1. Spirit Fanfics >
  2. Crônicas de Heróis >
  3. O Bosque

História Crônicas de Heróis - O Bosque


Escrita por: UchihaAika

Notas do Autor


Hello!
A boa notícia de hoje é que terminei minha monografia (TCC) e estou com mais tempo para escrever :D

Capítulo 107 - O Bosque


Hanabi

 

 

 

Então, seu pai estava morto.

Hanabi não sabia ao certo o que havia sentido ao receber aquela informação. Voltando aos seus pensamentos mais remotos de infância, o sentimento que imaginava que teria era de alívio, pois finalmente estaria livre da tortura de saber que ele a desprezava e, por vezes, de ser fisicamente castigada apenas por sua existência, coisa que ela sequer havia escolhido.

Mas não foi alívio o que Hanabi sentiu ao receber aquela notícia. Na verdade, tinha sentido algo parecido com tristeza e frustração em meio a toda a exaustão que já tomava conta de seu espírito. Mais uma morte, pensou, e mais uma na conta de Madara Uchiha.

Parecia que o rei de Austerin estava se esforçando bastante para acabar com todas as vidas de Konoha, e pensando naquilo, especialmente com as memórias que tinha dos tempos em que vivera com Sasori sob o cativeiro daquele rei, não conseguia sentir nada além de ódio por ele, e pensava constantemente sobre como gostaria que ele não existisse. Ainda que aquilo significasse que seu pai pudesse estar vivo.

Quem poderia saber? Talvez, quando reencontrasse Hanabi viva, ele demonstrasse algum arrependimento de sempre ter sido tão terrível com ela. Talvez ele a aceitasse, e resolvesse finalmente agir como seu pai após todos aqueles anos.

De alguma forma, ela sempre viveria com a crença daquela possibilidade, por menor que fosse, e por mais que tentasse reprimi-la de todas as formas possíveis. Havia sofrido demais por toda a vida tentando fazer-se acreditar na possibilidade de amor paterno, não precisava continuar com aquilo após a morte dele.

Estava, naquele momento, ajudando Naruto a montar a tenda que ele dividiria com Sakura e Sasuke. Repentinamente, o som de um trovão veio da região do vale, apesar de não haver nenhuma nuvem lá. O som prolongou-se, e pareceu vir se aproximando deles, como uma catástrofe anunciada. Hanabi levantou-se, olhando naquela direção, e Naruto fez o mesmo, mas o som parou repentinamente.

– O que pode ter sido isso? – Perguntou, mas Naruto deu de ombros.

– Não faço ideia, mas espero que Sasuke e Sakura não tenham ido longe. O que quer que seja, não é algo normal.

Hanabi sentiu um incômodo na espinha, como um arrepio bastante desagradável. Mesmo assim, seguiu para terminar os últimos ajustes necessários à tenda… e então, o som retornou. Hanabi olhou na direção de Naruto, que pareceu bastante preocupado, e percebeu que todo o exército de Konoha estava bastante tenso com aquele som. Olhou na direção do vale, tentando ver algo, mas as elevações da terra a impediam de ver tudo por completo, conseguia ver apenas o pico de algumas das seis montanhas da grande cadeia. Então, ela teve a curiosa impressão de ter visto, à distância, um pássaro muito grande. Como poderia um pássaro fazer todo esse barulho?

– Você viu algo? – Perguntou a Naruto.

– Não, não vi nada. O que poderia ser?

Talvez eu esteja louca, devia ser apenas um pássaro comum. Tomara que Sakura e Sasuke estejam bem.

Seus olhos foram do horizonte de forma quase automática para o pavilhão Hyuuga, que estava no mesmo ângulo de sua visão. Segundo Hinata, as duas dividiriam aquele pavilhão, mas tudo o que Hanabi conseguia pensar era, com certa amargura, sobre o quanto não pertencia àquele lugar. Provavelmente se meu pai estivesse vivo ele não me receberia de braços abertos. Na verdade, ele jamais me permitiria nem mesmo pôr os pés dentro do espaço daquele pavilhão, essa é a realidade.

E ela vinha descobrindo cada vez mais que não desejava desafiar os desejos de seu pai em vida. Na verdade, queria apenas partir dali o quanto antes.

– Você está muito distraída, Hanabi. Esse barulho aparentemente não foi nada demais, volte logo para cá. – Naruto a repreendeu. Com um pequeno sorriso, Hanabi voltou ao mundo, ajudando-o a montar a tenda que dividiria com Sakura e Sasuke.

– Perdão.

– Estava pensando em seu pai?

Hanabi não gostava de ser tão facilmente invadida por Naruto, mas sabia que precisaria se acostumar àquilo, pois eles eram parecidos demais, talvez em excesso. Naquele momento, ela poderia estar pensando sobre qualquer coisa, em especial sobre o barulho estranho que tinham ouvido e que ainda movimentava o exército de Konoha, mas Naruto sabia que ela pensava sobre o pai.

– Estava, por mais ridículo que pareça.

– Não é nada ridículo, é completamente natural.

Naruto terminou de fazer os últimos ajustes da tenda, e ambos se sentaram sobre tocos de madeira que serviam como bancos.

– Eu vivi por muitos anos pensando em meu pai, e olha que eu nem mesmo conhecia ele. Nunca tinha visto seu rosto…

Hanabi às vezes pensava que gostaria de nunca ter visto o rosto de seu pai também.

– Mesmo depois que eu, Sasuke e Kakashi saímos pelo mundo, e passamos a conhecer tantos lugares e tantas coisas diferentes, eu ainda continuava pensando nele. Acho que é natural desejarmos conhecer nossas origens e, especialmente, termos algum reconhecimento básico por eles.

Olhou para Naruto, imaginando como devia ter sido sua vida. Após conhecer ele, Hanabi passou a pensar que gostaria de ter sido enviada à rainha, sem nunca precisar ter vivido na presença de seu pai. Talvez assim as coisas tivessem sido mais fáceis. Não teria conhecido Hinata, nem mesmo Sasori, mas ainda acreditava que sua vida poderia ter sido melhor. Talvez tivesse resolvido fugir e sair pelo mundo tal como Naruto havia feito.

– Se somos desprezados pelos nossos pais, é provável que sejamos desprezados pelo resto do mundo. O amor dos pais é primário, e quando perdemos isso, ficamos aterrorizados…

– Eu sou desprezada por todos eles. Olhe e perceba a forma como tratam Hinata, e a forma como agem comigo. É como se eu não existisse. Tudo isso porque meu pai, que é um homem poderoso para eles, nunca foi capaz de me amar.

Hanabi havia sentido os olhares desde que chegara ao acampamento. Não havia nenhuma alegria por vê-la de volta, ninguém comentara sobre sua sobrevivência milagrosa e não tinham ideia sobre o que ela tinha passado e feito para chegar até ali. Já Hinata, havia sido recebida com toda a honra e com todo o carinho daquelas pessoas, como se ela tivesse feito tudo de grandioso sozinha.

Não havia espaço para Hanabi ali. Seu lugar era no mundo simples, onde as pessoas eram capazes de reconhecer os atos simples uns dos outros. Onde a voz dos poderosos não tinha tanta influência assim.

– Isso é porque você viveu muito tempo enclausurada nessa única realidade. Mas eu garanto para você, Hanabi, que as coisas são muito diferentes mundo afora. Não vemos mais desprezo no rosto das pessoas porque elas não fazem ideia de quem somos. É claro que, vez ou outra, encaramos desconfianças e hostilidade, o que é natural, mas ainda assim é bastante raro. Na maior parte do tempo convivemos com alegria, e descobrimos coisas que nunca sequer sonhamos.

Quando ouvia Naruto falar, e quando observava seu encantamento evidente com tudo o que já havia vivido, ela não tinha dúvidas de que desejava seguir seus passos. Se eles eram iguais, então que fosse, que virassem idênticos de uma vez, ela definitivamente não se importava. Apenas desejava poder ter as mesmas experiências, e conhecer, mesmo que rapidamente, o sabor da liberdade e a possibilidade de ser alguém sem ódio sobre si… a possibilidade de apenas viver e respirar, diariamente, sem qualquer tipo de cobrança.

Quando pensava naqueles termos, quase sentia vontade de chorar. Parecia tão irreal, algo tão inalcançável para ela. Mas não está tão distante…

– Quero ser como você. – Disse. Naruto ofereceu um sorriso radiante a ela.

– Você sempre poderá ser.

Tinha a certeza, um tanto quanto incômoda, que Naruto falava aquilo por Hinata. Pois imaginava que, se Hanabi seguisse com ele, então Hinata também seguiria. Mas naquele caso não daria importância, pois apesar de sua irmã continuar sendo o centro das atenções, Hanabi sabia que Naruto não a odiava. E também, seria bom ter Hinata por perto.

Antes que Hanabi dissesse qualquer coisa, Kirin chegou até eles ofegante, mas latindo muito, como se tentasse falar. Hanabi estremeceu quando ligou os pontos. Aquele barulho, e agora isso…

– Algo aconteceu a Sasuke e Sakura. – Naruto disse, como se pudesse ler seus pensamentos.

– O que houve?! – Hanabi perguntou, um tanto quanto alarmada. Não podia perder mais alguém, após todas aquelas pessoas que já haviam morrido em sua vida.

– Não sei, mas certamente houve algo. Fique aqui esperando Hinata, eu procurarei por eles…

– Não! – Hanabi gritou. – Eu vou com você!

Não permitiria que ele fosse sozinho atrás daquele terror, fosse o que fosse. Provavelmente haveria mais cavaleiros no bosque, procurando pela origem do som, mas ela precisava de certezas e não de possibilidades.

Naruto não ofereceu objeção, e ela capturou uma espada, que costumava ser a espada de Sasuke antes que ele tivesse ganhado a espada élfica, segundo as histórias que Hanabi ouvia.

Não precisava esperar por Hinata, pois sua irmã estava conversando com a rainha, e não corria qualquer risco. Seus amigos, por outro lado, pareciam estar com um grande problema.

O sol já estava se pondo quando adentraram o bosque, seguindo a furiosa Kirin entre todas aquelas árvores. Subiam e subiam antes de alcançar o vale, mas logo começaram a descer novamente por uma ampla clareira, de onde podiam visualizar todo o vale, com o rio serpenteando entre os verdes do bosque.

Naruto abaixou-se, e tocou o chão.

– O chão está quente! – Comentou ele, perplexo. – E não é calor do sol… é quente mesmo.

Hanabi voltou a olhar para o horizonte, lembrando-se do pássaro grande que talvez tivesse visto. Fênix… ou dragão?

– Naruto, eu… preciso te falar algo.

Ele levantou-se e olhou em sua direção com toda a atenção.

– Após aqueles barulhos, olhando no horizonte eu achei ter visto algo, como um pássaro muito grande… e agora você diz isso do calor… eu pensei em fênix, ou em dragões, mas deve ser loucura…

Naruto estreitou os olhos, e depois passou a mão pelos cabelos.

– O pior é que depois de tudo o que vivemos esses últimos dias eu não duvido de absolutamente nada.

Kirin, que já estava longe, latia para eles.

– Sakura e Sasuke devem ter ido por ali…, mas por quê?

Hanabi olhou para o sol, que estava se pondo.

– Se formos seguir, precisamos ao menos de tochas.

Naruto olhou para Kirin, para Hanabi, e então para o céu. A noite seria sem lua, e provavelmente uma noite bem fria.

– Se não formos agora, poderemos perdê-los… o que pode ter acontecido a eles?

Hanabi não tinha ideia, mas ao mesmo tempo tinha um medo terrível de seguir em diante, de entrar naquele bosque e se perder na escuridão fria da noite sem lua. Uma vez fugira dos austerinianos em uma noite sem lua e a sensação havia sido libertadora, mas agora parecia tão terrível… era como se aquele bosque guardasse os maiores perigos a serem enfrentados. Ela podia sentir em suas entranhas.

– O que poderemos fazer nessas condições? Os leopardos atacam à noite.

Hanabi sabia daquilo, mas o medo que invadia suas entranhas não era dos leopardos. E, a julgar pela expressão no rosto de Naruto, ele também compartilhava daquele mesmo sentimento.

Naruto jogou-se no chão, apoiou os cotovelos nas coxas e segurou a cabeça entre as mãos.

– Isso de novo não! Que merda! Sempre uma maldita floresta amaldiçoada!

Hanabi abaixou-se ao lado dele e pôs as mãos em suas costas.

– Naruto… tem algo de estranho nesse bosque. Eu sinto, e acho que você também. Se formos agora, não sei se encontraremos qualquer um dos dois, e não sei se conseguiremos retornar. Precisamos voltar.

Naruto não parecia desejar, nem um pouco, sair dali. Ao mesmo tempo, ele também não demonstrava a coragem (que Hanabi diria ser desumana) de adentrar aquele lugar com uma aura tão negativa e escura.

– Esperaremos até amanhã, e isso é tudo. Assim que o dia amanhecer, buscaremos por eles.

 

 

 

Sasuke

 

Sua impulsividade muitas vezes se mostrava uma característica bastante desagradável de sua personalidade, que necessitava de uma mudança. Porém, ele nunca sentia que era realmente capaz de mudar aquela característica e, por isso, continuava sendo impulsivo, e continuava se metendo em problemas.

Apesar de ser por uma boa razão, ele agora se encontrava em um caminho sem volta. Havia se emaranhado no Bosque dos Leopardos, sem pensar que o sol estava se pondo e que naquela noite a lua não surgiria para iluminar seu caminho. Mais do que isso, não havia pensado sobre o frio que vinha fazendo durante a noite, ou sobre a possível necessidade de fazer uma fogueira, nem tampouco sobre o fato de os leopardos serem animais que preferiam consideravelmente atacar durante a noite. Mas eles dificilmente atacam humanos, pois existem presas maiores e mais atrativas por aqui. Ao menos esses animais eu não preciso temer tanto.

Ainda assim, Sasuke caminhava com a mão sobre a espada solta na bainha, pronto para utilizá-la caso necessário. Sabia que aquele aço élfico era poderoso para cortar algo.

Havia saído para uma caçada rápida, mas provavelmente acabaria morto, e não seria capaz de saber o que havia acontecido com Sakura (que àquela altura também poderia estar morta).

Os sons do bosque eram um tanto quanto aterrorizadores. Sasuke estava utilizando as estrelas como guia para saber em que direção seguir, mas ao mesmo tempo caminhava em passos de tartaruga, pois não enxergava o chão sobre o qual pisava e a qualquer momento poderia quebrar um pé ou uma perna. Assim, em sua lentidão irritante, conseguia ouvir os sons das aves, dos insetos, dos répteis, e provavelmente dos leopardos também, que deviam estar caçando. Estava completamente sozinho, apesar de estar rodeado por inúmeras vidas. Além disso, não tinha conhecimento pleno da flora daquele bosque, para saber o que poderia ser útil a ele naquela noite ou o que poderia acabar com sua vida facilmente.

Mas claro, as coisas sempre poderiam ficar piores. Em algum momento da noite, Sasuke passou a sentir uma sede terrível. Ele podia ouvir o rio correr ali por perto, mas não tinha certeza do quão seguro poderia ir até lá tomar água no meio de uma noite tão escura. Poderia ser muito seguro, mas também, ele poderia escorregar nas pedras que não enxergava e bater a cabeça e morrer, ou poderia se afogar…

Quando Sasuke pensou que tudo havia chegado a um nível extremo de ruindade, ele ouviu ruídos mais próximos dele do que nunca. Os ruídos eram absurdamente sutis, como se qualquer criatura que os tivesse fazendo fosse muito furtiva, mas Sasuke conseguia ouvir minimamente, ter alguma ideia de onde vinham. Eles não vinham de um ponto fixo, eles se moviam. Deve ser algum animal, pois definitivamente não está parado.

Sasuke desembainhou sua espada, mas antes que estivesse posicionado para o ataque, o animal saltou em suas costas. Em um pensamento rápido, Sasuke soube que o animal atacaria seu pescoço. Sentiu as garras dele penetrarem a pele sobre suas costelas, segurando-o, mas conseguiu arquear o corpo para a frente de modo a fugir dos dentes ferozes que vinham em direção à sua nuca. O animal rugiu quando o atacou, de maneira feroz, como se não houvesse dúvidas de que havia capturado a presa. Um leopardo, Sasuke teve certeza. Mas também teve certeza de que não morreria tão facilmente.

Manejou a espada por cima, e mesmo sem poder enxergar, tanto pela escuridão quanto pelo fato de o animal estar às suas costas, Sasuke sentiu a espada penetrar o corpo do animal, que guinchou, e diminuiu a força com a qual segurava Sasuke.

Com certa dificuldade, conseguiu puxar a espada élfica novamente, e impulsionando o corpo para a frente, conseguiu se livrar do leopardo que antes o segurava. Sentia o ardor sobre a pele das costelas que havia sido deixado pelo perfurar das garras do leopardo, mas quando percebeu algo totalmente inusitado que havia acontecido, repentinamente esqueceu de qualquer dor.

A espada élfica estava acesa. Por mais surreal que aquilo parecesse, o metal élfico, após ser banhado pelo sangue animalesco, emanava uma luz pálida como a luz da lua, mas que iluminava o caminho de Sasuke de maneira a facilitá-lo amplamente. A luz permitiu que ele enxergasse o leopardo ferido, mesmo que minimamente. Viu que as costas do animal estavam banhadas por sangue, e que seus dentes estavam à mostra em ferocidade, e que mesmo gravemente ferido ele não perdia a posição de ataque.

Há algo de errado. Um animal ferido como este já teria fugido para sua toca há muito tempo.

O leopardo rugiu novamente e veio em sua direção, mas já estava fraco demais. Até mesmo por um ato de misericórdia, Sasuke arrancou sua cabeça com um único golpe. Não gostava de matar um animal com tamanha covardia, mas havia, de fato, algo de muito errado ali.

Sasuke limpou o sangue da espada no pelo do animal morto, e virou-se para seguir seu caminho…

Porém a luz pálida da espada mostrou-o que seu caminho não estava livre. Mais dois leopardos surgiam, juntos, como não era comum que andassem. Todos diziam que os leopardos eram uma espécie individualista. Um dragão, e agora a atitude estranha desses animais… tem algo aqui, e preciso chegar até Sakura logo antes que seja tarde demais.

Posicionou-se para o ataque, pois não haveria outro jeito. Sabia que aqueles animais o atacariam, e ele não poderia simplesmente morrer para eles. Tinha muito para ser feito em sua vida ainda. Um dos leopardos saltou em sua direção, tão alto quanto sua cabeça. Com um golpe limpo e preciso, Sasuke abriu a barriga do animal, e suas entranhas despencaram no chão. Não teve tempo de perceber o outro, apenas de desviar o braço de sua mordida feroz, mas as garras do animal seguraram sua coxa direita, perfurando-a dolorosamente.

– Merda! – Sasuke gritou, quando viu que o leopardo morderia sua perna. Com uma dentada, ele arrancaria fácil, isso se não pegasse em algum vaso sanguíneo capaz de matá-lo.

Rapidamente Sasuke desceu a espada sobre a cabeça do animal, e conseguiu matá-lo antes que sua boca se fechasse ao redor da coxa. As garras perderam força, e Sasuke ficou ofegante, buscando ar para seus pulmões com bastante dificuldade.

A luz da espada estava um tanto quanto ofuscada pelo sangue, então precisou limpá-la novamente. Quando a ergueu, mais três leopardos se aproximavam, de maneira totalmente ameaçadora.

– Não é possível! – Gritou. A fúria tomou conta de seu corpo, tudo o que ele desejava era sair dali.

Foi para cima do leopardo como se ele fosse outro ser humano, pois era exatamente aquilo que parecia. O animal também veio em sua direção, veloz e ágil como era de sua natureza, mas de alguma forma, Sasuke conseguiu antever seus movimentos. Soube que ele tentaria acertar sua barriga com as garras, para imobilizá-lo, e por isso, quando se aproximaram, Sasuke deu um passo em falso e voltou para trás. A enorme pata do animal fez o vento bater contra sua túnica, mas não encostou em sua pele. Em compensação, a espada de Sasuke cortou sua garganta precisamente.

Sasuke gritou, enfurecido, e quando foi para cima do próximo, ele pareceu recuar, tal como os outros. Como se algum tipo de instinto natural estivesse, apenas naquele momento, voltando para os seus corpos, e fizesse com que percebessem que não valia a pena lutar contra aquela caça em específico.

Os últimos três recuaram, e Sasuke pôde respirar.

Caiu sentado no chão, exausto, apesar de tudo ter acontecido muito rápido. Seus músculos pareceram brevemente dormentes devido ao esforço despendido.

Sasuke observou a espada élfica em suas mãos, ainda iluminada como se fosse feita de um pedaço da lua. Sim, Lua… esse será o nome como a chamarei daqui em diante. Mas Lua em élfico… apenas Sakura poderá me dizer chamá-la, e é por isso que preciso continuar a procurar por ela.

Após um breve descanso, Sasuke seguiu o caminho, com a espada mágica élfica que se chamaria Lua guiando o seu caminho até Sakura.


Notas Finais


E aí, o que acharam?
Dependendo do quanto eu conseguir escrever entre essa semana e a próxima, eu talvez já publique o próximo capítulo quinta que vem. O POV dele será de Sakura, e preparem-se para algumas revelações (:

Até mais!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...