História Dangerous love - Capítulo 41

-Casey essa conversa não pode ser depois? - Charlotte perguntou se sentando na cama.

-Não, não pode ser depois Charlotte. Eu quero saber porquê você foi embora do hospital ontem sem falar comigo. - Casey se aproximou dela.

-Isso é sério? – Charlotte olhou incrédula para ele. - Você é idiota ou você só se faz mesmo Casey?

-Olha o jeito que você fala comigo Charlotte. Eu não sou qualquer um para você falar dessa forma.

-Ah claro. Você é o Capo o fodão da máfia italiana aqui de Nova York, e bla, bla, bla, bla, bla... - Ela zombou revirando os olhos.

-Você me tira do sério, sabia? Eu precisei de você ontem aqui em casa, pra ajudar, mas você preferiu ficar de birra, e ir para a casa da minha irmã.

-Eu fiquei de birra? - Agora Charlotte estava em pé, sendo movida por toda a raiva que estava sentindo naquele momento. - Ontem eu fui para o hospital feliz da vida porquê nós iríamos voltar para casa juntos. Dai eu cheguei no seu quarto, e vi a Graziella lá, segurando a sua mão, e você sorrindo todo aberto para ela. Como você queria que eu reagisse?

-Charlotte para com esse ciúmes bobo. A Graziella é só minha amiga. Você sabe bem disso!

-Ela é a porra da sua ex-namorada Casey.

-Que agora é minha amiga.

-Sabe, eu deveria ter saído para jantar com o Ethan enquanto ele estava aqui na cidade. – Ela resolveu provoca-lo. - Você saiu para jantar com a sua ex, eu deveria ter feito isso também, com o meu ex. – Charlotte sorriu provocativa.

-Nem ouse em falar daquele filho da puta! E nem ouse em falar que queria ter saído para jantar com ele. Eu ainda estou louco para da uma surra nele e depois enfiar uma bala no meio da testa dele. Não me provoca Charlotte. – Casey falou sério a encarando.

-Ah, claro você pode sair com a Graziella, mas eu tenho que ficar em casa trancada sem poder falar com os meus amigos, ou sair com eles. Eu tenho que ficar quieta e aceitar as suas ordens. Eu não sei se você reparou, mas eu não sou mulher de acatar ordens de ninguém, muito menos de você.

Charlotte queria sair quebrando algumas coisas para ver se a sua raiva passava. Ela queria bater no Casey, e ir até o hotel onde Graziella estava hospedada para dar uns tapas nela também. Aquela mulher tinha o poder de tirar Charlotte do sério.

-Charlie as coisas são diferentes entre mim e a...

-Eu estou muito magoada com você Casey. - Charlotte o interrompeu. - Quando eu mais precisei de você, você não estava lá para mim.

Charlotte não conseguia mais conter as duas lagrimas. Ela estava muito magoada com seu marido naquele momento.

Ela fez de tudo para tirar Graziella do hospital, de perto dele e depois que acordou Casey a chamou de volta, a desautorizando. Fora que Charlotte descobriu que os dois estavam juntos na hora do atentado contra Casey. Isso tinha acabado com ela. Ela estava se sentindo traída.

-Charlie eu falei pra você que eu iria para Seattle no mesmo momento em que você me pedisse. Eu fiquei esperando você me ligar ou mandar uma mensagem mas isso não aconteceu. Eu estava disposto a ficar lá com você em Seattle. Era só você falar.

-Eu estava desesperada Casey, com o meu pai no hospital e a minha mãe preocupada. E você estava aqui saindo para jantar com a sua ex-namorada, que me odeia!

-Charlie... - Casey se aproximou mais dela. – Vamos nos acertar.

-Eu estou muito magoada com você. Muito!

-Eu sinto muito. Só foi um jantar porra, não aconteceu nada entre nós dois. Eu nunca seria capaz de te trair.

-Me deixa sozinha Casey. Eu não estou me sentindo muito bem agora. – Ela falou se sentando na cama. – Não quero mais falar da Graziella. – O quarto estava começando a rodar.

-O que você está sentindo? - Casey perguntou se abaixando. - Você está pálida. - Ele passou a mão em seu rosto. – Eu vou chamar um médico.

-É só extress, não precisa chamar nenhum médico. Me deixa sozinha por favor.

-Tudo bem. A gente termina de conversar depois... - Ele falou se levantando.

-Eu não quero mais conversar sobre isso. Para mim este assunto acaba aqui. – Charlotte falou firme passando por cima da tontura.

-Tudo bem. Qualquer coisa eu estou no escritório. - Casey voltou até ela, e lhe deu um beijo na testa. – Se você quiser eu posso ficar aqui, cuidando de você...

-Não precisa. Eu quero ficar sozinha.

-Ok, eu estou lá embaixo caso você precise. – Casey se afastou e saiu do quarto a deixando sozinha.

Quando viu que estava sozinha, Charlotte colocou a mão em sua barriga, e a acariciou. Ela se deitou na cama abraçando o travesseiro de Casey, e tentou afastar o enjoo que estava sentindo. Ela precisava ficar bem para poder sair mais tarde.

(...)

Duas horas depois Charlotte já estava se sentindo melhor. Ela se levantou, tomou um longo banho, trocou de roupa, e pegou o cartão da médica obstetra que Caroline tinha lhe dado. Ela iria falar com a Dr. Mary hoje.

Descendo as escadas Charlotte avistou Casey falando ao telefone no lado de fora, e Rebecca estava na cozinha.

-Deus o aroma dessa comida está maravilhoso. - Charlotte falou entrando no cômodo.

-Sente-se que eu já vou servir você querida.

-Obrigada Rebecca.

Dez minutos mais tarde, Casey se sentou ao lado de Charlotte, e os dois almoçaram em silêncio. Depois da discussão que eles tiveram no quarto hoje mais cedo, os dois não tinham muito o que dizer um para o outro.

-Oi, boa tarde. - Lorenzo falou entrando na cozinha. - Você já está pronta para sair Charlotte?

-Oi, eu já estou sim. Nos já podemos ir. - Charlotte falou se levantando.

-Você não vai me dizer mesmo aonde está indo?

-Não Casey, eu não vou. - Charlotte falou sem olhar para ele.

-Tudo bem, então. - Ele deu de ombros, e voltou a comer.

Já no carro Charlotte deu o endereço da onde ela queria ir para Lorenzo. Ela tinha anotado em um papel para não precisar dar o cartão para ele.

-Nesse rua só tem prédios comerciais. - Ele falou analisando o endereço, e já sabendo onde ficava.

-Ah, legal... - Charlotte lhe direcionou um sorriso fraco. - Você vai me levar nesse endereço, não vai?

-Claro que vou. - Lorenzo falou desconfiado olhando para ela pelo espelho retrovisor.

-Ok. Então vamos.

Em menos de quinze minutos Lorenzo já estava estacionando o carro na frente de um prédio de tijolos, de seis andares. Aquele prédio ficaba mais perto da cobertura do que Charlotte poderia imaginar.

-Chegamos. - Lorenzo falou desligando o carro.

-Foi muito rápido. – Ela comentou tirando o sinto de segurança.

-É mesmo... – Lorenzo observou o local.

-Bom me espera aqui que já volto. - Charlotte falou abrindo a porta do carro, e saindo em seguida.

-Ei espera. Eu vou com você. – Ele fez menção de sair também, mas Charlotte o impediu.

-Lorenzo não precisa. Eu só vou aqui neste prédio, você não precisa me acompanhar.

-Você tem certeza?

-Tenho sim. Fica tranquilo. – Ela piscou para ele e sorriu.

-Tá bom. - Lorenzo se deu por vencido.

-Eu já volto. - Charlotte sorriu, e fechou a porta do carro.

Entrando no prédio ela olhou para o cartão que agora estava em sua mão, e viu que o consultório da Dra. Mary ficava no quinto andar. Indo até o elevador, ela apertou o botão, e esperou as portas se abrirem.

...

-Olá, boa tarde. - Charlotte chamou a atenção de uma jovem moça.

-Boa tarde, no que posso ajuda senhorita?

-Ah, eu vim falar com a Dra. Mary.

-A senhorita tem hora marcada com a Dra.? – A moça perguntou abrindo uma agenda.

-Não, é a primeira vez que eu venho aqui. Uma médica de Seattle que recomendou a Dra. Mary para mim.

-Entendo... Bom a Dra., está em horário de almoço agora. Eu posso tentar te encaixar entre as próximas pacientes. A senhorita pode esperar lá na salinha por favor? – A recepcionista lhe indicou uma sala, logo atrás dela.

-Claro, posso sim. – Charlotte sorriu cordial.

-Obrigada. Qual é o seu nome por favor?

-É Charlotte.

-Ok, Charlotte. - A recepcionista falou anotando seu nome na agenda é fazendo mais algumas anotações. – Logo eu venho falar com você.

-Ok. – Charlotte se direcionou até a sala de espera e se sentou em um dos sofás.

Enquanto esperava por um encaixe, Charlotte passou o tempo lendo algumas revistas sobre gravidez e outras coisas relacionadas. Ela enviou uma mensagem para Lorenzo falando que iria demorar um pouco mais do que o esperado, e pediu que ele não fosse atrás dela, que logo ela estaria de volta ao carro.

Naquelas revistas tinham tantas coisas sobre gravidez que Charlotte não sabia. Ela tinha muita coisa para aprender sobre gestação e cuidados com um bebê recém-nascido. Ela estava assustada com o tanto de informação que tinha em uma simples revista para gestantes.

Talvez ela compre algumas dessas depois...

-Charlotte? - A recepcionista chamou a sua atenção a tirando de seus pensamentos.

-Oi...

-Eu consegui te encaixar em um horário extra, agora.

-Muito obrigada. - Charlotte falou se levantando, e deixando a revista que estava lendo em cima da mesinha de centro.

-Eu vou te encaminhar até a sala da Dra. Mary.

-Obrigada.

Levando Charlotte através de um pequeno corredor, a jovem secretária parou em frente à uma porta, e bateu. Logo depois a mesma foi autorizada á entrar.

-Mary aqui está a senhorita que eu lhe falei. - Ela entrou na sala, e deu passagem para Charlotte também entrar.

-Com licença... – Charlotte sorriu fraco para a médica.

-Fique a vontade querida. - Mary falou se levantando de seu cadeira, e indo até Charlotte. - Fiquei sabendo que você veio por uma recomendação de Seattle.

-É, eu vim sim. Foi a Dra. Caroline que me deu o seu cartão.

-Oh, Caroline! - A medica falou surpresa. - Que saudades dela. Venha querida, me conte como você conheceu Caroline. - Mary indicou o pequeno sofá que havia na sala.

Após contar como conheceu Caroline, e toda a história do banheiro, Charlotte lhe falou de sua insegurança referente a gravidez. Fazia tão pouco tempo que ela tinha conhecido a médica, mas ela já confiava nela.

-Eu entendo as suas inseguranças. Você é mãe de primeira viagem, isso é normal. Olha a presença do pai do bebê pode ajudar você a ficar mais segura. Ter ele ao seu lado pode ajudar muito.

-Eu ainda nem contei para o meu marido sobre o bebê. - Charlotte falou nervosa olhando para suas mãos, em específico para sua aliança. - Aconteceu tanta coisa nessas últimas semanas... - Ela suspirou pesadamente. – Não tive a oportunidade de contar para ele.

-Vamos fazer assim, você conta para o seu marido sobre a gravidez, e volta na semana que vem, para nós termos mais uma conversa, pode ser assim?

-Claro.

-Ótimo! Então antes de sair marque uma hora com a minha secretaria.

-Muito obrigada por me receber sem ter hora marcada Mary.

-Não precisa agradecer querida. Nós nos vemos na semana que vem, ok? – A médica se levantou e Charlotte a seguiu.

-Obrigada novamente Mary.

-De nada querida. – Mary sorriu, e deu um leve aperto na mão de Charlotte. – Traga o seu marido junto na semana que vem.

-Eu farei isso. – Charlotte saiu da sala, e seguiu até a mesa da secretaria.

Charlotte falou brevemente com a secretária da medica, marcou uma consulta para a próxima semana, e depois foi embora. Ela falou que não demorar, mas acabou engatando uma conversa muito leve e aconchegante com a medica. Saindo para a rua, aonde a tarde nova iorquina estava agradável e um pouco quente, Charlotte sorriu aliviada por ter conversado com a médica hoje.

Antes de entrar no carro, ela parou um pouco na calçada, e sentiu a brisa da tarde bater em seu rosto e cabelos, e naquele momento Charlotte decidiu que iria contar para o Casey sobre a gravidez hoje. Ela só precisava saber como, mas ela iria contar.