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História Dangerous - Corra?


Escrita por: Analua_maloa

Notas do Autor


demorei mais do que pensava
perdão galero.
Boa leitura

Capítulo 19 - Corra?


Fanfic / Fanfiction Dangerous - Corra?

Tudo pronto para a grande noite, o plano esta todo muito bem calculado para que nada saia do nosso controle. Irei até lá acompanhada da miss simpatia e encontrarei o Ian. Vamos correr e eu vou saber o que ele realmente está tramando com tudo isso. 
Logico que todos nós sabemos que não será uma simples corrida, por isso o carro que vou estará com rastreadores e os garotos estarão em um lugar próximo da catedral. Não dá pra arriscar tanto assim e ir sozinha até lá. O Andy ainda não desconfia de nada e por mais que eu odeie o fato dele ir nessas lutas de rua, neste momento estou agradecendo, pois ele está em casa de “repouso”. Depois de me ligar a tarde inteira e eu não atender ele me mandou mensagem com uma pequena ameaça, me proibindo de ir à missão de hoje anoite (uma pequena mentira do Tomas) e eu como boa garota, mandei mensagem dizendo que iria ficar com meu pai essa noite. 
O frio na barriga é inevitável, no momento estou indo encontrar os garotos no QG e rezando pra que nada tenha dado errado. Meu medo maior com toda certeza é que o Andy descubra tudo. Ian não me causa medo, na verdade é totalmente o contrário. Tudo que eu sinto é adrenalina, quero encara-lo. Desde a noite da festa eu sinto vontade de encara-lo outra vez e desafia-lo, sorrio de canto e estaciono em frente ao QG, meu coração dispara ao ver o Fensport GT86R preto estacionado e o sorriso se fecha. O carro que o Andy usava pra correr. 
Respiro fundo e pego minha arma no porta luvas, desço do carro e entro no galpão dando de cara com os garotos sentados sobre os destroços do incêndio. Passo o olhar por todo o local tentando encontrar os olhos azuis piscina me encarando com raiva, mas pra minha felicidade não o encontrei. 
- Que foi? Parece que viu um fantasma – diz Rebecca em tom de deboche, a encaro e pela minha cara ela entendeu o que eu queria dizer, pois se escondeu atrás de Dom que riu. 
- Cadê ele? – digo para Dom que dá de ombros e aumenta a risada 
- provavelmente em casa com uma bolsa de gelo na costela – riu– eu jurava que você era a única que não tinha medo do Andy. 
- Sabemos muito bem o que ele é capaz se descobrir que estamos indo contra a ordem que deu. - digo após respirar aliviada. 

– Beleza mas se você quiserem que ele não descubra, vamos ter que andar logo. O caminhão que ele ta rastreando chega em duas horas.- Filip diz olhando o tablet

– Ok. Dom, cadê o carro que vou usar? 

– Lá fora, não viu?

– Não, eu só vi o do An... - antes que eu pudesse completar, o idiota sorriu maroto e eu desejei muito socar a cara dele. - você só pode estar brincando comigo. Eu não vou correr com o carro do Andy!! - grito

– É o melhor carro de corrida que temos, não teria chance se não fosse com esse. 

– Ah claro, se algo acontecer ao carro estamos mortos, Imbecil! 

– Corra com cuidado, agora vamos pois não temos tempo! - ele me joga as chaves que pego no ar, olho o chaveiro com um canivete em miniatura e respiro fundo. Nada pode dar errado esta noite... 

Assim que saímos do galpão, fomos direto para a catedral. Estava sozinha no carro do Andy e Rebecca me seguia em sua moto. Os meninos ficaram em seu esconderijo e eu e ela fomos para a pista. O lugar estava lotado como sempre. Gangues e mais gangues espalhadas por todo lugar, prostitutas e drogas a rodo. Era assim toda noite, sem regras. Ou melhor, uma única regra. Aqui só se briga nas pistas, nada de troca de tiros ou socos, apenas velocidade. 

Estacionei o carro e todos olhavam em minha direção. Ao descer eu sabia que não era bem vinda. 

– Se o Ian não nos matar, tenho certeza que eles irão. - Rebecca para ao meu lado e sorri 

– É nossa vantagem em ele ter escolhido justo aqui, não podem tentar nos matar - me viro pra ela e abro um sorriso cínico enquanto ela me olha confusa - Aqui só tem uma regra, ninguém mata no terreno da catedral. Não saque sua arma aqui dentro, entendeu? - 

– Uma simples regra para toda essa galera? o que garante que eles não vão quebra-la.

– Não vão, todos aqui conhecem o Omar. Ele comanda a catedral e ele diz que não matamos aqui dentro, então nós não matamos. 

–  Omar? O que ele é pra parar toda essa galera assim ? 

– O ultimo que tentou matar aqui dentro, viu sua família ser morta e morreu logo depois. Omar sabe tudo sobre todos. Tudo! Ele tem parceria com o governo, todas as gangues o conhecem e o teme. 

– certo, eu entendi. - ela assentiu e logo fomos para a ala de corredores que era dentro da catedral. 

Ao entrarmos no espaço que um dia foi chamado de igreja, vi que a maioria dos rostos presentes eram conhecidos. Corredores antigos, prostitutas, negociantes, muita droga e muita bebida. Tudo muito familiar para mim que frequentava o lugar com frequência. 

– Vejam só se não é minha corredora favorita! - disse o grande homem negro com cordões de ouro no pescoço e prostitutas no colo sentado ao fundo do salão. 

– Sei que sentiu saudade, Omar. - sorri enquanto caminhava até ele que se levantou tirando brutalmente as prostitutas do colo e me agarrou em um abraço apertado.

– Claro que sim, as corridas sem você nunca são as melhores - riu já me soltando. Ele dava uns três de mim. 

– Vim matar sua saudade hoje, to aqui pra ensinar como se corre - pisquei e ele riu animado. 

– Essa é minha garota. Que maravilha,  meus dois corredores favoritos correndo juntos? A noite não poderia estar melhor. Não é, Ian? - ele se virou apontando a cabeça redonda para o loiro no canto da sala. Meu coração gelou e senti a mão gelada de Rebecca segurar meu braço discretamente. O loiro se aproxima de nós três e seu olhar desvia de Omar para Becca e por ultimo para mim. O sorriso estampado em seu rosto me arrepia a nuca. Ele era como um mal pressagio em forma de gente. 

– Quer dizer que hoje tenho uma concorrente a altura? Ouvi falar muito de você, Lua - ele estendeu a mão pra mim e eu segurei sorrindo falsamente. 

– É um prazer, Ian. 

– Olá, Bex. Quanto tempo, não? - ele a encarou e pela mão em meu braço pude senti-la estremecer.

– Bom, já que todos se conhecem, porque não vamos direto para a pista? Estou tão ansioso - Omar sorri e vai andando na frente em direção a saída. O sigo puxando Becca comigo e sinto o olhar de Ian em minhas costas.  

Os carros já estavam alinhados lado a lado na pista. A bandeirinha já estava posicionada, pronta para dar a partida. Becca iria correr de moto para me seguir caso algo saísse do controle. Três carros depois do meu estava Ian em sua lamborguini laranja. O roncar dos motores fazia meu sangue ferver. Ligo o ponto que está em meu ouvido e o rastreador do carro.

– Lua, ta tudo bem? ouço Dom perguntar entre o chiado do ponto.

– Sim. A corrida vai começar.

– Estamos vendo daqui. Você sabe a potencia que tem em mãos, é uma ótima corredora. Deixei uma arma no porta luvas e uma em baixo de cada banco. O rastreador está funcionando muito bem e tem câmeras por todo o carro. Estaremos acompanhando daqui.  - ele disse tudo muito calmo enquanto eu apenas assentia, vi a garota fazer contagem regressiva e assim que a bandeira levantou, dei partida pisando fundo no acelerador.

O som dos pneus gritando veio junto com o vento forte devido a velocidade, sai na frente junto com Ian enquanto Becca ficava logo atras, seguida dos outros carros. Ian corria lado a lado comigo e o sorriso em seu rosto só me motivava mais a vencer.  Passei a marcha e segui ao longo da curva completando a segunda volta em 10 minutos. Ainda estávamos lado a lado quando ele jogou o carro contra o meu me forçando a sair da pista e entrar na mata. Segurei o volante com firmeza tentando manter o controle do carro, o som dos gritos ficava cada vez mais distante enquanto eu tentava manter o foco no volante e em Dom que dizia coisas desconexas em meu ouvido. Olhei o retrovisor e ele me seguia, acelerei entrando cada vez mais na mata. Eu sabia o que ele queria e não fugiria agora. Não estávamos mais na área da catedral quando o primeiro tiro atingiu o retrovisor, tateei com o pé em baixo do banco pegando a arma que estava ali. 

– filho da puta, no carro não! 

 

 

– Lua, você está indo muito longe. Vamos perder o sinal! - Dom disse entre os chiados 

– Eu não tenho saída agora, Dom! - ouvi outro tiro mas esse não acertou

– Não saia do carr... - antes que ele pudesse terminar o chiado dominou me fazendo tirar o ponto do ouvido. Ótimo, agora eu estava sozinha. 

Ouvi o som de moto mais a frente e acelerei, Rebecca havia nos seguido, talvez ela ainda tivesse sinal.  Ian estava ao meu alcance e tudo que eu menos precisava era ter que parar pra salvar aquela idiota, mas eu não tinha saída.

Olho ao redor tentando encontrar alguma saída e jogo o carro para a direita por entre as arvores, de longe vejo Rebecca parar a moto e descer, olho pelo retrovisor e não vejo a Lamborguini. Paro por alguns segundos, tempo suficiente pra ela entrar no carro e o loiro aparecer à nossa frente.

–Merda, não temos saída!  Por que diabos você veio atrás de mim sua idiota! -grito a olhando

– Eu também fui seguida. Ele não está sozinho! -

_– Não vamos conseguir sair daqui - resmunguei batendo contra o volante e logo dou ré indo o mais longe que consigo enquanto atiro nos pneus do carro que vem em nossa direção. 

–  Agora menos ainda. - Rebecca aponta com a cabeça novos carros que se aproximam, nos encurralando. 

– A brincadeira já perdeu a graça, meninas. Saiam do carro - Ian disse apontando a arma pra cabeça de Rebecca que engole a seco. Levo a mão até a arma e aponto na direção dele, que sorri. Ouço o destravar de várias armas e ao olhar ao redor me arrependo de ter feito isso. Eram pessoas de mais, e por mais que eu quisesse, não conseguiria ao menos sair do carro sem virar uma peneira. Ergui os braços mostrando rendição e fui saindo do carro devagar, Rebecca fez o mesmo logo após. 

– É bom te ver de novo, Fâ numero 1 - Diz Ian sorrindo enquanto aponta a arma para nós duas - E vejam só, você trouxe meu antigo cachorrinho. Temos coisas a tratar, não é, Bex? - ele virou pra ela que fechou os olhos

– Mas não agora, vou tratar primeiro com a azulzinha aqui. - disse virando-se para mim.

– Não era mais facil termos conversado antes de você atirar na porra do meu carro?

– Me desculpe, força do hábito. Acredito que não iria querer negociar tão facilmente. E bom, depois que me roubou aquela noite, não posso confiar em você assim. - ele balança a cabeça passando o cano da arma em sua própria bochecha, sorrio ao lembrar da noite do roubo - Confesso que te prefiro sem roupa, fâ. 

– foda-se o que prefere. Fala logo o que quer comigo! - digo entre dentes. 

– Claro... vou falar, princesa - ele se aproximou de mim e segurou em meu rosto com firmeza. - Mas não aqui! -  Foi a ultima coisa que ouvi antes do grito de Rebecca. senti o baque em meu rosto e tudo escureceu. 


Notas Finais


digam o que acharam.
Até mais


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