Fotografia podia ser um curso fácil aos olhos de muitas pessoas, mas somente os estudantes do curso sabiam como algo que aos olhos de muitos pode ser tão fácil mas que somente vivendo na pele, se tinha noção do quão árduo era o trabalho, mas não que Doyoung não gostasse, ao contrário, era muito bem elogiado por sem um aluno exemplar e vir aperfeiçoando a cada ano o seu dom nato, e não poderia estar mais contente, tudo ocorria muito bem e já tinha ótimos contatos e oportunidades para quando se formasse, coisa que não demoraria muito, pois logo após o fim das férias, iria concluir seu último semestre e assim finalmente se formar.
E por mais que amasse suas férias onde podia descansar, sair durante a madrugada todinha sem se preocupar com provas e trabalhados, sem estresse e pressão, tudo ficava mais tranquilo, as férias eram a salvação dos alunos daquela universidade, mas para Doyoung, férias significa duas coisas, descanso e tédio, não havia quem provocar e mal via alguns de seus peguetes, então Doyoung não tinha com quem brincar, e mente vazia é oficina do diabo, Doyoung não era exatamente flor que se cheire em todos os casos, e precisava ser entretido.
Mas não naquelas férias, pois Taeil teve. brilhante ideia de uma espécie de curso de férias, onde se encontrariam algumas vezes durante o período de férias para que pudessem estudar ou até mesmo transar, pois conforme se encontravam mais, cada encontro era ainda mais quente, sempre num local inusitado, e isso poderia enlouquecer o mais novo, que queria cada vez mais daquilo, talvez o fato de ser tão errado apenas o instigava a fazer, transar com seu professor no vestiário dos meninos do futebol, Doyoung sentia-se um adolescente com hormônios a flor da pele.
Naquela dia em específico, Doyoung sentia-se tão preguiçoso que se pudesse, nem abriria os próprio olhos e passaria o dia inteirinho de pijama, e se precisasse comer, mandaria Yuta comprar alguma comida para si somente para que não precisasse levantar, mas para aquele dia, Taeil tinha outros planos para si e para Doyoung.
Assim que acordou, mandou uma mensagem para Doyoung, está que foi respondida duas horas depois, mas Taeil não desistiria assim tão fácil, encheu o mais novo de mensagem e quase o subornou para que pudessem se encontrar na biblioteca da universidade naquela tarde, coisa que não passou despercebida por Doyoung, que notou uma grande insistência por parte do mais velho, não sabia a real intenção por trás mas ainda sim, estranhou um pouco, mas após refletir por bons minutos, acabou cedendo.
Talvez brincar um pouquinho com Taeil fosse mais benéfico para si do que passar a tarde todinha na cama sem ninguém para foder consigo ou até mesmo para assisti algo entediante do catálogo da netflix.
Levantou-se com muita preguiça e vestiu uma calça jeans e um vans comum, logo vestindo uma camiseta por cima, não exageraria nem se quisesse, a preguiça que tomava conta de si jamais o permitiria isso, usou um corretivo só para esconder as olheiras devido as noites em claro jogando ou maratonando um anime que viu Yuta assistindo sobre um garoto de fios cor de rosa e poderes telecinéticos, um pouco de batom para dar cor aos lábios que estavam mais pálidos que o habitual, e logo saiu de seu quarto.
Sua primeira parada fora na cantina da universidade, onde comprou um frappuccino de cookie com café, o dobro de café, o que tomaria seu sono em dose dupla, cafeína e açúcar. Com a bebida gelada em mãos, caminhou até o outro lado do campus até que chegasse a biblioteca.
Durante o caminho, pode ver alguns líderes de torcida treinando, sabia que logo iniciariam uma temporada de competições, então já haviam começado a treinar bem cedo, havia obtido tal informação por causa de Mark, havia virado amigo do garoto depois de se beijarem numa festa qualquer, não eram lá tão próximo, somente acenavam um para o outro mas numa além disso, até acabaram trocando algumas palavras e Mark comentou sobre a temporada.
Também pode ver algumas outras pessoas brincando de vôlei ou futebol, algo mais pacífico e amigável, além de que muitos alunos que não participavam de time algum, jogavam naquele momento.
Assim que adentou a biblioteca, correu os olhos pelos local até que achasse Taeil, não demorando muito em achá-lo numa mesa um pouco mais afastada, o que era até mesmo engraçado, pois teriam privacidade independente do local que escolhessem, pois a biblioteca encontrava-se vazia. Caminhou até Taeil, sentando ao lado do mesmo e o roubando um selinho como forma de cumprimento, fazendo o mais velho esboçar um sorrisinho de canto.
– Quer? – Ofereceu um pouco de sua própria bebida, vendo Taeil negar – O que vamos estudar hoje?
– Eu pensei em lermos sobre legislação fotográfica... – Sugeriu.
– Por mim pode ser...
– Certo, vou lá pegar alguns livros então, eu já volto! – Depositou um breve selar na bochecha de Doyoung e levantou-se, saindo do campo de visão de Doyoung em meio a diversas prateleiras.
Quando Doyoung encarou a madeira da mesa, pode notar que o celular de Taeil havia ficado ali, nunca havia ao menos se aproximado do objeto e sinceramente não tinha interesse algum no mesmo, mas bastou Taeil sair dali para que o aparelho começasse a vibrar, deixando Doyoung ainda mais curioso. Um pouco hesitante, aproximou-se do aparelho e observou o visor do mesmo, viu que todas as notificações eram de uma única conversa, e assim que clicou ali, pode ver as mensagens enviadas, todas eram sobre uma única coisa: dinheiro.
Doyoung não havia conseguido ler nada muito exato, apenas notou que muitas das mensagem tinham a palavra dinheiro, atraso e dívida em sua composição, mas antes que pudesse ler tudo exatamente, Taeil voltou a mesa, então tratou de se afastar do aparelho, mesmo que sua curiosidade crescesse mais e mais, mas ainda sim, não tinham intimidade para mexer no celular um do outro, mas assim que observou o olhar levemente assustado de Taeil, sua intuição apenas o dizia que realmente não deveria ao menos cogitar a idade de ler aquelas mensagem, mas isso só fez sua curiosidade aumentar mais.
– E-eu trouxe esse aqui, é muito bom, li ele enquanto me formava! – Forçou um sorriso leve, voltando a se sentar ao lado do outro.
Doyoung logo mudou seu foco para a leitura, mesmo que sua mente quisesse muito pensar nas tais mensagens de Taeil, mas assim que Taeil começou a explicar, Doyoung decidiu que resolveria isso em outro momento, estava ocupado com Taeil.
E por mais intrigado que estivesse, não gostaria de cogitar coisas absurdas, então talvez esqueceria sobre, talvez fosse somente um problema pessoal do mais velho, do qual Doyoung não deveria se intrometer e muito menos gostaria, de problemas já bastavam os seus, e ainda por cima os problemas dos outros, além de que, se aproximar ainda mais de Taeil significava um grande passo para Doyoung, o passo que para o Kim, o que não se deve ultrapassar.
Muitas dúvidas poderiam ser estabelecidas naquele momento, mas Doyoung acima de tudo, estava mais preocupado consigo mesmo, era muito mais importante do que os problemas financeiros de seu professor.
Ainda mantinha sua regra de não se apaixonar e gostaria de mantê-la por muito mais tempo, isso o pouparia de muito estresse e raiva, tinha muito mais o que fazer. Por mais que adorasse se divertir com Taeil, o sexo casual gostoso, até mesmo o conteúdo que estudavam e o fato de ser proibido, talvez gostaria de manter Taeil por perto, mas ainda sim com limites estabelecidos, não vacilaria ao ponto de acabar com isso.
*»»——⍟——««*
Assim que a porta do elevador fora aberta, Yuta saiu em disparada do mesmo e parou em frente a porta já tão bem conhecida por si, já segurava a maçaneta par abrir a mesma de cara, mas estava trancada, então Yuta não teria outra alternativa, bateria na porta de Taeyong até o mesmo acordar, e se conhecia bem o amigo, o outro estaria em seu décimo quinto sono.
Começou a bater freneticamente na madeira enquanto tocava a campainha, talvez os outros três moradores da cobertura acordassem com aquilo, demorou cerca de 2 minutos para a porta ser aberta pelo Lee, que tinha uma cara não muito boa.
Taeyong vestia apenas uma cueca samba canção com uma estampa de biscoitinhos, tinha os fios bagunçados e o rosto levemente inchado, e de bônus, os olhos cerrados e o maxilar bem marcado tamanha era sua raiva, mas assim que Yuta esboçou seu maior sorriso quando viu o amigo, toda a raiva de Taeyong se esvaiu por completo, então apenas adicionou uma nota mental de nunca mais trancar sua porta.
– Entra! – Virou-se e saiu andando de volta para o quarto enquanto Yuta adentrava ao apartamento e fechava a porta.
Taeyong foi rápido em pular na própria cama e se aconchegar na mesma, cobrindo o corpo todinho e fechando os olhos na expectativa de poder dormir por mais alguns minutos.
Enquanto isso, Yuta teve a cozinha como seu primeiro destino, abrindo o congelador e tirando dali um pote de sorvete, então o abriu e o colocou sobre a pia de mármore, tendo o pote de sorvete pela metade já aberto, começou a despejar calda de chocolate e algumas balas cítricas no formato de minhoquinhas, logo pegando duas colheres e se dirigindo ao quarto de Taeyong, deitando ao lado do mesmo.
Procurou pelo controle remoto em meio a bagunça de lençóis e assim que o achou, ligou a televisão e conectou a função smart, acessando a netflix e colocando alguma filme qualquer que estava em sua lista, como dividam uma conta na netflix que era paga pelos pais de Taeyong, independente de onde estivesse, Yuta poderia acessar seu perfil na conta e ver o que gostava.
Por bons minutos, Yuta comeu sozinho o pote de sorvete, até que Taeyong acordasse de vez e o encarasse por alguns segundos.
– Você fumou né?
– Preciso te responder? – O japonês o olhou por poucos segundos antes de voltar a ver o filme, terminando seu sorvete.
– Não, e eu quero sorvete! – Formou um bico nos lábios enquanto coçava os olhos, logo recebendo uma colher de Yuta, não tardando em afunda-la no pote e a encher de sorvete com calda e balinhas cítricas.
– Como o Mark está? – Acariciou os fios de Taeyong assim que o mesmo deitou a cabeça sobre seu colo.
– Ele está bem, está aprendendo bastante coisa na escolinha, você precisa ver ele! – Taeyong tinha um sorriso nos lábios, Yuta sabia que o melhor amigo amava o pequeno como um filho para si.
– Não vai ficar com ele hoje, não é?
– Não, Jaehyun fica com ele nas folgas, então tenho o dia todinho livre para cuidar do meu outro bebê... – Sorriu, puxando a mão de Yuta e a beijando, logo a devolvendo para o local anterior, para que o japonês pudesse continuar com sua carícias nos fios loirinhos e finos do Lee.
– E o Jaehyun, como ele está? – Taeyong engoliu a seco com a pergunta, sentia-se estranho sobre a pergunta, coisa que não passou despercebida por Yuta, era visível a forma como Taeyong observava um ponto em específico como se refletisse sobre algo, coisa que se pendurou por minutos – Tae?
– Ah, perdão... Ele está bem sim. – Observou a televisão enquanto implorava mentalmente para que Yuta estivesse chapado o suficiente para tão ter notado seu comportamento suspeito.
– Tem algo acontecendo entre vocês, não é? – Suspirou, negando para si mesmo – Sabe que pode me contar tudo, não é? Somos melhores amigos, Tae...
Taeyong pode sentir um pesar em seu coração, já faziam meses que não conversava sobre o assunto com Yuta, ambos andavam ocupados e Taeyong sabia como conciliar treino e aulas não era nada fácil, então preferia poupar o japonês de seus dramas românticos, mas a verdade é que não importasse a circunstância, Yuta sempre seria seu porto seguro, a pessoa para quem sempre corria para contar as novidades, a pessoa com quem se sentia confortável em compartilhas seus sentimentos, sejam eles bons ou ruins, sabia que tinha Yuta para o que desse e o que viesse, e principalmente, sabia que Yuta sempre o apoiaria acima de tudo.
– Na verdade, sim... – Pegou a outra mão de Yuta assim que o japonês soltou o pote de sorvete, então entrelaçou os dedos e a segurou com firmeza – Você sabe toda aquela história dele ser viúvo, sobre a mãe do Mark ter falecido no parto, não é? – Observou Yuta confirmar em silêncio para que o amigo pudesse continuar a falar – Bom, ele ainda usa a aliança do casamento, e por um bom tempo eu aceitei isso, sei que é difícil superar um luto mas logo logo vai fazer quatro anos, e por mais que ele diga que goste de mim, ele não larga o passado dele, simplesmente continua usando aquela maldiga aliança!
– Ainda? Tae, eu não sei não... Você não merece migalhas, se ele te ama, então tem que se entregar por inteiro, e você não deve aceitar menos do que isso!
– Eu sei, Yuta! Eu gosto dele, gosto de verdade e por isso eu aguentei por meses, mas já estou chegando no meu limite... – Pode sentir os olhos se encherem de lágrimas, então apenas os fechou para evitar o choro – Acho que vou falar com ele, preciso resolver isso de uma vez por todas, Yuta! Ou agora ou nunca...
Yuta durante horas deu todo o seu apoio à Taeyong, o motivou a se resolver com o mais velho e confortou o coraçãozinho ansioso e machucado do loirinho, o mimando com carinho e muitos doces, até mesmo fazendo algumas palhaçadas, desde piadas ruins até dancinhas estranhas, apenas para que Taeyong pudesse rir.
– Vem, nós temos que sair, ficamos a tarde inteira aqui! – Começou a puxar Taeyong pelos pés enquanto o mesmo segurava com firmeza no lençol – Faz quanto tempo que não se diverte?
– Divertir? O que é isso? É de comer?
– Sim, de comer o seu rabo... Isso é uma emergência nível Doyoung.
Somente em ouvir a última frase, Taeyong suspirou sabendo que assim que Yuta entrasse em contato com o outro amigo, não teria mais alternativa alguma, Doyoung o arrancaria daquela cama nem que fosse pelos cabelos.
– Hyung? Oi, você pode vir aqui no Taeyong, é uma emergência muuuuuito grande! – Caminhava pelo quarto com o telefone colado na orelha – Não, não tem uma camisinha presa dentro do cu dele... Só vem logo!
– Yuta... – Se esforçou em fazer uma expressão semelhante a um filhotinho perdido – Vem ficar aqui deitadinho comigo vendo filme, vai, por favorzinho!
Não demorou muito para que Doyoung chegasse sem ao menos bater na porta, apenas adentrando ao quarto de Taeyong e dando de cara com a cena de Yuta tentando escapar da cama de Taeyong enquanto o mesmo manhava para não ter de sair da mesma.
– Amado, você está péssimo mesmo! – Doyoung quase riu – Faz quanto tempo que você não sai dessa casa sem o Jaehyun ou o Mark? Para se divertir!
– Faz algumas semanas já...
– O que fizeram com o nosso Taeyong? Vamos dar um jeito nisso agora, descobri uma balada nova não muito longe!
Taeyong não pode evitar um sorrisinho de canto, havia muito tempo que não saia com os outros dois ao ponto de que chegassem bêbados no apartamento de Taeyong sem ao menos se recordar do próprio nome, e o Lee reconhecia que merecia um descanso, uma noite de farra com suas pessoas favoritas de todo o universo.
E saindo do apartamento, já muito bem arrumados, despediram-se de Minho com alguns beijos no ar e piscadelas, a noite seria longa e Minho sabia que quando o sol começasse a nascer, logo os três ali estariam de volta, com sorrisos ainda maiores e palavras desconexas.
Taeyong vestia um cropped preto não muito justo e um jeans na mesma cor, acompanhado de seus coturnos e algumas correntes em seu pescoço e anéis em seus dedos, preto definitivamente era a sua cor. Doyoung vestia uma camisa vermelha como sangue acompanhado de algumas correntes douradas e um jeans preto extremamente justo, a cor da camisa tinha o mesmo tom de seus lábios, era definitivamente um pedaço de mau caminho. Yuta que não costumava usar roupas tão extravagantes quanto as dos amigos, naquele dia havia sido convencido a usar uma camisa de tule preto, expondo todo o seu tronco e uma calça alfaiataria preta, e Doyoung até mesmo havia trançado um lado do cabelo do japonês, o deixando com um visual um tanto diferente mas ainda sim, muito mais sexy que o habitual.
Assim que os três adentaram ao carro de Doyoung, ligaram o rádio no último volume e seguiram até a balada recomendada por Doyoung, cantavam alto e não se importavam com os carros ao lado que olhavam e riam, estavam apenas aquecendo pois aquela noite seria longa.
Assim que chegaram a casa noturna, Yuta e Taeyong logo esboçaram expressões tristes devido a fila quase quilométrica do local.
– Olha isso, não vamos entrar nunca! – Taeyong já se preparava para dar meia volta, talvez os deuses estavam querendo o dizer que talvez não fosse hoje que o loirinha iria ter sua merecida folga nas noites agitadas de Seoul.
– Não acham que vamos pegar essa fila, não é? Eu tenho meus contatos, bebês! – Doyoung piscou, indo até o segurança da festa, que se encontrava em frente a entrada da casa noturna.
Não bastou um minuto para que Doyoung voltasse com três pulseiras verdes neon, indicado que pertenciam a área vip do camarote, e assim que fecharam a pulseira nos próprios pulsos, adentraram a balada, observando a mesma quase lotada.
Havia todo tipo de gente ali, todos pareciam se divertir enquanto dançavam e bebiam, e os três não perderam tempo em se juntar a farra, talvez só se encontrariam novamente quando o som nascesse, até lá, pertenciam a noite e não tinham intenção nenhuma de se comportarem ou voltarem cedo para casa.
*»»——⍟——««*
O dia amanhecia, mas muito antes disso Chan já estava acordado e completamente angustiado.
Desde que conversara com Seungyoun durante o velório de sua avó, não conseguia tirar da cabeça o que o amigo havia lhe dito. Fez dezenas de pesquisas, mas todas foram na internet, então, aquilo não lhe dava garantia alguma. Ele era irmão da garotinha, não existia qualquer possibilidade dele ficar longe da pequena, certo?
Não havia mais nenhum parente próximo para ficar com ela, ele já era maior de idade, então não haveriam mais problemas, correto?
Toda a pressão e pensamentos ruins que lhe percorriam enquanto sua avó estava internada pareciam terem se triplicado. Tinha que pensar como pagaria o aluguel, como cuidaria de sua irmã o dia todo, como trabalharia e como iria para faculdade, era impossível fazer tudo aquilo, impossível.
Ninguém havia lhe contatado ainda, mas sabia que era apenas pois fazia menos de uma semana em que sua avó tinha falecido, sabia que logo ligariam ou tentariam contatar de alguma outra forma para que recorresse para se assumir como responsável da menina. Imaginava que tinha tudo que precisava para conseguir, mas ainda tinha algo dentro de si que ainda o fazia pensar em outra possibilidade. "E se..."
Combinara com Seungyoun do mais velho ir até sua casa para conversarem sobre isso, para que ele esclarecesse sobre algumas coisas da área jurídica e para que pudesse ficar mais tranquilo. Por mais que não tivessem conversado muito sobre o assunto por mensagens, Seungyoun fazia questão de o mandar mensagens todos os dias e de se mostrar presente, sabia que o amigo estava se esforçando para entender todas as possibilidades possíveis para que lhe explicasse, por fim.
Chan tentou se recordar do último momento em que se encontrava em paz e sem ter que se preocupar com muitas. Chegou a conclusão que fora quando ainda tinha 15 anos e tudo ainda estava bem, seus pais estavam ali, Wonyoung havia acabado de nascer, sua avó também estava bem. Ele era verdadeiramente feliz.
Apesar de pensamentos melancólicos como esse, estarem rodando sua sua cabeça nos últimos dias, não podia deixar de se lembrar que apesar de todos os acontecimentos, o quanto tinha crescido com tudo isso e quantas pessoas incríveis conheceu durante toda a sua caminhada que o ajudavam a diariamente a vencer os desafios mais difíceis, um por um. E uma delas acabara de parar so lado da parede que dava acesso com um rostinho que indicava que havia acabado de acordar.
– Bebê? Por que você esta acordado? – Jun se pronunciou com a voz mais rouca que o normal, assim que conseguiu abrir os olhos completamente. – Está tudo bem? Aconteceu algo?
O mais novo não conseguia entender o que havia feito para merecer alguém tão incrível quanto Park Junhee. Ele estava tão presente e se esforçando tanto para lhe deixar e deixar sua irmã felizes, que não sabia como sequer agradecer. Não queria ter que fazer o outro passar por tudo aquilo, ainda mais que nem namoravam a tanto tempo assim, imaginava no mínimo estar assustando o veterinário, não queria o perder mas sabia que em uma situação como aquela o mais racional seria eles terminarem. Junhee não precisava se submeter a namorar alguém que, agora de fato, tem uma filha e muito menos ajudar a cuidar.
Chan não gostaria de colocar absolutamente ninguém nessa situação, ainda mais ele.
– Eu não consigo dormir mais... – sentiu os braços de Junhee abraçarem sua cintura, então passou seus próprios braços pelo pescoço do mais alto, apoiando sua cabeça no ombro alheio. – Eu estou nervoso com a conversa com o Seungyoun, sei que a possibilidade de eu ficar longe dela é bem menor, mas eu estou com tanto medo... sentia as lágrimas saindo de seus olhos mais uma vez, nos últimos dias estava chorando tanto que se não fosse Junhee lhe dando água a cada hora, já estaria desidratado.
– Ele disse que chegaria cedinho, mas não as quatro da manhã, né amor? – acariciava os fios do namorado, enquanto sentia as lágrimas do outro em seu ombro desprotegido. – Vamos voltar a dormir, é muito cedo para você ficar acordado direto.
– Não sei se eu consigo... Desculpa ter te acordado!
– Não se preocupa meu amor, eu senti que meus braços estavam vazios demais, então resolvi te procurar. – se afastou um pouquinho aspenas para ser capaz de secar as lágrimas que não davam trégua. – Eu vou fazer um chazinho para você, okay? Ai depois que você tomar, a gente volta para cama e mesmo que você não consiga dormir, pelo menos você fica deitadinho, não vou te deixar sozinho, nunca.
Ficaram conversando enquanto Jun preparou o chá para o garoto que estava na bancada assistindo o outro preparar. Chan, de fato, demorou para conseguir dormir mais uma vez, mesmo com Junhee fazendo de tudo e mais um pouco pra o menor se sentir mais confortável, esse só dormiu assim que percebeu que o namorado finalmente tinha dormido.
Acordaram com Wonnie pulando na cama deles dizendo que estava com fome e que estavam demorando para levantar. A menina estava com os cabelos pra o alto e ela ficou alguns segundos confusa, enquanto os dois adultos riam dela. Chan foi arrumar a irmã para receber a visita e Jun se dispôs a fazer o café.
Jun apesar de não ter muitos dotes na cozinha, procurava várias receitas que possuíssem muita proteína e vitaminas, os outros dois mal estavam comendo, então queria pelo menos que quando comessem, comessem bem. Estava sendo extremamente doloroso ver o namorado daquele jeito, as olheiras profundas, o tique na perna, que não ficava parada um segundo, as mãos trêmulas praticamente o dia todo e até a falta de apetite. Tudo aquilo doía demais em si, mal conseguia imaginar como o outro se sentia, então dava o seu máximo pra não deixar as coisas tão pesadas para seu garoto.
– Channie, por que você está me arrumando tanto só para tomar café? – a garotinha questionou ao mesmo tempo que seu irmão prendia seu cabelo em duas maria-chiquinhas.
– Um amigo meu vai vir aqui em casa, ele vai me ajudar em algumas coisinhas, – terminou de amarrar os fios da garota e encarou o reflexo do espelho que mostrava si mesmo e sua irmã. Não podia se imaginar sem ela, sem acordar todos os dias e a pegar no colo para levar para tomar café, sem as piadinhas que só os dois entendiam, sem os desenhos divertidos que ele amava assistir com ela, sem a criatividade e alegria da menina, simplesmente não conseguia. – aposto que você vai gostar dele, ele é bem legal!
Quando Chan já estava colocando as louças sujas na pia, escutou o som de alguém batendo na porta do apartamento, tinham acabado de comer e Jun tinha levado Wonyoung para escovar seus dentinhos.
– Oi Seung, – abraçou o amigo assim que abriu a porta, foi um abraço extremamente caloroso e que definitivamente estava precisando. – obrigado de verdade por ter vindo, eu estou tão perdido que nem sei...
– Chan, isso é o mínimo que eu poderia fazer por você, sério, se eu já tivesse formado pode ter certeza que a gente já estaria lá no tribunal agora! – disse sorrindo.
– Pode entrar, fica a vontade!
Apesar de tentar a todo custo transparecer que estava bem, Seungyoun foi capaz de perceber que já não estava tudo bem. Ensaiou tantas vezes o que iria explicar pro outro mas ao chegar ali apenas ficou mais nervoso, sabia que toda a pesquisa que tinha feito estava certa, mas mesmo assim, tinha medo de acabar falando algo errado para seu amigo.
Apenas respirou fundo e voltou a sorrir.
– Junnie, quem é? – Wonyoung perguntou assim que Jun a levou no colo para a sala. – Meu deus... Ele é muito bonito! – a última parte ela falou baixinho, completamente incrédula, nunca tinha visto alguém tão bonito quanto aquele menino, juraria que ele era algum tipo de príncipe encantado.
– Ah, Seung, essa é a minha irmãzinha! – a Wonyoung desceu do colo de Junhee, após esse cumprimentar o visitante. – Wonnie, cumprimenta ele!
– Oi... – estava com as bochechas vermelhinha de vergonha, estava acostumada a conhecer os amigos de seu irmão, mas não sabia que nenhum deles parecia ter saído de um conto de fadas.
– Oi! Mas que menina mais linda é essa? – se agachou para ver a garotinha de pertinho e essa ficou negando com a cabeça o elogio. – Posso ter a honra de ser acompanhado por essa princesa até a sala? – fez uma voz mais grossa que o normal pra parecer algum tipo de personagem de desenho, a garotinha deu risada antes de segurar a mão do mais velho e o puxar até a sala.
Os quatro se acomodaram ali. Wonyoung sentou no colo do Seungyoun para ficar brincando com os fios escuros do outro e o casal se sentou na frente dos dois. Junhee segurava a mão de Chan que já estava tremendo, o estudante de direito sequer tinha tocado no assunto e já estava soando frio, queria que o contasse tudo logo e ao mesmo tempo não gostaria de saber nada, pois caso escutasse algo que não gostaria, nunca mais seria igual.
– Vai ficar tudo bem! – Jun deixou um beijo na bochecha do namorado em uma tentativa de o conforta-lo.
– Seungyoun, você gostaria de tomar algo? – negou. – Já tomou café da manhã?
– Já sim! Tomei bem cedo, não se preocupem. – os olhinhos de Chan estavam tão perdidos que achou melhor não prolongar aquilo por mais nenhum minuto sequer. – Acho que a gente pode começar, mas acho melhor a Wonnie ir para outro lugar. – olhou para a pequena que fechou a cara no seu colo. – Não fica brava comigo, é um assunto tão mais tão chato que você ia preferir se teletransportador para outro lugar. – acariciou os fios da Wonnie e essa já estava sorrindo mesmo não querendo sair dali. – E se eu prometer te levar para tomar sorvete depois, hm? Você pode ficar brincando rapidinho, enquanto a gente conversa?
– Posso!
Ela saiu quase tropeçando algumas vezes até chegar em seu quarto. O coração do garoto mais novo já estava muito acelerado, nunca esteve com tanto medo antes.
– Sorvete depois? – perguntou confuso.
– É... Eu acho que é melhor eu sair depois que eu explicar, para vocês conversarem e terem um momento só para vocês... – Seungyoun viu os olhos de Chan se enxerem de lágrimas, o nervosismo era tão grande que ele estava extravasando daquela forma, tentava apenas manter em mente que tudo ficaria bem. – Chan, preciso que você respire bem fundo e me escute, vou explicar tudo bem devagarzinho e qualquer coisa é só vocês me perguntarem!
– Certo! – os dois responderam juntos com o que parecia ser a última força que tinham.
– Eu peguei todos os documentos seus, da sua avó e dos seus pais que você me enviou. Liguei para vários amigos e conversei com alguns advogados, inclusive se você precisar de alguma indicações eu conheço alguns que são muito bom e são de confiança! – secou as próprias mãos na calça jeans, estava suando, nenhum caso o deixará tão nervoso como estava naquele segundo. – Não sei se te explicaram isso quando você tinha 15 anos e eu imagino que não, mas o que está em jogo agora não é a guarda dela e sim a tutela.
– Tutela? – Junhee poderia ser conhecedor de todas as áreas, mas a parte jurídica ele entendia muito, muito pouco.
– A palavra tutela, vem do latim e significa proteção, portanto, é um instituto jurídico que visa a proteção integral da criança na ausência dos pais. – enquanto preferia lentamente, encarava os outros dois para ter certeza de que estavam acompanhando. – A diferença disso e da guarda, é que a guarda ocorre quando pelo menos um dos progenitores esta vivo, a guarda pode até ser redirecionada para um terceiro, mas se faz necessário que os pais biológicos estejam vivos. A tutela já é considerada quando os pais vem a falecer ou o direito de exercer a paternidade é lhes retirado e isso pode acontecer por diversos motivos. – respirou fundo mais uma vez, ele poderia até se mostrar muito forte por fora, mas assuntos como esse são extremamente complicados e parecem doer infinitivamente mais, quando acontecem com alguém próximo. – O tutor pode ser escolhido tanto pelo juiz, quanto pelos seus pais.
– Meus pais? Eles escolheram alguém? Quem? – a cada segundo que passava as coisas pareciam ficar mais complicadas, sabia que Seungyoun não estava enrolando, estava o explicando cada um dos processos para que não ficasse mais confuso. Porém a única coisa que gostaria de escutar era que sim ele poderia ser o tutor da irmã e que não teria problemas posteriores, nunca mais. Ele não aguentava pensar que uma criança de quase 4 anos já havia tido que passar por tudo aquilo, ela não merecia nada disso. Já haviam ocorrido tragédias o suficiente, ele só queria a fazer sorrir.
– Eles escolheram a sua avó e por isso, vocês dois ficaram por conta dela após a partida deles. Infelizmente você era menor de idade na época em que eles fizeram esse mesmo documento para a sua irmã, então, nem cogitaram colocar você. Isso seria a tutela documental, sua avó, na época, também teve que abrir ir até o juiz para conseguir a autorização, mas foi extremamente mais simples, pois eles já tinham a nomeado e ela gostaria de cuidar de vocês. É um processo chatinho, mas ainda sim bem mais simples.
– Mas... tem mais jeitos, certo ?
– Tem sim! As tutelas são divididas em 4 tipos, a testamentária, que não ocorreu neste caso, a documental que eles fizerem, a dativa, que não é relevante no momento, pois não encaixa com o caso de vocês, – Jun estava tão concentrado em cada detalhe que sequer conseguia piscar, era muita informação. – e a legítima, que seria a mais apropriada. É atribuída pela lei, por meio de uma lista de possíveis candidatos que tenham ligação sanguínea com a criança e como você é...
– Eu sou o único que ainda tem alguma ligação! – Chan chegou a se levantar, aquilo estava se tornando real, poderia ficar com ela, cuidaria dela e tudo finalmente ficaria bem. Estava sorrindo, um dos sorrisos mais bonitos que já dera, mas Seungyoun não correspondia esse mesmo sorriso.
– Chan...
– Se só tem eu, a gente já pode resolver isso logo! – alternava entre sorrir para o namorado ou para o amigo. – Seung me passa o contato dos advogados, que eu vou tentar falar com eles!
– Chan, espera! – disse um pouco mais alto apenas para fazê-lo parar. Não queria estragar a felicidade dele assim tão rápido, mas as coisas dentro do direito nunca são tão simples assim, gostaria que nesse caso fossem, apenas para ele conseguir o que ele tanto almeja. – Claro que eu passo, anotei o nome deles nessa folha e tem o número ao lado. – se esticou para entregar a folha para o outro e rapidamente voltou a falar, não poderia deixar que o outro continuasse acreditando em ilusões, não seria nem um pouco fácil daquele jeito. –É assim, você, no momento, é o tutor provisório dela, enquanto eles analisam o seu caso, mas isso não significa nada. E bem... esses processos tendem a ser muito complicados, cheios de necessidades e papelada.
– Mas... se eu sou o único parente dela, o que mais tem a se discutir? Eu vou ser o tutor e acabou, não é?
Seungyoun, então, ficou calado. Parecia querer continuar falando mas não conseguia. Jun percebeu e pediu, carinhosamente para que Chan se sentasse mais uma vez, entrelaçou seus dedos de novo e ficou fazendo um carinho singelo enquanto aguardava o estudante de direito se recompor para voltar a falar.
– Antes de nomear alguém como responsável é necessário fazer uma análise para ver se a pessoa seria capaz de cuidar da criança..
– Eu sou completamente capaz de cuidar da minha irmã! Cuidei nesses ultimos anos e vou continuar cuidando! – interrompeu o outro, sua respiração cada vez mais ficava descompassada, seus olhos já começavam a encher de lágrima, mais uma vez, não estava gostando nada da direção da conversa.
– Chanzinho, eu não tenho dúvidas de que o melhor lugar para sua irmã ficar, é com você! – olhava diretamente para o mais novo, tentando passar o máximo de conforto em cada palavra mesmo que elas estejam se tornando, cada vez mais, ásperas. – Mas o sistema deles é diferente e existem diversos requisitos. Eu procurei analisar o seu perfi da forma mais minuciosa possível e pedindo opiniões das pessoas mais experientes no assunto que eu conheço...
– O que tem de errado na minha situação, Seung? – a primeira lagrima caiu, já não conseguia mais acreditar no que estava escutando, a cada frase que escutava parecia estar sentindo sua irma escorregar de suas mãos, de pouquinho em pouquinho. – Eu posso fazer ou mudar qualquer coisa para ficar com ela!
– Acho que a primeira coisa que apontariam é que você trabalha em um bar. Eu sei que nosso bar é extremamente arrumado, é completamente diferente de qualquer outro e que a gente é proibido de ingerir as bebidas, mas eles não sabem de nada disso! – engoliu em seco, viu Jun morder os próprios lábios na tentativa de não chorar e apenas abraçou mais o namorado.
– E-Eu posso arrumar o-outro emprego, eu sei que eu con-consigo, algo mais tranquilo! – seu rosto se encontrava já todo molhado, suas palavras pareciam se perder entre os soluços e já sequer sentia que tinha algum chão.
– A audiência vai ser marcada para daqui no máximo duas semanas, pois ela não pode ficar por tanto tempo com a tutela provisória. E mesmo que você consiga arrumar um emprego nesse meio tempo, não vai ser algum que te dê tanta garantia de renda. – Seungyoun não conseguia nem imaginar quantas vezes chorou enquanto fazia essas pesquisas e treinava para contar para contar para o mais novo, infelizmente, a realidade é esmagadoramente mais dolorosa. – E muito menos de que seja um emprego permanente, eles levam muito isso em consideração, pois caso você perca o emprego, você não prejudica só a si, mas uma criança também!
– Eu n-não, não v-vou perder m-meu emprego! – sua voz já estava sem força e apenas estava se sentindo cada vez mais sufocado.
– Eu sei, anjinho, eu sei... – fechou os olhos para encontrar em algum lugar algum tipo de coragem para continuar falando, seu estômago se encontrava completamente embrulhado e sua vontade era de vomitar. – A gente não pode esquecer que você é um estudante ainda, então para garantir um futuro para Wonnie seria necessário que você continuasse cursando, mas ao mesmo tempo se você estudasse e trabalhasse meio período, quem ficaria com a ela?
– Seunggye... – Chan o chamou, quase em um peido de socorro, Junhee já chorava tanto quanto o outro, mas não soltava o abraço por nada. – Me diz de uma vez o que você está tentando dizer...
Algumas coisas eram tão difíceis de se anunciar quanto se anunciar morte. Mesmo após de um julgamento vencido, não é nada fácil olhar para a família do que foi condenado ou explicar para as mães que elas não serão capazes de verem seus filhos nunca mais ou olhar para seu cliente, mesmo ele sendo inocente e ter que dizer que mesmo tentando tudo, não tem mais jeito. Esses mesmos anúncios machucavam ambas as partes ao serem proferidos, com o passar do tempo alguns se acostumam e outros simplesmente, nunca mais conseguem dormir sem antes lembrar das expressões que receberam ao dar tais notícia. E esse seria o caso de Seungyoun.
Mesmo com a visão completamente embaçada por causa das lágrimas, que já eram impossíveis de controlar, viu perfeitamente a expressão de Kang YooChan ao anunciar:
– Chan, do fundo do meu coração eu lamento muito, mas a chance de você de você se tornar o responsável dela, – abaixou seu olhar, não conseguiria dizer isso encarando o amigo ja em prantos. – é praticamente nenhuma.
E jamais esqueceria.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.