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História Crazy? Im not crazy. - Recomeço


Escrita por: kidleader

Notas do Autor


Olá leitores!

Eu não sei o que compartilhar hoje. Estou sentindo assim :|
Então... boa leitura ^^

Capítulo 27 - Recomeço


Taeyeon’s POV

 

O silêncio que existia entre nós enquanto tomávamos a segunda xícara de chocolate era um pouco constrangedor. Só bebia por não saber o que fazer com as mãos. Não sabia nem para onde deveria olhar, então encarava apenas o líquido marrom e rosado.

 

- Aish! Não aguento mais. - ela fala irritada, olho para ela e dessa vez há um bigode de chocolate um pouco acima de seu lábio superior. - Vai ficar calada para sempre?!

 

- HAUHAUHAUHAU! - vocês já sabem como sou espontânea, simplesmente não aguento. Vê-la irritada dessa forma era muito engraçado.

 

- Do que está rindo?! - ela parecia duas vezes mais furiosa agora..

 

- HAUHAUHAU! - eu juro que estava tentando parar, mas não conseguia… Quanto mais irritada ela ficava, mais engraçada a situação parecia.

 

- YAH! KIM TAEYEON! - ela agora apontava para mim.

 

- HAUHAU.. bi.. bi… HAUHAUHUA. - eu tentava avisá-la mas era impossível falar. Mostrei com os dedos e continuei a tentar. - Bi-bi-bigo… HAUHAUHAUHAUHAUHAU.

 

De alguma forma ela entendeu e ficou vermelha igual um camarão. Eu estava chorando de rir dela. Gente, esse meu problema em controlar minhas reações é muito chato! Ela devia estar com muita raiva de mim agora.

 

- Não sei porque você ri tanto. Você também tem um. - ela diz quando finalmente eu paro de rir. Fico surpresa e faço menção de levar os dedos à boca, mas ela segura minha mão. - Deixa que eu limpo para você.

 

Nisso ela me pega de surpresa e me beija outra vez. Um beijo lento, sem a urgência do anterior, dessa vez ela não espera dominar a situação, é como se esperasse uma resposta. Seus movimentos são suaves e delicados, devolvo-os com tanto carinho quanto consigo. A falta que sentia dela era tanta… Era quase como se estivesse sonhando agora, sentir seus lábios massagearem os meus…

 

Ouvimos um barulho e nos separamos rapidamente.  A Yul havia descido as escadas e estava aos prantos, ela nos vê e parece constrangida, não sei se pelo que viu ou se por estar sendo vista chorar.

 

- Desculpem… eu… eu não queria interromper. - ela diz em meio aos soluços. É, foi por ter visto a cena do beijo.

 

- O que houve, amiga?! - pergunta a Tiffany preocupada, indo até ela.

 

- Na-nada… eu só quero ir para casa… - ela fala evitando a Tiffany e se dirigindo até a porta.

 

- Não! Não pode sair assim… - insiste a outra. Vou até lá para ajudar.

 

- O que houve, Yul?! - pergunto, parando em sua frente.

 

- Me deixem ir, tá?! Eu… eu não posso ficar aqui… - ela diz isso com a voz completamente embargada, seu choro acaba ganhando a cena e eu faço o que deveríamos ter feito desde que a vimos descer as escadas: a abraço bem forte. A necessidade do abraço era óbvia, pois assim que o fiz ela se entregou aos prantos e enterrou a cabeça em meus ombros… Ela era bem mais alta que eu, mas isso não importava muito agora, me fiz grande para ela.

 

Desde a primeira vez que a vi chorando no Castelo eu sabia do quão frágil sua alma era. Ela sempre tentava parecer forte, bem, simpática… Ela tinha aquela aparência de “não tô ligando”, mas ligava. Era justamente por se importar tanto que ela fingia não se importar. Talvez assim fosse mais fácil para ela lidar com tudo que a abalava.

 

- Tem mais chocolate para ela? - perguntei à Tiffany que estava preocupada e nervosa demais, não sabia como agir.

 

- Sim… - ela diz e parece feliz de ter algo para fazer agora. - Vou buscar.

Eu não sabia o que estava acontecendo. Ninguém parecia saber o que acontecia com cada uma de nós. Apesar de sermos amigas, não sabíamos de nada uma da outra. O que era irônico, pois sabíamos que cada uma ali tinha problemas o suficiente para serem internadas em uma clínica psiquiátrica. Talvez se conversássemos mais sobre nossos problemas entre nós mesmas… talvez isso melhorasse…Tiffany volta uns minutos depois com o chocolate.

- Não posso ficar aqui… Tenho que ir. - ela dizia com a xícara nas mãos sem nem ao menos dar um golinho. Ela parecia ansiosa e olhava para as escadas o tempo inteiro.

 

- Você brigou com a Jessica? - pergunta a Tiffany.

 

Será que ela descobriu que a Jessica tem sentimentos por ela?!  Pergunto-me… Mas por que estaria chorando por causa disso?! Deixa de pensar besteiras, Taeyeon.

 

- Sim… - responde a Yul depois de alguns segundos.

 

- Aish! Vocês são iguais a cão e gato. - fala a Tiffany, cruzando os braços, emburrada.

 

- Foi bem sério dessa vez, eu não quero ficar aqui… Por favor… - ela implora.

 

- Beba o chocolate, Yul, depois você pode ir. - eu digo. A Tiffany me fuzila com o olhar.

 

- Mas… Não quero que ela saia sozinha a essa hora assim. Você não sabe como ela é! Vai acabar em um bar de quinta! É muito perigoso deixá-la sozinha nesse estado! - ela começa a falar sem parar.

 

- Eu vou com ela… Deixo ela em casa e fico um pouco lá. Tudo bem para você, Yul?! - pergunto. Ela parece surpresa por um momento. Claro, até eu me surpreendo com minhas atitudes às vezes. Não sou de fazer isso, nunca me senti uma boa “consoladora", mas costumo agir em situações de crise. É automático.

 

- Não quero incomodar. - ela diz.

 

- Vai incomodar nada, babo. - falo e gesticulo para a Tiffany “e você toma conta da Sica”. Ela entende e acena de volta.

 

Chegamos a um condomínio muito bem estruturado. Pegamos o elevador e a Yul apertou o botão da cobertura. Chegamos até lá, ela coloca a senha no sistema e entramos. O apartamento é bem grande e está uma tremenda bagunça. Há roupas jogadas pela sala, pacotes de salgadinho e biscoitos.

 

- Espero que não se importe… A empregada se demitiu, estou a procura de outra. - ela diz isso casualmente enquanto se dirige até a geladeira e pega uma garrafa de água.

 

- Você vive aqui sozinha?! - pergunto sem acreditar.

 

- Basicamente… Meus pais não param em casa e teoricamente moram na cidade vizinha. Fica muito ruim ir e voltar todos os dias. Lá também não os encontraria… É a mesma coisa… morar aqui ou lá. - ela se joga no sofá. - E aí, quer comer alguma coisa? Temos pizza congelada, lasanha congelada, miojo e salgadinhos. Eu te cozinharia alguma coisa, mas estou sem verduras.

 

- Você tem que parar de comer essas coisas, não é muito saudável. - falo e me sento na poltrona que parece estar livre de roupas e embalagens de comida.

 

- É, eu sei… Mas tenho preguiça. Se quiser beber.. tenho Soju… - ela diz isso com um risinho malicioso.

 

- Yah!

 

- Estou brincando… Mas tenho mesmo. Relaxa… não vou tomar nada. - diz quando faço menção de interrompê-la. - Apesar de achar que seria uma boa, hoje.

 

- O que houve entre vocês?! - pergunto. Ela me avalia por um segundo.

 

- Lembra quando eu falei que eu não me atreveria a estragar algo tão importante quanto o amor que eu sentia por alguém?! - ela diz isso tão séria que chega a me assustar. Eu nem sabia que ela lembrava do que dissera naquele dia, pois na ocasião ela estava chapada. - Pois é… Eu estraguei.

 

- Omo! A pessoa que você ama… - começo, mas ela não deixa que eu termine.

 

- Acho melhor não pronunciar essas palavras em voz alta. Achei justo te contar já que peguei você aos beijos com minha Mushroom. - ela fala com uma expressão curiosa… Parecia um pouco irritada, como se fosse algum tipo de irmão ou pai ciumento.

 

- Eu… - tento falar alguma coisa, mas nada sai. - Er…

 

- Só não a magoe, tá? - ela sorri. - Ou vai se ver comigo.

 

Falar isso sorrindo tornava tudo ainda mais assustador.

 

- Omo! Está ficando tarde… Vou tomar um banho. Posso te levar em casa depois, mas antes você coloca uma das pizzas no forno, não vou deixar você sair daqui sem ter comido nada. - ela diz isso já se dirigindo a um corredor.

 

- Como você vai me levar?! - pergunto.

 

- Tenho uma moto, você não sabia?! - ela fala sorrindo.

 

Eu nunca havia estado em cima de uma moto antes, ainda mais junto com uma doida! Ela não respeitava nenhum limite de velocidade, eu tinha certeza que aquela moto estava “turbinada” com alguma coisa ilegal. Não era possível. Cheguei em casa com o coração na mão.

 

- Então é aqui que você mora?! - ela pergunta, descendo da moto por um instante.

 

- Por enquanto. Estou morando com meus tios enquanto meus pais não se mudam. - respondo. Ela parece fascinada com o lugar. - Quer entrar?!

 

- Hã?! Não, fica para outra hora. A gente se vê.

 

- A gente se vê… - digo indo em direção ao portão.

 

- Tae… Espera! - escuto ela me chamar, me viro e sou envolvida por um abraço apertado. - Desculpa, tá?! Se eu soubesse que você gostava dela… Jamais teria feito o que fiz no Castelo. Sinto muito.

 

- Tudo bem, Yul. - respondo, ela parece muito arrependida. - Você não sabia… Relaxa.

 

A vi partir com o coração na mão. Algo nascera dentro de mim… Uma necessidade. A necessidade de ajudá-la.

 

Milhares de dúvidas pairavam em minha mente agora. Como seria amanhã?! Como olharia na cara da Tiffany?! O que ela estava pensando?! O que eu estava pensando?! Ela ainda se cortava com frequência?! Estávamos juntas outra vez?! E aqueles beijos?! Nossa!

 

Acordo sentindo-me como se não tivesse dormido nada. Claro, porque não dormi. Os pensamentos tomaram conta de mim durante toda a madrugada. Mas depois de muito pensar, estou decidida a chamá-la para conversar na primeira oportunidade, que logo se faz presente. Quando chego na escola avisto a Tiffany de longe, mexendo em seu armário.

 

- Encontro vocês na sala, tenho que resolver uma paradinha aqui. - falo para a Yoona e  a Sunny. Elas parecem curiosas, mas seguem seu caminho sem perguntar nada.

 

Vou devagar até ela, meu coração está ultra acelerado. O que eu vou falar?! Não sei! Mas eu tenho que falar com ela! Quando estou a pouco mais de 3 passos dela, vejo a última pessoa que quero ver no momento: Suzy.

 

- Hey Hwang! - ela chama a Tiffany que olha para ela muito prestativa. Viro estátua. A Suzy me nota e posso ver uma faísca de ira em seus olhos. “Saia daqui Taeyeon…” minha mente grita mas estou travada. Tiffany segue o olhar da outra e me vê ali parada. - Então, vou dar uma festa… - diz a Suzy se colocando entre mim e a Mushroom.

 

Não vou mentir. Neste momento estou com muita raiva e sinto ciúmes. É só isso que me dá força para sair dali. Como ela podia ser amiga de uma idiota como a Suzy?!  Passo a manhã de mau humor por causa disso.

 

No almoço eu já estava um pouco mais calma, mas não me saía da cabeça que a Suzy havia convidado a Tiffany para uma festa. Aish!

 

- Que bicho te mordeu?! - pergunta a Sunny quando coloco o copo na mesa com um pouco de força demais.

 

- É, Unnie! Parece brava desde que chegamos na escola. - diz a Yoona.

 

- Olha, conheço ótimos chás para o stress, se quiser. - fala a Seohyun.

 

- HAHAHAHA! - ri a Sooyoung. - Se eu fosse vocês eu parava de falar, olha o rosto dela, está cada vez mais contorcido de fúria. HAHAHA.

 

- Yah! - grito apontando para todas.  - Me deixem!

 

Vejo que a Yoona e a Seohyun se assustam demais com o que eu acabei de dizer.

 

- Hey, desculpa, não queria gritar. - falo. Mas elas nem respondem, olham fixamente para um ponto acima de minha cabeça. Bem, é aí que noto que todo o refeitório está olhando em nossa direção.

 

- E aí, Tiffany?! - fala a Sunny animada. Olho para trás assustada e a encontro parada ali.

 

- Sunny, Soo… Yoona… - ela cumprimenta a todas. - Você não sei quem é, prazer, sou a Tiffany. - ela diz para a Seohyun.

 

- Seohyun… o prazer é meu. - responde um pouco envergonhada.

 

- Você. - ela diz, me pegando pelo braço. - Precisamos conversar.

 

Nisso ela sai andando praticamente me arrastando pelo refeitório. Os olhares de todos estão em nós, as pessoas cochicham entre si, sinto meu rosto quente. Cara, quando isso vai acabar?! Será que não posso ter uma vida tranquila e sem holofotes?! Tento me livrar dela quando saímos do refeitório mas ela não me solta.

 

- Ei, me solte. - ela me ignora e continua a andar. Percebo que está me levando para o terraço.

 

- Pronto, chegamos- diz me soltando.

 

- O que foi isso?! - pergunto, massageando o lugar onde ela segurara minutos antes. Estava vermelho.

 

- Quem você pensa que é para fingir que eu não existo?! - pergunta, enraivecida.

 

- Quando… - eu ia perguntar, mas ela não deixou.

 

- Quem você pensa que é?! Um dia me beija e no outro finge que não me viu e sai andando! - ela continua. Então ela acha que fui embora naquela hora para evitar ela?!

 

- Eu…

 

- Nunca mais se atreva a passar por mim sem falar! Araso?! - é, acho que hoje ela não vai me deixar falar.

 

- Araso. - respondo derrotada.

 

- Agora me dá isso aqui. - ela diz, segurando meu braço outra vez, mas agora ela é delicada e massageia o local vermelho. - Desculpa, eu não sabia que estava apertando tão forte assim.

 

- Tudo bem… - eu digo.

 

Neste momento ela me puxa mais para perto e me abraça.

 

- Que bom Taetae… Que bom… Eu tive tanto medo! - ela me diz e acho que vai chorar a qualquer momento.

 

- Medo de que, Fany-ah? - pergunto, sem entender.

 

- Pensei que você ia dizer para que eu esquecesse… Pensei que ia me ignorar… - nem por um segundo me passou pela cabeça que uma pessoa como ela… membro do Triforce, temida por toda a escola, podia ter medo de algo tão bobo assim…

 

- Eu nunca te ignoraria… babo. - digo para ela, dando-lhe tapinhas nas costas.

 

- Você não vai mais embora, não é?! - ela diz, desfazendo o abraço e me olhando nos olhos. Então essa deve ser a conversa que eu queria ter tido mais cedo…

 

- Não, Fany-ah, não vou… - respondo e ela parece não acreditar muito em minhas palavras.

 

- Promete?! - pergunta, mais séria do que nunca.

 

- Prometo. - neste momento ela ri e me beija. Eu não consigo evitar, mas rir também,  em meio a um beijo e outro.

 

Sinto-me completa, feliz. Felicidade era algo que não sentia há um bom tempo. Obrigada, Fany-ah… Por ter me devolvido isso.

 


Notas Finais


Desculpem os errinhos ;3

P.s: toda vez esqueço de botar "terminado: não" e eu tenho ódio porque ele não posta e me avisa que esqueci.
¢¬¬


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