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História Daddy ; jaeyong - Reencontros, memórias e super poderes


Escrita por: jyminx

Notas do Autor


estão se cuidando direitinho?? espero que sim hein...

cap de daddy saindo do forno para vocês cheiiiio de fofura, espero que vocês gostem foi feito com muito muito amor, não deixem de comentar e favoritar que isso incentiva a sair cap mais rápido, amamos muito muito vocês, boa leitura

Capítulo 56 - Reencontros, memórias e super poderes


Foram necessárias diversas ligações não atendidas para que Sicheng despertasse finalmente, mesmo que seu plano naquele dia fosse dormir por toda a tarde, mas aquele não era o plano de Nakamoto, o japonês havia pensado naquele dia por semanas e não havia nada que pudesse controlar sua ansiedade e acalmar seu coração pulsante.

Assim que levantou, o loirinho foi direto para o banheiro na tentativa de tomar um banho que o despertasse realmente, pois sabia que dali alguns minutos, Yuta chegaria como um tornado naquele quarto e arrastaria Dong para fora, então tomou seu banho com certa calma enquanto tentava se acostumar com a luz solar e com o fato de que estava em pé, e não deitado em sua cama confortavelmente.

Havia recebido algumas mensagem de Yuta, as mesmas diziam para Sicheng se arrumar pois em poucos minutos o mais novo iria buscá-lo, Dong não fazia ideia de para onde iriam, mas confiava em Yuta de qualquer forma. Após o banho, demorou bons minutos apenas encarando as próprias roupas, pois não sabia o quanto deveria se arrumar, mas sabia que no final optaria pelo estilo casual de sempre, pois sabia que daria certo, e não é como se fossem almoçar num restaurante chique, aquilo não era a cara de Yuta, não era a cara de nenhum dos dois.

Sicheng vestiu uma calça jeans de lavagem clara, dobrada nas canelas e um vans preto, uma camiseta preta e a jaqueta de Yuta como sobreposição, era algo simples e casual, mas que combinava consigo e independente da situação, não estaria desleixado. Ousou tentar arrumar os fios mas falhou completamente na missão e optou por apenas deixar os fios secarem naturalmente, os dando um ar levemente bagunçado, mas que Sicheng adorava.

Em poucos minutos, pode ouvir algumas batidas em sua porta, e antes que pudesse abrir a mesma, Yuta fez questão de entrar mesmo sem autorização, mas não que o chinês fosse se incomodar, não pode evitar em sorrir somente em ver o maior ali, Yuta vestia um jeans preto e um moletom igualmente preto, mas usava a camiseta do time por cima do moletom, era sem igual a forma como promoviam o time da universidade mesmo que não fosse a intenção de nenhum dos dois ali, mas o que poderiam fazer? Yuta só tinha roupas do time e Sicheng adorava usar as roupas de Yuta, mesmo que a maioria ainda cheirasse a maconha, então tinha de enchê-las de perfume, mais do que Yuta já costumava fazer.

– Bom dia... Ou boa tarde, não sei que horas são! – Yuta sorriu antes de depositar um breve selar nos lábios do loirinho, a sensação de ter a liberdade para fazer isso era inigualável, Yuta sentia-se nas nuvens.

– Boa tarde, eu acho... Mas então, para onde vamos? – Sicheng ousou perguntar, mesmo que tivesse muito medo da resposta, confiava em Yuta cegamente mas sabia que o namorado tinha alguns parafusos a menos.

– Surpresa! – E antes que Sicheng pudesse contestar, foi puxado pelo japonês para fora do dormitório.

Durante toda a caminhada, Sicheng perguntava para onde iriam e o que fariam, mas Yuta era ótimo em fugir do assunto e até mesmo em ignorar Sicheng como se estivesse sozinho ali, o que deixava o loirinho completamente frustrado, mesmo que a situação o divertisse. Não demoraram em chegar na estação de metro, e logo já se encontravam dentro de um dos vagões, naquele dia um importante show de um grupo de k-pop iria acontecer, então o metrô se encontrava lotado de adolescentes, o que dificultou para os dois universitários ali que apenas queriam se sentar, mas tiveram que percorrer toda a linha em pé e quase sendo esmagados enquanto dividiam fones de ouvido, a situação era quase nostálgica, mas Sicheng ainda reviveria outros momentos de seu passado.

Assim que chegaram em seu destino, Yuta puxou Sicheng para fora do vagão com delicadeza e o levou até as escadas, onde subiram com calma pelo lado direito, e assim que saíram da estação e seguiram pelas ruas, Sicheng não pode controlar seu sorriso, queria abraçar Yuta assim que o mesmo parou em frente a cafeteria já conhecida.

Aquilo poderia parecer algo simples, mas ali naquele mesmo local, haviam tido seu primeiro encontro, e guardavam aquele dia com tanto carinho que mal podiam expressar, Sicheng lembrava detalhadamente daquele dia, em como estava ansioso, em como queria morrer só por estar na presença de Yuta Nakamoto, e pensar que agora estavam namorando, não podia se sentir melhor, e Yuta não ficava para trás no quesito sentimentos, pois jamais imaginaria que aquele doce garoto viria a ser seu atual namorado, e isso o enchia de alegria, Sicheng havia sido sua melhor decisão.

Segurou a mão do chinês com carinho e sorriu pra o mesmo antes de entrar no estabelecimento, tudo estava exatamente igual como da última vez, mas agora, podiam dizer ao mundo que pertenciam um ao outro e que se amavam mais do que poderiam conseguir expressar. Yuta era ágil, então rapidamente já se sentavam na mesa que ficava ao pé da cerejeira, aquela bendita cerejeira havia se tornado tão simbólica para ambos.

– Boa tarde, o que vão pedir? – Uma das funcionárias se aproximou com um sorriso doce nos lábios.

– Um cappuccino cremoso e um cupcake de cereja.. E você, amor? – Sicheng perguntou ao namorado.

– Pode ser um chá matcha com leite, e um cookie de chocolate. – Terminaram seus pedidos, que rapidamente já estavam prontos.

– Por que me trouxe aqui? – Sicheng sorria enquanto tentava limpar o chantilly de sua própria boca.

– Eu quis recriar algumas memórias, mas de formas diferentes... Sabe, da última vez que viemos aqui, eu jamais imaginaria que esse seria o nosso futuro, mas fico feliz que tenha sido esse, quero que quando passe por aqui, tenha lembranças felizes sobre a gente. – Yuta tinha um sorriso bobo em seus lábios, Sicheng tinha esse efeito sobre si.

– Yuta, eu te amo... – Roubou um selinho do maior, sujando a boca do mesmo com chantilly, mas não que se importassem, aquilo só tornava tudo ainda mais doce.

Ali mesmo, naquele pé de cerejeira, onde as coisas começaram, onde iniciavam uma jornada que desejavam nunca ter fim, debaixo das flores cor de rosa, juravam num grande silêncio se amarem por toda eternidade, que cuidariam daquele amor para que sempre florescesse como as grandes árvores de cerejeira.

Após o que seria um café da tarde num horário completamente aleatório, seguiram na sua caminhada por longos minutos, Sicheng não sabia mas Yuta ainda tinha cartas na manga, e a próxima surpresa seria a melhor daquele dia. O japonês mal podia conter o grande sorriso em seus lábios, e aquilo era nítido, mas assim que chegaram até a clínica veterinária, Sicheng se perguntou o motivo de tanta felicidade.

– O que estamos fazendo aqui? – Sicheng soltou uma risada mesmo que estivesse um tanto apreensivo, mas mesmo assim, adentrou a clínica, logo indo até a bancada da recepção – Kokoro!

– Oi, Sicheng, como você tá? – A mesma tinha um sorriso nos lábios, um tipo diferente de sorriso, um sorriso de quem escondia segredos.

– Vou bem, e você? – Encarou Yuta por alguns segundos – O que estão escondendo de mim?

– Nada! – Ambos falaram em uníssono.

– Ah, Yuta! Você chegou... Eu vou lá pegar o... Sicheng, veio fazer hora extra? – Johnny apareceu, sorrindo sacana para o loirinho.

– Se me trouxe aqui para hora extra, eu estou indo embora agora. – Sicheng saiu andando, mas logo foi puxado de volta.

– Você fica bem aqui, eu vou lá buscar sua surpresa! – Yuta depositou um selar sobre a mão de Dong e logo se dirigiu até os fundos da clínica, junto a Johhny.

Yuta não demorou em reaparecer com uma caixa cor de rosa em suas mãos, a segurava com todo o cuidado mundo, e assim que a colocou sobre as mãos de Sicheng, o chinês se assustou com o peso, então logo a colocou no chão com cuidado.

– Yuta... – Encarou o namorado, mas logo foi distraído pelo som de um latido fino, mas era alto demais para ser um latido vindo dos fundos da clínica, então rapidamente abriu a caixa, sentindo os olhos marejarem ao ver o sptiz alemão branco com sua linguinha para fora, parecia sorrir.

Sicheng rapidamente pegou o cachorro no colo e o abraçou com cuidado, sentindo algumas lágrimas caírem por suas bochechas, aquele era o melhor presente do mundo.

Aquele não era o foco da clínica, mas vez ou outra vendiam alguns cachorros, mas todos eram vendidos por pacotes de rações que eram destinados a doação, e principalmente, vendiam para conhecidos que sabiam que poderiam cuidar do animal.

Logo o cachorrinho foi colocado no chão, onde começou a correr de um lado para o outro, cheirando e brincando com qualquer coisa que achasse pela frente.

– Esse foi o melhor presente do mundo! – Pulou nos braços do Nakamoto, o abraçando com toda a sua força – Eu te amo tanto, já te disse isso e vou continuar repetindo para sempre.

Se afastaram e então Yuta pode secar as lágrimas de emoção que molhavam as bochechas de Sicheng, mas durante o professor, acabou pisando num brinquedo um tanto barulhento, o que o fez se assustar e dar um pulo para trás, o que havia sido uma péssima decisão, pois acabou por pisar numa pequena poça de urina deixava pelo pequeno spitz, e por consequência, escorregou na mesma e foi de encontro ao chão, levando Sicheng junto consigo.

– Eu queria recriar a memória da primeira vez que eu vim aqui, onde nos vimos pela primeira vez... Mas não pensei que fosse ser tão realista – Gemeu de dor e riu baixo.

Todos ali riram lembrando da cena icônica de Sicheng escorregando na poça de urina, havia sido humilhante mas o futuro nos prega peças antes de nos dar um devido descanso.

Por sorte, somente Yuta se molhou no tombo e ainda amorteceu a queda do Dong, e por mais sorte ainda, Sicheng tinhas roupas reservas na clínica, e como não tinham muita diferença na numerarem das roupas, Yuta pode se limpar e pegar a calça empresta de Dong.

Após a confusão, se despediram de Kokoro e Johhny e saíram da clínica com o pequeno spitz no colo, logo adentraram ao táxi, pois não queriam voltar para o dormitório de metrô com o cachorrinho.

– Como vamos fazer? Com ela! – Sicheng perguntou, já caminhando pela campus com a cachorrinha dentro da jaqueta do time, haviam notado ser uma fêmea logo após saírem da clínica.

– Você não vai demorar para se formar, então vai ser por pouco tempo, e em qualquer caso, a casa do Taeyong tá sempre de portas abertas!

– Yuta! – Riram juntos – Tenho dó do Taeyong por te aguentar.

– Ei! Não precisa falar assim também... – Cruzou os braços.

– Eu to brincando, amor. – Roubou um selinho do maior.

– Vem, ainda falta mais uma coisa, temos que ir logo.

Sicheng mal podia acreditar que aquele dia era real, não podia acreditar que Yuta era real, que aquele amor era real, pois nunca havia se sentido daquela forma, sentia-se tão bem, a forma como aquele amor era intenso mas leve, Yuta era tudo o que Sicheng poderia querer.

– Preciso que feche os olhos agora! – Yuta pegou a cachorrinha do colo de Sicheng e segurou na mão do mesmo.

– Isso tem tudo pra dar errado! – Riu, fechando os olhos e deixando ser guiado.

Nos minutos seguintes, foi muito difícil para Sicheng manter seus olhos fechados, mas se esforçou completamente pois sabia que Yuta havia se esforçado, por um bom tempo tentou adivinhar o trajeto mas em poucos minutos já havia se perdido e não fazia mais ideia de onde estavam.

Assim que parou, percebeu que pisava numa superfície um tanto peculiar, não era estranho mas não sabia bem o que era.

– Nossa história começou em vários lugares, Sicheng... Mas o verdadeiro início foi aqui, onde você me viu, onde no meio de tanto outros, você me achou, foi aqui que tudo começou, pode abrir os olhos! – Dong demorou alguns segundos para se acostumar com a claridade das luzes fortes, mas não pode evitar em sorrir ao ver aquele campo tão conhecido por si, ali naquele fim de tarde onde o céu se encontrava completamente alaranjado, haviam vivido tantas emoções ali, era um lugar realmente especial.

– Obrigada por ter me escolhido para ter seu coração, Yuta... – Se abraçaram.

– Não foi uma escolha, foi o destino, Sicheng, você é meu destino, meu presente e meu futuro, e em meio a tantos inícios, espero que nunca tenhamos um fim.

*»»——⍟——««*

Atordoado era a palavra perfeita pra descrever como Chan estava quando adentrou a sala. Estava tentando processar toda a informação que Jun havia passado para si faziam alguns segundos, como ele poderia ter decidido virar legalmente pai da sua irmã e simplesmente contar isso 1 minuto antes deles entrarem na sala?

O considerava um louco, completamente doidinho, pirado. Assumir um papel como esse já era muita coisa para si, imagina pra qualquer outra pessoa.E isso só fez o admirar ainda mais, nunca esperou que alguém fizesse tamanho gesto para si.

Ele era seu anjinho. Mesmo tudo dando errado, ele continuava se esforçando e dando seu máximo para no final do dia fazer Chan sorrir. Agora restava saber se esse último esforço daria certo.

O juiz estava na frente dos três e após pedir para se sentarem, o desespero o atingiu. O homem a sua frente estava prestes a tomar uma decisão que independente de qual fosse, mudaria sua vida para sempre.

Alguns bons metros dali Wonyoung estava no colo do Seungyoun tomando sorvete e conversando com o mais velho.

– Sabe, oppa, nos últimos dias eu não sabia o que fazer para ajudar, então eu rezei muuuito! – ela disse mudando o assunto sobre desenhos animados e diminuindo um pouco sua intonação. – Mas eu não sei se adiantou... Eu rezei muito pela vovó e deu errado...

– Oh meu amor, não é assim...

– Eu sei... Sei que ela está em um lugar melhor, todos me disseram isso, mas mesmo que perder o Chan signifique que eu vou para um lugar melhor, eu não quero...

Seungyoun sentiu seu coração apertar e um pingo em sua calça, imaginou que fosse o sorvete derretendo, quem dera que fosse. As lágrimas da pequena caiam em grande quantidade mesmo que ela não estivesse emitindo nenhum som, continuava colocando sorvete na boca, talvez em uma tentativa de controlar o choro.

– Posso te contar um segredo? – Seungyoun a puxou para mais pertinho para que se sentisse protegida e passou a secar suas lágrimas. A garotinha assentiu tímida e ele respirou fundo antes de prosseguir. – Você gosta de super heróis?

– Gosto... – disse baixinho se escondendo no pescoço do outro, agora que tinha acabado o sorvete.

– E o que os super-heróis fazem?

– Salvam o mundo? – perguntou confusa.

– E é exatamente isso que seu irmão e o Jun estão fazendo lá dentro, estão tentando salvar o mundinho deles, que é você!

Ela olhou para o mais velho tentando assimilar o que ele havia o dito. O que era um super herói? Pessoas que enfrentavam diversos desafios e muitas vezes sofriam muito mas mesmo assim continuavam lutando pelo bem e para salvar as pessoas? Se fosse assim realmente tinha dois em casa que a amavam, mas sabia que nem sempre o bem ganhava e se esse fosse um dos casos?

– Como eles vão fazer isso?

– Lembra do que a moça falou com a gente? A situação do seu irmão era meio complicada, mas como ele mora com o Jun, isso melhora as coisas. Então o Jun resolveu assumir toda a responsabilidade.

– Seunggye, eu não estou entendendo...

– O Jun tomou uma decisão muito corajosa, assim como os super-heróis sempre são. Ele tá pedindo pro juiz para você ficar com eles, no lugar do seu irmão. Pedindo pro juiz para legalmente ser seu responsável e cuidar de você. – estava tentando arrumar palavras melhores para explicar, mas era uma situação complicada, entendia a carinha confusa da garota mas não sabia como deixar mais claro, sem acabar falando algo que ela pudesse interpretar de forma errada.

– Ele tá pedindo pro moço velhinho para eu virar filha dele? – perguntou com seus olinhos brilhando.

– Err... tipo isso...

Voltando para os dois dentro da sala. Chan estava com suas mãos suando como nunca. O juiz estava terminando de analisar todos os documentos do Jun, mesmo que já houvesse recebido uma cópia de todos antes da audiência. O advogado fez um trabalho excepcional, agradeceria muito Seungyoun pela indicação. Ficou muito nervoso quando o juiz fez uma pausa para conversar novamente com a assistente social.

Jun tinha uma dicção impecável, todas as vezes que teve que responder algo não travou e nem hesitou em responder enquanto Chan mesmo que não tivesse que falar nada, perdia o ar todas as vezes que o juiz começava a falar.

O tempo foi passando e quando viu já não tinha mais papel nenhum para analisar, todas as perguntas já tinham sido feitas e tudo que o advogado conseguiu apresentar para ele, o fez.

Sentiu que estava na hora da resposta.

Estava tão nervoso que poderia desmaiar ali mesmo, Jun segurou sua mão, ele também sabia que chegara a hora. Ele parecia tão calmo, seus olhos transpareciam tranquilidade. Sabia que estava se controlando, deveria estar ainda mais nervoso que só por dentro. Entrelaçou seus dedos mostrando que estava ali pra ele também.

Mostrando que estavam juntos e que independente de qual fosse o resultado, continuariam lutando juntos.

– Senhor Juiz, como o senhor pode ver, Wonyoung terá todo apoio e estrutura, tanto emocionais quanto financeiros! Conceder a tutela à Park Junhee certificará que a mesma irá se manter com pessoas das quais a mesma já te laços afetivos, o que é benéfico ao seu desenvolvimento, e como Park já é um homem formado com emprego fixo, pode assegurar uma condição financeira estável para a garota. – O advogado complementou.

Chan sentia os músculos doerem de tão tencionados, e sabia que a resposta final estava por vir a qualquer instante, e naquele momento, não sabia mais pelo que esperar.

– Após toda a análise, constatamos que o Sr. Park tem um histórico impecável, impecável o suficiente para poder receber a tutela de uma criança, mas... – O juiz suspirou – Precisaremos manter frequentes as visitas por parte da assistente social, a vida de uma criança é uma grande responsabilidade e somente a vontade de vocês não basta, mas acredito que vão dar o melhor de vocês, mas ficaremos sempre de olho! Então, concedo a Park Junhee a tutela  de Jang Wonyoung, podem buscar a filha de vocês.

O juiz deu uma risada gentil e levantou-se, pedindo para seu assistente dar toda a papelada necessária para que fosse assinada.

Assim que conseguiram se livrar de todos os papéis e o advogado disse que finalmente poderiam sair dali. Chan ignorou completamente o fato de estarem em um lugar completamente sério e simplesmente saiu da sala correndo em direção a pequena, que assim que o viu, se jogou em seus braços.

– A gente conseguiu meu amor, você vai ficar com a gente. – usou o restante de suas forças para dizer aquilo, era tão bom ter ela em seus braços e saber que mais ninguém iria a tirar dali. Um peso enorme saiu de suas costas e finalmente seu prêmio estava em suas mãos.

– Não precisa chorar Channie, eu não iria sair mesmo se tentassem! Eu te amo muito! – passava suas mãozinhas sobre o rosto do mais velho secando cada uma das lágrimas que caiam. – Cadê o Junnie? Seungyoun me contou o segredo dele...

– Que segredo, meu amor? – Jun se aproximou com um sorriso lindo no rosto, estava tão feliz que nem sabia como se expressar direito, sabia que iria demorar um tempo para cair a fixa de que era de fato responsável daquela pequena garotinha que tanto amava.

Wonnie estendeu os bracinhos não direção do outro, saindo do colo de Chan para abraçar Jun. Ela passou alguns bons minutos agradecendo ao pé do ouvido do mais velho baixinho. Não sabia exatamente o que significava tudo que ele havia feito, mas sabia que sem ele não teria sido possível.

Sabia que Park Junhee mesmo sem ter uma capa estilosa, uma armadura especial ou super poderes, havia salvo o dia.

Não permitiu que uma família se separasse e de quebra acabou entrando oficialmente para ela, com direito a contratos e processos judiciais, assim não podendo sair nunca mais também.

– Jun, posso te fazer uma pergunta? – ela proferiu assim que se desgrudou do ombro deste depois de tanto agradecer. Seungyoun aproveitou esses minutos para parabenizar os dois e explicar o que tinham conversando enquanto estavam fora, ele estava tão feliz quanto os outros três ali. – Hm... quer dizer que... eu... posso te chamar de papai, agora?

– Seria uma honra!

*»»——⍟——««*

É verdade que após quase um mês sem aula, Taeyong sentiu uma certa saudade de voltar a faculdade, mas depois de 10 minutos dentro da sala, já se arrependeu profundamente. Agradecia por só precisar comparecer nas aulas que eram sobre seu tcc, já que restava apenas fazer a entrega para finalmente estar formado e não precisar mais voltar ali. Bom... eventualmente voltaria para assistir alguns jogos e ir nos festivais, mas não precisaria mais ter compromisso com as aulas.

Nesse primeiro dia de aula sua rotina ainda estava de certa forma bagunçada, deveria estar se encaminhando para a escolinha de Mark para leva-lo para casa, porém, iria ter aula no período da tarde, então, Jaehyun se dispôs a ir buscar o pequeno, quando estavam tomando café naquela manhã.

Já sentia saudade de passar as manhãs com Mark, era muito mais legal assistir dragon ball do que editar um vídeo que não parecia estar em um pouco bom. As férias foram muito importante para Taeyong pois ele conseguiu se aproximar ainda mais de Jaehyun e Mark, se é que isso era possível. Mark não parecia senti nem mais um tiquinho de ciúmes e em relação a Jaehyun...

Taeyong não sabia se estava se iludindo imaginando esse tipo de coisa, mas a relação ja estava tão evoluída que já conseguia sentir que em um futuro próximo poderia chamar o mais velho de "namorado". Sabia que eles já se comportavam como tal, mas entendia que assim como era difícil para si aceitar estar em um relacionamento com alguém que já tem um filho, era difícil para o outro se permitir seguir em frente, ainda mais com alguém alguns anos mais novo.

Era complicado, mas as coisas estavam tão bem... Seu coração sequer parecia ser seu mais, mas voltava a ser presente todas as vezes que Jung abria um sorriso, era lindo demais, se considerava muito sortudo por ter a oportunidade de ter o outro pertinho de si. Tinha apenas um problema...

Antes que sequer começasse a refletir sobre, seu celular passou a vibrar no bolso esquerdo de seu jeans, o desviando de qualquer tipo de pensamento.

– Alô? – atendeu tão depressa que sequer deu atenção de quem se tratava.

– Meu número não está salvo, amor?– Taeyong escutou a voz melodiosa do outro lado da linha e sentiu cada partezinha de seu corpo simplesmente amolecer, era normal ficar assim apenas ao escutar a voz de alguém?

– Desculpa, hyung, eu nem olhei para a tela quando eu atendi, mas sim eu tenho seu número salvo... – riu baixo da pergunta boba que o outro tinha feito. – Inclusive, Mark fez questão de colocar inúmeros emojis de coração após seu nome alegando que quando ele sentisse saudades ele iria pegar seu celular e ligar para mim e que eu não poderia deixar de ver, tá bem chamativo!

– Criei direitinho... – Taeyong escutou um barulho de moto do outro lado da linha, imaginou que Jaehyun já deveria estar voltando para o apartamento. – Como foi seu primeiro período? Reencontrou seus amigos?

– Eu não tive muitas aulas não, tenho mais agora na parte da tarde, minhas aulas estão todas quebradas, o horário está muito ruim, mas, como é por pouco tempo, não tem problema! – estava caminhando para o refeitório pra já almoçar e percebeu que ainda não tinha aberto, olhou para o próprio relógio e percebeu que ainda estava um pouco cedo. – Sobre meus amigos, eu encontrei alguns, mas não muitos, vou atrás deles depois. Yuta não desgrudou de mim até eu entrar na sala mesmo eu tendo o visto antes de ontem, mas isso é normal.

Jaehyun soltou uma risada do outro lado da linha. Ficara mais próximo de Yuta durante as férias também, Jung já o convidava para ir jantar com eles e sempre que podia convidava Sicheng também.

– Ah, hyung... Eu sai mais cedo da aula, acabei de perceber, acho que da tempo de ir buscar o Mark e deixá-lo no apartamento, não precisa que você vá! – Taeyong continuou antes mesmo que Jaehyun tivesse oportunidade de responder.

– Já estou no carro, não se preocupe... – Lee proferiu um "okay" de certa forma triste, agora só veria o pequeno a noite. – Mas, faltam alguns minutos para ele ser liberado, posso te ver antes?

Não pensou duas vezes antes de dizer sim e pedir para o esperar na frente do portão 2, que era o mais próximo da escola do Mark.

Havia prometido que almoçaria com Doyoung e caso se atrasasse teria algum órgão arrancado, mas como o outro ainda estava em aula, iria aproveitar para dar um "oi" rápido para seu hyung.

Algumas turmas já estavam sendo liberadas quando atravessou o gramado totalmente apressado. Quando finalmente desceu o lance de escadas que dava para a rua, já conseguia ver Jaehyun encontrado no muro da faculdade, apenas alguns metros de si, com as mãos no bolso e sei traje usual, completamente branco.

– Demorei muito? – se pronunciou chamando a atenção do mais velho que redirecionou o olhar para si já sorrindo.

– Claro que não... –rodeou a cintura alheia com seus braços, o puxando para perto. Perto o suficiente para sussurrar sobre os lábios alheios. – Não me importaria de esperar muito mais, desde que eu ganhasse um beijo seu no final.

Ignorando completamente que estavam em uma avenida movimentada, na frente do portão da sua universidade, sendo um lugar de acesso e exposto pra qualquer um dos estudantes, Taeyong enterrou seus dedos nos fios macios do mais alto, colando por fim seus lábios.

Mesmo que tentasse negar de todas as formas, era impossível não enxergar o quanto estava entregue a Jaehyun. Tentava dizer para si mesmo que só "gostava muito" do outro, mas a forma como seu corpo reagia, como seu coração tropeçava e como tudo se tornava mais incrível com o outro ali, já o entregava. O amava.

O mais velho se afastou de Taeyong depositando alguns selinhos carinhosos em seus lábios. Encostou suas testas, ainda sentindo a respiração do mais novo pertinho de si, abriu seus olhos e apreciou a vista do outro ainda de olhinhos fechados e com a boca entreaberta, como se esperasse por mais e como queria dar mais...

– Tae, seu celular tá tocando faz um tempinho...

Lee despertou do transe e pegou de forma desajeitada seu celular, que por pouco não caiu.

Era Doyoung. Estava Fodido.

– Se eu não quiser que o prato principal seja meu fígado, eu preciso ir agora! – disse se embolando em suas próprias palavras. – Te vejo mais tarde, amor.

Antes de sair deixou mais um beijo no outro e pediu para que dissesse para Mark que estava com saudade.

Jaehyun não demorou nem 3 minutos para chegar na escola do pequeno. Alguns pais já estavam esperando pelas suas crianças mas o sinal ainda não havia tocado. Adorava o local, ele era todo colorido na parte das crianças e carregava um ar mais sério na aérea dos estudantes do ensino médio, ainda mantendo o espírito alegre da escola.

As turmas começaram a ser liberadas mas nenhum sinal do seu leaozinho. Apesar de Taeyong se encarregar do trabalho de buscar na escola, adorava fazê-lo, era incrível poder receber um abraço apertado e ficar escutando tudinho do dia do mais novo enquanto estavam no carro, era um dos momentos que mais gostava.

Passaram mais alguns minutinhos e nada. Começou a perceber que a maioria já havia ido embora e que restavam apenas os pais dos companheiros de sala de seu pequeno, então lembrou que Mark estava com uma professora nova, Taeyong havia dado mais atenção para isso é até comentou, mas já fazia tanto tempo que sequer se recordava.

Achava importante conversar com os professores, para saber como estava o processo de aprendizado e desenvolvimento ainda mais nessa época. Costumava vir conversar sempre que podia com a professora antiga, ficava preocupado de o pequeno não estar se enturmando ou não se adaptar bem. Torcia para a nova ser tão boa quanto a anterior, Mark gostava muito dela.

Seu coração se aqueceu assim que foi capaz de ver Wonyoung e Seungmin saindo da sala, a garotinha estendeu sua mão para ajudar o outro a descer o pequeno degrau que o mesmo parecia ter dificuldade em passar por ele. Os dois não demoraram para o enxergar e correr em sua direção.

– Tio Jae!

– Oi meus amores! – se abaixou para receber o abraço de ambos. – Como que minhas crianças favoritas estão?

Seungmin lançou um sorriso tímido em sua direção e Wonyoung ficou ainda mais radiante que antes.

– Hoje foi super legal, Mark esta demorando porque ele está encantado com a aula divertida que a gente teve, não para de falar com o professor! – dizia enquanto arrumava a franjinha de Seungmin que ficou bagunçada após o abraço.

"Professor?"

Memórias vagas de Mark dizendo que era um homem e não mais uma mulher vieram a sua mente, como poderia ter se esquecido? Ficava extremamente aliviado pelo pequeno estar animado, é tão difícil ele começar a gostar das pessoas de primeira, estava feliz pelo outro estar ainda conversando com o professor.

– E vocês, gostaram dele?

– Muito, a gente só saiu primeiro porque estamos com fome... – Seungmin disse enquanto passava a maozinha na barriga. – A gente quer ir para casa logo!

– Agora eu entendi essa pressa toda, quando eu estava na escola, também sentia muita fome antes da aula acabar. – fez cócegas em ambas as crianças na barriga as fazendo rir. – O que vocês acham de vir almoçar em casa na sexta?

Os dois nem precisaram se esforçar muito para pensar e logo responder que sim.

– Ótimo, falo com o Chanzinho ou com o Jun e com sua mãe Seungmin assim que eles chegarem!

Sentiu Seungmin puxar sua mão, assim que levantou, provavelmente para falar algo, mas quando foi se virar pra o mais novo, avistou Mark.

Estava saindo da sala acompanhado de um adulto, imaginava que fosse o professor, mas assim que esse fechou a sala e levantou seu rosto, foi capaz de reconhecê-lo no mesmo momento.

Se aquilo não fosse uma miragem, acabara de ter certeza que o destino era um grade filho da puta.

Simplesmente não poderia ser o Junmyeon.

Como um filme, todas as memórias que passaram juntos, percorram sua mente. Demorara tanto tempo para o superar, ele realmente tinha que aparecer agora?

Algo que sequer lembrava dentro de si retornou ao ver o sorriso do homem, lembrou de todas as vezes as quais esse sorriso foi direcionado apenas para si.

Mas acima disso, lembrou todas as vezes as quais foi o motivo desse sorriso.


Notas Finais


ai ai esse Jaehyun...

>não ataquem< o Suho plmd, ele não tem culpa alguma de ser um grande gostoso

brincadeiras a parte, vamos ver se ele guarda essas memórias tão boas assim como o Jaehyun e ver se esse "problema" que o Tae citou é forte o suficiente para os separar...

a gente prometeu muita emoção e assim será, perdão por não estar tendo tantas cenas de jaeyong assim, mas não se preocupem que tudo isso foi previamente planejado e é preciso fechar os demais núcleos da fic, assim como o de jaeyong, então relaxem que até o final vamos ter mais cenas deles, não xinguem a gente, por favor eu fico muito tristinha, estamos fazendo o possível para finalizar tudo de forma inesquecível e entregar algo bom para vocês

nossa contagem regressiva segue avançando e daddy2 está mais perto do que nunca, os preparativos estão ficando incríveis...


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