton Candy Heart? Por favor comentem se acharam uma boa ideia
Ah, eu gosto de escrever com vários couples, então se quiserem que eu coloque mais couples é só pedir que eu dou um jeitinho de tornar realidade :3

É isso, amo vcs E SEMANA QUE VEM TEM CAP NOVO DE TFA \o/ eu ouvi um Amém? heuhueh

Trailer de TFA: https://www.youtube.com/watch?v=I25AKaH-P8k
Link de TFA: https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-exo-the-fallen-angel-3921372
Link de Cela 21: https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-exo-cela-21-4680696
Tt: https://twitter.com/Chantillyeoll <- sigam lá que eu sempre aviso quando sai alguma shot ou cap novo
Tag de Cotton Candy Heart long: https://twitter.com/Chantillyeoll/status/716883177088880640

Vejo vcs semana que vêm

~Xosossss (づ ̄ ³ ̄)づ

Nota extra <3 https://twitter.com/Chantillyeoll/status/717570926687162368/photo/1


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