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História Criminal - Capitulo 23


Escrita por: chaotic_vhs

Notas do Autor


Oie!

Esse capítulo, na minha visão, é um dos que mais gostei de escrever e mais me diverti revisando!
Espero que gostem e seja bem vindos nos leitores <3 Espero que venham comentar pra gente bater um papinho hein!

Capítulo 23 - Capitulo 23


 

Leiam as notas finais!

 

Deidara P.V.O 

 

O santuário tão calmo estava um caos agora, não apenas Menma como Obito e Madara tinham sido envenenados, mas em doses menores. Aparentemente Sasuke devia ter sido envenenado no lugar de Madara, mas como ele não estava na Ala Uchiha o almoço que era para ele acabou indo para Madara e Obito simplesmente caiu vomitando no escritório depois de tomar café. Sasori nunca deixou ninguém saber totalmente as receitas de seus venenos então eu sabia apenas alguns engredientes e, apesar de terem retardado os avanços e efeitos, eles ainda estavam correndo risco, com dor e vomitando. Eu não consegui ajudar, não consegui fazer nada além de ficar ao lado deles e dar meia receita, meu irmãozinho e as pessoas que me ajudaram tanto podiam morrer e eu não ia fazer nada para impedir. Meus sobrinhos estavam correndo perigo e eu não pude ajudar. E o pior disso é que ninguém estava conseguindo identificar ou decodificar aquele maldito veneno. 

 

Apenas sai do lado de Menma quando meus pais estavam mais calmos e podiam cuidar dele, mas ainda sim, o pequeno mal passava mais de alguns minutos acordado antes de dormir por horas a fio. Sasuke com, seja lá o que ele foi procurar no quarto de meu irmão, sumiu e meus irmãos mais velhos também  — nossa ordem era: Yahiko, ou Pain, Nagato, eu, Naruto e Menma, nesse momento os mais velhos simplesmente evaporaram e ninguém os achou. Tomei um tempo para ir ver Obito no quarto ao lado quando soube que meu irmãozinho estaria seguro. 


 

— Oi, insuportável. — sorri quando me aproximei de sua cama e segurei na mão com acesso do soro. — Como está se sentindo?  

 

— Tão bem quanto ser envenenado por um veneno sem antídoto, e você? — respondeu com um humor horrível, sem abrir os olhos e gemeu de dor quando tentou se mover, mas eu soube que ele não estava verdadeiramente irritado comigo quando apertou minha mão de volta. — Como ta’ o pirralho? 

 

— Muito mal. — respondi e tentei não chorar, mas minha voz tremeu e eu me embarguei, algumas lágrimas escorreram mas foram rapidamente secadas. — Ele está sentindo muita dor, tomou muito veneno, mal ficou acordado.

—  Orochimaru é bom em… —  ele parou para tossir e eu segurei seus cabelos para que ele pudesse vomitar no balde ao lado da cama, já que Hashirama, sentado na cama ao lado, estava ocupado segurando os de Madara. — Enganar a morte. —  ele murmurou ofegante e voltou a se deitar, puxei alguns papéis do suporte na parede e limpei sua boca, lhe dando um copo de água na boca. — Obrigado, mas se for tão cuidadoso assim eu vou começar a te chamar de senpai. — riu e eu também.  

 

— Oh o insuportável está caidinho por mim. —  provoquei me sentando com ele e lhe dei mais água até ele virar o rosto, assim voltei a limpar sua boca. —  A gente é todo fodido, né?

 

—  Principalmente em relacionamentos. —  ele finalmente abriu os olhos, estavam vermelhos e pareciam demorar a serem focados, os moveu até o lado onde Madara estava choramingando baixinho. —  Papai? 

 

— Ele está com dor. — foi Hashirama quem respondeu, visivelmente preocupado tirando os cabelos da testa suada do Uchiha mais velho para então colocar compressas de água gelada nele.. —  Vomitou muito, mas ele está bem, na medida do possível, volta a descansar, querido, papai vai ficar bem. —  ele afirmou, mas sabíamos que ele não podia ter certeza. —  Obrigado por vir ajudar, Deidara.

 

—  Ah não é nada, afinal eu te devo uma, não é? —  tentei sorrir e Obito fez o mesmo, revirando os olhos. — Acho que seu filho é o tipo que ia me cobrar até o inferno, melhor pagar de uma vez, senhor Hashirama.

 

— Ih o Obito é assim mesmo, ruim de coração igual o pai dele. — o Senju riu também, dando uma cutucada leve no braço do marido. —  Esses genes são seus e do seu clã malvado, querido. 

 

—  Obito…? — Madara acordou, dando um tapa leve em Hashi, eu pude ver que ele ainda estava com dor. 

 

—  Sim, papai? — o vi virar o rosto com um pouquinho de esforço. 

 

—  Eu gosto mais do     Deidara do que do Shisui. — meu rosto queimou como nunca antes, ficando vermelho como um pimentão e desviei o olhar, Hashirama fez que sim rapidamente.

 

— Ai pai pelo amor de deus! — o Uchiha mais novo bufou, voltando a virar o rosto pra cima e colocou a mão livre sobre a testa. —  A gente tá definhando lentamente, vamos morrer em três dias se não acharem um antídoto e você tá preocupado com minha vida amorosa ainda? Homem de deus vai fazer um testamento, falar que ama seu marido, não sei, liga pra um padre e vai se confessar, nem no leito de morte você me dá paz. 

 

—  Bobagem. — o vi resmungar e olhei a Hashirama atrás de uma luz, ele balançou os ombros. —  Orochimaru vai achar uma cura logo, eu me preocupo porque você sabe que é ruim em fazer amigos, seria bom um relacionamento com alguém mais extrovertido, alguém que te leve para passear fora dos bares escuros e fétidos que você frequenta com aquele estranho do Kakashi..

 

— Pai! — ele gritou e eu só queria me enterrar vivo, quando isso se tornou uma reunião de casamento? —  Ele namora e eu não quero um relacionamento, a gente já falou sobre isso.  

 

— A gente quer netos, Obito, você tenha talvez engravidado alguém mas é só um talvez e um talvez com alguém como Shisui não forma uma família, como vamos fazer almoços de domingo e mostrar as fotos do seu pipizinho quando você era um bebê? — Hashirama argumentou e eu fiquei incrédulo por ele concordar com isso. — Deidara sabia que o Obito sabe cozinhar muito bem? Nossa precisa de ver ele tocando piano também! Não quer almoçar com a gente quando isso tudo passar? Vai ser muito bem vindo!

 

Eu arregalei os olhos a cada frase, não dava para acreditar que, quase morrendo, eles estavam tentando me juntar com o filho deles, eu não sabia o que falar mas ver Obito, com todo aquele mau humor e pose de bandido malvado quebrando de vergonha me fez rir. Se fosse para ver Obito perder a postura eu faria. 

 

— Oh claro, eu adoraria! — sorri para o casal a minha frente e pisquei ao Uchiha incrédulo a minha frente. — Eu levo a sobremesa! Vocês gostam de tiramisù? 

 

—  Marcado então! — Madara sorriu e eu nem sabia que isso era possível. —  Perdoa o mau humor do meu filhote, ele não dorme bem, tá sempre com sono coitadinho, leva ele pra passear, deve ser esses lugares escuros que ele fica.  

 

— Madara o menino tem quase trinta anos, tem que parar de falar que ele ta com sono pra toda má criação que ele faz. — Hashirama ralhou, se levantando e cruzou os braços. —  Vai assustar o menino assim! Como quer ter netinhos de olhinhos azuis se você contar agora que o Obito é insuportável? 

 

Eu ri do casal discutindo, eles não paravam nem quando tudo estava ruindo e eu estava me divertindo muito vendo Obito esconder o rosto entre as duas mãos. Eu faria questão de fazer mais vezes agora. 

 

—  Eu odeio você. —  ele me olhou com todo o ódio que ainda conseguia reunir com o corpo fraco e eu sorri mais. 

 

— Eu sei, insuportável. —  parei quando uma enfermeira trouxe uma bandeja com remédios e um isotônico para o hidratar, me encarreguei de dar a ele enquanto Hashi dava ao marido. —  Abre a boquinha.


 

Comecei pelos remédios. Obito fez careta em todos e birra para tomar os mais amargos, me fazendo segurar em suas bochechas e apertá-las até que abrisse a boca, ele era como um bebezão que as vezes precisava de mãos firmes para o fazer obedecer o que era bom para ele. E eu tive certeza sobre como ele ficou emburradinho depois, com os braços cruzados e com bico, mas era fofo até certo ponto. Madara e Obito tinham essa pose de malvados e frios, mas o bebezinho do papai teve que tomar bronca e até rolou um “vamos, Ito, tome seu remedinho que quando melhorar papai te dá seu sorvetinho favorito.” até ele aceitar ser medicado.

 

A tarde fora parcialmente calma, eu alternava entre Obito e Menma — que até então apenas dormia, estavam falando de um coma induzido para retardar o veneno em altas quantidades em seu corpo. Naruto, Itachi e algumas equipes saíram para procurar Sasuke, Konan e meus irmãos mais velhos, mas a cada três horas voltavam com as mãos abanando. Estávamos sem tempo e eu estava entrando em desespero, principalmente por que eu não podia fazer nada então me focava em fazer algo por Obito, fiquei mais da metade da tarde lhe segurando o rosto enquanto ele vomitava tudo o que ingeria algumas horas depois ou lhe fazendo carinho para tentar aliviar as dores que aquilo causava. Esse era o veneno de Sasori; ele mata em três longos dias de vômito e dores lancinantes.

 

Era quase meia noite quando o hospital se agitou e gritos ecoaram, todos saímos do quarto para ver o que estava acontecendo  bem a tempo de ver Sasuke ensanguentado passando pelas portas de entrada, mancando e caiu logo na entrada da UTI onde estávamos, o computador de Menma nos braços coberto de sangue. 

 

— Oh meu deus, ele os matou, ele os matou! — ele gritou, tremendo e se curvou para frente. —  Ele os matou, ele os matou… eles estão todos mortos, todos eles, mortos, estão mortos, a culpa é minha, a culpa é minha, eles morreram e a culpa é minha.  

 

— Sasuke! — Naruto gritou e correu até ele. 

 

O hospital parou, Itachi e Naruto estavam tentando levantar Sasuke do chão, mas ele gritava cada vez que alguém chegava perto de si, ainda agarrando o computador com tudo o que tinha. Os médicos agitados e enfermeiras sem saber o que fazer, o sangue que escorria dele estava se espalhando com uma velocidade impressionante e nós não sabíamos de quem era, ou de onde. Eu estava cansado de ficar apenas sentado olhando sem fazer nada, empurrei todos da minha frente e corri até ele, me ajoelhando a sua frente e pensei alguns bons momentos antes de esticar a mão e lhe desferir um tapa no rosto, o agarrando pelos braços. 

 

— Sasuke, acorda! Você está seguro agora! — gritei e tinha certeza que Itachi queria me retalhar agora, mas não liguei, não quando íamos todos morrer se ele não acordasse. —  O que aconteceu?          



 

Sasuke P.V.O

 

                 

— Precisamos levar isso pro hospital agora mesmo. —  Pain disse, fechando a tampa do notebook. — Shisui vai morrer, eu mesmo vou matar aquele filho da puta… 

 

—  Não, Shisui vai viver, vocês vão morrer. — ouvimos uma voz atrás de nós e nos viramos tão rápido quanto para ouvir a trava da pistola sendo solta. —  Vamos, quietinhos. 

 

Shisui apontava para nós com uma SR-1, eu entendia bem o suficiente para saber que essa arma era letal, com um único disparo rápido e forte o bastante para a pressão perfurar até mesmo coletes militares. Eu abracei o computador contra mim e os Uzumakis entraram na minha frente, Konan me abraçou atrás de seu corpo. 

 

—  Shisui… —  chamei meu primo, torcendo para haver algum lado humano nele. —  A gente não precisa fazer isso, podemos achar um meio termo, você ama meu irmão e eu entendo...      

 

Ele atirou contra o armário em que estávamos escorados e eu tinha certeza que errou de propósito, seus lábios se torceram em um sorriso cruel, muito cruel.              

 

— Cala a boca, pirralho, vou entregar você pro Tobirama e mato os Uzumaki, volto para matar Itachi depois. Vocês vem comigo. — atirou novamente e dessa vez foi certeiro no ombro de Pain, o fazendo urrar de ódio e Nagato pensou em avançar, mas então outros três homens mascarados entraram em conjunto, foi um tiro de aviso. — Mato ele e seus sobrinhos antes de você sequer piscar.

 

Não tínhamos escolha além de obedecer naquele momento. Os homens nos agarraram pelos braços e nos puxaram para fora um a um, eu fui na frente bem atrás de Shisui enquanto saíamos pelo fundo da casa, pela entrada dos funcionários na cozinha onde agora não havia ninguém, as sirenes ainda soavam mas naquela área não tinham mais funcionários então foi fácil passarmos despercebidos. Eles tinham nos esquecido e por isso ninguém lembrou de fazer ronda ali também. Armas apontadas para nossas nucas assim não poderíamos gritar ou nos mexer demais, eu sequer conseguia olhar para trás ou para os lados sem sentir um cutucão forte em mim. 

 

Fomos levados até as laterais dos grandes muros que circundam aquele santuário e um portão estava aberto, antigo e quase totalmente enferrujado, onde mais pessoas encapuzadas nos esperavam. Eu estava com tanto medo que mal conseguia respirar ou focar minha visão, tropeçando a cada passo e deixando o homem que estava comigo impaciente. 

 

— Anda direito, porra. — me empurrou, segurando a gola de minha camisa e me levando, aquela voz tão conhecida, me fazendo chorar ainda mais com um arrepio na espinha. —  Anda, Sasuke, para de dificultar tudo. 

 

—  Por quê está fazendo isso, Kiba? —  perguntei baixinho quando ele me empurrou pelo portão. —  E-eu… meu bebê, meus bebês...


 

Fomos guiados por uma estrada acidentada, perto demais da encosta da montanha que despencava direto para o mar violento abaixo. O asfalto estava quebrado e cheio de solavancos de pedras e raízes que cresceram de mais, caminhamos pelo que pareceu horas mas eu não sabia se fora minha percepção ditorcida de tempo de realmnete tinhamos percorrido a encosta toda até uma área sem estrada, apenas rochas e masi rochas, mas mais a frente lá estava ele, sorrindo como um maldito sociopata. 

 

— Finalmente estamos nos vendo, Izuna. — Tobirama veio até mim e segurou meu rosto entre as mãos, me dando beijinhos na bochecha. — Está machucado? O que eles fizeram com vocês? Seu irmão, aquele louco, tirando você de mim, ele faz isso porque sabe que você é minha vida e que não vivo sem você. 

 

—  Tobirama eu… eu não sou o Izuna. —  murmurei, olhando para baixo, os homens que nos levaram tiraram as máscaras, revelando Kiba, Sasori e outros dois que eu sequer conhecia, um velho com o rosto parcialmente tampado por faixas e um careca banguela. —  Eu sou o Sasuke, por favor me deixa voltar, eu não fiz nada, por favor… 

 

Meu rosto ardeu com o tapa que levei. Tobirama era forte o bastante para um único tapa ter quase me levado ao chão se não fosse por Kiba me segurar antes disso, o computador foi tirado de mim quando o platinado voltou a me erguer pelo pescoço. Ele era grande e forte, seus braços dariam meu peso facilmente.

 

— Quieto, você é o Izuna. —  gritou, me apertando mais, mas logo me soltou de uma vez e voltou a sorrir, me fazendo carinho e me puxou para um abraço, sua mão fora a minha barriga, alisando algumas vezes em círculos. —  Ah, como cresceu! Nosso lindo bebezinho… como ele está, hum? Seu irmão alimentou vocês? Estavam seguros e saudáveis? 

 

Então entendi, Tobirama não achava que eu era Izuna mas ele precisava tanto se compensar pela culpa de ter matado o marido e o filho que qualquer "cópia" serviria. Eu era o prêmio de consolação, como uma peça que ele recortou para substituir a original. Quis reagir, gritar, qualquer coisa, mas não conseguia sequer respirar sem tremer dos pés a cabeça, então apenas fiz que sim. Talvez, fingir fosse melhor naquele momento, quanto menos irritado ele estivesse melhor seria para mim.  

 

—  Si-sim. — sussurrei e me encostei contra ele, não por opção, mas eu mal conseguia me manter acordado, minha pressão estava caindo pelo medo. —  Estamos bem, é um menino. —  disse o que ele queria ouvir quando nos ligamos no hotel e pareceu ser bom. 

 

Tobirama se virou aos homens atrás dele que sorriram, ele ergueu os braços para comemorar, “é um menino”. Ele estava feliz e eu estava longe de suas mãos nojentas, precisava apenas achar um jeito de parar isso, de fugir, mas Sasori parecia bem atento com aquele maldito olhar insano me encarando. Ao menos Nagato pareceu pensar o mesmo ao me olhar de canto e então gritou, indo para cima do careca banguela, o empurrou e socou, tentando puxar sua arma que atirava descontroladamente para cima, Sasori teve a atenção atraída ao correr para separar a briga quando Konan e Pai entraram no meio e agora eu só precisava me livrar de Kiba.

 

Voltei minha atenção a meu antigo amigo, meu ex namorado, o garoto que meses antes estava pedindo para namorar comigo. Estava me perguntando se, por acaso, eu tivesse aceitado ficar com ele se as coisas ainda estariam assim. Ergui as mãos em uma rendição falsa enquanto negava, procurando algum discurso digno de pena para que ele me ajudasse a fugir.     

 

— Me desculpa, volta pra ele, cria teu filho, Sas.. —  ele sussurrou para mim, baixinho, parecia mortalmente arrependido. 

 

Tiros voltam a serem disparados e eu me abaixei, Kiba atirou em seu próprio pé e me jogou a arma de uma vez sem que ninguém visse, só tive tempo de disparar em Sasori três vezes antes que ele atirasse em meus amigos, mas não tive certeza de um tiro pegou nele. Foi o bastante e as últimas balas da pistola, puxei o computador do chão para mim e corri com tudo o que tinha para o portão novamente. Pain, Nagato e Konan vinham atrás de mim e os tiros não paravam um segundo, zunindo em nossos ouvidos enquanto lutamos para não cair do penhasco a cada curva fechada. 


 

Um disparo mais alto, Shisui estava ao meu lado, mirando certeiramente em mim e atingiu, meu braço direito foi perfurado e eu caí, rolando algumas vezes quase caindo em direção ao mar abaixo, mas consegui segurar nas pedras e me arrastar para cima. Gritei de dor quando senti algo cortar minha barriga e lá estava um filete de pedra, rasgando minha pele, virei de barriga para cima e o tirei de mim. Por todos os deuses, isso não, não eles, não meus bebês. 

 

— Não ouse atirar no meu filho, Uchiha nojento. —  a voz de Tobirama brandou e só então vi a arma de Shisui apontada para mim. —  Quem deu a permissão de sequer atirar no meu marido? 

 

— Continua correndo! — Konan me puxou pelo braço, me arrastando para continuar. 

 

Mas os tiros não paravam e outro atingiu minha coxa, me fazendo cair de novo, urrando de dor com a perna sequer se mexendo, desta vez era Sasori caminhava pronto a atirar em minha cabeça, mas Pain entrou na frente novamente. Era seu segundo tiro e desta vez foi direto em seu estômago, o fazendo urrar e cair sobre mim, me sangrando da cabeça aos pés, literalmente, meus cabelos se molharam com o líquido quente, escorrendo em meus ombros e corpo. 

 

— Sasuke! — era Konan novamente me acordando do meu pavor, ela me puxou para cima e atirou em Sasori. —  Corre, não para de correr, sai daqui. 

 

Eu fiz o que ela mandou e quando olhei para trás segurava Nagato nas costas e se jogou da encosta da montanha, Nagato estava com uma arma maior e a seus pés o careca jazia com a cabeça aberta e o cérebro estourado pelas balas da doze que ele segurava minutos antes. O Uzumaki atirou algumas vezes para o paredão de pedras, fazendo um deslizamento acontecer e muitas rochas rolarem. Não vi mais, apenas corri para dentro e continuei correndo, correndo e correndo.

 

 

Já era noite quando consegui voltar para dentro e desmaiei em alguns arbustos do jardim, mesmo lutando para que pudesse continuar e permanecer acordado eu sabia que estava perdendo sangue e com a barriga machucada perder meus filhos era um medo bem real, mas eu não tinha forças e apenas apaguei sobre os galhos por talvez por alguns minutos, talvez por algumas horas, mas quando acordei continuei correndo pelo campo aberto, procurando alguém, qualquer pessoa, mas eu não conseguia achar sequer almaviva e as vozes de Shisui e Sasori me assombravam pela escuridão, eles ainda estavam ali, ainda estavam vivos. Eu praticamente me arrastei pelas sombras sangrando pelo braço, coxa e braço, sem poder sequer grunhir com a dor lancinante desviando de suas vozes até achar a grande construção iluminada e cercada por seguranças, era ali, finalmente eu estaria seguro. 

 

Reuni forças de onde eu nem sabia que tinha e disparei pra dentro com tudo, empurrando os homens na porta e quem quer tivesse no caminho, mas parei em algum momento. Totalmente cego pelo pânico eu caí sobre uma poça do meu próprio sangue, gritando e gritando. 

 

— Sasuke, acorda! Você está seguro agora! — era a voz de Deidara me puxando da escuridão confusa para a realidade. —  O que aconteceu?          

                                                                                     

—  Shisui nos entregou, Tobirama está aqui, mataram seus irmãos.

 

Fora tudo o que eu consegui dizer antes de cair em seus braços gritando em pânico.   

 


Notas Finais


Olá! Que bom que chegou até aqui! Não se esqueça de deixar um mimo para a autora.

Venho aqui divulgar meus outros trabalhos, caso queiram e se interessem em lê-los!

MIDDLE OF THE NIGHT - KAKAOBI
Kakashi e Obito vivem um romance proibido pelas madrugadas frias de uma Konoha cruel, porém quando o Uchiha decide acabar com tudo algo dentro de Kakashi se rompe com uma força dolorosa de mais para continuar vivendo.
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RABBIT HOLE - SUKUFUSHI
O prazer e a dor lancinantes, qualquer menos que isso não é o suficiente.
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SONG OF FURY AND DEATH - GAASAKU
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