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História Crime in the city hall. - Complicações


Escrita por: moongirly_ e cpf

Notas do Autor


Cheguei mais cedo pq sim \o/
O que tem no capitulo de hoje. Vamos la
❂Memorias do passado
❂Brigas
❂Talvez novos amores
❂Morte...
Tenham uma boa leitura <3

Capítulo 5 - Complicações


Fanfic / Fanfiction Crime in the city hall. - Complicações

(...)

Abri os olhos devagar e vi Calum com a minha arma nas mãos, ele observava ela com cautela, parecia fascinado. Sentei e o olhei com certa duvida. Por que ele estava mexendo nela? Nunca o vi tocando ou ao menos pedindo para isso. Peguei a arma de sua mão e a guardei na gaveta que deixo trancada no outro criado-mudo.

– Calma, só estava olhando.

– Não olhe, então. – Me levantei da cama e fui para o banheiro.

– Está nervosa? – Ele me seguiu.

– Não, só não quero que mexa no que não é seu. – Apoiei as mãos no batente da pia e o olhei para ele pelo reflexo no espelho.

– Tudo bem. Não farei mais isso.

– Ótimo. – Lavei o resto.

– Estressadinha. – Sussurrou.

– Não estou estressada! Não encoste na minha arma, Calum, entendeu? Eu já acho que foi você quem matou Harry e ai eu abro os olhos e te vejo com a minha arma nas mãos! – Tentei explicar.

– Eu nunca mataria aquele idiota!

– Não posso acreditar até que alguém seja preso.

– E por que transou comigo se não acredita em mim? – Apontou para si.

– Pra relaxar, você sabe disso!

– E precisou acreditar que relaxaria comigo! Ou não?

– Eu sempre fiquei tranquila ao seu lado e não vai mudar só porque você, possivelmente, pode ter matado alguém.

– Eu não matei ninguem! – Berrou.

– Não vou confiar até as provas dizerem o culpado! Você sabe como isso funciona.

– Okay... – Ele saiu do banheiro com as mãos para o alto.

– Calum! – Fui atrás dele e o vi se trocando. – Aonde vai?

– Vou embora.

– Por que? – Me aproximei e sentei ao seu lado.

– Porque não quero te ouvir me acusando.

– Você tem que entender, Calum! Me entende! Não foi eu que te coloquei como suspeito nisso.

– E quem foi? – Ele me olhou. – Eu que não fui!

– É isso que eu estou tentando descobrir. – Fiquei mais irritada.

– Então, acredite em mim. – Pediu com calma.

– Mesmo que eu queira, não posso te descartar da lista de suspeitos. – Balancei a cabeça.

– Por que sou tão suspeito? Só por investigá-lo? Só por fazer coisas que, vocês da polícia, deveriam fazer?

– Eu sou detetive particular, só trabalho quando me chamam! Não me interessa se Harry roubou ou deixou de roubar! Se você o ameaçou de morte antes dele morrer, você é sim um suspeito.

– Eu nunca fiz isso, está maluca?

– Não quero conversar sobre isso, Calum.

– Okay, tchau.

– Calum, por favor. – Segurei suas mãos quando o mesmo se levantou.

– Você duvida de mim. – Calum abaixou o olhar, depois me fitou. – Acha mesmo que eu mataria alguém?

– De verdade? – Assentiu. – Escuta bem... Sim, eu acho que todo mundo mataria alguém dependo da circunstâncias, mas nesse caso não.

– Tchau Holly.

– Calum!

– Até. – Ele saiu andando.

– Calum, por favor. – Me enrolei no lençol e fui atrás dele.

– Tem como parar? – O mesmo me olhou.

– Não quero que vá por causa disso!

– Mas parece que sim. – Franziu o cenho irritado.

– Não quero. – Não consegui segurar as lágrimas. – Foi exatamente desse jeito da última vez e, cara, não vale a pena... Então se quiser ir, okay, vai em frente, porque eu não vou me humilhar novamente, Calum.

– Eu estou indo agora porque está me forçando a fazer isso.

– Eu não estou apontando uma arma pra sua cabeça e te forçando a sair daqui! – Bati no peito dele. – Você não é mais uma criança, sabe muito bem o que faz!

– Você está me acusando! – Apontou para mim.

– Eu não, a lei está te acusando.

– Que lei? Não existe lei nessa cidade.

– Enquanto eu viver, terá!

– Eu só não quero ficar nisso. – Falou com um ar de derrota.

– Se transou comigo pra ter seu nome longe desse caso, você perdeu viagem, porque não terá até a investigação acabar.

– O que? Espera... Eu ouvi isso? Você disse isso? Não dá pra acreditar! – Sua raiva voltou.

– É o que esta parecendo!

– Você acha mesmo que eu faria isso?

– Eu não duvido de mais nada nessa altura do campeonato e não estou falando só de você.

– Eu nunca faria mal a alguém. Você me conhece, sabe quem sou, sabe o que sou!

– Ninguém nunca conhece a outra pessoa 100%. – Apertei o lençol, estava sofrendo dizendo palavras tão duras, mas era preciso.

– Eu nunca menti para você!

– Não é esse o ponto.

– E qual é? – Cruzou os braços.

– Calum, não começa, por favor.

– Eu amo você, mas me dói tanto ouvir isso.

– Eu sei, tá legal? Eu imagino o que está sentindo, mas eu não posso fazer nada! Ao menos que eu me demita. – Ele tinha que entender.

– Quando tudo isso acabar, conversaremos. – Suspirou.

– Não, ou é agora, ou não é mais nenhum dia, porque eu não vou passar por essa merda mais uma vez!

– Você que faz essa merda toda ocorrer.

– Eu? Eu? Foi você que começou!

– O que eu fiz? – Ouvimos um barulho assim que ele berrou.

– Savannah? – Fui até a escada e a vi correndo até a sala. – Vai embora, Calum.

– Conversaremos depois.

Ele passou por mim com pressa e saiu de casa batendo a porta. Me encostei no corrimão e sentei no degrau da escada chorando. Por que tudo tem que ser tão dificil? Parece que é um complô contra a minha felicidade. Minha vida está decaindo cada vez mais.

Me levantei limpando as lágrimas e entrei no meu quarto. Savannah, que eu nem senti passando do meu lado, estava sentada em minha cama, olhando para uma foto. Fui até ela e sentei ao seu lado, pegando a foto que ela estava olhando. Era eu e Calum em uma noite de natal. Foi tão bom esse dia, foi quando contamos para todos nossos amigos e familiares que estávamos tentando ter um filho. Calum queria tanto um bebê com seu rostinho, bom, não será comigo. Ele vai seguir sua vida sem mim e terei que fazer isso também, mesmo eu não querendo, eu o amo demais.

Savannah deitou a cabeça em meu ombro e falou que sentia falta de antigamente, confessei a mesma coisa e minha irmã disse também que não gosta quando eu e Calum brigamos. Não a respondi, deixei as lágrimas caírem com mais pressa. Recebi um beijo na bochecha e um pedido para que eu fosse descansar. A agradeci e Savannah sussurrou que conversaria com meu amado. Agradeci novamente e minha irmã me cobriu depois que eu deitei. Me encolhi e fiquei olhando para o nada. Vai dar tudo certo, Holly, você é a Detetive K, você supera tudo. Nada é impossivel para você. Você consegue, confie em si.

(...)

Entrei na sala e vi Savannah falando no telefone, ela parecia estar marcando algo. Fiquei atrás da parede, a observando. Ela parecia animada. Minha irmã tem as piores ideias do mundo e seja lá o que ela está aprontando, espero que não seja nada demais. Esses adolescentes. Ela desligou e apareci. Savannah me olhou e colocou a mão no coração.

– O que está aprontando? – Ri.

– Estou marcando um encontro com um garoto, vamos ao cinema na próxima semana.

– Danadinha. Quero conhecer esse menino.

– Você vai conhecê-lo.

– Ele já deve ser meu conhecido. – Sentei ao sofá.

– Vou jogar. – Mandou um beijo, mas quando levantou, a abracei com braços e pernas. – Holly!

– Só sai depois de dizer quem é.

– Só vai conhecê-lo depois. – Revirei os olhos, a soltei e ela correu.

– Use camisinha! – Berrei.

Comecei a rir e fui procurar um filme. Não tinha nada de interessante passando, mas deixei em X-men. Me enrolei em uma coberta que sempre fica na sala e deitei, me deixando confortável. Foquei minha atenção no filme que até que é legal, não havia o assistido ainda. Deve ser o último que saiu. Eu ia no cinema ver ele com Calum, mas não rolou e isso me bate uma tristeza. Odeio pensar nas coisas que havíamos programado e não fizemos, me deixa frágil demais e não gosto de ser frágil, isso é ruim para minha imagem. Acho que é isso que me faz ficar malucona e não resolver nada. Amanhã, voltarei bem para o trabalho, só preciso de um tempinho. Comecei a sentir fome e gritei por Savannah. Ela berrou que estava ocupada e gritei pra ela ir fazer alguma coisa pra mim comer, mas não obtive resposta. Quando ela foca naquela coisa, só sai se estiver morrendo. Algumas vezes, eu acho que ela é um menino, mas eu gosto, é melhor do que drogas. Ela não faz nada, só fica o dia todo naquele videogame idiota que lhe dei de natal ano passado. Acho que é por lá que ela fala com Michael. Talvez, ele seja o garoto do encontro no cinema. Bom, ele pode ser esquisito mas é decente, diferente do último namorado dela, aquele drogado. Ainda bem que o prendi e ela caiu na real, desde então, só fica com os menininhos por ai que eu sei.

Não gosto de ser rígida com Savannah, ela sabe o que fez, somos irmãs, cuidamos uma da outra, damos conselhos uma para outra, o que é bom, faz com que a harmonia cresça dentro dessa casa. Mas eu espero mesmo que seja esse nerd do Michael, não a quero com outro babaca. Bem que eu poderia descobrir antes de ela me dizer e evitar alguma merda, mas não vou invadir sua privacidade. Sei que minha irmã fará tudo certinho, só espero a verdade. Não quero brigar com ela, me machuca demais. Nunca fomos tão próximas do que somos agora e isso só aconteceu, infelizmente, depois do acidente de carro que matou meus pais. Se não fosse por isso, seriamos aquelas duas loucas que brigavam por qualquer coisa. Não ia dar certo e ela ia acabar em um orfanato. Ela é minha irma, não uma qualquer, temos que nos unir e nos tratar com amor.

Ouvi Savannah xingando alguém, levantei do sofá e fui para a outra sala, que deixa a cozinha entre as duas. Essa outra sala é tão linda que tenho dó de vê-la desarrumada. Papai que ficava nela, passava quase o dia todo deitado no sofá jogando videogame também, aqui é tipo nosso salão de jogos. É um dos lugares onde você ilude sua mente com facilidade. Sentei ao lado de Savannah e vi que ela estava jogando aquele jogo de tiros, não lembro o nome. Ela até que é boa nisso. Eu também sou, mas é porque é meu trabalho. Savannah tem reflexos bons e eu tenho muito orgulho dela.

Puxou isso de papai, eu também, é claro, ele era policial. Me ajudava tanto com seus conselhos. Agora eu os passo para Savannah. A ouvi gritando de raiva quando a mataram, comecei a rir e ela me olhou furiosa. Pedi o controle, porque agora eu quero jogar um pouquinho e ela disse que eu iria perder, mostrei o dedo a mesma, ela acha que sou péssima nisso. Peguei o controle de sua mão e comecei uma nova partida. Fui jogando enquanto Sav ficava conversando com alguém naquele fone que tem microfone. Era bem engraçado a ouvir dizendo “ela vai te pegar!”. Peguei o fone dela e fiquei ameaçando o menino enquanto minha irmã ria alto. Ele não falava nada, mas eu sabia que estava ali, conseguia ouvir sua respiração. Parecia estar desesperado para ganhar.

Adoro apavorar os amigos de Savannah, assim eles pensam duas vezes antes de se envolverem com ela. Ouvi o menino gritando “já vou, mãe”, foi na hora que soube que é Michael. Olhei para Savannah e ela parou de rir. Revirei os olhos e comentei que pelo menos dessa vez não é um drogado. Ela assentiu de leve e voltei ao jogo.

Avistei o personagem de Mike e o matei com uma faca. O ouvi resmungando e comemorei. Dei os aparelho para Savannah e perguntei se ela queria pizza. A mesma assentiu e pediu de calabresa. Voltei para a outra sala, peguei o telefone e liguei para pizzaria, fiz o pedido e fiquei o esperando. Liguei o aparelho de som de casa e uma música começou a tocar. Eu gosto muito de ouvir música, mas faz tempo que não faço isso. Pra falar a verdade, faz tempo que eu não fico em casa, normalmente, só me acham aqui na hora de dormir. Estou deixando de viver, sou prisioneira no meu próprio trabalho, que é exatamente pra prender as pessoas. Isso não é uma bela irônia e nunca será.

Ouvi a campainha tocando e abaixei o volume do rádio antes de ir até a porta. Peguei o dinheiro e a abri vendo o entregador, ele me deu a comida e eu o dei o dinheiro. Voltei para dentro de casa e chamei por Savannah. Ela gritou que já estava indo e segui para a cozinha. Deixei as coisas na mesa e comecei a comer quando a mesma apareceu. Minha irmã se serviu e ficamos conversando. Eu perguntei bastante de Michael. Não lembro dos dois terem virados amigos porque pelo que eu saiba, até ano passado, aquele esquisito sofria provocações na escola, mas claro que ele sempre revidava hackeando o facebook dos colegas. Lembro de vê-lo de relance na delegacia com sua mãe. Ele nunca foi preso de verdade, mas já levou umas broncas do delegado. Michael nunca para, então, nos acostumamos, mas ele não tem exatamente culpa, se não mexessem com ele, nada disso aconteceria.

Esse menino deveria trabalhar para a polícia, isso sim. Quem sabe quando ele fizer 18, podemos pensar no caso. Sei que aceitaria porque não seria mais zoado. Ele é um bom menino e super fofo. Dá vontade de apertar. Savannah contou que um dia ela estava toda confusa na lição de matematica e ele ofereceu para ajudar, então desde ai viraram amigos. Michael ficou jogando boas cantadas enquanto usava os números e ela aprendeu como fazer as contas. Contei que fui esses dias em sua casa e que o mesmo havia me perguntado sobre ela. Savannah sorriu e bati em seu braço. A chamei de “danadinha” e disse que os dois fariam um belo casal.

– Não sei... Ele só fez isso pra não ficar sozinho na escola. – Deu de ombros.

– Não é verdade, eu sei que ele gosta de você, é o que parece pelo menos.

– Mas e se ele não gostar? – Ela parecia triste.

– Eu acho que gosta.

– Para, idiota. – Sav bateu em meu ombro.

– Convida ele pra vir aqui, vocês assistem um filme, conversam, trocam amassos.

– Está me envergonhando! – Corou e gargalhei.

– Ue, é assim que funciona, aproveita.

– Não é!

– Era assim que eu fazia.

– Que nojo.

– Nojo do que, menina? – Franzi o cenho. – Você ainda é virgem?

– Chega. – Bateu as mãos na mesa.

– Responde! Você tem sorte de ser eu perguntando isso, porque quando me perguntaram foi o papai. – Lembrei a ela.

– Estou bem e você?

– Deixa de ser boba, Sav. – Revirei os olhos.

– Não quero falar sobre isso. – Encolheu os ombros e abaixou a voz.

– Por que não?

– Porque não.

– É bom conversar sobre isso, Savannah. – Sorri.

– Eu tenho medo. – Confessou.

– Do que? É so uma conversa.

– Tenho medo de fazer. – Suspirou.

– Sexo? Por que? É tão bom.

– Porque sim.

– Mas qual é seu nome? De doer? Ser ruim?

– Tudo. – Balançou a cabeça, olhando para o nada.

– Não é o que dizem. – Peguei outro pedaço. – Você só precisa acha a pessoa certa pra isso e relaxar, porque se ficar tensa vai doer mesmo.

– Viu? Está me traumatizando! – Tampou os ouvidos e ri.

– Eu me arrependo da minha primeira vez, mas não porque doeu ou porque foi com a pessoa errada, é que eu não estava preparada psicologicamente, mas se você estiver, faça sem medo porque vale a pena.

– E com quem eu faria? – Me encarou.

– Com alguém que goste e com alguém que goste de você também.

– Não sei se acharei.

– Se eu achei o meu, você tambem acha.

– Michael? – Ergueu uma sobrancelha.

– Ele seria alguém certo, mas vocês acabaram de começar uma amizade. Deixe ele fazer uma aproximação mais íntima primeiro, mas não seja jogada.

– E se ele não fizer?

– Ele vai fazer.

– Bom, vou jogar, até.

– Até. – Terminei meu terceiro pedaço de pizza e ela se foi.

Ouvi meu celular tocando e fui atendê-lo. O peguei na sala e vi ser Ash ligando. Revirei os olhos e aceitei a chamada.

– Fala? – Sentei no sofa. – O que houve?

– Algo que você não irá imaginar. – Ele estava com uma voz preocupada.

– Realmente, eu não imagino.

– Nosso caso ficou mais dificil.

– Ficou é? O que aconteceu? – Meu coração disparou.

– Mataram Luke.


Notas Finais


Esperamos que tenham gostado e que possa deixar deixar sua opinião, ela é muito importante para nos ❤
Nos vemos no próximo❤
Tha&Nany


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