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História Daddy ; jaeyong - Pinturas, molhos e bolinhos


Escrita por: jyminx

Notas do Autor


bu!

foi rapidinho dessa vez até né...
MUITO MUITO obrigada pelos 500 favoritos, vocês podem acreditar que a gente já tá com tudo isso??? obrigada por ajudarem tanto a gente nessa jornada, vocês são extremamente importantes, obrigada por tudinhooo ♡

espero que vocês gostem do cap e não deixem de comentar e me contarem o que vcs estão achando eu leio >>tudinho<<

Capítulo 57 - Pinturas, molhos e bolinhos


– Certo crianças, vou olhar as obras de arte que vocês fizeram! – Junmyeon disse de forma tão melodiosa que amoleceu o coração de todas as crianças na sala.

Já estavam tendo aulas com o mais velho já tinha alguns dias, mas a cada dia que passava, descobriam algo novo do professor que os fazia se apaixonar ainda mais. Se alguém olhasse para os pequenos nesse momento jurariam que estavam todos enfeitiçados. 

Talvez esse fosse o efeito de Kim Junmyeon, a propósito, não eram só as crianças que ficavam assim em sua presença...

O professor resolveu começar aquela linda manhã entregando uma folha para cada um dos alunos e os colocando em pequenos grupinhos pra que pudessem dividir vários lápis de cores, canetinhas e até mesmo tinta, o que percebeu ser uma má ideia assim que Wonbin ia colocando seu dedinho cheio de tinta na boca, talvez fossem novos demais para mexerem tão livremente com tinta guache. Tirou com cuidado todos os potinhos e se divertiu ajudando cada um que o chamasse e elogiando todos os desenhos, que carregavam um pouquinho de cada uma daquelas personalidades tão distintas.

– Mark, qual lápis você usou aqui? – Seungmin se esticou um pouquinho para alcançar o canto da folha de Mark, onde tinha uma espécie de Lua. – Queria fazer umas estrelinhas...

– A Yeji acabou de pegar e levar pro outro grupinho, pega lá! – sequer se virou pro amigo enquanto continuava pintando completamente concentrado o que era para ser um squirtle, de azul. – Ela não deve estar usando mais.

Seungmin facilmente identificou a garotinha que tinha algumas tranças no cabelo, já estava pronto para atravessar e pedir para a mesma, mas então notou que o aluno novo estava ao lado dela e sua coragem pareceu ter desaparecido. Havia treinando tanto durante as férias para que não continuasse sentindo vergonha de falar com ele quando voltasse, mas assim que pisou na sala e ele lhe lançou um sorriso deixando aparente suas covinhas, não conseguiu evitar, se não, esconder o rostinho vermelho entre as mãos.

Demorou tanto tempo para se abrir para qualquer um naquela sala, sabia que era normal estar assim, mas por que com ele as coisas pareciam ainda mais difíceis?

– Está tudo bem, pequeno? 

Kim quase caiu quando percebeu que o professor estava abaixadinho ao seu lado segurando sua mão enquanto o encarava. Estava em pé parado a tanto tempo assim?

– O l-lá-lápis... – saiu quase como um soluço, Junmyeon se esforçou muito para entender o que o outro estava tentando dizer, mas não deixou de achar adorável a forma como estava se aproximando como se pedisse um abraço.

– Qual lápis você quer? Pode me falar que eu pego para você! 

A criança não pareceu pensar muito antes de fazer duas conchinhas com as próprias mãos e se aproximar do ouvido alheio antes de sussurrar:

– O cinza... – levantou o dedinho e apontou para a pequena rodinha de crianças um pouco distante da sua. – Está ali!

– Na verdade, acho que eu tenho um que você vai gostar ainda mais!

Se levantou e levou o pequeno garotinho consigo no colo até sua própria mesa. Abriu uma das gavetas laterais em que parecia ter ainda mais lápis coloridos, muito provavelmente para ir substituindo os que fossem acabado durante o ano.

 Mas ele tirou dali um lápis o qual Kim não sabia que sequer existia.

– Wow! Que cor é essa, professor? – abraçou um pouquinho mais forte o pescoço do mais velho afim de chegar mais pertinho e ver o lápis que parecia estar brilhando para si.

– Pode pega-lo, olha de pertinho! – entregou o lápis ao outro e o assistiu ficar impressionado como o lápis poderia ter brilho e todo o seu corpo também, parecia que Seungmin acabara de encontrar um tesouro e talvez realmente tivesse. – Essa cor chama prata, é quase que um cinza bem brilhante, o que você acha de fazer suas estrelinhas com ela? 

– E-Eu... posso?

– Claro que sim! – viu de pertinho o mais novo abrindo um lindo sorriso e não conseguiu evitar sorrir de volta quase que de forma involuntária. – Já já eu passo ali pra ver como elas ficaram! 

Kim foi colocado no chão e foi correndo para seu lugar entre Mark e Wonnie, que por acaso estavam o encarando. 

– Você não conseguiu ir lá por causa dele? – Wonnie perguntou baixinho assim que Seungmin sentou.

Mark estava se perguntando a mesma coisa, sabia como o melhor amigo era mas não deixava de ser engraçado é até... adorável? Quando o assunto se tratava do novo estudante.

– Não sei do que você está falando. – desviou seu olhar para sua folinha e voltou a desenhar nervosamente.

– Quer dizer que você não tem vergonha de conversar com o...

– NAO! – Seungmin cortou bruscamente Mark antes que ele terminasse, não foi exatamente um grito mas provavelmente foi a vez que o garotinho falou mais alto desde que se conheceram. – Eu não tenho vergonha de falar com ele!

Mark e Wonnie se olharam e logo voltaram a encarar algo atrás de si, pareciam que estavam segurando o riso, Seungmin não sabia o que estava acontecendo mas queria voltar pros braços do Junmyeon para falar como aquele lápis era legal. Se levantou rapidamente mas ao se virar chocou o próprio corpo com outro.

Ao sentir o cheirinho doce de baunilha não precisou sequer levantar seu rosto para ter certeza de quem era.

– Desculpa, foi sem querer! – ele soltou rapidamente abrindo um sorriso envergonhado, estava segurando um lápis laranja bem forte, Seungmin se perguntava várias vezes se essa era a cor favorita do outro já que tudo que fazia tinha tal cor, – Minnie... você já usou o laranja clarinho? Você pode me emprestar?

Depois da segunda palavra já nem mais conseguia assimilar o que o outro estava falando. Era realmente consigo? Bom, só podia ser, estavam a tão poucos centímetros um do outro que não teria como estar se referindo a outra pessoa.

"Minnie". Estava tao acostumado com as pessoas o chamando assim, mas escutar dele parecia até diferente de alguma forma, talvez por esse apelido caber para o seu próprio nome muito bem, não sabia se teria coragem de o chamar assim algum dia apesar de querer, muito.

Podia sentir os olhares de Wonyoung e de Mark queimando suas costas, podia até jurar estar escutando a risada baixinha de Mark. Já sequer se lembrava o que o garoto havia o pedido, as covinhas estavam o distraindo demais. 

– Ele já usou sim, aqui está o lápis! – Wonnie resolveu interferir antes que Seungmin passasse ainda mais nervoso com o outro garotinho. Esticou seu braço o máximo que conseguiu ainda setada para alcançar o destinatário.  

– Obrigado Wonnie! – ele se inclinou de o lado para conseguir olhar a garotinha mas logo voltou sua atenção total para o garoto que ainda estava paralisado. – Obrigado também, Minnie, se você precisar dele só me falar que eu devolvo! – colocou sua mãozinha livre no ombro do Kim e deu um leve aperto como se estivesse agradecendo em silêncio. – Seu desenho está lindo, pequeno príncipe né? 

Acenou positivamente encarando o chão e sentiu a presença do garoto ir se afastando aos poucos, teve coragem apenas para se virar e sentar mais uma vez agora olhando para seus dois melhores amigos.

Mark estava vermelho de tanto segurar a risada mas agora não se importava em rir alto e Wonnie estava com uma das mãos na testa olhando para o menino incrédula.

– Foi tao estranho assim? 

– Seungmin, você parecia uma estátua, achei que você tivesse parado de respirar. 

O garotinho afundou o rosto nas próprias mãos, mas por serem pequenininhas ainda tinha visão do seu próprio desenho. Era um céu estrelado e no meio, em cima da grama, estava a raposa, que na verdade poderia ser qualquer uma, inclusive a que era símbolo da escola mas o outro garotinho havia entendido. E isso fez o Kim olhar com outros olhos para aquilo, talvez tivesse um significado muito maior.

Assim como a raposa não aceitou brincar com o príncipe antes que ele a cativasse, o outro garoto também não aceitaria até que Seungmin o cativasse. Talvez fosse o que faltava para se tornarem amigos... 

Ou para se tornarem eternamente responsáveis um pelo outro.

– Senhor, isso foi demais para mim! – Mark tenta falar ainda ofegante de tanto rir. – Um dia você consegue, confio em você, Minnie. – tentou imitar como o outro garotinho pronunciava o nome do Kim o fazendo ficar vermelho mais uma vez. – Vou mostrar pro professor meu desenho, já volto.

– Ele nem tá apaixonado pelo Junmyeon né? – Wonnie perguntou para Seungmin que continuava sofrendo. – Relaxa, ele nem vai mais lembrar disso amanhã e nem você, não foi tão estranho, você fica fofo até assim! 

Mark foi dando pulinhos até alcançar a mesa do responsável pela sala, que estava conversando com Taehyun até poucos segundos sobre o gatinho que ele tinha desenhado. 

– Professor, o que você acha do meu desenho? – chegou para falar com o outro já com os olhinhos brilhando e com a folha estendida.

– Eu estou enganado ou é um squirtle? – ele perguntou com os olhos cerrados de forma dramática, fazendo o pequeno dar risada.

– É sim! Você conhece? – Mark já estava todo animado, já considerava o homem perfeito agora se ele assistisse pokemon também começaria a achar que ele era um anjo. 

Junmyeon o colocou sentado em sua mesa para que pudesse conversar mais confortavelmente com o pequeno. 

– Se eu conheço... Eu sou completamente apaixonado por pokemon, olha aqui! – pegou sua bolsa e tirou de lá o que parecia ser a chave de seu carro, a qual tinha um chaveirinho peludo de um Snorlax muito fofo. – Eu ganhei esse chaveiro na faculdade de um amigo, assim que eu fiz ele assistir todas as temporadas comigo.

– Sério? Que legal! É o pokemon favorito do meu pai também, ele diz que ele é bonitinho mas causa um grande estrago.

Junmyeon teve a impressão de já ter escutado essa frase antes, dita diretamente pra si, mas parou de pensar nisso para ficar assistindo o mais novo brincar com seu pequeno chaveiro.

– Então, você assistiu por causa do seu pai? 

Junmyeon não conhecia direito nenhum dos pais, estava tentando recolher o máximo de informações possíveis para que não chegasse sem saber como era o perfil dos responsáveis na reunião da semana que vem.

– Sim! Ele gosta de me mostrar desenhos antigos que ele acha bom, filmes também, você já assistiu Kiki? 

– O serviço de entregas da Kiki? – recebeu um aceno para sua pergunta no segundo seguinte. – Claro que já, todos os filmes do studio ghibli são incríveis, eu quero passar ponyo para vocês assistirem, o que você acha? 

Mark não tirava seu sorriso do rosto, logo suas bochechas começariam a doer, mas ele não se importava. Era tão legal poder ter aquelas conversas com o professor, podia se sentir próximo dele mesmo tendo aula a pouquinho tempo, se sentia confortável e bem.

– Incrível! Eu assisti com meu primo semana passada, ele é filho da professora Yuqi lá da faculdade, sabe? 

Junmyeon sabia muito bem quem Yuqi era, não era exatamente do seu círculo social na época da faculdade mas lembrava da garota e havia conversado com a mesma algumas vezes desde que começou a dar aula, mas essa não tinha contado nada sobre Mark.

– O Hyuck né? Ele é um amor! –tentava se recordar das suas conversas com a mulher mas nada sobre ter irmãos vinha em sua cabeça. – Não sabia que a Yuqi ou o Lucas tinham irmãos...

– Não sou primo dele de verdade, meu pai é muito padrinho dele e ela é minha madrinha, eles são muito próximos, então se referem a gente assim! 

Agora se perguntava se já conhecia o pai do garotinho, será que também era um conhecido seu na época da faculdade já que era tão próximo da Yuqi e do Lucas ou repente era um completo desconhecido, um curiosidade gigantesca tomou conta de seu corpo e não aguentou deixar de perguntar.

– Qual o nome do seu pai, pequeno? 

– Jaehyun! – Mark não hesitou um único segundo antes de responder todo sorridente ainda.

Junmyeon tentou esconder sua cara de espanto mas falhou um pouco. Sabia que havia grandes chances de não ser o Jaehyun que conhecia, mas estava chocado de qualquer forma, não escutava notícias do mesmo a tanto tempo e agora saber que talvez estivesse cuidado de seu filho foi um choque e tanto. 

– Jung Jaehyun? 

– Uah! Você conhece o papai??

"Mais do que você poderia imaginar."


*»»————««*


As coisas pareciam mais estranhas a cada dia, Doyoung se sentia cada vez mais preso a uma confusão da qual evitou por toda a sua vida, havia prometido a si mesmo não se envolver, não sentir, e para si aquela era a decisão mais justa e sensata a se tomar, pois assim teria a certeza de que não iria se machucar, mas do que adiantava se no final, ele machucaria outra pessoa? 

 Queria não se importar o suficiente, queria simplesmente poder dar as costas e fingir que nada havia acontecido, mas sempre que fechava os olhos, conseguia visualizar a imagem de Jinyoung com os olhos cheios de lágrimas, dizendo palavras tão bonitas mas que eram como socos desferidos em seu estômago ou rosto, aquilo doía mais do que Doyoung poderia explicar, mas a dor da incapacitação que sentia era ainda maior.

 Jinyoung havia sido tanto para si nos últimos anos, e agora se encontravam naquela situação frustrante, evitavam-se a qualquer custo, sempre que Doyoung precisava de algo da biblioteca, pedia para Yuta ir no seu lugar, somente para ter certeza de que não daria de cara com o bibliotecário, e toda vez que o via nos corredores, fazia questão de esconder-se no meio da multidão, mas não importava o quanto evitasse, o quanto escondesse, sentia falta de Jinyoung mais do que poderia perceber.

 Espantou os pensamentos e encarou o próprio reflexo, parecia destruído, mas em hipótese alguma deixaria que vissem aquilo, então forçou um sorriso e com cuidado, espalhou a maquiagem sobre o rosto, cobrindo qualquer resquício de uma noite mal dormida. Vestiu a primeira roupa que encontrou, que consistia numa camisa azul e um shorts preto qualquer e um tênis branco, e por fim, um bucket hat para poder esconder o cabelo bagunçado e sujo. 

 Doyoung poderia rir de si mesmo naquela situação.

 Colocou os fones de ouvido nas orelhas e deixou o quarto, com um olhar um tanto indiferente e seguiu pelo campus, caminhando lentamente por ele. Passou pelo refeitório, comprando um wrap para viagem e voltou a seguir o próprio caminho com o lanche em mãos, e assim que chegou ao local marcado, sentou-se e comeu em silêncio, se sentia deplorável. 

 – Doyoung-ah! – Levantou-se assim que ouviu o próprio nome ser chamado, mas ao ver que tratava-se de ninguém mais, ou ninguém menos do que Jinyoung, ao vivo e em carne e ossos, quis simplesmente enfiar-se num buraco.

 – Jinyoung... Oi... – Engoliu a comida em sua boca e desviou o olhar por poucos segundos. Para onde havia ido toda a sua confiança e charme? – Como vai? 

 – Vou bem, e você? – Sorriu. Doyoung se perguntava como o outro conseguia manter aquele sorriso tão puro e doce mesmo após tudo o que havia acontecido – Oh, espere um segundinho aí...

 – Eu vou bem... – Encarou o outro um pouco confuso, Jinyoung retirava um lenço de seu bolso, mas Doyoung apenas entendeu quando sentiu o tecido macio contra sua bochecha.

 – Está sujo! – Jinyoung pode esboçar um riso fraco, e aquilo havia partido o coração de Doyoung – Molho barbecue. 

 – Obrigado... – Esboçou um sorriso sem graça e encarou os olhos de Jinyoung. 

 Por bons segundos, manterem-se em silêncio, apenas sustentando ambos os olhares, que já diziam mais do que qualquer palavra, mas que machucavam mais do que qualquer dor que pudessem conhecer.

 Jinyoung tinha certeza de que era a pessoa com o maior auto controle em todo o universo, pois naquele momento sua única vontade era puxar Doyoung para os seus braços, beija-lo, o ter para si, mas sabia que não podia, então apenas cerrou os próprios punhos e respirou fundo. Havia sido necessária muita coragem para simplesmente ir até Doyoung e trocar algumas meras palavras, pois por mais que doesse, Jinyoung não queria se afastar, pois eram amigos e não queria perder o pouco que tinha de Doyoung, mas as coisas complicavam quando toda vez que tentava se aproximar, via Doyoung falhar miseravelmente na tentativa de se esconder na multidão, como se Jinyoung não pudesse vê-lo, e aquilo doía, sabia que Doyoung estava tentando se afastar. 

 O silêncio ainda permanecia ali, e não sabiam se aquilo era algo bom ou ruim, quando menos se deram conta, estavam cada vez mais próximos, era como se fossem imãs que estavam sempre sendo puxados por uma força muito maior, que os impedia de se separarem. Os olhos brilhavam ao ponto de que o maior dos tolos poderia notar o que acontecia ali, era inegável. 

 – Jinyoung! Você vem estudar com a gente? – A voz de Taeil os tirou da transe, quase fazendo os outros dois ali pularem pelo susto. 

 – Hm? Ah, não... Encontrei Doyoung por acaso, eu preciso trabalhar! – Sorriu fraco – Bom, vejo que vocês estão ocupados, eu vou indo, bom ver você, Doyoung, até! 

 E antes que Doyoung pudesse responder, Jinyoung deu as costas para si e caminhou pelo longo corredor. 

 – Ele é o bibliotecário, não é? – Taeil sorriu.

 – É... Ele é... – Encarou os olhos de Taeil por alguns segundos. 

 E assim, seguiram até a biblioteca, tornando tudo ainda mais estranho, pois poucos metros à frente, Jinyoung também seguia o mesmo caminho, e aquilo incomodava Doyoung. Taeil falava durante todo o trajeto, falava e falava sem parar, mas não é como se alguém ali estivesse prestando atenção, pois o mais novo não conseguia processar informação alguma, então apenas seguia ao lado de Taeil enquanto acenava com a cabeça, como se tivesse entendido alguma coisa. 

 – Doyoung? – Taeil repetiu pela quarta vez, vendo o mais novo sair de sua transe. 

 Mas antes que Taeil pudesse repetir o nome pela quinta vez, teve seus lábios selados aos do mais novo, ali mesmo no meio do corredor vazio, um tanto arriscado mas emocionante. O selar durou pouco segundos, mas o suficiente para que Taeil ficasse em silêncio, poupando Doyoung de inventar alguma resposta que pudesse se encaixar no assunto do qual Taeil falava. 

 Assim que separou os lábios, pode ver que Jinyoung os observava, e assim Doyoung pode refletir se, se beijar Taeil havia sido uma ótima ou péssima ideia. 

 Doyoung sempre fugiu de confusões como aquela, daria de tudo para não estar no meio daquilo, mas sabia que seus próprios atos e colocaram ali, que tudo era apenas uma consequência de suas próprias escolhas, e simplesmente não sabia se deveria apenas fingir que nada daquilo estava acontecendo, e assim seguir sua vida normalmente, ignorando totalmente o aperto em seu peito.

 Apenas afastou os pensamentos e focou no livro a sua frente, aquilo sim era sua prioridade, talvez devesse apenas escolher a si mesmo, como sempre fez e deveria continuar fazendo, pois sabia que no fim de tudo, seria sua única e verdadeira companhia.


*»»————««*


– Taeyongie... – Yuta tinha um bico nos lábios.

– Prometo te levar amanhã, bebê! – Taeyong acariciava os fios de Yuta, o japonês estava super animado para ir até uma exposição sobre instrumentos musicais indígenas que ocorreria durante o final de semana. 

– Amanhã é o último dia, se você não for comigo, nossa amizade acaba aqui! – Yuta fez um bico, era adorável a forma como o mesmo podia ser assim tão manhoso.

 – Eu sempre cumpro as minhas promessas, Yuta... Amanhã nós vamos! – Abraçou o japonês após receber a mensagem de Jaehyun, avisando que estava em frente a faculdade.

 Era sábado, mas a vida de universitário de Lee Taeyong não tinha descanso, então havia passado a manhã todinha trabalhando em seu tcc dentro da universidade. 

 Por sorte, Mark estava com Johnny então Jaehyun decidiu buscar o Lee na universidade, aproveitaria a grande oportunidade de ficar com o mesmo, sentia falta do tempo a sós ao lado de Taeyong, sentia falta de muitas coisas e com sorte, mataria aquilo pela raiz naquela tarde. Taeyong precisou dar a volta por todo o campus até chegar na saída da qual Jaehyun se encontrava, então assim que saiu pela mesma e viu o carro já bem conhecido por si, correu por poucos segundos, adentrando ao mesmo. 

 – Oi! – Roubou um selinho rápido de Jaehyun, o vendo sorrir. Jaehyun se tornava mais bonito a cada dia, seu sorriso se tornava mais radiante e parecia cada vez mais impossível se manter longe, queria tê-lo por perto em todos os instantes de sua vida, amava Jaehyun, aquilo já havia se tornado uma verdade absoluta para Taeyong, guardava aquele sentimento para si e no começo não entendia bem, ou até mesmo o evitava, mas aos poucos, havia se tornado algo inegável, e mesmo que não gritasse isso para o mundo, estava estampado eu seu olhar.

 – Oi, bebê! – Retribui o selar, acariciando a bochecha rosada do mais novo.

 O caminho havia sido rápido, mas durante todo o trajeto, Jaehyun pousou a mão grande sobre a coxa de Taeyong, fazendo o loirinho suspirar, e toda vez que paravam por algum sinal vermelho, trocavam carícias, e naquela altura do campeonato, Taeyong já não se via mais sem Jaehyun ao seu lado.

 Assim que adentraram ao apartamento, Taeyong não tardou em pular sobre o colo alheio, enchendo Jaehyun de beijos, normalmente evitavam tal tipo de contato em frente a Mark, mas estavam sozinhos, então não economizaram nos beijos, até que foram interrompidos pela barriga de Taeyong roncando.

 – Você comeu hoje? – Jaehyun encarou o outro de forma suspeita.

 – Na verdade não, acordei atrasado e passei o intervalo estudando... – Coçou a própria nuca, sentindo o corpo ser puxado até a cozinha.

 – O que quer comer? Posso dar um jeito aqui! – O mais velho abriu a geladeira, procurando por algo. 

 – Podíamos fazer um bolo, não é? – Taeyong fez um biquinho – Eu posso ir comendo um lanche por enquanto!

Após muito bicos e expressões de cachorro abandonado, Taeyong e Jaehyun se encontravam procurando todos os ingredientes para um bolo de morango com creme. Terminavam de colocar todos os ingredientes sobre a bancada, e começaram misturando todos os secos, e Taeyong não resistiu em fazer a clássica cena da farinha, sujando a pontinha do nariz de Jaehyun com o pó branco, fazendo ambos rirem.

 – Vem aqui... – Jaehyun segurava o pacote de farinha, vendo Taeyong hesitar, dando alguns passos para trás. 

 – Não vou não! – Riu, correndo pela cozinha, mas Jaehyun era rápido, então não demorou muito em sujar todo o rosto do Lee – Jaehyun! Não vale, eu só sujei o seu nariz!

Com os olhos molhados de tanto rir, Jaehyun usou um pano úmido para limpar o rosto de Taeyong, que mostrava a língua vez ou outra. Depois de muito esforço, a massa estava dentro do forno e em poucos minutos estaria pronta. Taeyong batia o creme branco enquanto Jaehyun cortava os morangos, e era clichê a forma como vez ou outra, Jaehyun levava alguns pedaços de morango aos lábios de Taeyong, o dando a fruta e logo em seguida, um selar. 

 – Preciso de uma vasilha para colocar os morangos! – Jaehyun começou a vasculhar nos armários com cuidado, pois sua mão se encontrava molhada devido aos morangos, então quando menos percebeu, acabou por derrubar a vasilha que havia pego, mas que por sorte era de plástico. 

 Não somente a vasilha caiu, mas junto a si, a aliança de Jaehyun também foi parar ao chão, e o som semelhante ao de uma moeda ecoou pela casa, atraindo ainda mais a atenção de Taeyong, que foi rápido em pegar o objeto brilhante.

 – Devia ter secado minhas mãos antes... – Engoliu a seco ao ver Taeyong com a aliança em mãos – Obrigado por pegar! 

 – Acho que não vai precisar mais disso... – Encarou os olhos de Jaehyun ao vê-lo erguer a mão para pegar a aliança. 

 – Tudo bem, pode me devolver agora? – Jaehyun se sentia cada vez mais apreensivo, apreensivo por si, pela aliança, por Taeyong, bendita hora que não secou as mãos.

 – Por que quer tanto de volta? – Fechou o punho com a aliança dentro – Ainda mais agora que nós... 

 – Tae, você sabe que gosto de você, de verdade, nunca achei que pudesse estar com alguém e me sentir tão bem sem me sentir culpado. Mas... – Jaehyun mal tinha forças para sustentar o olhar de Taeyong, e com razão.

 – Por mais quanto tempo você vai continuar dizendo "mas"? Eu não deveria ter que implorar por isso Jaehyun! Não a essa altura. – Suspirou de forma frustrada, sentando-se em uma das banquetas.

 – Não é pra ser um "mas"! Eu amo você e ponto. E eu tambem não consigo deixar isso pra trás, esse objeto significa muitas coisas e não estou falando de questão romântica, meu coração é seu.

 Jaehyun pode ter dito diversas palavras naquela bendita frase, mas aquelas 3 em especial atingiram Taeyong de uma forma inexplicável, e em qualquer outra circunstância, ouvir aquilo teria o deixado imensamente feliz, o faria sorrir e pular nos braços de Jaehyun, mas naquele momento, as 3 palavrinhas mágicas foram como um baque para si, não negaria que em parte estava emocionado em ouvi-las, mas do que adiantava as tais palavras se no final, as atitudes de Jaehyun não condiziam 100% com elas. 

 Jaehyun havia juntado o resto de dignidade que havia lhe restado para dizer aquilo, não sabia de onde havia criado tanta coragem para aquilo, mas talvez o medo de perder Taeyong fosse maior do que qualquer coisa naquele momento, Faziam 3 anos desde que não repetia aquelas palavras no sentido romântico, e dizê-las em voz alta era quase desesperador, era como um choque de realidade e não sabia se havia sido uma ótima ou uma péssima ideia, mas não importa o quanto relutasse, aquela era a verdade, amava Lee Taeyong, a sua maneira. 

 – Eu também te amo, Jaehyun, amo tanto que é quase desesperadora a ideia de não te ter comigo... Mas diferente de você, eu provo isso todo o bendito dia, eu me entrego a você todos os dias, diferente de você, eu não só falo! – Seus olhos já começam a marejar e odiava ser sensível a aquele ponto – Eu te amo, Jaehyun, mas por mais que você diga que seu coração pertence a mim, muitas outras coisas pertencem à um outro alguém... Então, enquanto você não estiver preparado para ser meu, eu também não serei seu! 

– Taeyong... Você não... 

– Eu te amo, mas eu preciso me amar, não posso continuar a fazer isso! – Deixou a aliança sobre a bancada e caminhou para fora do apartamento, deixando para trás um Jaehyun com lágrimas nos olhos.



Notas Finais


fogo no parquinho

acalma o coração e não desiste da gente, respira fundo, toma aquela aguinha e fiquem calmos que quem é para ficar junto sempre fica!

junmyeon tá confuso, jinyoung tá confuso, os jaeyong estão confusos tá uma loucura mAS no meio de tanta guerra a gente tem essas crianças para deixar a gente com o coração quentinho

alguém tem um palpite sobre quem é o garotinho que é fascinado em laranja, tem covinhas e tem um nome que o apelido "minnie" serve??

vamos descobrir lá em daddy2
a propósito...

FALTAM 5 CAPÍTULOS PARA ACABAR


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