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História Dandelion - Bardana


Escrita por: KakaLeda

Notas do Autor


Oieieieieiieieieieie pessoas abençoadassss, gente eu já disse que amo vocês? Eu solto altas gargalhadas com os comentários de vocês e fico muito feliz até quando comentam: *-* . Sooooooooooo Enjoy
Obs: Já ouviram falar de um livro chamado Corte de Espinhos e Rosas? Gente eu tô morta aqui com este livrooooooooooooooooo, morta de apaixonada por Tamlin( aquele gostoso delícia) em fim, é só uma recomendação pra quem gosta de fantasia e romance ;*
Bardana: Aborrecimento

Capítulo 15 - Bardana


Rosalya

 

Naquela mesma tarde:

Fiz de tudo para controlar meu nervosismo. Coloquei um dos meus melhores vestidos, um de seda roxo com rendas prateadas nas pontas da bainha e nas mangas, calcei um salto discreto e baixo e trancei os meus longos cabelos brancos arroxeados. Gostei do resultado e desci do segundo andar da minha casa para me encontrar com o motorista da família de Leigh. Teríamos uma tarde de singela comemoração entre a família. Como sou amiga de infância e minha mãe e meu pai têm negócios com eles, fomos convidados.

Mas o que estava me deixando com os pelos arrepiados não era o fato de ir me encontrar com os chefes dos meus pais, éramos todos amigos então aquela tarde seria como várias outras que tivemos no passado. O grande causador do meu nervosismo era Leigh.

No início, quando bem crianças, não gostávamos nenhum pouco um do outro, éramos vizinhos e eu o achava estranho. “Um garoto sério demais para o meu gosto”, sempre dizia para mim mesma, talvez fosse pela nossa diferença de idade de quase quatro anos. Então aos poucos fomos virando amigos, ele me contava seus sonhos de ser estilista e herdar a indústria têxtil dos seus pais e eu me apaixonava cada vez mais pelo mundo das roupas, e por ele.

Mas então nos separamos. Leigh terminou os estudos na escola e foi fazer faculdade na Europa, já eu permaneci no meu lugar apenas nutrindo meus sentimentos por ele.

– Os patrões estão aguardando seus convidados na sala principal – a voz rouca da governanta ecoou quando chegamos à mansão de Leigh – Me acompanhem, por favor.

O lugar era o mesmo de anos atrás, com decoração abundante e enormes lustres e pedestais espalhados. Lembro-me que fiquei longos minutos de queixo caído quando Leigh me trouxe aqui pela primeira vez.

– Crystal, minha querida! – a senhora Josiane, a mãe de Leigh e Lys gritou para minha mãe – Como tem passado?

– Muito bem, Jo! – minha mãe, Crystal, respondeu. Elas duas se abraçaram – A sua casa continua impecável!

– E essa é Rosy? Cresceu tanto e está muito mais bonita que antes. – A senhora Josiane me encarava com sobrancelhas erguidas e um sorriso sincero – Onde estão os meus meninos?

– Estou aqui, mamãe... – aquela voz fez todo o meu corpo reagir. Olhei na direção das escadas circulares e o avistei descendo devagar, a roupa em estilo vitoriano um tanto moderno num tom azul escuro. Os cabelos negros moviam-se, seus olhos fixos em mim. Quando ele desceu, foi cumprimentar meus pais – Senhor Peter, senhora Crystal, agradeço-lhes por virem nesta tarde, meus pais queriam comemorar meu retorno temporário – então Leigh voltou a me encarar, sua boca sorriu discretamente – E Rosa... Acho que ainda não deu tempo de sentirmos saudades um do outro, já que nos vimos numa lanchonete poucos dias atrás... – ele falou sorridente.

“Deu tempo sim”, falei nos pensamentos.

Almoçamos todos juntos numa enorme e farta mesa, os meus pais e os pais de Leigh conversavam sobre a loja e a empresa em geral. Leigh comentava sobre seu tempo de faculdade enquanto eu dizia a ele sobre meu quase trabalho de gerente.

– Depois que Rosalya começou a me auxiliar, os lucros da loja aumentaram espantosamente – minha mãe sorriu para mim, todos me encararam em aprovação. Crystal olhou ao redor – Onde está o pequeno Lys?

– Ultimamente ele anda muito ocupado na escola... – Leigh explicou devagar, como se quisesse ocultar alguma coisa, ele pareceu triste.

Depois do almoço, os “adultos” decidiram se reunir no escritório para tratarem dos assuntos da empresa. Tentei trazer à tona aqueles meus dias dentro daquela mansão na época que eu via Leigh apenas como um grande amigo, para que assim eu pudesse suportar melhor a presença indiferente dele.

– Me lembro de todos os detalhes dessa casa – falei nostálgica enquanto caminhávamos pelo jardim. Ele sorriu de canto.

– Acho que alguns foram alterados – Leigh olhou para mim e começou a me puxar – Deixa-me te mostrar.

Começamos a caminhar em direção a uma parte do jardim que sempre usávamos para brincar. Eu, Leigh e Lys. O que eu mais gostava daquela parte era a grande árvore que uma vez inventamos de colocar um balanço, Leigh me empurrava com todas as suas forças para eu ir o mais alto possível enquanto Lys desenhava tudo. Porém, depois de algum tempo, o balanço quebrou e nunca mais tocamos nele.

– Está consertado! – concluí surpresa ao ver o balanço intacto com as cordas bem presas – Você mandou consertar?

– Eu mesmo o fiz – Leigh cruzou os braços numa pose – Quer testá-lo?

– Então vou ser a cobaia? – perguntei fingindo incredulidade.

– Preciso saber se funciona como antes – ele deu de ombros enquanto sorria maliciosamente para mim. Eu sentei no balaço e esperei.

Então comecei a ir para frente e para trás, cada vez mais alto.

– Não empurre tão forte! – gritei. Leigh entrou na minha frente tentando parar o brinquedo, mas no movimento a inércia me fez ir para frente com violência, todo o meu peso o esmagou na grama. Ele gemeu baixinho – V-você está bem? – perguntei saindo de cima dele. Em resposta, Leigh começou a gargalhar.

– Naquela época era tão bom fazer isso... – ele pôs a mão na testa afastando os cabelos lisos e negros. Seus olhos encaravam o céu – Sem responsabilidades ou deveres... – então sua expressão tomou um ar sério e o garoto começou a se levantar.

– Como está indo na sua faculdade? – perguntei curiosa – Na mesa você só falou sobre as aulas... E não da cidade, ou das pessoas... – será que ele tem alguma pessoa especial lá? Uma pontada me atingiu ao pensar nisso.

Ele me observou por longos segundos, até que puxou o ar para falar – A França é um lugar muito bonito, e eu tenho que admitir que o melhor é a culinária – ele sorriu de leve – E as pessoas da faculdade... Todas têm os mesmos sonhos que eu e querem aprender mais. Todos são muito criativos, às vezes a concorrência reina...

– Você vai ficar por quanto tempo?

– Até minhas férias da faculdade acabarem, daqui a um mês e meio talvez – ele pôs seus olhos em mim e nós cruzamos nossos olhares.

– Então da próxima vez dê adeus de verdade para mim – soltei num suspiro e comecei a me afastar.

– Rosa... – ele fez menção de agarrar meu braço, mas falei antes que ele se desse o trabalho.

– Eu sei que você não sabia o que falar para mim depois... Depois que eu disse aquilo para você – “Quando me declarei para você” – Mas um tchau era suficiente – eu poderia ter ganhado um Oscar de melhor atriz, pois imediatamente esbanjei um sorriso “sincero” e calmo para ele, sem demonstrar absolutamente nenhuma tristeza e falei: - E de qualquer forma você não deveria ter ficado tão assustado com aquilo, era só uma coisa de criança, passou no momento que ficamos longe.

Leigh permaneceu parado e inexpressivo, então começou a se aproximar devagar. Fiquei surpresa com aquela atitude, tanto que não sabia o que fazer quando ele chegou muito perto, o suficiente para meu busto ser pressionado contra seu abdômen que, mesmo sob camadas de tecido, era possível sentir ondulações de músculos que subiam e desciam conforme ele respirava. Rezei para que Leigh não conseguisse ouvir meu coração enlouquecido.

Ele não olhava diretamente para meus olhos, mas sim para todos os ângulos do meu corpo e subia devagar. Uma de suas mãos toucou minha trança e a desenhou com os dedos até chegar bem embaixo das minhas costas. A outra mão desenhava o meu rosto. Leigh suspirou pesadamente e me encarou, parecia completamente desolado por um momento.

– Você realmente não é mais uma criança. Está mais madura em todos os aspectos – sua voz era baixa, seu hálito esquentava minhas maçãs do rosto. Então ele começou a se afastar – Porém ainda é uma criança... – foi tão baixo que quase não consegui ouvir. Leigh já estava longe quando gritou para mim – Lysandre já deve ter chegado. Vamos entrar.

 

 

Lysandre

              

Passei o caminho todo até em casa tentando arrumar aquele pequeno desenho que eu havia feito de Rafaela. Eu não conseguiria colocar no papel o que eu queria sem estar olhando para ela. Vou admitir que estou um pouco ansioso para ir até este lugar onde estaria minha “paisagem”.

Mas, como sempre, todos os meus sentimentos se fecharam no momento que adentrei na minha propriedade. “Temos visitas”, concluí ao reparar nos carros estranhos estacionados.

Quando entrei, me deparei com os pais de Rosalya e os cumprimentei, depois decidi ir tomar um banho e subi as escadas para o meu quarto. Mas antes de chegar na porta do quarto no andar de cima, ouvi o barulho das rodas.

– Está demorando cada vez mais – a voz fina e irritada ecoou pelo corredor dos quartos.

– Nina... Temos visitas, você deveria falar com eles – tentei mudar de assunto.

– Não quero chamar ninguém para me ajudar com as escadas – ela sorriu com malícia para mim – Mas eu quero que você me carregue lá para baixo, nos seus braços. Agora!

Suspirei fundo.

– Eu não vou fazer tudo que manda, Nina – comecei a abrir a porta do meu quarto quando vi de relance que ela estava prestes a se jogar na escada, com cadeira de rodas e tudo. Fui rápido e a impedi.

– O que você disse para mim? – ela perguntou desafiadora.

Soltei o ar e a coloquei nos meus braços. Lá embaixo a coloquei em outra cadeira.

– Lys! – ouvi a voz de Rosalya. Ela estava acompanhada de Leigh. A garota me abraçou – Quanto tempo!

– Quem é você? – perguntei, ela me olhou pasma – Estou brincando.

– E Nina, oi... – Rosalya se virou para a baixinha sentada.

– Não precisa ser falsa, eu sei que é estranho ver uma cadeirante. Deve ser muito bom ter pernas para correr, não é? – a voz de Nina era afiada.

– Nina, eu não quis... – Rosalya tentou falar, mas Nina interrompeu.

– Guarde seus fingimentos para o Leigh – a baixinha foi cortante, todos ficaram em silêncio – Todo mundo sabe da sua paixãozinha platônica – Nina sorriu como uma cobra.

Rosalya ficou pálida. Olhei para Leigh, mas ele não demonstrava nada.

Então Rosa sustentou um sorriso frio na direção de Nina e falou o mais firme possível:

– E todos sabem da sua paixãozinha pelo Lys e como ele só está do seu lado agora porque você não larga do pé dele – a garota de longos cabelos brancos falou quase num sussurro. Nina ficou sem resposta – Acho que vou chamar meu motorista... Tenho umas matérias de escola pendentes. Até outro dia meninos – ela acenou sorridente e saiu pela porta da frente.

– Eu vou subir – Leigh falou olhando de soslaio para Nina, ele pôs a mão no meu ombro e me encarou por uns longos segundos antes de subir as escadas e subir para o andar superior.

Olhei para Nina – Está satisfeita? – perguntei sem emoção. Ela apenas desviou o olhar... Para um papel no meu bolso.

– O que é isso? – sua voz era cortante.

– Não é nada – suspirei. Mas isso não a convenceu. Nina se jogou em cima de mim e puxou o papel do meu bolso, mesmo tendo caído no processo. Seu rosto ficou em fúria quando viu a imagem de Rafaela nele.

– Quem é essa? – Sua voz era baixa e afiada – Por que está desenhando uma garota!? – ela começou a bater na minha perna com força – Você acha que me abandonar vai ser tão fácil!? Eu não vou deixar! Eu não DEIXO! Eu sou sua única musa!

– E quando é que vai me libertar!? – perguntei apertando seus ombros e encarando seus olhos sombrios. Ela esbanjou um sorriso medonho para mim.

– NUNCA! NUNCA! NUNCA! – Nina estava sorrindo histérica.

 

 

Kentin

 

Passei a noite no “xadrez”, era assim que chamávamos a cadeia entre os membros do grupo do Dakota. Os caras eram uns imbecis, mas era melhor ouvir as conversas deles do que as reclamações do Lysandre e do Castiel. “Sujos falando do mal lavado”, fiz uma careta.

De manhã cedo ouvi o barulho da minha cela se abrindo e lá estava ele, o homem culpado de tudo isso, o homem que mais odeio na face da Terra, a minha vítima de hoje que me colocara nesta prisão.

– E aí, vovô? – perguntei sarcástico. O velho me encarava melancólico.

– Por que fez isso? Por que estava com aqueles... Vagabundos? – sua voz era rouca.

– Não é óbvio? – abri os braços e sorri – Eu também sou um vagabundo – o velho avançou e me deu um tapa na cara. Eu me levantei e o encarei de cima – Você não tem nenhum direito de querer reclamar de mim, seu velho arrogante.

– Vamos embora logo deste lugar, você tem escola agora – ele começou a se afastar.

– Escola? – zombei, mas ele apenas ignorou e seguiu caminhando. Eu decidi ir atrás, estava cansado daquela cela de qualquer forma.

O velho me levou no carro de luxo dele, chamativo o bastante para todas as pessoas na frente da escola pararem para olhar.

– Vamos ter uma conversa com a sua diretora – o velho explicou, eu apenas dei de ombros e saí do carro como quem não quer nada.

Pelos sussurros soube que todos da escola estavam cientes do que havia acontecido comigo. “O garoto que invadiu o shopping do próprio avô e ajudou uma gangue a roubá-lo’’. Sim, eu me orgulho disso.

Ignorei os olhares de Lysandre e Castiel sobre mim quando passei por eles e entramos na diretoria.

– Os senhores devem entender o quanto essa... Situação pode trazer uma má imagem para a escola... – A diretora estava sendo cautelosa, reparei que ela não parava de olhar para as joias e a bengala com a ponta de ouro do meu avô. Sorri ao pensar o quão seria fácil comprar essa mulher numa situação menos dramática.

O problema é que não era fácil ocultar um furto num dos maiores shoppings do país. Eram dezenas de empresas envolvidas.

– Estou cuidando da mídia, minha senhora – o velho encarou-a e foi firme – Estou aqui para pedir uma segunda chance para Kentin... – trinquei os dentes. O que aquele homem pensava que poderia fazer por mim depois do que ele mesmo fez? Isso chegava a ser cínico.

A diretora observou o velho e depois me analisou. Por fim ela suspirou fundo e começou a organizar uns papéis – Por causa dessa conduta terei que punir o seu neto – ela começou a falar devagar – Kentin terá que ajudar e participar de algum clube da nossa escola, sem faltar nenhuma reunião e sempre obedecer às regras. Isso se algum clube desejar aceitá-lo – ela terminou de arrumar os papéis e me encarou – Está de acordo senhor Kentin?

Eu fixei meus olhos nos da velha, senti o peso do olhar do meu avô. Suspirei fundo e dei de ombros em resposta. Eu sabia que se não aceitasse essa “chance” o velho iria me atormentar para sempre.

– Muito bem – a diretora pegou um papel e ligou o microfone. Sua voz ecoou por toda a escola – Todos os líderes de clube venham para a diretoria imediatamente.

Passaram-se alguns minutos para que todos estivessem lá. Eram vários rostos diferentes, pareciam nervosos e incomodados. Percebi que uns cochichavam sobre mim.

 “Olha só, a Juba é uma líder”, concluí mentalmente ao ver Melissa entre tantas pessoas altas.

– Vocês já devem estar cientes da situação deste aluno, então vou lhes perguntar quem o acolheria em seu clube – ela acrescentou – Não vou obrigá-los e nem vou puni-los se não o aceitarem. Alguém se candidata por ficar responsável?

Ninguém. Achei graça, claro que ninguém gostaria de ter um delinquente no seu clube, na verdade essa era uma notícia muito boa para mim, pois agora eu não teria que entrar em nenhuma merda de clube.

Mas então uma pessoa deu um passo para frente – Eu me responsabilizo – aquela vozinha fina que sempre estava mais alegre que o necessário... Não pode ser – Meu nome é Melissa, sou líder do clube de Dança Contemporânea.


Notas Finais


Espero que tenham gostadoooooooo, por favor comentem seus pensamentos quanto a este cap!!! *--* Obrigada pessoas


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