Yuta bateu algumas vezes na porta que não demorou muito para ser aberta por Sehun, o mesmo vestia uma roupa casual, camiseta branca e uma calça de moletom preta, não que Yuta realmente se importasse com o que Sehun vestia, o amava de todas as formas e na sua opinião, o garoto nu era mais bonito ainda.
Sem hesitar, Yuta adentrou ao apartamento e o abraçou enquanto o outro acariciava seus fios, trocaram alguns selares enquanto Sehun ainda fechava a porta e os guiava para dentro do apartamento. Era inevitável para Yuta não sentir falta de Sehun, por mais que ninguém soubesse, era tão apegados.
Sehun havia planejado uma tarde tranquila com o japonês então selecionou filmes que sabia que Yuta amaria, comprou doces e outras besteiras que o japonês tanto amava. Começaram assistindo um desenho que Yuta adorava, Peter Pan.
Sehun deitava com as pernas abertas enquanto Yuta ficava entre elas, apoiando sua cabeça no peitoral do mais velho. O casal dividia um enorme balde de pipoca e uma barra de chocolate, Yuta fazia questão de misturar os dois. Sehun vez ou outra acariciava os fios acastanhados de Yuta enquanto o mesmo prestava atenção no desenho, sua expressão concentrada o deixava tão lindo que Sehun quase babou, Yuta tinha tantos charmes.
– Coma um pouco de chocolate, Hunnie! – Virou-se, aproximando o doce dos lábios do maior – Não vou comer isso tudo sozinho.
– Hmm... – Trocaram alguns sorrisos após Sehun depositar um pequeno selar nos lábios de Yuta e logo comer um pouco do chocolate.
O filme não demorou muito para acabar mas logo Sehun e Yuta já assistiam a outro, poderiam fazer aquilo para sempre sem nem enjoarem. Dessa vez assistiam algum filme de super-heróis, já que ambos adoravam a temática. Ainda deitavam juntos e abraçados, eram um casal até meio "meloso" quando estavam a sós, mal se desgrudavam e adoravam aquilo, adoravam um ao outro.
Momentos como aquele era tão bons na opinião de Yuta, o japonês sempre foi muito "caseiro", gostava da tranquilidade e do sossego que tinha, sem contar que amava a ideia de passar a tarde com Sehun enquanto assistiam desenhos e filmes, ainda mais porque Sehun comprava tantos doces. Yuta amava os momentos junto à Sehun e por mais que fosse muito difícil assumir, também amava Sehun, sabia que não podia, que não devia, mas não era algo que podia controlar, somente o amava.
Aquela situação as vezes o tirava do sério, afinal, realmente não podia controlar o que sentia e isso o deixava louco já que sabia que aquilo era temporário, queria poder amar Sehun intensamente como se nada pudesse os impedir, como se barreira alguma existisse, então poderiam deixar com que todo amor transbordasse, poderiam se amar como nunca. Mas as coisas não eram bem como queriam em partes, então levavam a sério amar enquanto ainda lhes restava tempo, afinal, era a única opção que tinham, então amavam intensamente aqueles momentos.
* »»——⍟——««*
Jaehyun ligou para Taeyong avisando que era para descer direto para o estacionamento, sem dar qualquer explicações, Taeyong concordou e assim que se trocou, desceu. Estava totalmente constrangido desde que saíra da casa de Jaehyun apenas de cueca, não sabia como olhar em seu rosto sem querer morrer.
Foi para o estacionamento sem questionar, mas não fazia ideia do que iria acontecer. Iriam andar com Mark ? Jaehyun o levaria até a clínica ? Porque o estacionamento? Mas nada disso importava mais, quando a porta do elevador abriu. Jaehyun estava mais uma vez com aquele cabelo perfeito, Taeyong não fazia ideia como o outro deixava todos os fios em perfeita ordem exatamente como estava.
Mark veio correndo em direção do Lee e foi logo repreendido por seu pai, por estar correndo em um lugar que passam carros. Taeyong abaixou e o abraçou forte, estava feliz por ver o menor. Entretanto cada passo que Jaehyun dava, só aumentava o nervosismo do outro, estava prestes a desmaiar.
– Boa tarde, Taeyong.
– Boa tarde, hyung. – respondeu sorrindo entretanto sem o encarar, não tinha tanta coragem para tal.
– Taetae, escolinha. – Mark estava tao feliz, que estava deixando Taeyong confuso.
– Eu vou levar vocês dois em uma papelaria, para comprar o material da escolinha do Mark. – já estava caminhando em direção ao seu carro.
Taeyong o seguiu, segurando a pequena mão de Mark, que não parava de saltitar. Entraram no carro de Jaehyun, que é muito grande e confortável, colocou Mark em sua cadeirinha e se ajustou ao lado dele no banco de trás. Até se sentaria no banco da frente se não fosse o incidente. O mais velho o entregou a lista de material e disse que como era o primeiro ano, ele deveria comprar tudo, o entregou seu cartão e falou que a senha era o aniversário de Mark.
Completamente previsível.
O caminho até a enorme loja de materiais escolares, foi um tanto silenciosa e constrangedora, se não fosse por Mark cantarolando suas as musiquinhas que tanto gosta de ouvir. Taeyong estava concentrado no pequeno, tentando o máximo não ter que lidar com o fato de que não estavam sozinhos. Jaehyun por outro lado, não parava de observar Taeyong pelo retrovisor. Cada momento que passava, só achava o outro ainda mais atraente.
– Taeyong, já sabe, qualquer coisa me liga. – fez uma pausa olhando os outros dois que agora estavam já fora do carro. – Se divirtam. – disse e piscou logo em seguida.
Aquilo havia sido a própria definição de flecha do cupido, na cabeça de Taeyong, atingiu direto no seu coração. Aquela piscadela, fez falhar uma batida em seu coração, teve vontade de dizer que ele não tinha direito de brincar com ele daquela forma, dizer que esse tipo de coisa deveria ser proibida pois pode causar parada cardíaca em alguém.
Já era tarde demais, Jaehyun nem estava mais ali e havia uma criança puxando seu braço para que entrassem logo.
Assim que entrou na loja, se sentiu perdido. A loja era absurdamente grande, não tinha necessidade nenhuma disso, eram apenas algumas coisinhas que tinham que comprar. Estava com um criança, uma lista de material e uma cesta. Nunca quis tanto pedir socorro.
Mark estava no ápice da felicidade dos seus 3 anos de idade. Era sua primeira vez, de muitas, indo comprar material e Taeyong sabia que todas as vezes seriam de certa forma especial. Ele mesmo amava em sua época escolar comprar canetas, lápis e mais um monte de coisa que ele sabia que perderia todas até dezembro.
– Mark o que você quer pegar primeiro ? – Taeyong tentou obter uma resposta, enquanto a criança estava estática - com a boca aberta em formato de "O" - observando a imensidade de opções a sua volta. – Ok, a gente vai atrás das folhas.
Foram em direção, por meios das plaquinhas, da área onde se encontrava a infinidade de tipos e cores de papel. Colocou Mark no colo e enquanto dizia o nome do papel e a moça gentil mostrava que cores tinha, Mark ia escolhendo a sua favorita. Não repetiu nenhuma cor. Taeyong precisou pegar uma segunda cesta, pois a primeira se encheu de E.V.A, papel crepom, 3 tipos de cartolina, folhas A4 coloridas e brancas, celofane e metros de TNT.
– Tae, posso ver os lápis? – Mark não conseguia tirar seu pequeno sorriso do rosto.
– Claro que sim, pequeno, vamos para lá. – segurou a mão miudinha e saiu antes que rasgasse algum tipo de papel com os próprios dentes.
Taeyong não poderia estar mais chocado. Como era possível cobrarem tão caro por apenas alguns lápis de cor? Mark queria a de 64 cores, com aquele dinheiro na época de Taeyong, compraria a fábrica inteira que produz esses pedaços de madeira com cor na ponta. Procurou a marca que os lápis fossem mais resistentes e sem material toxico, não queria que Mark se machucasse.
– Eu quero aquele com um dinossaulos! – estava apontando para um lápis de escrever azul e rosa com estampa de dinossauros.
– Qual borracha você quer?
– A verde. – disse depois de entrar em um conflito consigo mesmo se iria levar a verde ou a amarela.
– Tae? – puxou a camiseta do outro, enquanto estava pegando alguns quadros específicos que o menor usaria para pintar com guache.
– Oi, bebê. – estava agora arrastando um carrinho, que um funcionário trouxe avisando que seria melhor.
– Como que é a escolinha?
– É incrível, você vai se divertir demais e fazer vários amigos. – pegou dois tipos de cola, sem deixar de se certificar que não eram tóxicas. – Olha quantas coisas legais que a gente tá pegando, pensa como vai ser usá-las junto com seus coleguinhas.
– E se eu não fizer amiguinhos? – estava olhando agora para baixo e nem um pouco animado.
Taeyong se abaixou, para conseguir conversar direito com Mark, sabia exatamente como ele estava se sentindo.
– Olha, se você não fosse tão fofo e tão legal eu também estaria preocupado. – Mark agora estava encarando os profundos olhos de Lee – Eu nunca conheci uma criança tão especial quanto você, eu te garanto que você vai conseguir muito amiguinhos. E aqueles que não se aproximarem, vão se arrepender muito depois – O pequeno abriu um lindo sorriso, que fez o coração de Taeyong se aquecer. – Vamos escolher sua mochilinha, vem !
Deixou Mark com uma funcionária, enquanto ele estava sentado observando as mochilas e foi pegar o restante dos materiais que não tinha o que escolher. Quando pegou o aventalzinho que foi pedido, finalmente havia acabado aquela lista sem fim. Voltou e percebeu que a criança continuava no chão, sem ter feito a decisão.
– Qual você mais gostou? - se sentou com o outro.
– Eu nao sei se eu pego a do pororo ou a do squirtle. – disse encarando as duas mochilas a sua frente.
– Qual você acha que você vai gostar por mais tempo?
– Squirtle!
– Entao vamos embora.
Pagou a conta depois do caixa ficar quase 10 minutos passando os produtos um por um. Estavam lá fazia 3 horas, não estava com força nem para ligar para Jaehyun. Mark era a pessoa mais indecisa que já havia visto, como era possível?
– Achei que vocês estivessem mortos já. – Jaehyun proferiu assim que atendeu o telefone.
– Mark ainda tá ligado nos 220, mas minha condição é muito questionável. – O maior riu do outro lado da linha e isso fez Taeyong sorrir
– Já estou indo buscar vocês!
Mark ainda estava olhando algumas coisas na vitrine da loja quando Jaehyun chegou. Eles tinham ido para lá as 16 e já eram 19, até Mark já estava querendo ir embora. Entraram no carro e por mais cansado que a criança estivesse, ele estava inquieto.
– Papai, eu to com fome! – ele não parava de se mexer, dificultando o trabalho de Taeyong para colocar o cinto na cadeirinha.
– Eu imaginei meu amor, vamos jantar. – Jaehyun acabara de sair do expediente e assim como seu pequeno estava cheio de fome. – Taeyong, você não se incomoda em vir com a gente, não é?
Lee travou.
– Não quero atrapalhar vocês, pode me deixar na porta do prédio. – estava cabisbaixo e com as bochechas vermelhas por completo. – Eu deixei minha carteira em casa.
Jaehyun estava o observando pelo retrovisor, estava encantado com o tom rubro nas bochechas alheias.
– Deixa seu hyung te pagar um jantar, não vai ser nenhum incômodo para mim e muito menos pro Mark. – Taeyong agora o encarava pelo retrovisor. – Você tem feito um ótimo trabalho com o meu filho, um jantar é pouco para o que você merece.
Taeyong queria pedir para o mais velho calar a boca, estava tentando o máximo não pensar o quanto o desejava, mas cada palavra doce e gentil que saía da boca do outro só fazia com que a vontade de tê-lo para si fosse mais forte.
Mark logo falou que queria comer "macarrão chinês" que fez a atmosfera do carro se amenizar. Jaehyun foi perguntando para o pequeno o que ele havia escolhido como seu material e o menor fez questão de não poupar um detalhezinho sequer. Chegaram antes mesmo do Mark contar porque havia escolhido o pote rosa para guardar seu lanchinho diariamente.
O restaurante contém uma decoração impecável desde o lado de fora até a parte de dentro, abordando tons escuros como preto e vinho. O restaurante por si só é escuro, mas para deixar com um ainda mais sombrio as luzes que iluminavam o espaço são mais escuras que o usual. Lee pensou por alguns segundos se não estava em um motel, mas logo percebeu as famílias lá unidas e espalhadas pelo enorme espaço em mesas em formato circular.
O mais velho escolheu uma mesa mais perto da parede, consequentemente um pouco mais longe da parte movimentada do restaurante. O restaurante tem aquecedor, proporcionando que o clima ficasse ainda mais agradável. O garçom não tardou de aparecer e Jaehyun pediu um Yakisoba grande, ideal para uma família.
– O que vocês está achando do trabalho, Taeyong ? – estava colocando o suco de laranja em um copinho especial para o Mark beber e logo depois serviu os 2 copos restantes. – Mark ainda está te dando muito trabalho?
– Nao poderia querer trabalho melhor, cuidar desse pequeno tem sido uma experiência ótima. A gente tem aprendido muito um com o outro – acariciava os lisos fios de Mark enquanto proferia com tanta sinceridade. – No começo, foi difícil, mas agora só tenho que aprender a fazê-lo dormir um pouco durante a tarde.
Mark estava sorrindo, assim como Jaehyun.
– Mas ele disse que dormiu esses dias enquanto você estava cuidando dele...
– Ele de fato dormiu, mas não foi por minha causa – suspirou. – Meu amigo dormiu em casa, aí eu chamei ele para cantar para o Mark. Tocou violão, não passou dois minutos e ele já estava caidinho na cama. – sorriu de lado lembrando da cena tão fofa.
"Amigo"? Jaehyun só conseguia pensar no menino que sempre entrava no apartamento alheio. Tinha certeza que não eram apenas amigos. O "amigo" sempre estava grudado ou abraçando Lee.
"Meu amigo dormiu em casa". Jung ignorou totalmente o resto da frase e apenas essa parte não conseguia parar de martelar sua cabeça. Estava se perguntando o quão próximo seria esse amigo para dormir e ficar agarrado o dia inteiro. Lembrou do dia que foi pedir para Taeyong cuidar de seu filho, alguém gritou de dentro do apartamento. Não conseguia lembra o nome.
O nome daquele que tem Taeyong para si o tempo inteiro. Aquele que provavelmente divide a cama com ele. Aquele que tem o que ele mais queria.
"Yuta".
– Papai, o Uta parece um anjo!
Ah, como Jaehyun ficou nervoso depois de seu próprio filho falar isso. Estava prestes a mandar um mensagem para Johnny para investigar o tal desgraçado amigo do Taeyong, Yuta. A comida chegou assim como a sua consciência, o impedindo de fazer bobagem.
Comeram praticamente em silêncio, todos estavam com muita fome. Mark ainda não havia aprendido a comer com o kuàizi (hashi em chinês) então usava um elástico na ponta dos dois palitos para ir aprendendo a usar. Os mais velhos às vezes trocavam alguns olhares, entretanto nada significativo. A comida estava ótima, fazia tempo que Taeyong não comia da culinária chinesa e se arrependeu por ter demorado tanto para comer novamente. O Yakisoba acabou tão rápido quanto veio.
– Moço, tem pirurilo? – Mark perguntou assim que o garçom veio recolher os pratos.
– Tem sim, vou trazer para você! – O garçom falou após olhar para Jaehyun e ver o mesmo acenar com a cabeça permitindo que o outro trouxesse o doce.
– Obrigada! – Mark estava realizado.
– Filho, é pi-ru-li-to. – Jaehyun tentava o máximo corrigir o filho quando estava perto, para que ele pudesse cada vez mais ir aperfeiçoando sua fala.
– Pirurito. Piriruto. Pitoriru. – estava confuso.
– Pirulito, meu amor.
– Aqui, campeão! – entregou dois pirulitos, antes que o pequeno pudesse tentar novamente proferir a palavra. – São por conta da casa.
Mark abriu o de framboesa com muita dificuldade após algumas tentativas e colocou por completo em sua pequena boca, provocando que uma de suas bochechas parecessem de um esquilo. Estendeu o outro para seu pai, que negou com a cabeça.
– Toma, Taetae. – estendeu o pirulito de cereja para o outro, que aceitou logo em seguida.
Conseguiu tirar o plástico que envolvia o doce muito mais facilmente que o pequeno. O pirulito possuía uma cor avermelhada, muito mais clara que a coloração vinho que o de framboesa continha. Jaehyun estava atento apenas a uma pessoa.
Lee Taeyong.
Jung estava mais do que concentrado a cada movimento do outro. O observou colocá-lo pela primeira vez na boca, nem parecia que estava ali, a única prova era o cabo branco que ficou para fora. Quando ele tirou, a coloração da boca do Taeyong já estava mais avermelhada, foi molhada pela própria saliva, tinha a mesma cor e brilho que o pirulito, Jaehyun se perguntou se teria o mesmo gosto também.
Queria beijá-lo.
Beijá-lo até aquela coloração se tornar mais intensa. Até todo o brilho produzido pelo açúcar estivesse também presente em sua boca. Até não existir vestígio sequer que algum dia passou um pirulito ali. Até Taeyong ser inteiramente seu. E somente seu.
Taeyong estava tranquilo com seu pirulito, pensando que suas aulas já começariam e que ficou muito acostumando com a preguiça que as férias lhe deram, queria que durasse pelo menos mais 6 meses para se recuperar de todas as festas e todas as provas. Percebeu o olhar de Jaehyun preso em si.Especificamente, preso em sua boca. Primeiro, pensou que fosse apenas um olhar de relance mas depois de alguns segundos soube que aquilo era intencional. Ah, ele aproveitaria aquela situação, o outro poderia até não sentir nada, mas Taeyong sabia como ninguém deixar alguém excitado.
Começou a tirar mais vezes o doce da boca, agora toda vez emitindo um pequeno som. Jaehyun não estava mais escutando nada, nenhum dos barulhos do local, apenas o ruído que era produzido pela boca do Lee. Já estava na metade quando Taeyong o retirou e começou a passar em seus lábios, de forma inocente, como se não estivesse consciente de cada movimento e de casa suspiro produzido pelo outro que estava a sua frente. Saber que o outro estava reagindo dessa forma apenas por sua causa estava o deixando louco.
Jaehyun deslizou um pouco em sua cadeira para tentar ficar o mais confortável possível naquele momento. Tanto sua blusa quando sua calça pareciam apertadas demais. Alguns de seus hormônios estavam sendo produzidos em massa, em especial a acetilcolina, a situação já não estava mais no seu controle, seu corpo estava se manifestando sozinho. Esse hormônio faz com que você não consiga desviar o olhar daquele/daquilo que está provocando tamanho desejo, é uma substância que surge na formação reticular. Melhor do que isso, essa substância também provoca ereção. Jaehyun se sentia arruinado.
No caso de Taeyong, o hormônio era completamente outro. Na verdade, eram 2.
Seu cortisol e sua noradrenalina estavam altos demais. Um é produzido nas glândulas suprarrenais e outro se trata de um neurotransmissor que fica no tronco central. A mistura dessas substâncias estava provocando que suas pupilas ficassem completamente dilatadas, que ficasse mais pálido que o normal, mas que seu pique aumentasse significantemente. Ou seja, não pararia aquilo que estava fazendo, até que alguém intervisse. Como conseguira ficar desse modo em tão pouco tempo ?
O garçom já tinha chegado na mesa faziam 2 minutos e o único que percebera foi Mark.
– Voce prefere pagar no cartão ou no dinheiro? – estava perguntado pela segunda vez, agora chamando a atenção dos outros dois.
– Perdão, o que foi? – Jaehyun chacoalhou a cabeça tentando recuperar alguma consciência.
– Cartão ou dinheiro? – o garçom nem ficou bravo porque a criança fez um ótimo trabalho em distraí-lo.
– Cartão, por favor! – reclinou seu corpo em pedido de desculpa e entregou o cartão. Taeyong tirou o cabinho branco que agora já não era mais envolvido por doce nenhum, continuava olhando para o outro, estava com medo de desviar e perceber que tudo era fantasia da sua imaginação.
– Hihi. – Mark riu colocando suas pequenas mãozinhas na frente da boca. Seu olhar ia do Taeyong para o Jaehyun, do Jaehyun para o Taeyong.
– O que foi, pequeno?
– Nada, papai. Nada. – pegou seu copinho pelas duas alças e tomou o resto do suco de laranja ainda sem tirar o olhar dos dois adultos a sua frente.
Teve certeza que, seu pai também preferia príncipes.
* »»——⍟——««*
Taeyong estava parado, encarando Jaehyun encostado na batente da porta de sua casa, assim como a primeira vez que havia batido ali.
Não tiveram audácia de se encarar depois da cena, a atenção de ambos se direcionou ao Mark. E foi assim até aquele instante que o menor saiu correndo para sentar no sofá e assistir seus desenhos. Estavam os dois ali fazia alguns longos segundos e nenhum sabia o que falar.
– Obrigada por hoje, hyung. – em um movimento completamente involuntário, Taeyong envolveu Jaehyun em um pequeno abraço.
Rápido demais.
Perto demais.
– De nada, Tae. – falou, mas ninguém escutou. Lee correu para seu apartamento assim que percebeu o que tinha feito.
– Episódio novo de Pororo, pai ! – escutou um grito da sala.
Naquele momento se sentia como uma criança, completamente frágil e inconsequente.
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