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História Crianças Lobo - Meus pais


Escrita por: fxcktrwsh

Notas do Autor


Espero que gostem do primeiro capitulo dessa minha nova fanfic, e me desculpem qualquer erro ortográfico!!

Capítulo 1 - Meus pais


Fanfic / Fanfiction Crianças Lobo - Meus pais

Talvez você irá rir, e dizer que a história que eu vou contar agora é um conto de fadas, porque é muito absurda pra ser verdade. Mas posso te garantir, essa é a verdadeira história sobre a vida da minha mãe... O homem por quem ela se apaixonou era um homem lobo.

A minha mãe estudava em uma universidade federal nas proximidades de Tóquio. Com uma bolsa de estudos parcial ela cobria os gastos escolares e pra cobrir seus gastos pessoais ela trabalhava meio período todos os dias.

Foi em um dia de verãodentro de uma sala de aula que minha mãe viu o meu pai pela primeira vez. Ele estava sentado sozinho, vestia uma camiseta sem gola, fazia anotações em um caderno sem a ajuda de um livro e não olhava para os outros alunos. Meu pai era sozinhosem amigos, sempre sérioele era um lobo solitárioele não tinha nada parecido com os outros alunos da universidade.

Minha mãe estava em sua sala, não havia muitos alunos. Quando de longe ela avistou um casal abraçado. Ela começou a olhar para os lados, viu um garoto que não lhe chamou a atenção, mas assim que virou o olhar para meu pai viu que ele estudava e fazia anotações sem um livro, estranhou um pouco e prestou um pouco mais de atenção enquanto fazia algumas anotações.
Quando a aula terminou eles tinham que marcar seu nome e mais algumas coisas em um papelzinho de presença. Minha mãe entrega o dela e percebe que meu pai ia embora por outra porta apenas com seu caderno de anotações embaixo do braço sem preencher o papelzinho de presença. Ela pega um dos papeis e vai atrás dele correndo. Já quase o perdendo de vista, virou o corredor e continuou a correr. Ela o encontra descendo as escadas e diz:

-Oi, com licença... - vê ele parar no meio da escada, ela respira se abaixando e colocando suas mãos no joelho e logo continua, se erguendo e se recompondo - O seu formulário de presença, você se esqueceu de entrega-lo. Precisa preenche-lo e entrega-lo antes de sair, se não...

Meu pai a corta e responde meio frio, já voltando a andar com seu caderno de baixo do braço e as mãos no bolso:

-Mas não sou aluno daqui. Se é isso que te incomoda, eu não volto mais...

Minha mãe ficou contrariada e chateada vendo-o ir embora. Ela volta a sala deixa em cima da mesa o papel, pega seu caderno, o coloca dentro de sua bolsa e se vai. Quando ia descendo a escada de frente a porta de saída, ela vê que uma criança cai e meu pai o ajuda. As mães falavam coisas do garoto que caíra como "Isso sempre acontece...", "Viu eu disse que isso iria acontecer..." coisas assim.
Depois de ajuda-lo vai embora com as mãos no bolso também e seu caderno. As crianças ficam olhando o rapaz indo embora enquanto minha mãe vai atrás dele apertando o passo. Já no portão de saída, meu pai esperava para passar a rua, quando minha mãe chega.

-Espera um minuto... - ele para e se vira para trás a vendo. Ela vai até o lado dele e continua - Eu sei que você não é aluno dessa universidade, mas é muito difícil de acompanhar essa aula só fazendo anotações sem a ajuda de nenhum livro... - argumenta pegando algo em sua bolsa e diz mostrando seu livro, o segurando com suas duas mãos o colocando em sua frente - Que tal se a gente usar o meu? 

Ele apenas fica em silêncio a olhando. Ela vai abaixando o livro desanimada.

Minha mãe ia trabalhar todos os dias em um lava-roupas, era ela quem entregava as roupas para as pessoas que iriam buscar, não as lavava. Então logo depois eles conversarem um pouco e ela foi embora.

Quebra de Tempo:

Ela saí do trabalho e vai ao supermercado comprar algumas coisas. Volta para sua casa faz sua comida, come, lê um livro enquanto bebe um chá e logo vai dormir, e mais um dia se vai.

No outro dia minha mãe ia para a universidade, quando vê do ônibus meu pai saindo de um caminhão de mudança e logo entrava levando um sofá lá pra dentro do prédio. E foi assim alguns dias a mais.

Meu pai acabava chegando atrasado por conta de seu emprego temporário e minha mãe ficava o esperando em uma mesa. Ele chegava correndo e ela ia um pouco para o lado com seu caderno e eles usavam o livro dela juntos. Iam na biblioteca logo depois da aula quando tinham tempo, pois meu pai gostava de ler depois da universidade e em seu tempo livre, mas não era aluno, então usavam o cartão de biblioteca da minha mãe. Meu pai esperava a minha mãe na frente do café lendo um livro, perto de onde ela trabalhava. Eles sempre se encontravam lá depois do trabalho dela e iam embora juntos.

Eles estavam andando depois de terem saído da biblioteca e minha mãe fazia muitas perguntas a ele sem ao menos o dar tempo para responde-las:

-O que gosta de fazer? Qual sua comida preferida? Ah! Já se apaixonou alguma vez?

Ele ri fraco e pergunta:

-Por que te deram o nome de Hana?

-O motivo?

-Sim...

-Bom... no dia em que eu nasci, nasceu também no meu quintal uma Flor de Cosmo, não foi plantada por ninguém, simplesmente brotou. Meu pai então me resolveu dar o nome de Hana, cujo o significado é flor. Ele queria que eu estivesse sorrido o tempo todo como uma flor que desabrocha, ele queria que eu sorrisse para a vida, como uma flor fácil, mesmo quando as coisas estivessem difíceis para que eu pudesse dessa forma supera-las. - ficou um silêncio por um tempo até a minha mãe olhar para o lado e logo continuar - Quando meu pai faleceu, eu sorri o tempo todo durante o funeral dele. - ela virou o olhar para meu pai rapidamente que apenas olhava o caminho, então ela continuou - Um parente veio até mim e me repreendeu dizendo que eu estava... me comportando de maneira meio inapropriada... - conta virando o olhar para baixo desanimada - Bem, talvez meu comportamento tenha sido meio inoportuno mesmo.

-Eu não acho que foi inoportuna - segredou meu pai, fazendo-a sorrir.

-Que bom ouvir isso...

.oOo.

Meu pai e minha mãe estavam andando depois de um dia de trabalho da minha mãe. Eles param e ficam a olhar a cidade em silêncio, até meu pai parar no topo de uma escada, seguido de minha mãe 

-Seria legal ter um lar, um lugar onde alguém me espera, um lugar onde eu pudesse tirar os sapatos, me refrescar e relaxar, seria ótimo... Eu faria uma estante de livros e quando ela estivesse cheia eu construiria outra e colocaria mais livros. Eu me sentiria livre em minha própria casa...

-Eu serei essa pessoa que vai te esperar chegar, eu irei sempre te esperar chegar... pra sempre. - minha mãe murmura sorridente.

Um tempo depois eles já estavam namorando.

Até que um dia, minha mãe saí do trabalho e não encontra meu pai a esperando. Ela fica o procurando, olhando para os lados, mas não o encontra. Fica por lá esperando por horas. Tudo estava fechando, não tinha mais ninguém andando por lá, e a única coisa que a iluminava era as luzes fracas dos postes próximos. Estava encolhida, sentada no chão, ainda o esperando, estava frio e nevava.

Meu pai chega e a vê ali, esperando. Pensava que ela já tinha ido embora, mas foi conferir para ter certeza e a encontrou lá. Ele diz olhando para ela encolhida e de cabeça baixa:

-Hana, me desculpa...

Ela levanta a cabeça mostrando um sorriso em seu rosto que não agradou meu pai, mas o reconforto.
Papai então falou que queria mostrar algo para ela. Eles vão até as montanhas que ficavam perto da casa dela, apesar dela morar em um prédio.

Chegando lá, ele começa:

-Eu queria te contar isso a muito tempo, mas estava com medo... Fecha os olhos...- ela os fecha, mas logo abre um pouco e ele repreende - Mais um pouco.

Ela os fecha de novo e depois de um tempo de olhos fechados, pergunta:

-Posso abri-los?

Não recebe uma resposta, então depois de pensar um pouco ela os abre, vendo meu pai se transformar e logo ficar com pelos meio bege em seu pescoço e os outros que se espalhavam por seu corpo sendo da cor de seus cabelos pretos meio azulados, criando orelhas, um focinho largo, e seus olhos mais brilhantes e amarelados mais pro dourado.

-Hana... com o que você acha que eu pareço?

A história de que ele se transforma na lua cheia e ataca os humanos era puro folclore. O mundo está cheio de mistérios que nós não sabemos, deve ter sido isso que minha mãe pensou.

Eles voltam para casa da minha mãe e ele a leva até seu quarto, ele diz enquanto se sentava na ponta da cama da minha mãe:

-Se assustou? - pergunta meu pai e ela nega balançando a cabeça - Quer terminar comigo? - ela nega novamente - Ficou surpresa? - dessa vez ela balança a cabeça positivamente meio devagar como as outras vezes.

Ele diz tocando seu rosto ainda transformado em lobo:

-Está tremendo, está nervosa? - papai pergunta.

-Não estou nervosa... porque sei quem você é.

No fim eles acabaram ficando juntos pela noite, fazendo o que minha mãe gosta de chamar de "fazer um filho" se é que me entendem (͡° ͜ʖ ͡°)

Os ancestrais do meu pai eram lobos japoneses, que já haviam sido extintos a mais de 100 anos. Ele foi o último a ter o sangue de um lobo e de humano correndo nas veias. Quando ele era menino, seus pais lhe contaram sobre o desaparecimento de sua família e de sua raça, e antes de falecerem eles pediram ao meu pai para que ele nunca revelasse esse segredo a ninguém. Por obra do destino, ele foi morar com parentes que não sabiam da sua história, e por isso teve uma infância muito difícil. Quando ele finalmente tirou carteira de motorista, mudou-se para a cidade grande para trabalhar. Como era um desconhecido ali não tinha que dar satisfação a ninguém, e vivia escondido de maneira bem discreta, e agora a minha mãe sabia de tudo.

Poucos anos depois, minha mãe descobriu que estava grávida de mim. Meu pai ficou muito feliz e ela um pouco assustada. Ela vomitava a toda hora e meu pai tinha que passar mais tempo em casa por causa disso. Pouco antes de eu nascer, minha mãe fez um tipo de lobo de pelúcia, ele era branco e tinha olhos amarelos, muito fofinho. Minha mãe decidiu fazer o parto natural em casa, sem médico ou parteira. Ela não queria problemas e estava com medo que o bebê (eu) nascesse com rosto de lobo ou algo de lobo e acabasse assustando os médicos.

No dia em que nasci meu pai foi caçar para conseguir alimento para sua "cria". Ele voltou em casa e eu já estava nascendo, nasci bem e com saúde em um dia chuvoso que também nevava bastante. Meus pais vendo minha pele, cabelos e olhos tiveram a ideia de me dar o nome de Akashiro, que significa: Aka - vermelho e Shiro - branco. Por isso desse nome meio diferente.

Um ano depois minha irmãzinha Yuki nasceu em um dia que nevava bastante então meus pais a deram o nome de Yuki que significa neve. E um ano depois, na primavera seguinte, no dia em que meu pai desapareceu de repente o meu irmãozinho, Ame, nasceu em um dia chuvoso, dai o nome Ame, que significa chuva.

Minha mãe ficou esperando meu pai enquanto eu brincava com Yuki, mais ele não voltava mais. Ela pegou Ame no colo e colocou com a ajuda de um tipo de bolsa para bebê Yuki em suas costas e fomos enquanto ela segurava minha mão, ainda chovia muito e estava frio. Na porta de casa minha mãe encontrou compras e a carteira de meu pai, ela pegou a carteira e fomos com ela muito preocupada. Andamos bastante até chegar em uma ponte, onde vi um lobo igual ao papai no rio cheio de penas de um pássaro e puxei o vestido de minha mãe, ela olhou para mim e eu apontei para o lobo que era pego por alguns lixeiros mesmo e era colocado em um saco preto e levado para cima da ponte. Minha mãe pirou com o que viu e foi até onde tiravam o lobo, eu só tinha 2 anos e minha pequena irmã Yuki 1 e Ame algumas horas. Ninguém sabe o que aconteceu com meu pai naquele dia, talvez ele tenha agido por extinto e saído para caçar pro seu recém-nascido como fez para mim, ou estivesse querendo trazer alimento para minha mãe comer. Lembro de ver minha mãe me levando correndo até lá e tentando chegar perto, como se tentasse pegar o saco preto enquanto derrubava o guarda-chuva, mais os lixeiros não a deixavam chegar perto e suas lágrimas já caiam por seu rosto sem dó. Minha mãe dizia que aquele foi o pior dia de sua vida, e sabia que ele nunca mais voltaria e eu também já sabia disso quando vi colocarem meu pai dentro daquele saco preto.

Colocaram meu pai dentro do triturador de lixo e minha mãe parou de tentar ir até o saco e se derrubou ao chão chorando com minha irmã em suas costas e meu irmão em seu colo. Logo o caminhão foi embora e uma pessoa que estava com um guarda-chuva, segurou o guarda-chuva dele encima de minha mãe, para que não chovesse tanto nela, quanto em meus irmãos.

A única coisa que sobrou do meu pai foi sua carteira, roupas e sua carteira de motorista, não tínhamos fotos dele pois nunca tiramos juntos ou até mesmo separados. "Cuide das crianças", foi isso que minha mãe acredita ter ouvido meu pai dizer:

-Pode contar comigo. Eu vou cuidar deles. - dizia mamãe secando as lágrimas e sorrindo.


Notas Finais


Espero que tenham gostado do primeiro capítulo e relembrando: muitos dos personagens não são de minha autoria e muitas partes dessa fanfic foram "copiadas" do filme e um pouco alteradas.


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