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História Da Infância à Adolescência - Capítulo XIII. Demaquilante de Baranga II


Escrita por: AoKiriDay

Notas do Autor


Olá! Fiquei sem computador, por isso não aconteceu a atualização genti, foi mals.
Desejo uma boa leitura a todos! Música do capítulo: The Words de Christina Perri.

Capítulo 13 - Capítulo XIII. Demaquilante de Baranga II


Demorou um tempo para que Elesis admitisse para seus dois aliados o material que Wendy tinha em mãos para chantageá-la. Passaram-se cerca de três dias que a ruiva comparecia às aulas normalmente, cercada pelas amigas grudentas, fingindo que nada demais tinha acontecido. Lass a encontrava secretamente no Éden e Sieghart se encontrava com Lass durante os intervalos do treino da natação e futebol, passando informações sobre o movimento do fã-clube, que, também, fingiam ser normais.

— Acho estranho ela ainda não ter vindo atrás de mim para exigir alguma coisa ou para me importunar de novo. — Elesis comentou, mordendo o dedo. Não saber de nada era pior, pois ela podia acordar no dia seguinte e de repente descobrir que suas fotos estavam jogadas pelos corredores.

— A Pole é esperta, Elesis. Ela está tentando te deixar mais tensa e mais propensa a aceitar qualquer coisa que pedir. — explicou o albino, mexendo no celular enquanto falavam embaixo de uma árvore.

— Lass. Minhas amigas me contaram que Sieghart é considerado o “rei” por aqui e que por isso ele possui muitas fãs. Só que eu nunca o vi cercado por muitas pessoas, apenas seus amigos. De vez em quando ele anda com algumas garotas, mas não é numa quantidade que chama a atenção. Ainda não entendo de onde essas meninas apareceram sendo que eu nunca as vi perto dele. — perguntou a ruiva, franzindo o cenho para o albino. — Com que direito elas vieram até mim me acusando de coisas que nunca fiz?

Lass jogou a franja longa para trás para enxergar melhor. Ele parecia mais velho do realmente era pensando assim.

 — Como você deve saber, o Sieghart é muito popular no colégio. Com o tempo vários fã-clubes se formaram e pela grande quantidade eles precisavam criar regras para não entrarem em conflito entre si. A principal regra é não se aproximar dele, apenas observá-lo de longe. Outra regra é impedir que qualquer garota chegue perto dele.

— É sério que algo assim existe?! — Elesis exclamou, sentindo uma veia saltar. — Como elas se sentem no direito?

— O caso é que mesmo com as regras, esses fã-clubes não podem fazer nada caso alguém chegue perto do Sieghart. Há muitos meios de fazer uma pessoa se afastar dele. Por exemplo, na sala de aula todos podem começar a ignorar a garota que se interessar por ele, praticar bullyng ou todos seus amigos espalharem boatos falsos, ou, ainda, não a deixarem sentar com eles no refeitório, entre outras coisas. É todo um jogo psicológico envolvido.

Elesis abraçou seus joelhos, pensando que talvez por esse motivo ela não tivesse sido atingida. Ela não era tão ligada às pessoas, então não havia como chantageá-la dessa forma.

— Mas o grupo da Wendy é diferente.

— Diferente? Como?

— No que pesquisei sobre o fã-clube tríplice, descobri que é um grupo fora dos padrões. Elas não seguem as regras, Elesis. Soube que quem tentava chegar perto de Sieghart de repente um dia aparecia sem demonstrar o mínimo interesse nele.

— Uhm. Vai me dizer que é obra dessas malucas?

— Exato. Quem tentava chegar perto dele ou recebia uma atenção extra, sofria algum acidente ou frequentava as aulas normalmente, só que suas notas caíam muito em relação à antes. Os amigos dessas pessoas, a maioria sendo garotas, contam que elas mudaram muito, que do nada resolveram se afastar de todos, além de que negavam qualquer ajuda. — explicou o garoto, olhando para a ruiva. — Assim como você quase fez.

Elesis sentiu as bochechas quentes.

— É que... É diferente comigo por que eu sinto que posso confiar em você, Lass.

O albino a fitou sem demonstrar reação e depois abaixou o olhar.

— Hm. — ele murmurou baixinho, mexendo a cabeça timidamente.

O sino do colégio começou a tocar nesse instante, fazendo o par se levantar e se despedir rapidamente.

— Se a Pole tentar falar qualquer coisa com você, me avise na hora. Eu e o Sieghart vamos te ajudar a resolver essa situação logo. — ele afirmou, com uma certeza no olhar que fez a ruiva sentir um leve remexer no estômago.

— Hm. Obrigada, Lass. Muito obrigada.

 

No Anfiteatro.

 

Não havia ninguém ali, exceto ela, os cabelos ondulados soltos acima dos ombros, o que era raríssimo. Ela deslizava os dedos pelas teclas do piano. Uma única luz sobre sua cabeça. Seus olhos castanhos profundos e concentrados.

Ela estava cantando uma música, estava no clímax da canção, indo para o final.

— … “and I know, the scariest part is letting go”… — ela inspirou, fechando os olhos. Sua voz saindo com força máxima, os sentimentos transbordando. — “Cause love is a ghost you can’t control”. “I promise you the truth can’t hurt us now”…

Uma longa pausa. Ela fechou os lábios antes de reabri-los, parecendo tomar coragem para finalizar.

… “So let the words slip out of your mouth”.

Amy Plie não era uma garota comum. Ela era amada pelo mundo, a Pop Idol mais admirada que o mundo havia um dia conhecido.

Porém, o sorriso que Amy dava ao mundo inteiro, não era o mesmo sorriso que ela dava à pessoa mais importante na sua vida. Sendo uma Idol, ela não podia namorar quem quisesse. Ela não podia se casar. Ela não podia vestir nada do que não estivesse constado no contrato. Ela não podia comer nada do que seu nutricionista mandasse. Ela não podia frequentar lugares abaixo de seu nível. Ela não podia convidar amigos para ir na sua casa. Ela não podia criar a própria agenda. Ela não podia ter folgas. Ela não podia-...

As lágrimas começaram a se acumular enquanto ela fechava os dedos nas teclas, tentando se exprimir da única maneira que constava no contrato: através da música.

Ela então se levantou e deixou o lugar, voltando a prender os cabelos e se recuperando antes de sair da sala.

— Opa! — exclamou um rapaz que estava acompanhado de um grupo de sete pessoas, olhando pelo vidro da porta. — Srta. Plie, nos desculpe por ficar espiando!

A rosada sorriu, olhando para os fãs.

— Eu estava em um momento de inspiração, então acredito que não tem problema, desde que vocês mantenham isso como um segredo nosso. — ela disse, fazendo um sinal com o dedo mindinho. Parecia outra pessoa, voltando a encarnar seu personagem diário.

— S-SIM!

Logo que o grupo se dispersou, Lire veio acompanhada de Arme e Miki. A rosada abraçou as amigas.

— Meninaaas, eu preciso de um milk-shake A-GO-RA. Vamos.

 

Na cantina.

 

— Você está bem, Amy? — Arme perguntou animada, vendo que a rosada parecia muito melhor após o término com Jin. Ela tomava uma batida de abacate enquanto Lire apreciava um suco de acerola.

Amy sugava a bebida doce com violência. Ela já estava pedindo o terceiro copo para Ryan, que sorria gentilmente para as meninas.

— Você não está exagerando no doce? — indagou o amigo que estava de garçom.

Amy o olhou feio.

— Me traz um café expresso então.

— AH. Pode deixar! Eu trago outro milk-shake!

Lire riu timidamente, sabendo que a amiga estava com problemas, apesar de parecer ainda mais viva do que antes.

— Amy... — Lire tocou o ombro da rosada.

A mais nova olhou com olhos de cachorro para a loura, fazendo um beiço triste.

— Lili-chaan, eu não aguento mais! — murmurou, segurando a mão de Lire. — Eu não posso parecer derrotada, mas não estou aguentando mais. Toda vez que eu me sinto mal eu preciso me trancar no anfiteatro, só que... Só que eu não consigo mais cantar enquanto estou triste. Eu adoro cantar quando estou feliz, então por que eu só consigo cantar músicas tristes quando eu deveria estar cantando coisas felizes?!

Lire consolou a rosinha, Arme dando tapinhas de piedade nas costas da Idol.

— Isso é meio inesperado da sua parte. — comentou Ryan, chegando com a bebida e um adicional: uma trufa de cereja. — Por que terminou com o Jin, então?

As meninas encararam o ruivo com olhos de assassinato, prontas para enxotá-lo dali! Tal ser indelicado como esses não merecia a piedade de Deus.

Antes que Ryan pudesse ser morto, Amy e as outras foram distraídas pelo grupo de Sieghart, passando pela cantina, bem à frente delas e encontrando olhares quase que imediatamente.

— Amy. — Jin disse, sem intenção nenhuma de fazê-lo, apenas dizendo em reflexo.

Ela abaixou o olhar na hora. Seu corpo inteiro fazendo “DUM” ao vê-lo. Parecia que todas as emoções, tanto as felizes quanto as tristes, vividas ao lado do ruivo, estavam tomando seu corpo, todas de uma vez.

O mesmo acontecia com Jin, porém, o sentimento de rejeição era o que ele sentia repetidamente, todos os dias, todas as horas. Quando ele se distraía, por alguns momentos ele se esquecia de Amy, ele tentava, mas era inevitável que quando ele voltasse à realidade, seus pensamentos fossem preenchidos somente por ela. Nada mais do que ela. Aquilo era doloroso. Ter que vê-la era uma faca em seu coração.

Zero tomou a frente e seguiu para uma mesa, falando com um conhecido aleatório. Dio tinha decidido permanecer ali como apoio ao ruivo, mas não se intrometeu. Sieghart não estava entre eles.

— Como você está? — perguntou o ruivo, soando formal e estranho. A distância entre os dois era palpável.

Amy sentia o rosto duro, mas ela tinha tomado uma decisão: não demonstrar fraqueza.

— Perfeita agora que não estamos mais juntos. — ela bufou, fingindo fofura. Ela fez parecer que o namoro havia sido apenas uma brincadeira e o término um alívio.

Além de dor, Jin sentiu raiva. Sua raiva era maior que qualquer coisa ao vê-la e ouvi-la falando assim.

— Sorte a minha que uma vadia vendida como você não está mais no meu caminho. Não esperava tanta falsidade da sua parte, Amy. Uma mimada egoísta como você merece ficar sozinha mesmo, ou melhor, espero que você tenha um namorado que seja igual a você: fútil, vazia e infeliz.

Ele deu as costas para a garota, indo em direção a Zero e sentando com ele. Dio suspirou, seguindo o ruivo, sem dizer nada também.

Quem estava por ali, percebeu que os dois tinham realmente terminado e logo a novidade se espalhou pelo colégio inteiro.

 

XXX

 

Foi naquela mesma noite que Elesis recebeu o chamado. Seu celular piscou no escuro, quando ela e Lire já estavam deitadas. Havia recebido uma foto sua tirada de lado, com a camisa aberta, a saia levantada e o corpo de Pole encostado ao seu enquanto a mão adentrava sua calcinha. Não mostrava os rostos, apenas do queixo para baixo. O problema era que o cabelo de Elesis estava completamente visível, o cabelo ruivo longo, tão distinto.

Ela sentiu uma reviravolta no estômago, mas também sentiu uma impulsão de raiva que antes nunca havia sentido. Agora, com a mente clara, só havia uma resposta sobre o que fazer.

— Eu vou destruir essas vadias.

Elesis digitou rapidamente para Lass, mandando o local que ela se encontraria com o trio para recuperar sua dignidade. Não demorou que ela prendesse o cabelo, vestisse sua camisa branca e a primeira saia que encontrou, pondo suas meias 3/4 e as botas de couro. Ela pegou ao lado da cama sua espada de madeira e uma blusa escura, amarrando-a na cintura.

O local indicado era atrás de um prédio perto do campo de beisebol, muito distante para ela esperar por Lass e Sieghart. Além disso, a mandaram chegar antes da meia noite, senão as fotos começariam a vazar... Uma por uma.

Ela correu até lá, sem esperar um segundo mais. Para sair do dormitório já tinha sido difícil, pois Lire quase acordou quando ela estava fechando a porta e no caminho ela precisou se esconder de vários zeladores e dos guardas noturnos.

Ao chegar no local, faltava pouco menos de dois minutos. Queen estava à sua espera, segurando um bastão de madeira de beisebol.

— Chegou finalmente. Wendy! — chamou a ruiva tingida, sorrindo com maldade.

Elesis estreitou os olhos, esperando a aparição da atleta.

— Olá, Elsteiner. — cumprimentou a morena, balançando um bastão de rebatidas de metal.

— Pole.

Elesis firmou seu punho na espada. Não era agora que iria amarelar. Ela podia ter um equipamento mais frágil, mas ela tinha habilidade.

— Eu ainda não consigo entender por que você está me perseguindo. — disse Elesis, olhando diretamente nos olhos azuis gélidos da morena. — Não é possível que vocês estejam fazendo isso só pelo Sieghart.

Wendy tirou o sorriso do rosto, colocando o taco no ombro.

— Claro que uma brutamonte como você não entenderia. O motivo por trás de tudo é única e somente pela nossa devoção ao Sieghart. Um lixo como você se atreveu a chegar perto e falar com ele. Todos viram quando você o desrespeitou no refeitório, levantando a mão contra ele. Sorte a sua que ele não pode te dar uma lição naquela hora! — disse a morena de cabelos brancos, rangendo os dentes.

Elesis riu debochada.

— “Levantar a mão”? Ele é seu pai, por acaso? Ou acha que ele é uma espécie de Deus para precisar ser devotado?

— O Sieghart é admirado por todos nesse colégio! Você é só uma canabana que mal chegou na cidade e não sabe de nada sobre ele!

— Eu não preciso saber do passado para saber que ele é muito pouco homem para mim! Um covarde e um narcisista! Eu não devo nada àquele inútil!

Uma veia saltou do meio da testa de Wendy. Seus olhos ficaram muito acesos e sua mão apertou tanto o bastão que Queen até se afastou.

— Eu vou arrebentar os dentes dessa sua boca. — Wendy murmurou, começando a andar na direção de Elesis.

A ruiva posicionou-se, afastando as pernas e segurando a espada de madeira com as duas mãos, inclinando-a do lado do corpo, abaixo de sua cintura.

Wendy segurava o taco com a mão esquerda e andava sem cuidado nenhum, apenas com o olhar perigoso na face.

— Então vem tentar. — murmurou Elesis, que apesar da raiva, tinha um espírito determinado a vencer.

A morena então saltou, disparando em sua direção num grito de fúria. Seu braço esquerdo voou como, subindo como se ela estivesse rebatendo uma bola de beisebol, mirando bem no braço dominante de Elesis.

Elesis bloqueou o taco, porém, o golpe tinha sido tão forte que seu corpo quase cedeu para o lado e, aproveitando isso, Wendy chutou pela lateral esquerda, atingindo na altura de uma costela, fazendo-a afastar-se vários passos para trás.

— Vou acabar com você! — gritou a morena, não esperando que Elesis se recuperasse. Ela lançou o braço horizontalmente, esperando bater bem no estômago da ruiva.

“Vou finalizar com apenas um golpe!” Pensou Elesis, sentindo um calor espalhando por seus dedos e por seu tronco. Suas pernas adquirindo agilidade e tranquilidade para responde-la adequadamente.

Elesis desviou seu corpo inteiro pela esquerda de Wendy, deslizando a espada pelo bastão em fração de segundos, erguendo os braços e batendo com força as costas da morena.

— AGH!

Queen arregalou os olhos e sua exclamação de surpresa chamou a atenção de Elyzabeth, quem até então estava vigiando o local caso se aparecesse alguém.

— Wendy! — as capangas gritaram, preocupadas ao ver a amiga caída com um joelho no chão.

“Ela ainda não caiu!” Elesis pensava, muito apreensiva. Suas mãos suavam ao perceber que aquela era uma luta verdadeira. Ela realmente podia sair machucada agora, sem equipamento, sem regras. Ao mesmo tempo, aquilo deixava seu corpo fervendo de adrenalina.

— Eu vou-... — Wendy murmurou. Sua testa escorria suor.

As duas começaram a caminhar, esperando qualquer abertura. Elesis percebia que agora a morena estava mais cuidadosa.

A respiração de Elesis era quente, mas controlada. Seu corpo moveu-se com destreza, a espada erguendo alto.

Wendy aproveitou o momento para tentar atingi-la naquele instante, mas Elesis foi muito rápida e bloqueou novamente o taco de metal, ambas forçando as armas, lutando para ver quem tinha mais força. As lutadoras rangiam os dentes, os olhos fixos uns nos outros.

Elesis moveu seus pés.

— HO! — gritou a ruiva, soltando o ar de seu corpo e utilizando a força explosiva para lançar a adversária para trás e, logo em seguida, girando a espada com incrível dominância, Elesis desferiu um golpe em direção à mão esquerda de Wendy, fazendo o taco voar para longe e cair no chão com barulho.

Wendy arregalou os olhos, sentada no chão, assistindo sua derrota próxima.

— Elizabeth! — a morena gritou sem pensar duas vezes.

A garota, que era pelo menos uns cinco centímetros mais alta que Elesis e por muitas vezes mais larga, agarrou o braço da ruiva pelo cotovelo, bem onde estava enfaixada, apertando-a com tal força e aproveitando-se da fraqueza da articulação para fazer Elesis soltar uma mão da espada.

—AH! — Elesis gritou, sentindo uma dor aguda na região. Elyzabeth a dobrou, fazendo-a se ajoelhar. A mão livre da esverdeada agarrou o cabelo de Elesis, impedindo-a de se mexer.

 Wendy se levantou aparentemente nada feliz e fechou o punho, batendo no rosto de Elesis e fazendo a gaze sair do hematoma, que era de um roxo pulsante se tornar vermelho.

Elesis sentiu tudo girar por um instante e em seguida assistiu Wendy xingando-a.

— Você deveria ter sumido desse colégio logo que caiu daquela escada, mas parece que você não entendeu o recado, não é?! — Wendy disse, passando a mão no rosto,  com raiva.

— Wendy! — Queen gritou, segurando o braço da morena. — Wendy, tem alguém vindo para cá!

Elesis franziu o cenho.

“Eu não posso deixar ela escapar!”

Tudo o que Elyzabeth Marsh viu em seguida foram as estrelas no céu. A ruiva usou o braço direito para cotovelar a garota bem no nariz, com toda sua força. Wendy teve tempo de dar um passo e Queen tropeçou nos próprios pés. Elesis se levantou, não se contendo um segundo mais.

— YAH! — Elesis gritou com todas as forças, usando a ponta da espada, na intenção de atravessar o estômago da Pole. Queen proferiu um grito assim que a líder desabou no chão, os olhos virando, a saliva expelindo dos lábios azuis, totalmente inconsciente.

Assim que o corpo de Wendy desabou, tão mole como se tivesse perdido a vida, Queen revelou uma expressão de terror no rosto.

Elesis se levantou, apertando a espada.

— Agora é sua vez...

— N-Não! Por favor! — Queen gemeu, tentando se levantar.

Elesis sentiu uma raiva que não era comum. Ela que era tão nervosa, nunca havia se sentido tão vingativa e tão sanguinária. Como se o mal sofrido por ela tivesse sido imperdoável, ainda mais quando suas assediadoras estavam ridiculamente tentando fugir.

— Se não vai aguentar as consequências, então por que fez?! — Elesis gritou numa exclamação furiosa. Agarrando o cabelo da menina azarada, que começou a chorar.

Elyzabeth estava quase acordando e logo começavam a ouvir os passos de alguém se aproximando.

— N-Nãoo! — Queen chorou.

Mas Elesis não a perdoou.  Com uma força descomunal, em maior parte produto de adrenalina, a ruiva bateu tão forte o rosto de Queen Harp no chão, que a menina desmaiou. Talvez o baque , aliado ao desespero, tenha sido tão forte que a fez desmaiar instantaneamente.

Elyzabeth estava com o nariz sangrando ainda pelo golpe de Elesis, porém, parecia estar abalada por ver as companheiras caídas no chão.

— V-Você... Você não é normal! Louca! Demônio! — Elyzabeth gritou, começando a se afastar, com lágrimas.

Elesis sentia as orelhas e o rosto fervendo.

— Ah, eu sou sim... Vocês não me conhecem... — Elesis dizia enquanto andava pesadamente na direção da menina, com uma sede tão forte que sua voz saiu como um estrondo. — EU VIM DO INFERNO PARA ACABAR COM VOCÊS, DESGRAÇADAS! DELETE AS FOTOS, AGORA!

Assim que Elyzabeth gritou, provavelmente pensando que morreria, pois Elesis tinha ido para terminar de estragar o nariz da esverdeada, Elesis sentiu dois braços a segurando por trás e a puxando para longe com rapidez e força.

— ELESIS, PÁRA!

Elesis parou de se rebater, olhando por cima do ombro. Sieghart a olhava de uma maneira diferente de tudo o que ela tinha visto um dia. Os olhos prata estavam inundados de preocupação e... Medo.

A ruiva virou o rosto, tentando controlar-se. Lass apareceu, abaixando-se para falar com Elyzabeth, que não demorou a entregar todo o material e excluí-lo.

Sieghart ainda segurava Elesis nos ombros, agora num ato de consolação. Ele estava sério e Elesis olhava o chão, sentindo agora apenas culpa.

— Elesis? — Lass perguntou, sua voz suave, parando na sua frente.

A ruiva encarou os olhos azuis, tão serenos, e sentiu vergonha. Eles tinham visto seu pior lado.

— As fotos não existem mais. Nós temos a gravação do áudio. Ouvimos tudo quando Wendy admitiu ter te lançado da escadaria. — Lass disse, tocando o ombro da amiga.

Elesis balançou a cabeça, sentindo o corpo extremamente fraco, estremecido, e o rosto doendo imensamente.

— Ei. — Sieghart a parou, antes que ela saísse andando.

Elesis ficou quieta enquanto o moreno tocava sua bochecha.

— Ai...! — Elesis reclamou baixinho ao sentir dor. Mas o moreno não zombou, nem nada.

— Vamos sair daqui. — Sieghart disse, trocando olhares com o albino.

— Nós dois vamos dar um jeito nelas. — Lass disse, ajudando Elyzabeth a se levantar. — Sieg, leve a Elesis de volta ao dormitório e fique um tempo com ela. Não contem nada disso a ninguém, entendido?

O moreno assentiu e chamou Elesis, que o seguiu calada, ainda em choque para dizer qualquer coisa.

 

Continua


Notas Finais


O que acharam? Espero que eu esteja conseguindo alimentar suas curiosidades kk
Abração, obrigada por ler!


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