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História Dangerous - Descobertas e tiros


Escrita por: Analua_maloa

Notas do Autor


Vou dedicar esse cap atrasado pra NickCullen18
Não deu pra postar dia 30, mas antes tarde do que nunca!
Boa leitura

Capítulo 20 - Descobertas e tiros


Minha cabeça latejante parecia que ia explodir a qualquer momento, abri meus olhos lentamente tentando fazer a visão desembaçar, ao conseguir notei que estava acorrentada em uma cadeira no meio de um quarto sujo e escuro. Paredes de madeira e nada de cama ou qualquer outro móvel, pelo menos até onde consegui ver.  A respiração pesada atras de mim me incomodava, mas me fez respirar aliviada ao lembrar que se tratava da Becca que por sorte ainda está viva. Joguei os cotovelos para trás acertando um em o que certamente eram suas costelas. 

– Aí! – gemeu ela ainda meio sonolenta – não teria uma forma menos dolorosa de me acordar? 

– Não acredito que consegue dormir assim! – bufei e ela se mexeu pois senti minha cadeira balançar. 

– Onde nós estamos ? 

– Não faço a minima ideia, mas deve ser alguma cabana abandonada. Seu ponto ainda funciona?

– Claro que não. Provavelmente estamos no meio do nada. Alguma floresta ou coisa do tipo - exclamou ainda se movendo sem parar

– Dá pra parar de se mexer, nós vamos cair, Imbecil! - Acertei mais uma vez o cotovelo nela que gemeu 

– Estou tentando sair daqui! 

– Estamos amarradas.  Não seja idiota! - Rosnei e antes que ela pudesse dizer algo a porta se abriu revelando o loiro e dois capangas atrás dele. 

– Vejo que nossas convidadas já acordaram. Desculpe pelas amarras e pela bagunça do quarto, não tivemos tempo de arrumar. - debochou com um sorriso de e scarnio no rosto 

– Por que não deixa as piadas pra depois e diz logo o que quer comigo ? - 

– Não sei pra quê a pressa, mas vamos lá. Quero minha carga, o dinheiro que roubou e a cabeça do Andrew. – disse tranquilo o que fez meu estomago embrulhar 

–  O que te faz pensar que posso te trazer ele? – perguntei tentando manter a postura 

– No começo, quando descobri que você trabalhava pra ele, jurava que era só mais uma puta que ele usava e jogava fora. Mas então eu comecei a vigia-los, Andrew não iria para aquele internato se você não tivesse um valor à mais. Foi quando as informações que recebi - sorriu desviando o olhar pra Becca e ao voltar a me olhar, continuou –  me deram a pequena ideia de que talvez o imbecil fosse realmente apaixonado por você. Então pesquisei mais sobre sua vida e acabei descobrindo mais um pequeno detalhe. A uns anos atras iriamos sequestrar a filha de um grande empresário, mas o plano foi por água abaixo por essa tal garota não estar na cidade. Pouco depois ele me traiu. Mas foi pesquisando que eu descobri que você é a filha do empresario.  Acredita mesmo em destino, princesa?  - Ele se aproximou e segurou meu rosto. 

As palavras rodavam minha mente e meu estomago doía como se tivesse levado um soco. Coração disparado, mãos soando. Nada fazia sentido, onde ele queria chegar? 

– Ainda não entendi onde você quer chegar com toda essa história. Se essa história fosse mesmo real, ele não devia ter me sequestrado e subornado o meu pai? Ou me matado? 

– Talvez, mas ele viu seu potencial, como eu mesmo vi aquela noite na festa. Você é boa, é gostosa, inteligente e não tem medo de morrer. Ele provavelmente enxergou isso, só precisava te ensinar algumas coisas. Uniu o útil ao agradável, te tornou o que ele queria, fez com que se apaixonasse e está apenas esperando o momento certo pra ter todo o seu dinheiro e te matar. - Ele sorria mais a cada palavra. Seu rosto próximo ao meu já estava vermelho, sentia seu hálito quente contra o meu rosto enquanto todas as memórias me atormentavam com força. Andy já havia perguntado muita coisa sobre meu pai e a empresa, mas nunca me pareceu interessado assim, Afinal, o pai dele também é rico. 

– Ele não precisa do meu dinheiro - rosnei o olhando fixamente e ele riu 

– Ele não precisa de dinheiro algum, princesa. Mas faz o que faz, não é? Nós fazemos tudo isso, não pelo dinheiro, fazemos pelo prazer. E acredite, fica tudo mais gostoso quando usamos alguém ingenuo como você! 

– Não acredito em nada disso. 

– Eu imaginei que não iria, por isso eu trouxe alguns dados antigos, dá época em que trabalhávamos juntos. - ele puxou uma pasta da mão do capanga mais alto, abriu e então virou para mim. Ali tinha fotos de mim mais nova. Fotos de quando eu fui pro inferno a primeira vez e dados sobre mim e minha familia. algumas anotações com a letra do Andy e algumas que eu presumi ser do Ian. A cada anotação meu coração falhava uma batida. Não podia ser realmente verdade. Meus olhos encheram-se de lagrimas e eu fechei as mãos em punhos. 

– Sei que pode traze-lo pra mim. Ele acha que você não sabe a verdade e eu te quero ao meu lado, já à vi em ação, você conseguiu me roubar duas vezes e isso é algo impressionante. - apertou mais meu rosto e o balançou. A dor do aperto era muito menos do que a do coração agora. -  Ou aceita ou mato o seu pai, assim como farei com o dele,  princesa. Vou te dar um tempinho pra pensar. 

Ao me soltar, estalou os dedos e foi seguido pelos dois idiotas. Durante a conversa, Becca não tinha feito nenhum barulho, mas eu sabia que ela estava prestando atenção, pois a cada palavra sua respiração ficava mais forte. Eu já não sentia mais meu corpo, minha cabeça girava e eu pensava no meu pai. Tinha medo dele estar em perigo. 

– você sabia disso também? –  minha voz saiu mais cortante do que eu desejava. 

– Não... não sabia de nada disso... - suspirou

– certo... - Dei uma pausa, respirando fundo e ao abrir os olhos olhei minha bota - ok, hora de sair daqui. 

– Sair? como? - perguntou alterada 

– Para de gritar, idiota! - sussurrei irritada – precisamos sair dessa cadeira, no três mova seu corpo para a direita entendeu? 

– sim... - sussurrou 

– ótimo. Um... dois... três... - Pulsionei meu corpo para o lado com força e Becca fez o mesmo nos levando ao chão. As cadeiras se desfizeram em pedaços. Sem perder tempo, dobrei as pernas para trás alcançando as botas, puxei o canivete com certa dificuldade e comecei a cortas o mais rápido que pude as amarras. Em segundos eu já estava liberta e quando comecei a soltar as mãos de Becca, a porta se abriu em um baque mostrando um dos pau mandados de Ian, o moreno. Ele não era forte, mas dava dois de mim em altura.

Ao me ver de pé o grandão correu até mim, mas antes que pudesse me tocar, chutei na altura de seu estomago e cravei o canivete em seu peito o descendo até o inicio do seu quadril. Seu sangue jorrou em mim sujando toda a minha roupa. Senti a adrenalina correr pelas minhas veias quando o corpo bateu contra o chão de madeira. Infelizmente  tinhamos pouco tempo. Soltei Rebecca que me olhava assustada  e então corrremos pra fora do quarto. Como eu imaginava, estávamos em uma cabana. Não tinha mais ninguém por perto então corri pela porta. Respirei aliviada ao ver o carro preto estacionado entre as arvores, mas o alivio durou pouco pois os tiros em nossa direção me fizeram correr. 

– O que vamos fazer? Estamos sem armas! - Becca gritou correndo ao meu lado

– Eu nunca estou sem armas! - pulei a janela do carro e Becca fez o mesmo do outro lado, os tiros acertavam a lataria enquanto eu ia para o banco de trás e pegava as armas em baixo dos bancos. Joguei uma para Rebecca e ao me posicionar no banco do motorista, ligo o carro e vou dando ré até atingir a cabana. Rebecca ia atirando contra os capangas enquanto eu manobrava e seguia acelerando pela floresta. Sinto uma dor forte no braço e ao olhar vejo que uma bala me atingiu, seguro o grito na garganta e aperto mais o acelerador. Os tiros cessam e vejo a estrada de longe. 

– Ian não estava lá! - diz se sentando no banco e virando-se pra mim - Ai meu Deus, você levou um tiro! 

– Estamos a duas horas da cidade, você precisa pegar o volante. - disse ainda olhando a estrada e ela assentiu. 

Depois de trocarmos de lugar, tirei minha blusa e rasguei um pedaço pra estancar o sangue que jogarra. A dor era insuportável mas eu precisava aguentar. 

– Você ta perdendo muito sangue! - exclamou enquanto olhava a estrada. 

– Preciso tirar a bala - disse enquanto abria o porta luvas. Pego o esqueiro e uma faca que tinha ali e respiro fundo. Passo a chama do esqueiro sobre a lamina da faca e fecho olhos tentando tomar coragem. 

– O QUE? vai fazer isso aqui? - gritou 

– TEM ALGUMA IDEIA MELHOR, GÊNIO?- gritei e ela permaneceu em silêncio - foi o que eu pensei. 

Tirei o pano do ombro enquanto ela desacelerava, por sorte eu tinha total visão do furo. Assoprei um pouco a lamina e sem pensar mais enfiei a ponta no furo, a dor invadiu meu corpo fazendo-o estremecer. Senti a lamina tocar o metal da bala e com cuidado fui cutucando-a para empurra-la pelo buraco. A bala saltou fora e então rapidamente tirei a faca do machucado, limpei com o resto de camiseta e voltei a esquentar o metal da faca. 

– Meu Deus, onde aprendeu isso ? é assustador - Becca olhava de mim para a estrada sem parar, seu olhar assustado até me faria rir se meu braço não estivesse jorrando tanto sangue agora. 

– Tive que fazer no Andy uma vez, ele me ensinou. - disse enquanto sentia o nó na garganta voltar. - Ao ver a lamina ficar vermelha pela calor, fechei os olhos e pressionei o metal contra o furo em meu braço, gritei alto ao sentir minha pele queimar e joguei a faca pela janela. 

– Você está bem? 

– Estou! Vamos pro QG. Tenho coisas para resolver. 


Notas Finais


espero que gostem. Vou começar a escrever o Prox, então ACHO que não vai demorar.
beijos e comentem!


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