Mark escutou algumas batidas em sua porta e não precisava sequer olhá-la para saber quem era, não tinha coragem nem de olhar, na verdade.
– Pode entrar, Taetae... – estava cabisbaixo brincando com seus próprios dedos, não queria ter que encarar o mais velho, não sabia se era orgulho ou simplesmente vergonha.
Taeyong havia ficado tão assustado no dia anterior que precisou de uma boa dose de Nakamoto Yuta para o acalmar. Sabia que Mark sentir aquilo era algo normal e não o culpava pelo que tinha acontecido, a culpa era sua. Mark era extremamente calmo e apesar de sair sempre cansado da casa sabia que ele era uma das crianças que menos dão trabalho, se diverte com qualquer coisinha, adora sua companhia e ainda gosta de alguns programas que gostava quando criança, gostava tanto do pequeno que seu coração chegava a doer por saber que ele estava passando por tudo aquilo por sua causa.
Imaginava que Jaehyun o instruiu para pedir desculpas, mas sinceramente não as queria, não estava bravo e muito menos decepcionado. Sua única vontade era abraçá-lo e esclarecer tudo, não queria perder o pequeno agora que esse era uma parte tão essencial de sua vida.
– Oi meu amor! – entrou devagarzinho no quarto e foi se direcionando até o pequeno que estava na beiradinha da cama. – Taetae precisa conversar com você!
Taeyong se sentou no chão, na frente do menino, pegou a pequena mãozinha do outro e iniciou um carinho singelo que pareceu atingir como uma pontada direta no coração de Mark, seus olhinhos começaram a se encher de lágrimas, não queria ter agido daquela forma, gostava tanto de Taeyong.
– Des-desculpa! Eu... e-eu juro que não faço m-mais... – puxou uma de suas mãos para enxugar apressadamente as lágrimas que não paravam de cair de ambos os lados de seu rosto. – Eu...
Lee puxou a criança para seu colo e secou as lágrimas até que ele parasse de chorar, o menor não deveria sofrer mais.
– Tae... – chamou baixinho ainda com os pequenos olhos brilhantes e com a ponta do nariz vermelhinha. – Não me deixa...
Agora quem chorava era Taeyong, o mais velho puxou Mark para um abraço e se fosse possível exalar carinho de alguém, se sentiria naquele mesmo segundo. Taeyong nunca se sentiu daquela forma a mais nenhuma criança e nem mesmo gostaria. Acariciava os fios alheios enquanto algumas poucas lágrimas se faziam presentes em seu rosto.
– Nunca vou te deixar pequeno, eu prometo! – o colocou mais uma vez em seu colo e conseguiu secar seu rosto antes que o menor fosse capaz de ver. – Eu não estou bravo e nem triste viu, não precisa se preocupar! Taetae te ama muito, viu.
– Também te amo!
As lágrimas que antes caiam foram todas convertidas em lindos sorrisos. Alguns meses atrás, Mark não colocava nem um pouco de fé em seu vizinho para cuidar de si, e sinceramente, Taeyong também não colocava. Mas a forma que amoitarão dos dois foi crescendo com o passar do tempo foi quase que mágico, o que era para ser complicado acabou virando uma das partes favoritas do dia para Taeyong e para Mark também. Por ser filho único, muitas vezes acabava se sentindo sozinho em casa mas agora tinha Taeyong e o Cereal consigo.
– Você sabe que não precisa ficar com ciúmes meu e do seu pai, não é? – continuava fazendo carinho no cabelo do menino que estava devidamente posicionado em sua coxa esquerda. – Eu não vou rouba-lo de você e muito menos diminuir sua importância na vida dele! Você é a coisinha mais preciosa para ele e nada nem ninguém vai conseguir te tirar dele! – Mark parecia estar melhor mas ainda sim sabia que era complicado para crianças entenderem tudo o que estava se passando. Teve uma ideia, que talvez o ajudasse a compreender melhor. – Você ama seu pai?
– Amo muuuuito! – não hesitou nem um pouco em reponder.
– E a Wonyoung e o Seungmin, você os ama também? – perguntou arqueando uma das sobrancelhas fazendo Mark ficar ainda mais confuso com as perguntas.
– Amo também, mas por que você está perguntando isso Taetae?
– Você ama eles do mesmo jeito ou são diferentes tipos de amor?
– É diferente...
– É isso que acontece com seu pai, são diferentes tipos de amor. Seu pai nunca vai dividir o amor que sente por você com mais ninguém, esse é exclusivamente seu, então não precisa se sentir mal, viu – apertou a bochecha do mais novo que riu logo em seguida.
Mark parecia ter entendido era uma ideia nova para si, "tipos de amor?", fez uma nota mental para mais tarde descobrir os tipos de amor que sentia, mas no momento apenas tentava se esquivar das cócegas que Taeyong fazia em si.
– Então, o papai também te ama?
...
Taeyong gostaria de saber responder essa pergunta, gostaria de verdade de saber a resposta dela. Sabia que estavam se aproximando cada dia mais e que o relacionamento deles estava avançando mas não achava que já tivessem chegado a esse ponto, mas o pequeno não precisava sofrer com os detalhes disso ainda.
– Ele gosta bastante de mim, pequeno! – resolveu que deveria mudar de assunto antes que houvessem mais perguntas, não poderia arriscar que a criança ficasse triste mais uma vez. – O que você acha de a gente fazer algo divertido hoje?
Mark se animou completamente ao escutar isso, não estava nem um pouco feliz por estar de castigo e sua noite anterior tinha sido extremamente entediante a ideia de fazer algo do vê ético ainda mais com Taeyong era tentadora.
– Tipo o que? – o mais novo se levantou e estava quase que dançando enquanto aguardava uma resposta de Taeyong.
– Você está com vontade de fazer algo específico?
– Não sei... – queria maratonar pokemon mas não podia assistir tv, então as opções pareciam escassas em sua cabeça. – Hoje está muito quente...
– Hm... O que você acha de ir na piscina?
– Eu acho que é uma ideia incrível. – Jaehyun respondeu parado na porta olhando para os outros dois sorrindo.
*»»——⍟——««*
As mãos do mais velhos deslizavam pelo corpo de Doyoung, iam das costelas até as coxas, levemente até que cravassem as unhas com toda força, toda o tesão acumulado. Os lábios se juntavam ferozmente, o beijo lento fazia arrepios percorrerem por todo o corpo, os deixando cada vez mais fora de si.
Transpiravam, suspiravam, tremiam.
E por mais que estivessem no banheiro de uma biblioteca pública, naquele momento não se importavam, mas algo os obrigou a parar. O celular de Doyoung.
– Você realmente precisa atender? – Taeil quase bufou, tirando as mãos da cintura do outro e logo cruzando os próprios braços.
– Eu preciso, mas é rápido! – Retirou o celular do bolso, vendo cerca de quase 10 mensagens de Jinyoung, então rapidamente desbloqueou o celular.
"que horas eu passo aí?
"você já está pronto?"
"estou nervoso"
...
Doyoung apenas levou a mão até a testa e suspirou, havia se esquecido completamente da festa, mesmo que a mesma fosse a festa mais conhecida do ano, a qual alguns matariam para estar lá, todos apenas falavam disso, mas lá no fundo, Doyoung daria de tudo para fugir daquele lugar, sabia que por fora, aquilo poderia ser lindo e belo, mas a verdade é que festas como aquelas, eram podres.
– Eu preciso ir, Taeil! – Falou de forma séria, seu humor já havia mudado drasticamente – Nos falamos depois!
– Quer carona? – Ousou perguntar.
– Não quero que nos vejam juntos, podem desconfiar... – Piscou, sorrindo e saindo da cabine, olhou-se no espelho e organizou os fios, saindo do banheiro e logo da biblioteca.
Abriu o aplicativo do banco, efetuado o pagamento à Taeil e logo chamou um Uber para si, estava extremamente atrasado.
Assim que chegou ao campus, fez o máximo possível para chegar rapidamente em seu quarto sem ser visto, mas tudo foi por água abaixo assim que viu Jinyoung na porta de seu quarto, andando de um lado para o outro.
– Doyoung! – Suspirou aliviado ao ver o mais novo, mas logo seu alívio se tornou mais uma preocupação – Você ainda não está pronto?
– Gosto de chegar atrasado, é charmoso! – Sorriu, dando de ombros e adentrando ao próprio quarto – Entra...
Rapidamente entraram no quarto e logo Doyoung já tomava seu banho, o menor não demorou em arrumar-se, logo já vestia o terno caríssimo que havia escolhido faziam semanas, e já dava alguns retoques na maquiagem e nos próprios fios.
– Você está lindo... – Colocou-se atrás do mais novo enquanto observava o reflexo no espelho, formavam uma bela dupla, um belo casal.
– Eu sei! – Riu, girando em frente ao espelho uma última vez, logo ficando de frente para Jinyoung, então depositando um selar sobre os lábios rosados do outro – Você também...
– Vamos?
– Vamos, essa noite ainda vai ser longa!
A música alta ecoava pelo carro, fazendo os dois ali cantarem alto enquanto se remexiam numa tentativa estranha de dançar enquanto mantinham os corpos sentados.
"WOW" tocava na rádio num especial de músicas mais antigas do K-Pop, e por mais que Jinyoung não fosse tão chegado assim ao gênero, o mesmo fez parte de sua adolescência, até mesmo havia cogitado se tornar uma estrela do pop coreano no ápice de sua adolescência, mas felizmente desistiu da ideia, pois mal conseguia dançar sem cair ou cantar sem desafinar alguma nota, então apenas vivia suas lembranças dos anos de escola.
Era incrível como se recordava bem de todas as letras das músicas, e não poderia negar que em sua época, era uma grande fã de BTOB.
– Mas estou falando sério, presta atenção em mim, hyung! – Doyoung não conseguia controlar o riso somente ao ver o outro dançar e cantar de forma eufórica.
– Eu estou prestando atenção, Donnie! – Riu, abaixando o volume do rádio.
– Eu sei que a festa parece ser super badalada, você pode até postar algumas fotos nas suas redes sociais, sabe? Mas aquele lugar é podre! – O alertou – Evite minha família a todo custo, também não faça amizades!
– Certo... – Segurou o riso. Achava engraçada a forma como Doyoung se referia a própria família como um mal inestimável, mas em partes, sabia como a mesma afetava ao outro, como a mesma realmente poderia ser somente aparências, e definitivamente não gostava disso, pois conseguia ver todo o reflexo em Doyoung.
– Me prometa que vai tomar cuidado com eles? – Não conseguiu controlar o riso ao ver o outro confirmar com um aceno enquanto voltava a aumentar o volume do rádio e cantar junto à Eun Kwang.
Não demoraram em chegar ao local da festa, a mansão dos Kim. Jinyoung podia jurar que seu pescoço doía pelo esforço que era necessário para conseguir olhar para toda a mansão.
Assim que pararam o carro, achavam que nada poderia dar errado até aquele momento, mas aquele mundo era completamente diferente, naquele mundo, mandava quem tinha maior patrimônio, e caso você não tivesse, então você obedecia.
E por mais que naquele momento Jinyoung vestisse um terno caro, aquele não era seu mundo.
Parados dentro do carro, Jinyoung e Doyoung podiam ver diversos manobristas caminhando de um lado para o outro, todos vestiam uniformes em preto e vermelho, e mesmo que não fossem nenhum homem de alta classe, se portavam como, postura ereta, nariz empinado e olhar de desdém.
– Por que nenhum deles vem aqui? Estamos parados faz uns 5 minutos! – Jinyoung já não tinha mais o mesmo sorriso alegre de sempre.
– Seu carro, por mais que seja um modelo novo... Não é nenhum modelo de luxo, eles dão preferência aos mais ricos! – Estalou a língua no céu da boca.
– Mas você é irmão do dono da festa, Donnie!
– E você acha que algum deles sabem disso? Eles conhecem as pessoas influentes, e eu não sou uma delas! – Deu de ombros enquanto sorria, frequentemente já teve de lidar com situações constrangedoras, afinal, não era famoso como o irmão.
Logo um manobrista veio até os dois ali, que rapidamente entregarem a chave e saíram do carro, caminhando até a pequena escada onde os convidados passavam pela segurança e entravam, e também onde a impressa se encontrava na tentativa de capturar as melhores fotos e fofocas, afinal, aquela era a festa mais esperada do ano.
Caminharam até a segurança onde foram revistados, afinal, com pessoas tão poderosas ali, qualquer um poderia tentar cometer alguma loucura, então a família sempre investia muito em segurança. Após passarem pela segurança, caminharam até a porta, onde seria verificado se realmente estavam na lista da festa.
Mas mesmo que não percebessem, os seguranças já os olhavam torto, afinal, já haviam chego num carro popular, o que era muito diferente ali, então já planejavam barrar a passagem dos dois ali.
– Nome, por favor... – O funcionário perguntou, um pouco hesitante.
– Doyoungie! – Donghyun, seu irmão, apareceu magicamente enquanto segurava uma taça e tinha os braços abertos e um sorriso radiante – Ele não precisa de nome na lista, é meu pequeno irmão, venha, Doyoung! Vamos tirar uma foto, a imprensa adora!
Puxou o irmão até os fotógrafos, mas sem antes deixar a taça nas mãos de Jinyoung, e então arrastar o irmão para frente das dezenas de fotógrafos e seus flashes.
– Sabe que eu não gosto dessas coisas, Donghyun... – Suspirou, logo sendo arrastado para dentro da mansão.
– Quem era aquele com você? Contratou um mordomo? – Riu, olhando para trás.
– É meu acompanhante, Donghyun! – Soltou-se dos braços do irmão, voltando até Jinyoung e retirando a taça da mão do mesmo, e a jogando no jardim de sua mãe – Vamos!
Rapidamente puxou Jinyoung para dentro, mas antes que pudessem achar algum lugar para ficarem, Doyoung rapidamente foi bombardeado por sua família.
– Mamãe, olha quem chegou! – Novamente foi puxado por seu irmão.
– Estava achando que você não viria mais... Como você está bonito... – Colocou as mãos nas bochechas do filho, o analisando.
– Só não está mais bonito do que eu! – Donghyun riu, dando um soquinho leve no irmão – Estou brincando – Não estava – Doyoung tem os olhos do papai...
– E como está na faculdade? Pensou no que eu te falei, você ainda devia cursar economia e relações internacionais! – O pai se aproximou, o mesmo ainda era relutante quanto ao filho cursar fotografia, achava que o mesmo iria virar um fotógrafo de revistas de fofocas, recebendo um salário mínimo.
– Pai, eu vou me formar esse ano... Eu não quero discutir isso com o senhor aqui, está bem? – Suspirou, logo procurando Jinyoung com o olhar, o achando um pouco mais afastado, então rapidamente o puxou para perto.
– E quem é esse, meu filho? – A mãe observou Jinyoung dos pés a cabeça, o mesmo tinha traços bonitos e um terno de grife, mal fazia ideia de que o terno havia sido pago por ela – É bonito, parece ser inteligente também... Me deixe adivinhar, é médico? Engenheiro? Ou será que é um homem de política ou economia?
– Obrigado, mas eu curso história, estou no último ano! – Riu, sentindo o constrangimento o atingir em cheio, principalmente ao notar o olhar de todos ali queimarem sobre si.
– Doyoung, você veio! – Nancy se aproximou, logo sendo envolvida pelos braços de Donghyun. A garota era noiva de seu irmão, e poderia dizer com todas as suas forças que detestava a garota, a mesma era sempre muito esnobe, não repetia roupas em ocasião alguma, além de sempre querer tudo de seu jeito e na hora que quisesse, ou seja, era perfeita para aquela família.
– Eu particularmente gostaria mais de estar no meu quarto, é mais favorável do que olhar para a cara de todos vocês! – Sorriu de forma cínica.
– Oh, não fale assim, somos sua família, Doyoung! – A mãe o repreendeu.
– Exatamente, e estamos muito feliz em poder vê-lo... – A cunhada sorriu para o mais novo ali, mas a verdade é que nunca foram um com a cara do outro.
– Pois eu gostaria de ter a opção de não ter que olhar para sua cara hoje, docinho! – Sorriu – Se me dão licença, eu e Jinyoung vamos nos sentar. Mãe, a senhora está deslumbrante!
Rapidamente procurou por uma mesa afastada, onde sentou-se e bufou.
– O que foi aquilo? – Jinyoung segurava-se ao máximo para não cair na gargalhada.
– Bem vindo ao meu inferno pessoal!
Já fazia um bom tempo desde que chegaram a festa e a única coisa que faziam era comentar sobre as roupas alheias e roubar docinhos da mesa principal, além de que já colecionavam taças de champanhe em sua mesa.
Poderiam dizer que aquilo estava um completo tédio, mas já esperavam por isso, mas ali perto, uma outra pessoa em especial também se sentia da mesma forma.
Sunmi.
A mesma usava um vestido preto com um grande corte na saia, que possibilitava a visão de uma de suas pernas, a mesma estava deslumbrante, mas dentro daquele vestido, a garota só conseguia pensar em como respirar nunca fora tão difícil.
– Doyoung, você realmente veio! Faz anos que eu não te vejo! – Sorriu ao ver o primo levantar, notando como o outro havia crescido e se tornado bem mais alto – Agora não temos mais o mesmo tamanho!
– Definitivamente não! – Riu, abraçando a mesma – E como você está?
Sunmi era uma das únicas de sua família que conseguia lidar, mas a mesma era uma cantora famosa, mal tinha tempo, então somente em ocasiões como aquela conseguiam se ver.
– Muito ocupada, mas isso é bom, a carreira vai muito bem, estou ganhando diversos prêmios e tudo só melhora cada vez mais... – Doyoung apenas confirmava com a cabeça enquanto a mesma contava detalhadamente sobre como sua carreira apenas decolava, sabia que a garota não fazia por mal, talvez o narcisismo fosse um mal de família.
Mal puderam se falar, pois a cada 5 minutos alguém os atrapalhava.
– Bom, eu realmente preciso ir, não param de me chamar, mas te desejo tudo de bom e para o seu namorado também, muito bonito por sinal! – Piscou, enquanto ria.
– Até, me liga para gente marcar alguma coisa! – Falou de forma alegre, mas no fundo, sabia que a mesma não ligaria, e que também não ligaria, mas ainda sim, gostava de Sunmi.
– Aquela era a Sunmi? E ela me chamou de bonito? – Jinyoung estava pálido, nunca havia chego tão perto de uma celebridade em toda sua vida, então mal conseguia sentir o próprio coração.
A verdade era que estar ali era um grande misto de emoções para Jinyoung, achava divertido a temática que todos seguiam ali, achava surreal estar ali e ver aquelas pessoas que só costumava ver na televisão ou em revistas, mas que agora as via tão de perto. Mas também não podia negar que era desconfortável, afinal, aquele não era seu lugar, não se assemelhava à aquelas pessoas, não era como elas, e talvez tanto dinheiro num lugar só fizesse sua cabeça doer, até mesmo o terno que vestia o fazia se sentir deslocado, mas quando olhava para Doyoung, lembrava o motivo de estar ali, e se fosse por ele, jamais o deixaria, ficaria ao seu lado até o fim.
Mas também ali perto, outras pessoas se sentiam totalmente deslocadas, assim como Jinyoung, e pessoas não tão desconhecidas assim. Mia e Seungyoun faziam um bico como garçons, na tentativa de tirar um dinheirinho a mais no fim do mês.
Ambos caminhavam de um lado para o outro, e podiam jurar que até o ar de pessoas ricas era diferente, de certa forma mais límpido, mas ainda sim, sufocante. Seungyoun levava consigo uma bandeja cheia de taças de champanhe, mas que acabavam em poucos segundos todas as vezes que passava pela mesa de Doyoung. O mesmo sabia que conhecia o garçom de algum lugar, mas o álcool já começava a surtir um leve efeito, e estava estressado o suficiente para forçar seu cérebro a lembrar, mas sabia que o conhecia e algum lugar.
– Ei, você! Pode me dar mais um taça por favor! – Doyoung chamou por Seungyoun – Obrigado!
– Donnie, você já bebeu demais! – Negou para o garçom e usando apenas o olhar, sinalizou para que deixasse de servir bebidas para o outro, o que fez Seungyoun rir e concordar, logo se retirando.
Mas o que Seungyoun não esperava, era ver a pessoas mais improvável naquela festa. Wooseok.
O mesmo vestia um terno, mas que ao invés de o dar um ar sério, o fazia parecer ainda mais adorável. Quando os olhares se cruzaram, não evitaram em esboçar um sorriso, então logo Wooseok correu até o outro, dando um pulo na frente do mesmo.
– O que faz aqui? – Sorriu para o mais velho, que quis rir, a resposta era tão óbvia.
– Estou trabalhando, e você? – Sorriu para o menor.
– Vim com meu irmão, mas estou começando a me arrepender, eu não conheço ninguém! – Apontou disfarçadamente para o irmão, que era tão lindo quanto si. Seungyoun pode o reconhecer facilmente, tratava-se de Eunwoo, um famoso modelo, frequentemente via propagandas do jovem nas estações de metrô.
– Eu adoraria ficar conversando com você, mas eu preciso ir, pequeno! – Bagunçou um pouco os fios do garoto e piscou, logo voltando a caminhar pelo local com as taças.
Mas Wooseok não se contentava com isso, tirando o irmão, Seungyoun era o único ali quem conhecia, e como o irmão estava ocupado demais, daria seu jeito.
Começou caminhando por todo o local, ninguém desconfiaria de si, e então logo quando viu Seungyoun passar por uma porta afastada, olhou para os lados uma última vez antes de passar pela mesma, mantendo a cabeça baixa para acharem que era somente mais um garçom.
Notou que era a cozinha onde preparavam tudo, não havia tantas pessoas ali, não tantas quanto achou que deveriam ter, mas as que tinham conseguiam lidar bem com tudo.
Pode notar que Seungyoun agora vestia um avental e luvas, agora já não servia champanhe, mas agora ajudava a preparar os pequenos canapés, e Wooseok perdeu bons minutos apenas observando o outro ali, enquanto mantinha-se totalmente encolhido.
Os funcionários iam e viam, até mesmo pode reconhecer uma garota de fios acinzentados, havia a visto no bar na noite em que conhecera Seungyoun. A mesma parecia avoada, saía e entrava da cozinha diversas vezes seguidas, parecia tão ocupada, ocupada o suficiente para nem notar o pequeno ali.
Quando todos saíram de lá, restando somente Seungyoun na cozinha, Wooseok teve coragem de se aproximar.
– Seungyoun! – Chamou pelo outro, que o olhou.
– Wooseok, você não pode ficar aqui, sabe disso, não é? – Riu baixo, já havia notado a presença do menor ali desde que entrara.
– Mas não tem o que fazer lá fora, me deixa ficar aqui, por favor! – Manhou.
– Certo, só não encosta em nada, ou sou eu quem me ferro! – Piscou para o outro.
– Prometo me comportar! – Sorriu radiante.
Caminhou até a pedra de mármore, sentando-se na mesma, num cantinho que não estava sendo utilizado e que também não atrapalharia a passagem de ninguém ali, mas que ainda sim o deixaria próximo ao seu hyung.
E então perderam horas ali, Seungyoun mantinha-se mais calado enquanto o outro falava, mas não se importava, adorava ouvi-lo, então o deixou falando por horas, respondendo com risadas e acenos.
– E foi assim que eu ganhei essa cicatriz! – Mostrou a pequena cicatriz no ombro – Depois disso, eu nunca mais joguei futebol!
– Você devia tomar mais cuidado! – Riu, olhando o garoto por poucos segundos antes de voltar a preparar os canapés – Eu mesmo sou um gênio do futebol...
– Está me zoando? – Riu baixo, não conseguia imaginar Seungyoun em campo.
– Não, eu realmente sou ótimo, mas eu não tenho muito tempo, mas quando eu era menor, adorava jogar! – Sorriu com as lembranças de sua infância, raramente falava sobre seu passado, pois somente lembranças já machucavam seu coração.
– Um dia eu quero te ver jogar!
– Um dia nós vamos jogar juntos! – Riu, vendo o mais novo fazer uma careta instantaneamente.
– Nunca! Pra eu cair e ganhar outra dessa? – Apontou novamente para a cicatriz.
– Prometo não te deixar cair...
– Mas e se eu cair? – Cruzou os braços.
– Então eu cuido de você... – Limpou as mãos, erguendo o olhar para Wooseok, pode jurar que sentiu o coração aquecer ao notar o sorriso tímido do mais novo.
Por mais longos minutos, conversaram, mas dessa vez, quem falava era Seungyoun, por algum motivo, havia se sentido confortável em falar sobre si, então contava sobre como jogavam bem em sua infância, falava sobre os amigos de campo, e Wooseok não poderia estar mais encantando, mas não sabia ao certo se era pelas histórias de Seungyoun, ou simplesmente por ter o prazer de ouvir a voz do mais velho por longos minutos.
– Aí meu deus do céu! – Wooseok quase gritou ao derrubar o copo de suco em si mesmo. Seungyoun havia lhe dado um pouco de suco não fazia ao menos 1 minuto e logo já havia voltado ao seus afazeres, mas não bastou que o mesmo derrubasse um talher no chão que o mínimo barulho fez Wooseok levar um susto, pensando ser o irmão batendo a porta, então o susto ocasionou que derrubasse o suco vermelho de morango sobre a camisa branca.
E aquele seria o fim de Wooseok, sabia que o terno havia sido caro, odiava receber presentes, e aquele havia sido um presente caríssimo dado por seu irmão, e agora estava sujo de suco de morango, estava empanado, frito e morto.
– Wooseok! – Correu até o outro, devido ao susto, suspirou aliviado ao ver que só havia derrubado suco, mas sua preocupação rapidamente voltou ao ver os olhos marejados do menor.
– Minha roupa! Meu irmão... – Já sentia o coração acelerar e o desespero lhe atingir.
– Não, não, não chora, pequeno! Não tem problema, a gente limpa, está bem? – Agradeceu aos deuses pela cozinha estar vazia naquele momento – Não fica assim!
– Meu irmão vai me matar! – Já sentia as lágrimas escorrerem sobre as bochechas agora vermelhas.
– Ele não vai, fica calmo! – Segurou a mãozinha macia de Wooseok.
– Hyung... – Fechou os olhos cheios de lágrimas.
Seungyoun não sabia o que fazer, sabia que Wooseok era delicado e sensível de forma que ao menos sabia lidar, não era lá o cara mais carinhoso e delicado, e naquele momento, ver o outro chorar por algo simples o desesperava, porque ao menos sabia o que fazer.
Então agiu por impulso, e talvez aquela tenha sido sua melhor decisão.
Selou seus lábios aos do outro rapidamente, sentindo o gosto do morango e das lágrimas, mas não poderia ter sido mais perfeito, um misto de emoções os atingiu de forma tão pura que mal conseguiam explicar, e naquele momento, o coraçãozinho de Wooseok já batia rápido por outro motivo.
Fora apenas um selinho, mas o suficiente para acalmar Wooseok e botar um sorriso no rosto do mesmo.
– Vem, vamos limpar isso! – Ajudou o outro a descer do balcão, mas antes que pudessem limpar coisa alguma, a porta foi aberta, mas não por um funcionário, e sim por Eunwoo.
– Wooseok! Onde você se meteu? Eu te procurei por tudo quanto é canto! Por que está na cozinha? – Eunwoo parecia frustrado, mas em partes, aliviado.
– Eu... Eu...
– Ele acabou se sujando de suco e veio pedir ajuda... – Seungyoun ousou se intrometer na conversa quando notou que Wooseok não conseguiria dizer palavra alguma. Então entregou um lenço a menor – Me desculpe!
– Ah, tudo bem, eu quem devo desculpas, Wooseok é muito atrapalhado! – Segurou o irmão, agradecendo e saindo da cozinha, fazendo Seungyoun suspirar frustrado.
Aquela havia sido por pouco.
– Sério, isso aqui já tá um porre! – Doyoung bufou, já não aguentava mais e contava os minutos para ir embora – Jinyoung, pega outra taça para mim, por favor!
– Não, desse jeito você sai daqui direto para o hospital!
– Não me de esperanças, isso seria bom demais! – Deitou a cabeça na mesa, enfiando um docinho na boca. Pode olhar muitas das pessoas que estavam por ali, desde atores famosos até mesmo a grandes economistas, mas nada disso o interessava, aquilo não era vida para si.
No meio de tantos, Doyoung pode ver uma luz caminhar até si, ou melhor, pode ver sua avó. A mesma nunca esteve tão deslumbrante, e por mais estivesse coberta de joias, a mesma levava consigo tamanha humildade que era imensurável, a mesma tinha origem humilde até casar-se com seu falecido avô, e por mais que fosse cercada de luxo, sempre lembrava de sua origem, mas seus filhos não absorveram nada da história da mãe, ao contrário, a linhagem familiar era completamente esnobe e narcisista.
– Vovó! – Levantou-se rapidamente, sentindo a bebida fazer um pouco mais de efeito, mas não se importou, abraçou a mulher e depositou selares nas bochechas e mãos da mesma.
A mulher trazia consigo uma criança pequena, primo de Doyoung, o mesmo era muito agitado mas era uma criança alegre, Doyoung raramente o via, mas passou a adorar ainda mais a criança depois que a mesma fez questão de derrubar molho no vestido de Nancy, o que ocasionou num surto por parte da mesma, alegando que aquele era seu melhor vestido, mesmo que ela nem fosse o repetir outra vez.
– Como está meu lindo rapaz? – Fez o neto dar uma voltinha – Está mais alto do que eu me lembrava!
– Sempre fui alto, vovó! – Segurou a mão da mulher e a levou até a mesa – Esse é meu acompanhante, Jinyoung... Jinyoung, essa é a minha vó!
– É um prazer! – Beijou a mão da mulher.
– É seu namorado? Porque se for... Acertou em cheio, é um belo rapaz, me lembra seu avô na nossa época, era tão bonito quanto! – Riu, dando um tapinha no ombro do neto – E ainda continuaria melhor do que seu irmão, não sei o que ele enxerga naquela garota!
– Enxerga ele mesmo, vovó! Eles são igualmente podres, por isso dão tão certo... – Riu ao ver que a mais velha ria junto a si, não que ela não se sentisse mal por aquilo, mas conhecia a própria família, sabia bem que o neto não estava exatamente errado.
– Estão todos muito felizes que você veio... – Acariciou os fios finos do neto mais novo em seu colo.
– Não sei se foi uma boa ideia, vir até aqui para ouvir Donghyun se gabar de sua vida perfeita? Não, obrigado! – Se levantou com a taça em mãos – Eu sou Donghyun, eu tenho zilhões de prêmios e uma vida perfeita, me olhem, olhem como sou magnífico e como nunca chegarão aos meus pés! Você já viu a minha nova novela?
Girou, erguendo a taça e rindo junto a criança, que já parecia entender.
– Desculpe, ele bebeu demais! – Jinyoung se dirigiu a mais velha, logo fazendo o outro ali se sentar.
– Tudo bem, eu não o culpo... – Levou um taça ao lábios e bebericou o champanhe – O único jeito de aguentar essa gente é bebendo.
Jinyoung riu baixo, talvez nunca fosse entender de fato aquela família, muito menos queria.
De longe, podiam ver Nancy surtar por terem encostado em seu copo e Donghyun tentando acalma-la usando um de seus personagens como exemplo. Aquilo seria triste se não fosse cômico.
– O meu deus, por que parece que estão tocando a mesma música a noite toda? – Bufou.
– Porque estão! – A mulher riu, dando um docinho ao neto mais novo, que comeu em silêncio enquanto observava a todos ali, nem a criança estava gostando daquilo.
Logo a música se cessou, mas o que viria a seguir era bem pior, era um discurso de Donghyun, então todos se aproximaram e caminharam até uma espécie de palco, com um telão atrás onde diversas fotos do novo personagem de Donghyun passavam repetitivamente, o curioso era que todos as fotos eram somente ele, não havia foto alguma do elenco.
– Boa noite, agradeço a todos por virem aqui está noite, bom, é claro que viriam, essa é a melhor festa do ano! – Riu, junto aos demais convidados, que pareciam estar sendo pagos para rirem – Todos aqui sabem que logo meu novo drama irá estrear, então espero que gostem pois foi um trabalho árduo no qual eu me dediquei muito, sei que todos irão adorar, e queria agradecer, tanto a equipe maravilhosa que tornou esse projeto real quanto a mim mesmo, que dei meu melhor por isso!
Aplausos atrás de aplausos, enquanto Jinyoung, Doyoung e sua avó apenas tinham a boca aberta numa espécie de confusão, que tipo de discurso era aquele? Doyoung quase se importou, já estava bêbado demais para estar consciente.
– Agora, algumas palavras do nosso diretor! – Donghyun chamou pelo homem, e aquela era a brecha que Doyoung precisava. Caminhou até a palco, retirando o microfone das mãos do diretor.
– Oh, Doyoung! Pessoal, este é o meu irmão, não tão famoso quanto eu, é claro, mas quero que o conheçam... – Donghyun engoliu a seco, aproximando-se do irmão – O que está fazendo? Desça daqui, você está bêbado?
– Aish! Me solte! – Empurrou o irmão, logo suspirando e olhando a todos ali, haviam mais pessoas do que havia notado, mas não se importava, o álcool não deixava – Bom, eu gostaria de dar as minhas palavras ao meu irmão, que está estreando seu novo drama!
– Doyoung, desça daí! – O pai o chamou, sendo totalmente ignorado. Um pouco mais atrás, Jinyoung e a avó riam.
– Eu de verdade, desejo tudo de bom para você, Donghyun, eu realmente espero que você tenha conseguido atuar bem neste drama, pois cá entre nós, eu te acho um péssimo ator! – Riu baixo, vendo algumas pessoas rirem disfarçadamente – Aquela senhora ali sabe do que eu estou falando!
– Eu também desejo que você seja uma pessoa melhor, sabe? Que consiga formular uma frase inteira sem a palavra "eu" e algum adjetivo no meio... Desejo isso a todos vocês aqui, estou farto de tudo isso, desde que me conheço por gente, eu sou obrigado a vir a festas como esta, talvez vocês não me conheçam, mas tudo bem, vivendo na sombra de Donghyun, até eu mesmo demorei para saber quem eu sou... Mas a questão é que eu vejo pessoas como vocês desde sempre, e a única coisa que eu aprendi, é como vocês só ligam para si mesmos, que vocês só respeitam quem tem uma conta bancária maior que a sua!
– Certo, acho que por hoje é só, vamos, querido! – Nancy se aproximou, sendo fuzilada com o olhar de Doyoung.
– Eu ainda não acabei, por que não vai comprar alguns vestidos para lidar com seu ego frágil? – Passou as mãos pelos fios – Mas enfim, acho que posso me despedir com isso, palmas para meu irmão e sua vida perfeita... Palmas para ele e sua noiva, eles combinam tanto, não? Vocês nunca vão poder ver duas pessoas tão egocêntricas e narcisistas juntas, vocês se merecem! – Curvou-se e bateu palmas lentas – Para os demais, boa noite e espero que todos vocês tomem no meio do cu!
Jogou o microfone no chão e pode ver Jinyoung na borda do palco, então caminhou até o mesmo que logo o pegou no colo e caminhou consigo até fora da casa, isso enquanto acenava e mandava beijo para os demais convidados, todos repletos de sarcasmo.
Antes que Doyoung fosse atacado por algum membro de sua família, Jinyoung o tirou daquela mansão rapidamente, então pegou a chave com o manobrista e logo já dirigia com um Doyoung inconsciente no banco de trás.
Não demoraram em chegar à faculdade, mas conforme dirigia, Jinyoung tentava processar toda a informação daquela noite, sentia-se totalmente frustrado e esperava não ter de lidar com outra festa como aquela tão cedo.
Pegou o mais novo no colo e assim caminhou até o próprio quarto, o colocando na cama e retirando cada peça de roupa, e então o levando até o banheiro, onde o deu um banho morno.
– Jinyoung, não me deixa lá, eu não quero ficar lá! – Uma expressão confusa tomava conta de Donyoung, talvez fosse uma mistura de medo e tristeza.
– Tá tudo bem, Donnie! Você está em casa, agora! – Talvez dormitório não fosse a melhor definição de casa, mas naquele campus, Doyoung tivera os melhores anos de sua vida e era lá onde muitas das pessoas mais importantes de sua vida se encontravam, então aquele de fato, era o verdadeiro lar de Doyoung.
Após dar um banho rápido no mais novo, o vestiu com um pijama quente e levou a te a cama, onde Doyoung rapidamente se aconchegou.
Ali mesmo, naquele quarto, não muito grande, mas ainda sim aconchegante, naquele exato minuto, onde Doyoung já dormia após diversas taças de champanhe, onde Jinyoung tinha um terno de grife totalmente ensopado devido a tentativa de dar banho no mais novo. Ali naquele momento, Jinyoung teve a completa certeza de que queria Doyoung mais do que tudo, que o queria de tantas formas possíveis, que queria o cuidar, o proteger, o amar, o fazer feliz, o apoiar, queria fazer parte de sua vida, o queria.
Sabia que as coisas podiam ser complicadas, ainda mais para Doyoung, mas não se importava, pois em meio a tanto caos, sua única certeza agora, era que amava Doyoung. Havia se metido naquilo com a promessa de não se apaixonar, mas não conseguia resistir, Doyoung se tornava cada vez mais intenso, e a cada vez que sabia mais, não se dava por satisfeito, queria ainda mais.
– Eu te amo... – Suspirou, aquela era a primeira vez que dizia tais palavras num sentido romântico, e nunca disse algo com tamanha intensidade, e mesmo que Doyoung não pudesse as ouvi-la naquele momento, Jinyoung não se importava.
Amava Doyoung acima de tudo, amava incondicionalmente, mesmo que não pudesse ouvir, mesmo que não pudesse retribuir.
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