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História Crawling - Tomarry - Calmaria


Escrita por: Trevo_Cobre

Notas do Autor


Olá, tudo bem? Espero que sim
Fiquem com o capítulo e boa leitura a todos!

Capítulo 38 - Calmaria


Sem detenção, com um bom lugar para me encontrar com Tom, sem as perseguições de Snape ou algum problema, minha vida começava a experimentar uma calmaria. Meu namorado e eu nos esforçávamos para estabelecer uma confiança maior entre nós, estávamos testando nossos limites como casal e nos conhecendo um pouco mais a fundo. Durante uma semana só tivemos uma pequena briga sobre Cedric, era inacreditável como o sonserino conseguia socializar com qualquer um de meus amigos de forma saudável, menos com o lufano. Entretanto, por outro lado, eu estava realmente feliz com a aproximação dele com a maioria dos meus amigos.

Hermione e um certo Riddle pareciam almas gêmeas de biblioteca, eu não conseguia saber qual dos dois era mais inteligente ou qual devorava livros em menos tempo, além do mais eles tinham um gênio parecido as vezes, o que me deixava um pouco angustiado nessas ocasiões. Já com Rony... Bom, Tom se esforçava para conversar com ele sem querer estrangulá-lo, ao que parece ele considerou o ruivo como "Um marco negro na história das famílias puro sangue" e é óbvio que eu o repreendi por isso. Meu namorado vez ou outra também andava com Draco e seus dois "guarda costas" (Não que eu os considerasse meus amigos) e também tentava puxar assunto com Luna e com Neville de vez em quando (Mesmo que Longbottom tivesse um medo indescritível dele).

As garotas ainda se atiravam sobre o Ridde, mas a indiferença dele foi grande desincentivo para elas e isso me fez muito feliz. Havia um burburinho por conta do "Garoto que sobreviveu" andando com sonserinos, mas pouco me importava a opinião alheia, eu estava feliz como estava. Eu ia para as aulas, fazia a lição o melhor que podia, comparecia aos treinos, passava um tempo com amigos e depois me encontrava na sala precisa com Tom para transar ou apenas dormir de conchinha, passando mais tempo juntos.

As coisas foram assim por duas semanas inteiras, até que eventualmente começaram os preparativos para o baile, sinceramente eu estava com "um pé atrás" sobre isso, mas decidi apenas me envolver o mínimo possível. Já uma boa parte da minha casa e das outras também, estavam simplesmente loucos com os preparativos, parecia que a maioria se enquadrava em um dos grupos de organização. Tinham os "cozinheiros" (Ajudavam os elfos, mas não cozinhavam de verdade), quem cuidava da decoração e cenário, tinham aqueles empenhados nas músicas, outros ocupados em como estariam no baile... Já eu estava apenas tentando não dormir nas aulas de DCAT, que continuavam a ser administradas por Snape depois do afastamento de Remus.

Por falar em Remus, estranhei meu padrinho não ter comentado nada através das cartas e também me senti um pouco magoado por não ter sido convidado para o casamento. A essa hora eles já deveriam ter começado os preparativos, e, mesmo que eu não tivesse intenção nenhuma de ir, fiquei pensando sobre o assunto por um tempo durante o almoço. Hoje, tem tese, poderíamos ir a Hogsmeade, mas eu já não sabia se estava com vontade o suficiente para isso. Hermione estava ocupada com "lições" – Algo dentro de mim me alertasse que ela estava escondendo alguma coisa a um certo tempo – e a organização do baile, Rony estava ajudando na cozinha assim como Cedric, até mesmo Luna e Neville ajudavam na decoração como uma espécie de programa de namorados, já Tom...

— Você vive com a cabeça nas nuvens ultimamente — levei um susto com o moreno aparecendo atrás de mim e falando comigo.

— Você me assustou, não tinha te visto — Na verdade, não o via desde o dia anterior, nas tardes ele sempre parecia ocupado pesquisando algo na biblioteca ou aproveitando seu tempo em Hogwarts para complementar os estudos que haviam ficado ultrapassados com o tempo.

— Eu sei, quer passar um tempo juntos? — concordei com a cabeça e começamos a andar lado a lado — Você não parece animado para o baile.

— Você está? — Assim como eu, Tom fez uma careta, pelo menos nós dois concordávamos que bailes não eram nossos eventos favoritos.

— De qualquer forma, tenho planos para o equinócio de primavera — arqueei a sobrancelha e o Riddle sorriu — Não é isso que você está pensando... Mas confie em mim.

— Eu confio — disse e suspirei — Tom? Quer ir a Hogsmeade comigo?

— Eu... Não tenho autorização para sair — murmurei um "Ah" e de repente me peguei pensando se ele já havia visitado o vilarejo alguma vez, definitivamente era necessário que ele conhecesse Hogsmeade, principalmente a Dedos de mel.

— Me encontre na frente da estátua bruxa caolha em vinte minutos — parei e falei olhando para ele, iria buscar um casaco e dinheiro antes de irmos, por isso precisava de um tempo — E não se atrase.

— Certo...

 

~

 

Havíamos acabado de sair da dedos de mel, estávamos carregando um monte de doces, queria que Tom experimentasse todos, mesmo que claramente o moreno não gostando da situação. Eu não podia acreditar que nunca havíamos pensado nisso como programa de casal. Algo me dizia que parte da sua pose indiferente quanto a isso que era por ele não ter dinheiro para comprar muitas coisas ou fazer passeios, mas para mim isso não era uma questão, dinheiro era só um detalhe e o que importava era passarmos os melhores e piores momentos juntos. Nós éramos um casal e eu estava empenhado em tornar aquele dia agradável para nós dois.

Estávamos comendo algumas guloseimas enquanto andávamos pelas ruas quando meu namorado resolveu se pronunciar.

— Então nós temos uma rota definida? — mordi o lábio antes de responder, as vezes Tom era muito sistemático, gostava de planejar até mesmo coisas idiotas, enquanto eu apenas agia por impulso.

— Bem, vamos em todos os lugares que você quiser — dei de ombros sem ter muito mais o que falar sobre "a rota" — Meu único pedido é terminar o dia com uma cerveja amanteigada, de resto, vamos fazer o que você quiser.

— Eu não me importo muito com onde vamos... – Começamos a andar sem direção pela rua, me peguei imaginando o cenário algumas décadas atrás, quando Tom era aluno. Me perguntei se o Riddle teria gostado mais de estar aqui.

— Você sente falta do mundo do diário? — perguntei de repente, o Riddle franziu a testa e hesitou por um instante.

— Não, é verdade que gostava da calma as vezes, de ter meu próprio espaço, mas os únicos momentos que gostei realmente de lá foi por sua causa — encontrei os olhos dele e sorri, me aproximei mais do moreno e deixei nossos ombros se tocarem enquanto andávamos. Gostaria de poder andar de mãos dadas com ele.

— Eu amo você — falei baixinho e deixei ele me puxou para um beco entre dois comércios para me beijar. Sorri quando minhas costas encontraram a parede lateral de uma loja e os lábios de Tom encontraram os meus.

— Também amo você — fiz um carinho em sua bochecha, mas logo deixei minha mão cair. Nos encaramos por alguns segundos que fizeram meu coração errar algumas batidas, mas logo voltamos para as ruas. 

— As vezes sinto falta de lá, da decoração de natal e do sofá da sala comunal da sonserina — admiti um tempo depois, Tom deu uma risadinha — É sério, além do mais, adoro o Natal.

— Se fosse para sentir saudades de algo, sentiria dos viscos, eles seriam um bom pretexto para te beijar em todos os cantos de Hogwarts — abri um sorriso e revirei os olhos — Fora isso, só me arrependo de não conseguir ter pego de volta o suéter que você me deu de Natal, eu realmente gostava dele.

— Tanto quanto das suas meias listradas? — brinquei, aquelas meias eram ridículas, mas de certa forma eu adorava, foram um dos primeiros indícios de humanidade que vi no meu ex inimigo.

— Pode se dizer que sim, mas eu não preciso sentir saudade delas — olhei para baixo ao mesmo tempo que ele subiu um pouco a calça para que eu visse um pedaço da meia listrada azul e lilás.

Balancei a cabeça negativamente com falsa decepção, foi bom ouvir a risada de Tom. Durante essa breve parada, percebi que atrás de meu namorado havia uma loja de animais, e, como se uma lâmpada se acendesse na minha cabeça, decidi onde iríamos. Arrastei o moreno até a loja, ouvindo alguns "Eu não preciso de animais de estimação, Harry", os quais eu não me importei nem um pouco. Os protestos duraram até que entramos na loja, então o Riddle se calou por cinco segundos antes de voltar a falar.

— Ok, mas só se for uma cobra — fiz uma careta, os últimos dois animais de estimação dele haviam sido cobras. Nagini e o Basilísco. E eu não gostava de nenhum deles.

— Nem pensar, trate de explorar seus limites. Uma vez você comentou que gatos não eram tão ruins — disse indo direto até uma gaiola com gatinhos filhotes, atrás de mim, meu namorado fazia uma cara de descontentamento inacreditável.

— Não sou muito fã de gatos... Eles são apenas... Suportáveis — ignorei o comentário.

— Você também pensava isso de mim no começo — Tom bufou.

Deixei o Riddle de lado para observar os gatinhos. Para ser sincero, eu estava amando cada bolinha peluda que via pela frente, todos os gatos eram perfeitos, queria todos para mim, mas não sabia se eles seriam o ideal para Tom. Gostaria de ter escolhido um para mim também, porém eu sabia que Edwirges ficaria chateada e ela já não estava vivenciando seus melhores dias. Suspirei um pouco triste ao constatar que, se minha coruja estivesse mesmo doente, talvez em breve não precisasse me preocupar com deixá-la triste. Fechei os olhos por um segundo e afastei o pensamento.

De qualquer forma, comecei a brincar com os gatinhos, me distraindo o suficiente para ficar longos minutos acariciando as bolinhas de pelos. Eu sentia os olhos da vendedora me julgando, mas eles eram uma gracinha e eu não iria desperdiçar aquela oportunidade. Fiquei tão absorto com os felinos que só um tempo depois percebi que o Riddle havia se afastado, indo para perto de uma gaiola quase que escondida no final da loja. Me aproximei ao mesmo tempo que Tom se virou para mim segurando no colo um Sphynx quase em idade adulta. Sorri no mesmo instante, estava achando graça dele mudar de ideia tão rápido.

— O que? Ele é tolerável — O moreno se defendeu, mesmo que a cara de Tom não dissesse "tolerável", sim que ele nunca admitiria que estava encantado pelo bichinho.

 

~

 

Voltamos para Hogwarts com a Sphynx, era uma fêmea, o que significava que mais para frente teríamos que castrá-la... Ou não, eu adoraria filhotes, ainda mais se eles fossem tão amáveis quando a mãe. Enquanto andávamos pela passagem, decidimos juntos o nome da gata, seria Safira e ela era tão amorosa que fiquei com inveja por ter conseguido amolecer o coração do ex lorde mais rápido que eu. Era bom que Tom estivesse criando essas conexões no meu mundo. No nosso mundo. Trazia normalidade, conforto, esperança de uma vida inteira nos braços do Riddle.

Já nos corredores de Hogwarts, tive que me despedir de Tom para voltar a sala comunal da Grifinória, acariciei a gata uma última vez naquele dia e depois de ver se havia mais alguém nos corredores, dei um selinho no meu namorado. Relacionamentos secretos não eram os meus favoritos, mas era questão de tempo até estarmos juntos publicamente, ou era o que eu esperava. Estava prestes a ir embora quando o sonserino segurou meu braço.

— Harry? — Me voltei para ele murmurando um "Hum?" — Não importa o que aconteça, eu amo você.

— Eu também amo você — falei, mas naquele instante um frio na barriga me alertou que talvez a calmaria não durasse tanto quanto eu gostaria — Meia noite na sala precisa?

— Estarei lá.

 


Notas Finais


O próximo capítulo vai ser um pouco diferente... Mas nada de dar spoilers!
Até breve ;)


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