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História Dark Love - Ten


Escrita por: believezayn

Capítulo 10 - Ten


- Eu vou levar ela - Sebastian aponta para Amatis. - embora. Pode me esperar la fora. 

Eu saio da casa e sento num banco. As ruas são feitas de pedras, as casas em um modelo antigo. Diferente de todos os tipos que já vi. Talvez parecido com a paisagem de Veneza, mas sem água. Um grupo de pessoas passa normalmente pela rua e parecem não ligar para minha presença ali. Eles seguem adiante e o silêncio volta a dominar. 

Um homem, todo de preto, provavelmente uniformizado para uma batalha vem subindo a rua, e eu sinto seu olhar sob mim. Preciso agir como se fosse uma Caçadora? Mas eu sequer sei como eles agem. O homem é alto e musculoso, tem cabelos brancos e olhos castanhos. Sua pele tem um tom claro, como se a muito tempo não tomasse sol. Cicatrizes de Marcas são visíveis em lugares que o casaco de frio não cobre. Ele para diante de mim.

- Qual o seu nome? -A desconfiança dele é perceptível. 

- Louise. Meu nome é Louise. - apesar de achar que eu poderia me sair bem lutando contra ele, o nervoso começa a aparecer. 

- Seu sobrenome, garota? - Fico alguns segundos sem saber o que falar. Porque sobrenomes de Caçadores de Sombras são diferentes, então é claro que nenhum Nephilim vai ter o sobrenome de um Mundano. Se eu disser, estarei me entregando? E se eu não disser, estarei me entregando do mesmo jeito? 

- Bloodarms. Louise Anastasia Bloodarms. - Reconheço a voz de Sebastian. Ele se moveu como uma sombra na escuridão. Tão discretamente que o homem se assusta ao perceber o som vindo de suas costas. O homem automaticamente tira uma arma do casaco e aponta para Sebastian.

- Seu desgraçado. Você está em Alicante, a Clave vai te pegar facilmente. - Ele parece impor certeza e verdade em sua voz, mas só um idiota não o reconheceria vacilando diante das palavras junto com o medo.

- Fique calmo. Eu não vou te matar. - Sebastian da uma risada. - Ela vai. 

Engulo em seco ao ouvir o que foi dito. Sebastian ergue a sobrancelha, questionando se eu vou ou não fazer o que ele falou. Minhas mãos suam, mas eu desembainho a espada e fico em posição de batalha. Eu quero fazer isso. Não porque Sebastian "mandou", mas sim porque eu tenho vontade de sentir a espada se tornando uma extensão do meu corpo. Quero lutar com esse homem, sentir a adrenalina. Não me importa o que ele foi, se foi uma boa pessoa, ou se tem uma família. Eu vou matá-lo.

Mesmo com os vários anos de luta que eu tenho certeza que ele teve, eu sou rápida. Ele inicia com um golpe, e eu desvio. Depois de algumas tentativas de me atacar, percebo que ja esta respirando com dificuldade. Nem ele nem eu temos cortes. Mas isso vai mudar. Finalmente saio do contra ataque e ataco. Já sei seus pontos fracos na hora de manusear a espada, então aproveito isso para fazer um corte em sua barriga. A dor o faz se distrair e eu aproveito para enfiar a espada em seu coração. Ele cai no chão, sangue jorrando do corte. A espada caída ao seu lado. Eu deveria me sentir mal por estar matando uma pessoa. O que eu acabei de fazer é pecado. A culpa deveria me consumir. Mas nada disso acontece. Pra mim é só um corpo de quem eu não conheço, jogado, a morte não é algo ruim quando se sabe que vai para o céu. Eu não tenho medo de morrer, porém, tenho certeza que o inferno é meu lugar. 

- Precisamos tirar esse homem daqui e ir embora. - digo. Limpo a espada e a guardo. 

- Lutou muito bem. Como se sente? - Sebastian pergunta. Ele cutuca o corpo do homem com os pés. Ar de superioridade e nojo. 

- Ótima. - faço um coque com meu cabelo e tento dar uma ajeitada na roupa. De cara limpa, unhas para fazer, blusa, jeans e all star. Eu não sou nada bonita. 

- Magnifique Louise. – Sebastian segura minha mão e a beija.

Ele pega o homem no chão e entra em algumas ruas estreitas da cidade. 

- Precisamos sair logo daqui. Onde estamos indo? - Pergunto, mas ele não responde. 
Andamos por horas, minutos, não sei.

Chegamos num lugar que provavelmente deve ser fora da cidade. A última casa ficou alguns metros atrás. Sebastian joga o corpo no chão e se senta numa pedra, distante do defunto. Tem árvores e flores ao redor.

- Estou com cede. E com fome. Leva a gente de volta. Não aguento mais andar. 
- Eu queria te mostrar algo. – Me sento ao seu lado, nossos ombros se tocando. – Sempre vim aqui. É um dos meus lugares favoritos.

O sol começa a se pôr, o céu fica escuro e estrelas aparecem no céu. O céu mais estrelado que já vi em toda minha vida, algo tão maravilhoso e divino.

- É lindo. Nunca vi um céu com tantas estrelas assim. – Saio da pedra e me deito na grama. Sebastian se levanta também e deita ao meu lado, a cabeça apoiada nas mãos. Ficamos em silencio por um tempo. – O que eu sou? O que você vai fazer com aquela mulher? E como você vai usar o Cálice que criou?

Ele se mexe e vira de lado. Eu também me viro e a gente fica se olhando. Reparo em sua boca, seu nariz, sua sobrancelha, e cílios. As cicatrizes deixadas pelas Marcas saindo pela gola do casaco. Será que ele vai me contar o que eu perguntei? Posso me considerar uma Mundana com problemas, ou será que eu posso fazer parte do Submundo? Isso é possível?

- Eu vou te contar, mas não agora. A hora está chegando, e você verá com os próprios olhos tudo o que será possível com o Cálice que eu criei. – Ele volta para a posição que estava e eu aproveito para apoiar minha cabeça em seu peito. Ele se senta e eu coloco minha cabeça na grama novamente. Sinto que ele olha para mim e fico um pouco envergonhada. Ele se aproxima de mim. Passa suas mãos por meus braços e depois por meu corpo. Passo meus dedos por sua mão, acariciando-a. Ele passa uma das pernas por cima do meu corpo e fica em cima de mim. O coração acelera e meu peito sobe e desce. Seu beijo é quente, sufocante, me deixa sem ar, é intenso, e me faz querer mais. Ele tira o casaco e joga de lado. Toco em seus braços e depois suas costas, por baixo da camisa. Sinto cicatrizes por toda a extensão da pele. Não o tipo de cicatriz deixada por Marcas, mas sim cicatrizes feitas por algo que provavelmente causaram dor. Ele segura meus braços e beija meu pescoço, causando arrepios em meu corpo. Ele tira sua camiseta e em seguida tira a minha também. 



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