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História Crazy? Im not crazy. - Breakdown


Escrita por: kidleader

Notas do Autor


Oi pessoas!
O capítulo está curto, eu sei, mas meu tempo também está (além do mais o capítulo só iria falar disso que ele fala mesmo, é intenso)! Preciso de energias positivas, quem puder me mandar eu agradeço! Ou então é possível que eu morra daqui a um tempinho e jamais termine a fic!
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Capítulo 31 - Breakdown


Yuri’s POV


 

Já podia ouvir os pássaros cantando. MALDITOS, EU QUERO DORMIR AQUI. Ok, gritar mentalmente não vai ajudar, eu sei… eu sei. Minha cabeça estava doendo, normal, bebi e tomei muitas coisas que não devia. Idiota! Sou muito idiota! Sica vai me matar se descobrir… Omo! A escola! Não, não, hoje é sábado, está tranquilo. Posso dormir um pouco mais. AISH ESQUECI DE RETORNAR A LIGAÇÃO DELA!

Levanto-me assustada e procuro meu celular com os olhos. Espera aí. Esse não é meu quarto. É limpo demais. Claro demais. Frio demais. OMO! ESTOU NO QUARTO DELA.  Uma porta se abre à minha esquerda, me viro com cautela e tenho a visão mais linda e assustadora do mundo: Jessica está saindo do banheiro só de roupão e com os cabelos molhados. A parte boa: ela é linda. A parte ruim: ela está me fuzilando com o olhar.

 

- Acordou. - diz franzindo as sobrancelhas. Me encolho em sua cama. - Bêbada, drogada, caída em um sofá de uma casa noturna qualquer.

 

- Eu sin…. - tento.

 

- Sente muito? Poupe-me. - ela termina para mim. - Vá tomar um banho. Já chega de olhar para você desse jeito. Há roupas limpas ali em cima para você.  - ela diz apontando para a pequena cômoda e saindo do quarto em seguida. Sinto meu estômago afundar.

 

Quando penso que meu mundo finalmente está um pouco mais colorido, tudo se torna cinza outra vez.

 

[flashback on]

 

Eu tinha decidido arrumar a casa e depois estudar bastante. Primeiro porque queria trazer a Sica ali qualquer dia e aquele lugar parecia mais um chiqueiro, depois porque estudar em meio à bagunça não iria ser muito legal. Mas antes mesmo de começar a campainha toca. Vou abrir emburrada pensando ser algum funcionário do condomínio, mas aí tenho uma surpresa.

 

- Não vai abraçar sua mãe, querida?! - fala meu pai, atrás de minha mãe, mal consigo vê-lo. Estou estática, eles não avisaram que viriam.

 

- Não sabia que… que… - minha mãe me abraça levemente e logo me empurra um pouco para o lado com “delicadeza”.

 

- OMO! O QUE É ISSO?! - grita. Ela é um pouco perfeccionista…Ok, um pouco não. Muito. Ela só falta cair pra trás com o susto.

 

- O que houve querida?! - fala o meu pai chegando ao lado de minha mãe e a segurando. Ela parece subitamente tonta. - Omo! Yuri, minha filha, cadê a empregada?!

 

- Ela se demitiu. - explico. Neste momento minha vontade é a de dar o fora daqui. Eu já sabia o que ia acontecer.

 

- Por quê?! - ele pergunta, admirado.

 

- Vai dizer que não sabe?! - fala minha mãe. - Essa menina é uma peste. Olha o estado da casa! Demos de tudo à ela, a melhor educação… E olha o desastre que ela é.

 

- Dá um tempo… - digo, já ficando irritada.

 

- Isso não é jeito de falar com a sua mãe! - ela se vira para mim, está com muita raiva. Aposto que é a bagunça que a deixa nervosa assim.

 

- Isso não é jeito de você falar comigo também! - falo, desafiadoramente.

 

- Yuri… - diz meu pai.

 

- Deixa ela, querido. Não tem mais jeito. Já fizemos tudo o que podíamos. - diz minha mãe me olhando com desprezo.

 

- Tem certeza? Não se esqueceu de nada não?! - decido provocá-la.  Ela me olha, confusa.

 

- Do que está falando? - pergunta.

 

- Você esqueceu de ser minha mãe e virou uma hipócrita dona de uma clínica que diz resolver os problemas dos outros, mas não consegue resolver nem o que tem em casa. - cuspo as palavras nela e sinto um tapa forte no rosto. Ela me batera. Vou até a mesinha, pego minhas chaves e passo por eles.

 

- VOLTE JÁ AQUI, YURI! - grita meu pai. O ignoro.

 

A Jessica está me ligando,  rejeito a chamada e mando uma mensagem avisando que ligo depois. Jamais falaria com ela nesse estado.

 

[flashback off]

 

Quando saio do banho a encontro esperando, escorada em uma das paredes do quarto, de braços cruzados.  Essa expressão dela eu sei bem o que significa: decepção.

 

Vou andando vagarosamente até o espelho enquanto tento tirar o excesso de água nos cabelos. Ela me observa com cuidado, sinto-me envergonhada.

 

- E então?- pergunta finalmente.

 

- O quê? - aqui estou eu me fazendo de desentendida.

 

- Vai me contar por que te achei daquele jeito em um lugar nojento daqueles? Vai me dizer por que não fez o que me prometeu? - não consigo encará-la… nem consigo respondê-la. - Vai ficar em silêncio? Então está bem. Pode ir embora agora.

 

- Sica… - eu tento, mas não consigo.

 

- Não dá, Yul. Não dá. Não sou sua babá. Nem tenho forças para lidar com as consequências dessas suas drogas. - olho para ela e vejo que ela está impassível.

 

- Por favor… Sica… Não me deixe… - imploro. Eu não podia perdê-la… não podia.

 

- Vá embora. - ela continua.

 

- Por favor… por favor… eu não vou mais fazer isso. Por favor… - agora estou desesperada.

 

- Saia. Eu não posso lidar contigo. - ela me dá as costas e sei que não há mais nada a ser feito. Vou embora sentindo-me mais morta a cada passo que dou na outra direção.


 

Jessica’s POV

 

As pessoas costumam achar que eu não choro. Elas pensam que eu não tenho sentimentos. Eu tenho um mundo só meu e costumo me refugiar nele quando penso que a realidade está difícil demais de encarar. É o mesmo mundo que visito com a Lucy quando estamos juntas, o mesmo mundo em que estou quando minha expressão está apática, indiferente. É lá que guardo meus segredos mais profundos, é lá onde choro, sozinha.

 

Hoje tentei entrar nele, mas me deparei com um cenário cinza e chuvoso. Ficar lá dentro era mais sufocante do que ficar lá fora. A ouvi fechar a porta ao passar e então me sentei lentamente no chão e chorei. Chorei ali no mundo real, chorei por ser covarde e fraca o suficiente para não suportar ver o amor de minha vida jogar sua vida fora.  Não havia nada que eu pudesse fazer para fazê-la parar. Largar um vício depende 90% do viciado e ela me provara em menos de 1 dia que as drogas eram mais importantes para ela que meu amor. Eu não podia assistir a isso… Eu não podia.

 

Passei o dia em meu quarto e não saí para nada.

 

- Jess! Você não comeu o dia todo! - ouvi a Tiffany chamar. Eu não queria comer. Só de pensar me dava vontade de vomitar.

- Fiz um lanche mais cedo. - menti para ver se ela me deixava em paz.

 

- Jessica! Não tente me enganar. - é, falhei.- Abre aqui, deixa eu te ver.

 

- Não quero ver ninguém, estou cansada. - digo.

 

- Deixa de ser teimosa! Se você não abrir vou pegar a chave reserva. - eu conheço a Tiffany. Ela é determinada, se ela diz que vai fazer, ela faz.

 

Vou até a porta e a abro. Ela entra, está parecendo melhor do que nunca. Não havia reparado no quanto ela havia mudado nos últimos dias. Presumo que a Tae tenha feito isso tudo com ela.

 

- Babo! Você vai ficar doente. - ela diz tocando em meu rosto e verificando meus olhos. - Você está muito magra.

 

- Me deixa, Tiffany. - digo me livrando de suas mãos.

 

- O que está acontecendo com você? Estou vendo que chorou. - ela pergunta preocupada. Meu choro é algo raro.

 

- Nada…

 

- Quer sair comigo e com a Tae amanhã?! - ela pergunta. Deve achar que sair vai me fazer bem.

 

- Não quero ser vela. - respondo e vejo que ela se surpreende.

 

- Do que…

 

- Já notei há um bom tempo a relação de vocês duas. - digo e ela faz menção de explicar. - Relaxa. Vocês têm minha benção. - digo e ela sorri. É bom ver que uma de nós está bem.

 

- Vamos! Podemos chamar as outras… A Yul vai, tenho certeza. - ao ouvir aquele nome sinto um leve arrepio. Como será que ela está?

 

- Não vou… - falo.

 

- Vou ligar pras outras e vou ver quem topa. Depois você decide. - aish, ela é muito insistente.

 

Ela disca alguns números, Soo e Sunny confirmam. Quando ela liga para a Yuri me sinto um pouco ansiosa.

 

“Yul!”

“Ah, aqui é a Tiffany, ela está?!”

“Hospital?!Por por quê?!”

“OMG”

 

Sinto uma angústia devastadora. Desde que ela falara em “hospital” meu coração começou a bater descontrolado e me sinto mais fraca do que nunca.

 

- O que houve?! O que houve com a Yul, Tiffany! ME DIZ! - falo apressadamente, chego a balançá-la algumas vezes.

 

- Eu… eu acho que … eu acho que… ela teve uma overdose. - ela diz, seu rosto também está sem cor e sua respiração está rápida,  mas não tanto quanto a minha.

 

Aos poucos sinto minha vista vai escurecendo. Não sei se é porque passei tantas horas sem me alimentar, se é por causa dessa anemia idiota ou se é porque o medo de perdê-la é tão forte que meu organismo precisa se desligar para não entrar em colapso, mas em um momento estou em pé e consciente de tudo ao meu redor, no outro não há mais nada, apenas o rosto da pessoa que eu amo sorrindo para mim.


Notas Finais


Desculpem os erros.
E eu mato quem eu quiser, ok?! (sensação de que perderei uns 15 favoritos só por causa dessa frase haha)
;*


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