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História De Fã para fã - 2013, Dezembro, 02


Escrita por: Idiomatica

Notas do Autor


Certo gente estou de volta (Eeee -n)


(PS: Obrigada aos que favoritaram. Eu não sei como escreve o nick de vocês! /apanha/ Mas fiquei muito feliz. Muito obrigada também aos que comentaram. )

Espero que gostem (/^o^)/
BOA LEITURA

Capítulo 3 - 2013, Dezembro, 02


 

Capítulo 3

40 dias antes...

 

2013, Dezembro, 02, Segunda-feira

 

 

O avião acabara de pousar no aeroporto Haneda. Ou Aeroporto Internacional de Tóquio.

Hayato Okumura, o subdiretor de imprensa da Phonetically Syndicalism Company, era um homem jovial e muito ambicioso, com um trabalho folgado, o qual basicamente se resumia em dar ordens. Recebia apenas quando seus chefes o mandavam acompanhar alguma banda em algum compromisso que pudesse surgir imprevistos. Sentia-se como fosse o chefe, mesmo que não tivesse direito, ética, ou competência para tal.

No momento ele se preocupava que todos os integrantes da banda permanecessem na limusine, cuidadosos, pois estavam em um aeroporto. Não seria interessante para ele se alguém os visse por ali e tivesse que dar explicações de porque um grupo de garotas entrava num carro majestoso daquele junto com os músicos. Quando todas as garotas já estavam reunidas na área de desembarque do aeroporto é que estas foram para o carro.

- Can welcome their invited Srs! – (Podem dar as boas vidas às suas convidadas Srs!)

- Thanks, Sr. Hayato. Watashitachi wa nihongo wo wakatteru. – (Obrigada Sr. Hayato. Nós entendemos Japonês.) Disse uma voz calma e gentil por trás da figura jovial do subdiretor.

A primeira a entrar fora Lana. Ela curvou a cabeça assim que se ajeitou no banco, recostada à outra porta. Falou escondendo o nervosismo com êxito.

- Onegai, Watashi wo yobidasu Konatsu. – (Por favor, me chame de Konatsu)

 Todos curvaram a cabeça para ela e logo em seguida a segunda se apresentou, sentou-se ao lado da primeira. Também curvara a cabeça.

- Léa desu. Hoshigaru nara wa, Erisa wo yobidasu. – (Sou Léa. Se quiser, me chame de Erisa.)

Uma terceira entrou mais irreverente e se apresentou. Depois curvou a cabeça.

- Hello minnasama! Watashi wa Valquíria toka Mayumi desu. – (Olá pessoal[respeitoso]! Eu sou Valquíria ou Mayumi.)

Logo em seguida, entrou uma pequena e magra, fechando aquele banco. Depois, outra corpulenta, que se denominou Giselle, sentou-se no banco ao lado. Um frigobar separava-a de Reita.

- Isabel desu... Anyone care to pinch myself after? –(Sou Isabel. Alguém se importaria de me beliscar depois?)

- I don’t believe that this is real. Giselle desu. – (Eu não acredito que isso é real. Sou Giselle.)

Hayato fechou a porta e se dirigiu ao banco da frente do passageiro. Em tom de ordem disse para que partissem. A limusine partiu. Começavam a falar que aquilo ainda parecia um completo sonho, ainda nervosas. Existia um comedimento e hesitação no ar.

Lana tinha pele parda e traços mestiços. Mas sua franja cobria parte do rosto e seu sorriso era nervoso, ansioso, estava quase escondido. Quase não falava. Deve ser quieta. Vulnerável. Deve estar com medo de estar aqui.

Léa também não falava muito. Era a mais velha entre as garotas e nem por isso mais alta. Segurava os pulsos com os ombros contraídos que a fazia parecer menor ainda. Nervosa. Frágil e fofa. Deve com medo que façamos algo...

Isabel tinha usava óculos retangulares e dois piercings no centro das bochechas. Inconscientemente mordia os lábios inferiores, apreensiva.  Deve ser fofo vê-la sorrir. Bem nervosa.

Giselle mostrava um sorriso efusivo. Retraída mas com um semblante que não deixava um pingo de vergonha à mostra. Confiante. Mesmo assim comportada, deve ter vindo de boa família.

Valquíria tinha um sorriso efusivo da mesma forma. Ao invés de ficar com ele estampado no rosto, ela sorria repetidas vezes. Ela gesticulava.  Animada. Sorridente. Sua vida deve estar uma maravilha agora.

Cada integrante inconscientemente analisou aquela que lhe era mais parecida. Erraram muitas coisas.

─ Demo... mondai ga arimasu. Nande watashitachi ga yobimashita? 
(Mas... tenho uma pergunta. Por que nos convidaram?) ─ Valquíria dizia.

Aquela pergunta pareceu pegar de surpresa, por um momento. Kai abriu um sorriso rápido e caloroso. Eles já estavam saindo de Ota, dirigiam-se a Shinjuku onde ficava o Keio Plaza Hotel Tokyo. O convite que a elas fora feito fora encoberto como prêmio de uma promoção armada, caso viesse a vazar a ida delas para lá.

─ We love our fans.
(Nós amamos de nossas fãs)

Apesar da vontade, ninguém riu. As palavras eram mais bonitas, do que o sotaque tinha graça.

─ It may not look it, but do not have much free time to get out there. It's different and a way to meet new people.
(Pode não parecer, mas não temos muito tempo livre para ficar saindo por aí. É diferente e um jeito de conhecer pessoas novas.) – respondeu Ruki.

─ But... We aren’t part of official club Heresy.
(Mas... Nós não somos parte do fã clube Heresy)  – Acrescentou Léa.

─ Well, and what is problem?
(Bem, e qual o problema?) – Indagou Aoi.

Inicialmente fizeram uma feição surpresa. Aoi quebrou aquilo com seu jeito de falar, inexplicavelmente charmoso. Cerrou os olhos de uma forma que nenhuma delas queria estar olhando para ele naquele momento. Um olhar sem chance de não dar calafrios. Charme demais... Era o pensamento conjunto delas.

 

≾≿

O Hotel era majestoso apenas de olhar do lado de fora. Um prédio tão alto que não se podia ver o topo. Na recepção, enquanto aguardava ser atendido você podia desfrutar da beleza do saguão. Um imenso arranjo de flores ficava no centro, abaixo de um imenso lustre de cristais, uma parede de espelho fazia o local parecer maior.

Os quartos que cada uma das cinco garotas ocuparia estavam dispostos como para qualquer outro hóspede no hotel. Já os deles tinham videogames e computadores que eles mesmos trouxeram. Não era o mais novo videogame, mas de mesmo modelo, no quarto de Uruha e Aoi. Estes dois juntaram-se em um quarto junto com Isabel, Konatsu e Valquíria. As outras preferiram assistir televisão com Reita. Ruki acompanhou. Hayato chamou Kai para uma conversa.

─ Kinou koko ni kimashita?
(Chegaram aqui ontem?) ─  perguntava Val.

─ Your room is different. ­
(Seu quarto é diferente.) ─ acrescentou Konatsu.

─ Uun. Oretachi no ie wa totemo tooi. Ore no. Uruha no.
(Sim, nossas casas são muito longes. A minha. Do Uruha.) ─ explicava Aoi.

─ Konatsu ne? Do you Speak Japanese? 
(Konatsu né? Você fala japonês?) ─ Uruha indagou calmamente.

─ Sukoshi dake.
(Só um pouco) ─ Respondeu ela.

Ela, como as outras, queria dizer também como era engraçado escutá-lo falando inglês.

─ Ato de geemu de asobimasuka?
(Posso jogar depois?) ─ Konatsu voltou a falar.

Uruha virou-se para ela e olhou Isabel e Aoi. 

─ Konatsu can play before. I don’t care.
(Konatsu pode jogar antes. Eu não me importo.) ─ Isabel falou dando de ombros.

─ Geemu wo erabu…
(Escolha o jogo) ─ Uruha disse. Notou a feição interrogativa de Isabel e tentou repetir em inglês com aquele sotaque asiático.

Ela escolheu um jogo que em sua capa tinha um personagem familiar. Era de um anime que ela tinha visto rapidamente, mas o nome não lhe veio à cabeça. Então os três começaram a jogar. Aoi e Valquíria ficaram atrás assistindo mais de longe.

Sentir ali a presença das pessoas, sentir que sua presença era agradável, transmitia um calor para Valquíria. Ela estava assistindo-os jogarem por alguns minutos. E como ria. Uruha mantivera o jogo em japonês. Havia a versão em inglês. Alguém ali ficaria sem entender totalmente jogando.

─ Isshou ni asobimasen ka?
 (Não vai jogar junto?) ─ indagou Aoi.

─ I would prefer a game of race. Ah... I don't know answer in japanese...
(Preferiria jogar algo de corrida. Ah, não sei responder isso em japonês) ─ respondeu simples.

─ De... kore dakara hitori de imasuka? 
(e... Por isso vai ficar sozinha?)

Ela deu de ombros.

─ Hitori de imasu ga suki?
(Gosta de ficar sozinha?)

─ Iie... Anata?
(não... Você?)

─ Suki dewa nai. Ruki... kirai. Minna ga suki.
(Não gosto. Ruki... Odeia. O pessoal gosta.)

Aoi riu no final. Sentou-se na poltrona ao lado da janela. Uma conversa sem compromisso começou. E ficou jogando uns 15 minutos mais sem perceber que o próximo jogador não percebia seu tempo passar, conversando. Ela citou Stella, que também era sua amiga virtual, e Aoi perguntou se ela não iria vir também para o show. Ah, Stella adoraria vir para o show, ainda mais se pudesse conhecer Aoi.

Uruha chamou Aoi para jogar, disse para jogar com Isabel.

─ Isabel to asobi. Geemu no reesu asobimashou, Ore ga katsu nara.
(Vou jogar com a Isabel. Se eu vencer, jogaremos um jogo de corrida.)

Aoi falou já se levantando. Agora aquele olhar mais um sorriso simpático. Valquíria  queria tirar uma foto daquilo e mandar para a amiga Stella.

Stella gostaria de ver esse sorriso, hn?

 

≾≿

Kai fora liberado da conversa com o subdiretor depois de pouco mais de 25 minutos. Sabendo já os quartos, subiu para o andar que eles estavam e foi ao quarto de Reita. Lá todos estavam vendo filme. Ruki o chamou, mas ele recusou, pois eles já tinham começado a ver atrasados, àquela hora já tinha se passado metade. Não curtiria o filme daquele jeito. Foi então para o quarto de Uruha.

Passando por um pequeno cômodo com um sofá simples, seguiu até chegar propriamente ao quarto. Uruha e Konatsu jogavam sentados na beirada da cama, com uma barricada de travesseiros por detrás. Isabel estava apoiada nesta, as duas mãos seguravam a cabeça para não cair entre os dois. Na ampla janela aberta por alguns dedos, Val ocupava a beira de outra cama de solteiro – grande o suficiente para acomodar um casal. Aoi já se levantava da poltrona que tinha em frente à janela. Não era um quarto demasiado grande, mas em muito confortável. Na troca de jogares o moreno passou para o outro lado do quarto. Notou um livro ao lado dela, grosso e de capa azul, fechado.

─ Yomu?
(Vai ler?)

─ Kai-san kita dakara, yomu dewaarimasen yo. 
(Porque o Sr. Kai chegou, não vou ler.) ─ e mostrou um sorriso.

─ Minagara, hanashimashouka?
 
(Que tal conversarmos enquanto assistimos?)

─ Uun, Aoi to hanashimashita. Kai to hanashimasu mo
 
(Sim, conversei com Aoi. Vou conversar com o Kai também)

Ele mostrou um sorriso fechado rapidamente e falou:

─ Ah, 'Kai' tte. Kono mama...
(Ah, você disse 'Kai'. Desse jeito...) ─ ela o interrompeu.

─ Kono mama wo yobu no koto ga suki dewa nai.
(Não gosto de chamá-lo desse jeito) ─ Ela falou e fez um bico depois, parou e riu.

Ele riu então concordando.

─ Yutaka, Uke... Nanra suki nara...
(Yutaka, Uke, ... O que preferir) ─ ele juntou as mãos batendo palma uma vez e sentou-se ao lado dela sorrindo.

 


Notas Finais


O hotel existe. O bairro também. O aeroporto também. Desculpem-me os errinhos!

Se ficar estranho de entender... 'H' se lê como 'RR' e o 'CH' como 'T', isso quando escrevo em japa :3

Eeee... Obrigada por ler!


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