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História Cross-Earth - Daiyonsho


Escrita por: St13 e EJ-Star

Capítulo 4 - Daiyonsho


Fanfic / Fanfiction Cross-Earth - Daiyonsho

Depois, no fim de todo aquele caos, Tsuna e os outros acolheram a garota raposa, e agora…

– Então… você é uma Youkai? — disse Tsuna, um tanto confuso.

– Sim. E vocês são humanos? — disse a garota com traços de raposa, vendo Tsuna e Midoriya assentirem.

– E você não reconhece isso? — disse Midoriya, mostrando um smartphone para ela.

– Não. O que é isso?

– É bizarro, mas pode-se considerar viagem no tempo nisso… não, é muito improvável… mas ao mesmo tempo pode ser uma realidade, já que existem tantas bizarrices por aí… — Midoriya começou a murmurar, segurando o queixo com os dedos indicador e polegar. – Também há chances de ela estar nos enganando e tirando uma com a nossa cara…

– Eu não digo que ela está nos enganando. — disse Tsuna, pegando Midoriya de surpresa.

– Como você pode ter certeza? — disse Midoriya, confuso.

– Bom, é confuso, mas… eu meio que sinto isso. — disse Tsuna, coçando a nuca. 

– É a Hyper Intuição do sangue Vongola, Tsuna. — ouviu-se a voz de Reborn, e o mesmo estava na porta do quarto de Tsuna, apenas ouvindo de braços cruzados. – Não é confuso. É algo que você herdou de seu antepassado, o Vongola Primo.

– Eu ainda acho bem difícil de engolir a história de eu ser descendente do cara que criou tudo que me atormenta hoje em dia… — “Eu preferiria mil vezes ser descendente de um padeiro ou alguma coisa mais normal assim”, suspirou Tsuna.

– Hyper Intuição, é…? Como isso funciona? É como um sensor ou algo do tipo? — disse Midoriya, anotando freneticamente num caderno.

– Você também comprou essa história? — disse Tsuna, suspirando.

– De qualquer forma, se essa garota tiver vindo do passado, então ela pode ser algo que desconhecemos totalmente. — disse Reborn, olhando para a garota raposa com seriedade, como se estivesse lendo-a. – Você pode confirmar sua história?

– Olha, eu não faço a menor ideia do que vocês estão falando. Se eu vim mesmo do passado, então eu não tive tanta escolha, certo? Entre ficar no meu tempo e vir para uma época onde eu desconheço tudo, é meio óbvio o que eu escolheria, não acha? — disse a garota educadamente. – Eu também não sei o que aconteceu, por isso não posso confirmar nada do que vocês estão falando, mas-

– Espera, e se a Jyuunen Bazuka tiver algo haver com isso? — disse Tsuna, olhando para Reborn. – O que ela disse me parece muito com o que acontece com o Lambo Adulto, não é?

– Jyuu o quê? — continuou Midoriya, anotando com entusiasmo em seu caderno.

– Sim, Tsuna. É uma teoria interessante, agora o que desmistifica ela totalmente é o fato de que, para trocar de lugar com o seu eu do futuro você precisa ser atingido por ela no passado, e depois de cinco minutos tudo volta ao normal. Olhando bem para as roupas dela, você acha que algo como a Jyuunen Bazuka, ou até mesmo a Família Bovino, existiriam na época de que ela veio? — disse Reborn, suspirando. – E já se passaram mais do que cinco minutos desde que ela diz ter aparecido, não foi?

– Então… ainda não sabemos o que tá acontecendo… — suspirou Tsuna, coçando a nuca. – Por que essas coisas bizarras só acontecem comigo?

– Bizarra? Eu não sou bizarra. Não eram vocês que lutavam contra um Youkai com as mãos nuas? Você e seu amigo devem ser os mais bizarros nesse recinto. — disse a garota, as orelhas erguidas e a cauda balançando um pouco.

“Acho que ela tem razão… entre uma garota raposa e um candidato falho a chefe de uma máfia, um estudante do curso de heróis da U.A, e… o Reborn, que diz ter sido amaldiçoado por alguma coisa que eu não entendi, acho que ela é a mais normal, de certa forma…”, pensou Tsuna, cruzando os braços.

– Falando nisso… como você fez aquilo?! — disse Midoriya, deixando o caderno de lado.

– Aquilo o quê?

– Aquilo de lutar contra aquele bicho! Sabe, aquela chama estranha na sua testa, aquela força monstruosa e-

– Você tem, literalmente, um poder que faz raios saírem de seu corpo, é rápido e forte, e tá me questionando sobre aquilo? — Tsuna suspirou. – Aquilo foi… bom…

E ele olhou para Reborn, que assentiu brevemente. Tendo a confirmação de Reborn, Tsuna olhou para Midoriya e contou todas as bizarrices que começaram em sua vida há dois anos — sobre o fato de ele ser candidato a Décimo Chefe da Vongola, uma família da máfia italiana (a mais poderosa e influente de todas), sobre seu treinamento, sobre seus amigos e suas supostas habilidades, e tudo que passou e viveu nesses dois anos desde que conhecera Reborn.

– Wow! Isso é tudo verdade?! — disse Midoriya, anotando tudo em seu caderno. – Então, você também possui poderes, mas não pode ser considerado um herói, ninja ou qualquer coisa nesse sentido? Interessante… quem diria que ainda existiriam bizarrices nesse mundo, e-

– Olha, eu tô ouvindo, viu? — Tsuna interrompeu os murmúrios de Midoriya. – Acredite, se eu pudesse escolheria por ser normal…

– Mas ser diferente não é bom? Quer dizer… eu passei minha vida toda desejando poderes para proteger as pessoas, e… quero dizer, eu já nasci com poderes, claro! Mas, eu meio que… eu não… — Tsuna e Reborn puderam notar a dificuldade de Midoriya em continuar sua história. – O que eu quero dizer é que se você possui força, você pode proteger aqueles ao seu redor. Não foi isso que você fez hoje?

Tsuna sorriu brevemente, e assentiu um tanto hesitante. Reborn baixou a cabeça e suspirou. “Esse garoto pode ser um bom incentivo para o covarde do meu aluno”, ele pensou, e, logo, todos ouviram movimento lá em baixo.

– DÉCIMO! — ouviu-se a voz de Gokudera, e logo em seguida, o mesmo surgiu na porta do quarto, ofegante. – Décimo, eu sei o que é essa mulher estranha!

– Hm? — disse a garota raposa, atentando-se para o garoto novo no quarto.

– S-Sabe, é…? — “Por que eu tenho um mal pressentimento quanto a isso?”, pensou Tsuna, sorrindo sem jeito.

– Sim! Ela é uma Kitsune! — e Gokudera apontou para a garota com seriedade.

– Kitsune…?

– Oh! Claro! Como eu não tinha pensado nisso? Uma Kitsune pode se disfarçar de humanos de acordo com o folclore… e se ela não se transformou totalmente, deve ser porque é muito nova, ou-

– Sai de ré! — disse Gokudera, agitando a mão como se benzesse a garota, que só observou em silêncio.

Logo, ela não se aguentou e riu abertamente. Sua risada era normal, e isso fez até mesmo Gokudera parar o que fazia com tanto esforço.

– Eu não sou uma Kitsune. Sou uma Youkai. — disse a garota, enxugando os olhos. – Vocês humanos são bem divertidos, sabia?

– Youkai…? — disse Gokudera.

– É assim que se chamam os demônios antigos que atormentavam a humanidade, de acordo com as histórias. — ouviu-se a voz despreocupada de Yamamoto, e logo ele surgiu na porta do quarto de Tsuna, ao lado de Reborn.

– Ah! É mesmo. — disse Tsuna, lembrando-se.

– Hmpf. Você só deu certo, maníaco do beisebol. Mas se ela é mesmo um demônio, então-

– Demônio é só uma forma de falar. Eu pareço que vou causar algum mal a vocês? — disse a garota, suspirando. – Olha, nem eu sei o porquê vim até aqui, então não adianta ficar causando tanto alvoroço por minha causa. 

– Viu, Gokudera? Eu disse que ela era inofensiva. — disse Yamamoto, rindo.

– Inofensiva ou não, o jeito como você deu cabo daquela coisa foi impressionante, garota. — disse Reborn, um tanto sério. – O que você pretende fazer agora? Você está num mundo totalmente diferente, e não se sabe se ainda existem outros de você por aí.

– Reborn…? — disse Tsuna.

– Você pode ser o que quiser agora. Sendo bem direto ao ponto, você será aliada ou inimiga? — e Reborn foi visto usando uma pistola para ajeita o chapéu. – Pense bem antes de responder.

– É isso aí, Reborn-san! — disse Gokudera, sacando dinamites e entrando em guarda.

– E-Ei! Espera aí! — “Se continuar assim, meu quarto vai virar uma zona de guerra! E eles não se sentem nem um pouco intimidados com todo aquele poder que ela mostrou ter ao atacar aquela coisa?!”. – Vocês não podem lutar no meu quarto!

– Bom, eu sei de tudo isso, senhor do terno. — disse a garota, suspirando com um certo pesar. – E eu também não sei o que fazer agora, como também não sei o que sou de vocês. No meu tempo, Youkais e humanos vivem separados, então…

– Em outras palavras, nós precisamos decidir como tratar você. — disse Reborn, suspirando e olhando para seu aluno. – Você decide, Tsuna.

– Eu?! Por que eu?!

– Porque você é o chefe.

– Mas eu disse que não queria ser o chefe! — e Tsuna levou as mãos a cabeça, em desespero.

– Você é engraçado, humano. Mesmo com toda aquela força, ainda possui um lado desses. — riu a garota raposa, sorrindo. – Mesmo que eu não entenda direito o que está acontecendo, acho que minha vida está nas suas mãos agora, certo?

– Eu… — disse Tsuna, pensativo. – Eu não acho que ela seja uma inimiga, ou alguém que seja preciso apontar armas ou dinamites.

E Tsuna olhou para a garota raposa, logo olhando para Reborn.

– Ela veio de um tempo diferente do nosso, e deve estar assustada, nem que só um pouco, por isso-

– Você quer ajudá-la, certo? — disse Reborn, vendo seu aluno assentir. – Droga. Perdi outro alvo. Ouvi falar que está na época de caça à raposas agora.

– Reborn!

– De qualquer forma, Tsuna. O que você vai fazer agora?

– Hm? Como assim…?

– Ao decidir ajudá-la, você ficou responsável por ela, certo? — disse Reborn, guardando a pistola. – Esse é seu dever como chefe.

– Quê?! — “Antes ele queria atirar nela, mas agora parece que ele quer trazer ela pra esse negócio de máfia também!”, e Tsuna desesperou-se novamente, coçando a cabeça. – Por que sou sempre eu que tenho que decidir as coisas?!

– Porque você é o chefe, óbvio.

– Ha-ha. Relaxe, Tsuna. — disse Yamamoto, rindo despreocupado. – Se precisar, eu acho que posso pedir pro meu velho para que ela fique lá em casa por um tempo.

– Y-Yamamoto…?

– Pode ser uma coisa boa. Meu velho pode gostar de conhecer uma Youkai no final das contas mesmo. 

– Se o Décimo decidir, eu também não me importo. — disse Gokudera, guardando as dinamites e cruzando os braços. – Como seu braço direito, meu dever é cuidar de coisas incômodas pra você, Décimo.

– Coisas incômodas…? — suspirou Tsuna, olhando para a garota raposa. – Acho que, talvez, seja melhor ela mesmo escolher, certo?

– Mole como sempre.

– Reborn!

A garota raposa riu, e olhou para Tsuna, sorrindo um pouco.

– Então, já que é assim, espero que não se importe se eu ficar aqui na sua casa por um tempo. — disse ela, e Tsuna corou um pouco.

– Parece que o Tsuna-bom-em-nada possui fantasias secretas sobre meio animais. — zombou Reborn, e Tsuna ficou de pé depressa.

– C-Claro que não! É só que… nenhuma garota disse que queria ficar aqui em casa, e é um pouco estranho!

– A Bianchi mora aqui. A Ipin também.

– É mas… é diferente! — “Fora que as duas são perigosas… a Ipin é uma Hitman forte mesmo sendo uma criança, e a Bianchi veio pra cá pra tentar me matar, então-”.

A garota riu, e Tsuna a olhou. 

– Você tem certeza que quer ficar aqui? Quer dizer… talvez seja melhor você ficar na casa da Kyoko-chan ou da Haru, não é? — disse Tsuna, meio nervoso. – Além de elas serem garotas, elas ainda podem te ajudar de formas diferentes, e-

– Não seja bobo, Tsuna. Se esqueceu que aqui também moram mulheres? — disse Bianchi, surgindo atrás de Reborn e olhando para a garota. – Mama e eu ouvimos tudo lá de baixo. Nenhumas de nós temos oposições sobre ela ficar aqui, e deve ser o mínimo a se fazer já que ela nos salvou, não é?

– Bom… — “Se bem que a Bianchi tem razão. Foi ela que espantou aquela coisa, e acho que só estamos vivos aqui por causa dela”.

– O que tem de bom em depender dos outros, Tsuna Idiota? Não seja tão conformado! — disse Reborn, dando um cascudo no alto da cabeça de seu aluno. – Nós ainda temos muito a treinar até você estar no nível de um chefe de respeito. Nós vamos treinar de forma intensa de hoje em diante.

– Droga… e lá se foi minha paz inexistente… — disse Tsuna, choramingando de joelhos, um galo na cabeça.

A garota raposa riu, logo sorrindo para Tsuna e os outros.

– A propósito, me chamo Yukiye Hiromoto. — ela se apresentou, curvando-se por um segundo. – É um prazer conhecê-los.

– Eu sempre achei que você gostasse da Kyoko, Tsuna Idiota.

– R-Reborn!

Como sempre, a casa dos Sawada era bem agitada…

 

 

 

 

Enquanto momentos de paz seguiam-se por aí, Sasuke estava, com uma tropa de Uchihas, num ambiente hostil e nada hospitaleiro. Era uma floresta densa e escura, e todos seguiam com bastante cautela e cuidado. Em determinado momento, eles fizeram uma pausa e, enquanto olhava para o luar, Sasuke ouviu passos e logo se pôs em guarda, a mão na bainha da espada e o Sharingan de dois tomoe ativado.

– Calma, calma, Sasuke. — disse Itachi, jogando uma garrafa de água para o irmão. – Você está muito tenso, sabia?

– Nós estamos procurando o esconderijo do Orochimaru, não estamos? Ele não é o traidor de Konoha que se aliou com a Akatsuki? Você estar relaxado dessa forma é o que eu não entendo. — disse Sasuke, aceitando a água e desativando o Sharingan.

– É verdade que estamos atrás do Orochimaru, mas não se esqueça de que estamos em maior número, e-

– Ele não é um dos Senins Lendários? Mesmo estando em maior números, todo cuidado é pouco, Itachi. 

– Claro, claro. — e Itachi perdeu seu sorriso, logo suspirando. – Acho que não irei mais tratar você como criança, já que está tão sério assim e sabe com perfeição o que está acontecendo.

E Itachi cruzou os braços, suspirando.

– Temos informações de que o Orochimaru não está apenas aliado com a Akatsuki. Pelo que suspeitamos, ele pode estar atrás de um poder que ainda não conseguiu.

– Um poder que ainda não conseguiu…? E o que aquela cobra ainda não conseguiu?

– O Sharingan. — eles ouviram uma voz diferente, e ao olharem, viram um outro Uchiha, um dos olhos fechados e um sorriso breve. – Ele está atrás do Sharingan, pelo que suspeitamos. 

– Obito-san. — disse Itachi, e este cumprimentou-os brevemente. – Não sabia que você viria para esta missão também.

– E não vinha, mas o Hokage insistiu para que eu viesse também, sabe? — e Obito coçou a nuca, rindo meio sem jeito. – No fim de tudo, eu acabei chegando atrasado como sempre.

Sasuke olhou com seriedade para Obito. Pelo que sabia, ele foi o Uchiha que deu o que tornou Kakashi, seu sensei, tão famoso. Aquele olho fechado não era para menos, já que o Sharingan que ali estava foi dado a outra pessoa. 

– Espero que eu possa vir a ser útil. Faz muito tempo que não venho numa missão dessas, e-

– Itachi, Sasuke, Obito. — disse outro Uchiha, este vindo de uma das árvores e pousando no chão, o Sharingan brilhando. – Nós encontramos o esconderijo do Orochimaru.

– Sério, Shisui? — disse Itachi, suspirando. – Bom, prepare-se, Sasuke. Estamos a um passo de darmos fim a uma cobra agora.

E Sasuke jogou a garrafa de água fora, o Sharingan brilhando em sua face como na dos outros.



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