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História Dark Paradise - People help the people


Escrita por: brubbly

Notas do Autor


Oii gente. Cara, doeu muito em mim escrever esse capítulo, eu até chorei, então acho que vocês vão chorar também. Quero agradecer por terem estado do meu lado até hoje. E sinto lhes informar que a fic está no fim. Ok, podem chorar, eu espero... pronto? Então, agora uma notícia boa, vai ter segunda temporada, podem comemorar! E novamente eu queria que vocês ouvissem a música People Help The People da Birdy, porque dá um clima especial. Amo vocês e boa leitura s2'

Capítulo 31 - People help the people


Fanfic / Fanfiction Dark Paradise - People help the people

Narradora on 

Alguns pouquíssimos dias se passaram como se fossem uma eternidade, e hoje a mansão Malik estava ocupada por algumas pessoas. Algumas da família de Tina, Zayn, Selena, Josh, e Caroline, que estava ali para apoiar a amiga e ajudá-la. Todos de preto compartilhando a mesma dor, sentados em um sofá. Um pequeno pedestal com um microfone no centro da sala, e corações cheios de tristeza. Na verdade algumas pessoas só estavam ali por estar. Como netos e primos de Tina, que nem sequer a conheciam. Pessoas fúteis que só estavam ali por obrigação. E tinha também Chloe Martinez. Uma filha de Tina que morava no continente Europeu, em Portugal. Descobriu há pouco tempo que era filha da mulher, e teve apenas 3 únicos encontros com a mesma. 

- Ei, você é Zayn Malik? - perguntou a menina alta, de cabelos ruivos e olhos azuis, que tinha um sorriso maravilhosamente bonito, afim de esconder a dor que se escondia por detrás de sua alma. Sua personalidade tranquila era algo invejável. Conseguia manter a calma mesmo em momentos de tristeza ou de raiva. 

- Sim, sou eu - respondeu grosso. Sua atitude era devido ao medo. Medo de chorar na frente de todas aquelas pessoas - me conhece de algum site de fofoca? 

- Na verdade não... minha mãe falava muito de você - seus lábios repuxaram-se em um sorriso de canto. 

- Não sei quem é sua mãe. 

- Ela é o motivo por eu estar aqui hoje. Será que podíamos conversar com mais calma, em algum lugar fora daqui? 

- Tudo bem, me acompanhe - falou meio receoso enquanto seguia para o jardim. O céu estava estrelado e a temperatura estava baixa, suas mãos eram mantidas nos bolços de seu jeans preto. Se sentaram perto da fonte e ele observou bem a menina. Nunca a viu em qualquer lugar, poderia estar flertando. Devia ser só mais uma paparazzi infiltrada em sua casa. Ou poderia estar falando a verdade. 

- Você não me conhece. Sou Chloe Martinez, tenho 25 anos e moro em Portugal. Trabalho como modelo e fotógrafa e quando eu era bem pequena fui adotada por uma família portuguesa. Milionários. Eu odiava aquele lugar chique e aquelas pessoas fúteis, que só se importavam com coisas volúveis. Preferia estar nos braços de minha mãe, com minha velha boneca quebrada. Passei anos procurando por ela. E há dois anos eu a encontrei. Minha curiosidade era enorme, eu só queria saber porque abriu mão da minha guarda. Foi por causa de uma depressão. Quando meu pai morreu, ela ficou desorientada e toda vez que me olhava, se lembrava dele. Ela me disse que tinha um filho adotivo, 2 anos mais novo. Mas não queria que eu o conhecesse agora, porque estava passando por momentos difíceis e eu respeitei - a menina que tinha o oceano nos olhos buscou coragem em seu interior, e com lágrimas nos olhos e um longo suspiro, continuou - e então ela nunca mais me ligou. Me senti um lixo, como se não fosse boa o suficiente para que fosse sua filha. E quando fiquei sabendo que ela havia falecido, meu mundo desabou em meus pés. Eu não a conhecia, mas eu a amava. Sim, Tina era minha mãe - Zayn não conseguia acreditar naquilo. Seu coração estava acelerado e lágrimas ameaçavam despencar de seus olhos. 

- Vo-você está me dizendo que é filha da Tina? 

- É louco, eu sei, mas preciso que acredite em mim. 

- E por que nunca me procurou? Eu teria te ajudado. Tem certeza do que está falando? Tina nunca faria isso com um filho. Ela me acolheu quando mais precisei. Não posso acreditar!

- Eu sei que não consegue acreditar, foi justamente o motivo por eu ter trazido isso - a garota tirou um papel velho de sua pequena bolsa rosa da Chanel. 

"Nome: Chloe Victória Martinez

Nacionalidade: Inglesa

Nascimento: 22 de julho de 1989

Filiação: Martina Taryn Martinez e Robert Jean Parker"

Seu coração disparou ao acabar de ler aquilo. Era uma certidão original. E então ele a olhou e ficou pensando no porquê de Tina ter escondido aquilo todo esse tempo. 

- E por que ela esconderia isso logo de mim? Ela era minha mãe, contávamos tudo um para o outro. 

- Talvez não seja com você... Zayn. Pois pelo que ela me falou, te amava muito. Talvez fosse eu. Eu não era boa o suficiente para que pudesse me assumir - os olhos azuis já estavam cobertos por lágrimas - me desculpe, eu não queria que ficasse confuso. Eu nem devia ter vindo, perdão! - se levantou e sentiu o menino puxar seu braço magro. E então ela o olhou e ele se levantou. 

- Ela só devia estar com medo. Nunca diga que não é boa o suficiente para alguém. Olha, meus pais me rejeitaram quando nasci e passei toda a minha infância e parte da minha adolescência morando com uma tia que não estava nem aí pra mim e que me fazia de escravo. E então levaram uma menininha pra minha casa. Safaa - sorriu ao lembrar-se do doce sorriso da pequena - minha irmã. Eu tinha que cuidar dela, porque meus pais haviam sido assassinados. Eu nunca havia os visto, apenas em fotos, mas eu sofri. Eram meus pais, por mais que não pudessem cuidar de mim. E aquela menininha me ensinou muitas coisas. Irônico, não? Uma criança ensinar coisas à um adolescente. E eu me apeguei à ela, Safaa era a única razão pela qual eu era bom. E um dia eu saí e a deixei em casa, em um barraco na parte isolada de Bradford - Inglaterra que eu havia alugado à alguns dias - seus olhos estavam marejados, sua voz estava chorosa e as mãos trêmulas. Se pudesse, nunca mais se lembraria daquela cena - e então eu voltei para casa e encontrei minha irmãzinha jogada no chão da cozinha. Ela estava com uma barbie velha em mãos, e um celular velho. Havia discado o meu número várias e várias vezes, mais eu não atendi - ele já chorava muito juntamente à garota - e então eu vi as várias facadas em seu peito. Passei muito tempo em luto e odiando à mim mesmo por  ter a deixado sozinha. Talvez se eu tivesse a levado comigo, ela ainda estaria aqui. 

- Zayn, não precisa... 

- E então eu achei uma carta da minha mãe, junto às coisas da minha finada irmã. Ela me deu um nome e um endereço. Tina Martinez. Na carta dizia que eu deveria procurá-la, e ela me diria toda a verdade. E com um coração em pedaços e o pouco de dignidade que me restava, eu bati na porta daquela humilde casa, vendo uma senhora bonita atender. Eu mal sabia que aquela mulher me acolheria, me amaria como ninguém amou. Ela me contou a verdade, me acolheu e nos mudamos para Atlanta. E aí eu cresci na vida, mas eu levei ela comigo. Queria protegê-la de todas as formas, e agora ela está morta. A mulher que me amou mesmo com todos os meus defeitos, hoje já não está mais aqui, para me ver casar, ter filhos, e me apaixonar perdidamente pela minha noiva à cada dia. 

- Me desculpe, eu não queria fazer você chorar, eu só... 

- Não se preocupe. Acho que somos irmãos - sorriu triste enquanto as lágrimas escorriam em seu rosto - bom, eu não conheço você, mas te amo. Só o fato de ter nascido do ventre de Tina, já me faz querer seu bem. Olha Chloe, você é linda, e tenho certeza que ela te amava, então nunca mais diga que não é boa o suficiente - abraçou fortemente a menina, como se para protegê-la.

Selena e Caroline olhavam aquilo pela janela com a maior dúvida do mundo. Quem seria aquela linda ruiva que conversava com o menino? Selena não queria admitir, mas estava com ciúmes. Ciúmes por ela ser mais bonita, mais magra, mais alta, mais estilosa. Mas deixou aquilo para lá. Zayn não seria capaz de trocá-la, ou seria? Sorriu ao ver o homem se aproximar ao lado da menina Chloe, vendo os rostos manchados por lágrimas de ambos. Ele abraçou forte sua noiva, como se estivesse com medo de perdê-la. Mas logo separou o abraço e sorriu. Caroline conversava com alguém no canto. Não queria atrapalhar. 

- Bom, esta é Selena Gomez, minha noiva. E esta é minha irmã, Chloe Martinez. 

- Co-como assim? 

- Sou filha da Tina - sorriu triste - é um prazer conhecê-la, cunhada - a abraçou. E num instante, Selena sentiu a sensação do alívio invadir seu coração. 

[...]

A menina Chloe estava de pé no centro da sala, sentindo todos os olhares sobre ela. Sorriu lembrando-se de relance de sua mãe, e aproximou-se do microfone. 

- Sou Chloe Martinez, filha de Martina Martinez. Muitos aqui não me conhecem - abaixou a cabeça, vendo Zayn sorrir reconfortante para ela e levantou novamente a cabeça - quando pequena fui separada da minha mãe, a mulher que me deu a vida. Uma família portuguesa me adotou. E ainda vivo em Portugal. Passei anos procurando por minha mãe, e há dois anos eu consegui encontrá-la. Ela era a mulher mais linda que eu havia visto em toda a minha vida, e era uma boa pessoa. Eu fiquei muito feliz, e quando nos encontramos pela primeira vez, segurei meu choro. Eu não queria que ela se assustasse. Mas eu a amava demais. Só que depois de um tempo ela parou de me ligar, mandar mensagens e perdemos novamente o contato. E há poucos dias recebi a notícia de que ela tinha me deixado - as lágrimas já dominavam seu rosto, assim como a maioria das pessoas naquela sala - mas eu a amo muito, e sei que aonde estiver, está olhando por nós. Ela sempre será minha heroína, não importa o que aconteça, sei que um dia iremos nos encontrar. Bom, me desculpem, mas é só o que tenho para dizer - um último soluço e saiu dali, recebendo um abraço de Zayn. E então Selena foi até o pedestal. 

- Me chamo Selena Gomez, e sou noiva de Zayn. Quando eu cheguei aqui, Tina me recebeu de braços abertos. Eu e meu noivo brigávamos muito, e nessas brigas eu sempre saía magoada, assim como ele. E Tina acompanhou tudo aquilo de perto. Sempre me aconselhou para que fizesse a coisa certa e estava lá para me ouvir reclamar, e enxugar minhas lágrimas. Tina foi como uma mãe pra mim. E eu a amo. E sempre vou amar. Que a justiça de Deus seja feita, e que ela encontre a paz - e então chegou a vez de Josh.

- Meu nome é Josh Devine e sou segurança do Zayn. Bom, eu nasci em família humilde e nunca conheci meu pai. Ele sumiu no mundo quando eu nasci. Minha mãe me sustentou muito bem até os 6 anos de idade, que foi quando ela descobriu um câncer. Debilitada não podia trabalhar, e meu pai nem sinal de vida. Muitas vezes ela deixou de comer para me alimentar. Nós sobrevivíamos de doações da igreja. Mas aí eu cresci, fiquei forte e fiz cursos de segurança e várias lutas. E quando vim trabalhar aqui na mansão Malik, eu estava magoado. Estava com o coração na mão por deixar minha mãe sozinha, mas era o único jeito de eu sustentá-la. Zayn era um homem fechado, pois a vida o fez assim. E então foi Tina quem me ajudou. Ela era tudo pra mim nessa casa. Martina era minha segunda mãe. A mulher que me amava e eu tenho certeza que faria de tudo para me ajudar. Hoje ela está em um lugar melhor, e eu a amo e espero que nos encontremos um dia - Josh saiu, abraçando Selena e foi a vez de Malik. Ele respirou fundo vendo o olhar de todas aquelas pessoas curiosas. Era o  discurso mais esperado da noite. 

- Bom, eu sou Zayn Malik, a maioria aqui deve me conhecer. Quando eu nasci, meus pais não puderam cuidar de mim. Passei boa parte da minha infância e a metade da minha adolescência morando com minha tia que me odiava por eu estar atrapalhando sua vida, mas era a única pessoa que podia cuidar de mim. Minha irmã veio morar comigo um tempo depois, mas eu não sabia que ela tinha câncer, então se foi - não podia revelar a verdade para todas aquelas pessoas - e foi aí que procurei Tina, que era amiga da minha finada mãe. Eu estava depressivo, usava drogas e queria que o mundo se lascasse. E ela me recebeu de braços abertos e nos mudamos para Atlanta. Então eu venci na vida, e não esqueci de quem me amou. Tina morava aqui comigo. Ela era minha mãe, minha melhor amiga, meu tudo. E eu a amava com todas as forças - Zayn tinha dificuldades para segurar as lágrimas, mas até agora estava conseguindo - eu faria o possível e o impossível por aquela mulher. Era tudo pra mim. Só ela entendia meu jeito grosseiro, meu comportamento bruto. Eu podia me estressar o dia inteiro, mas era só chegar em casa e ver o lindo sorriso de Tina que iluminava meu dia, que eu ficava bem. Se ela estava bem e feliz, eu também estava - e nesse momento já não prendeu mais o choro, e junto vieram os soluços - bom, ela era a mulher da minha vida, e se eu pudesse morrer em seu lugar, eu morreria... eu vou esperá-la, aonde estiver. Um dia vou voltar a ver seus olhos castanhos e sentir seu abraço acolhedor. Um dia... me desculpem, não posso continuar - saiu dali chorando e Selena e Chloe foram atrás, sendo acompanhadas por Josh. 

Parece que todos a amavam mais do que suas próprias vidas, e jamais alguém ocuparia aquele vazio em seus corações que foi deixado por uma mulher de um coração enorme e uma alma tranquila. 



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