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História De repente irmão - Itachi, o enfermeiro


Escrita por: Evil_Queen42

Notas do Autor


Estou de volta!
Vamos ver como Itachi se sai cuidando de uma criança doente? Kkkkkk
Boa leitura.

Capítulo 9 - Itachi, o enfermeiro


Entrei no meu quarto para dar o remédio para meu querido irmãozinho, quem sabe assim esse pirralho melhore logo e me deixe ir fazer minha prova durante a tarde... Cacete, não posso nem estudar com ele doente!


Entrei no quarto, acendi a luz e vi o garoto todo enrolado no lençol, parecendo uma bolinha, tremendo de frio. Caramba, Itachi, seu irmão está com febre e você o deixa no quarto com o ar ligado na temperatura de 16°, ainda por cima com um lençol fino? Sou um irresponsável.


– Sasuke. - Chamei, desligando a central de ar - Tá acordado?


– Hã? - Falou com a voz manhosa, ele está mais dormindo do que acordado - Itachi?


Pobrezinho, ele está batendo os dentes de frio... Como eu pude ser imbecil a ponto de deixar um garoto com febre no frio? Eu deveria ter colocado a central pra ventilar, e, claro, numa temperatura um pouco mais alta.


– Eu trouxe remédio pra você. - Falei e ele me olhou, está todo enroladinho no lençol - Senta pra poder tomar.


– Tô com frio...


– Eu sei, mas você precisa tomar o remédio pra melhorar. - E pra eu poder ir fazer minha prova. Eu preciso fazer essa prova!


Sasuke se sentou, ainda todo enrolado no lençol, e fez uma cara de nojo quando me viu pingar algumas gotas do remédio num copo de vidro com um pouquinho de água. Eu poderia pingar as gotas numa colher, mas sou um ser humano desastrado, ou seja, o remédio facilmente seria derramado na minha cama.


– Não tem comprimido? - Questionou.


Cacete, o moleque está ardendo em febre, não está em condições de exigir muita coisa!


– Fui na farmácia e só tinha em gotas. - Respondi, entregando o copo para ele - Bebe.


– Não quero. - Colocou as mãos sobre a boca. Puta merda, vou ter que aguentar manha agora? Não tenho paciência!


– Anda, garoto. - Insisti, tentando tirar paciência sabe lá de onde - Vai fazer bem pra você.


– É ruim...


Calma... Calma... Ele está doente, tenha paciência, isso vai passar... O garoto não está se sentindo bem, Itachi, releve as frescuras dele...


– Sasuke, tampa o nariz e toma num gole só. Você nem vai sentir o gosto. - Insisti mais um pouquinho, me controlando pra não quebrar esse copo de raiva.


– Não...


Esse moleque tá testando a minha paciência, eu vou segurar ele e dar essa porcaria à força!


– Sasuke... - Falei em tom de ameaça - Você não é mais uma criança pequena, tem consciência de que está doente e o remédio vai te ajudar a melhorar.


– Eu quero comprimido.


– Eu já falei que a porra da farmácia não tinha o caralho do comprimido! - Esbravejei entre dentes. Esse moleque conseguiu me tirar do sério.


– Dá pra parar com os palavrões? Eu agradeceria.


– Desculpa aí, tímpano de seda... - Ironizei com deboche - Foi mal se a donzela não pode ouvir um palavrão.


– Idiota. - Bufou, cruzando os braços em frente ao corpo - Custava ter ido em outra farmácia?


– Sasuke, para com essa manha e toma o remédio! - Mandei, imaginando a linda cena da minha mão dando umas palmadas nessa criatura petulante.


– Não quero. A dor é minha, então me deixa.


Cacete, se esse infeliz não melhorar eu não vou poder fazer minha prova!


– Toma o remédio. - Bufei de raiva, me aproximando do garoto que arregalou os olhos com medo.


Posso ter sido um pouquinho rude, mas não tenho paciência pra frescura, sem contar que o Sasuke já não tem mais cinco anos de idade.


Segurei na boca dele, forçando um pouco para abrir, mas o Sasuke começou a espernear e quase me deu um chute, a sorte foi que eu me afastei a tempo.


– Você ia mesmo me forçar a tomar? - O garoto questionou assim que eu me afastei dele.


– Foda-se, Sasuke, se não quer tomar, então não toma! - Bradei - Fica aí com febre, mas depois não venha reclamar.


Saí do quarto puto de raiva e joguei o remédio na pia da cozinha.


Sasuke acha que eu sou o que pra ficar aguentando as frescuras dele? Não tenho paciência pra manha de moleque mimado!


O problema é que essa praga não vai melhorar tão cedo e eu preciso fazer minha prova... Cacete, acho que um cachorrinho daria menos trabalho do que ele. Só sei que, depois dessa experiência, jamais terei filhos.


Só alguém pode me dar um conselho nesse momento, minha namorada. Peguei o celular, puxei o contato dela e fiz a ligação. Por sorte ela atendeu rápido.


– Oi, amor. Que foi, o Sasuke piorou? - A pessoa atende o telefonema do namorado e já vai perguntando pelo cunhado... Tá certo que o moleque está adoentado e a Izumi é estudante de medicina, mas eu, como digníssimo namorado, deveria vir sempre em primeiro lugar.


– Oi, amor, eu estou bem, viu? - Ironizei e escutei uma risada vinda dela - Escuta, o pirralho não quis tomar o remédio, o que eu faço?


– Se eu bem te conheço, você com certeza perdeu a paciência e deu uns gritos. - Nem é pra tanto... - Itachi, tenta dar o remédio.


– Mas ele se recusa a tomar!


– Ai, minha nossa... Bem, faz alguma coisa pra ele comer, ele tem que se alimentar bem e se manter hidratado.


– Mereço... - Murmurei.


– Itachi! - Até afastei o celular do ouvido após o berro que a Izumi deu - Você é o adulto, não se esqueça. Cuide direito do seu irmão, ele está doente, então tenha paciência com ele. Ficar gritando não vai resolver nada, se ele se recusar a tomar o remédio, insista com calma, vai tentando aos poucos até ele tomar.


Ter paciência, insistir com calma e ir tentando aos poucos... A única vez que eu fiz isso foi quando a Izumi perdeu a virgindade comigo. Não sou uma pessoa paciente e não nasci pra ser enfermeiro!


– Izumi, isso é demais pra mim... - Suspirei pesadamente - O Sasuke é manhoso demais, fica com frescura pra tomar o remédio...


– Itachi. - Ela me interrompeu - O Sasuke está doente, ele com certeza sente dores pelo corpo e isso não é agradável. Seja paciente com ele.


– Se ele sente dores, então por que simplesmente não toma a porcaria do remédio?


– Ele é uma criança! - Izumi falou já sem paciência comigo - Itachi, seja paciente com ele. Eu sei que você perdeu a cabeça e com certeza gritou com ele. - Ela me conhece super bem - Poxa vida, o Sasuke é seu irmão, custa tratar ele com um pouco mais de carinho?


Eu já deveria saber que Izumi me daria um sermão... Além de estudante de medicina, ela é louca por crianças e eu já tô até vendo que agora o Sasuke vai virar o xodó dela.


– Ok, você venceu. - Soltei um longo suspiro - Serei um exemplo de irmão enfermeiro, tudo bem?


– Melhor assim... - Falou desconfiada.


– Beijos, te amo.


– Até mais, amor... Te amo.


Respira, inspira, respira, inspira... Não pira, Itachi, seja um bom irmão e um orgulho para a sua namorada.


Abri a geladeira pra ver o que tem. Vejamos... É, não tem nada que sirva para um enfermo, então acho que o melhor a fazer é preparar uma sopa.


Peito de frango, macarrão, batata... É, acho que dá pra fazer.


Desfiei o peito de frango, quebrei o macarrão em pedaços pequenos e deixei as batatas cozinharem até o ponto de desmancharem quase completamente, assim o caldo da sopa não fica aquele negócio ralo.


Provei a sopa quando já estava pronta, ficou gostosa e bem temperada; Fiz uma quantidade boa, dá para ele comer no almoço, na janta e ainda vai sobrar um pouco pra congelar e comer amanhã.


Sou prevenido, afinal, qual é a necessidade de fazer comida todo dia?


Coloquei uma quantidade da sopa num prato, peguei uma colher e fui levar a comida para o adoentado no quarto. Chegando lá, Sasuke ainda estava deitado na cama e enrolado no lençol, mas pelo menos não estava mais dormindo e nem batendo os dentes de frio.


– Você deve estar com fome. - Falei, entrando no quarto com a sopa - Fiz pra você.


Ele continuou deitado e me encarou desconfiado. Gente, que garoto difícil de lidar!


Fui gentilmente entregar o alimento à ele, entretanto, sou a encarnação do desastre e acabei tropeçando em nada. Isso mesmo, não tropecei em porra nenhuma, eu simplesmente caí feito um mané.


O problema foi que a sopa quente caiu no Sasuke e também caiu na minha cama... Caralho, minha cama!


– Ai, Itachi ! - O pirralho berrou.


– Sai daí, porra! - Sem nem pensar, simplesmente empurrei o garoto da cama e tirei todos os lençóis de cima dela. Pelo menos não sujou meu colchão.


– Seu idiota. - Resmungou com a voz chorosa, levantando-se do chão - Você é louco.


– Ih, foi mal. - Cocei a nuca, completamente sem graça. Meu desespero foi tanto na hora, que, quando me dei conta, eu já tinha empurrado o garoto no chão - Foi um ato involuntário, desculpa.


Poxa, derrubei a minha sopinha que estava tão gostosa... Pelo menos não tinha muito no prato, pro caso do Sasuke estar sem apetite.


– Isso estava muito quente.


– Você também está quente, então não faz muita diferença. - Dei de ombros.


– Você é um imbecil. - Bufou, tirando a camisa antes de limpar o próprio peito sujo de sopa com ela - Isso queimou.


Coloquei lençóis limpos sobre a cama, aproveitei e dei um edredon para o Sasuke, uma vez que ele estava tremendo de frio anteriormente. O garoto só teve o peito e a barriga sujos de sopa, então limpou tudo assim que tirou a camisa.


Peguei a roupa de cama que sujou, assim como a camisa de Sasuke, peguei também o prato vazio e a colher que tinha levado para ele tomar a sopa que acabou caindo acidentalmente sobre si.


Depois de jogar as roupas na máquina de lavar, fui até a cozinha e coloquei mais um pouco de sopa para meu irmão bichado, digo, doente. É claro que dessa vez fui andando com muito cuidado até o quarto, tudo para evitar outro acidente.


– Deixa que eu pego. - Sasuke deu um pulo da cama, nem pareceu estar doente, então pegou o prato das minhas mãos - Não quero ser queimado novamente.


Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, então com certeza a sopa não cairia duas vezes no Sasuke.


O pirralho, mesmo doente, estava comendo direitinho e isso é um bom sinal, significa que está melhorando.


– Sasuke, você melhorou? - Questionei, com um fiozinho de esperança.


– Não muito. - Respondeu, arrebentando meu fiozinho de esperança - Minha cabeça ainda dói.


Encostei a mão na testa dele, realmente está bem quente. Merda, por que esse moleque não toma logo o remédio pra essa porcaria dessa febre abaixar?


Eu tenho prova daqui a pouco!


Deixei o pirralho comendo no quarto e fui para a cozinha, peguei uma lasanha congelada e coloquei no microondas.


Que foi, acharam que, com lasanha em casa, eu iria tomar sopinha?


Comi que fiquei triste... Nossa, como lasanha é bom!


Coloquei numa vasilha a sopa que sobrou e pus no congelador, ainda tem bastante, à noite dá pro Sasuke jantar.


Olhei a hora no meu relógio de pulso; A não ser que um milagre aconteça, eu não vou poder fazer a minha prova hoje... Obrigado, Sasuke, vou precisar fazer uma prova substitutiva que vai substituir a minha menor nota do semestre, no caso, a que eu vou perder e que consequentemente vou ficar com zero, já que eu só posso fazer segunda chamada se tiver um atestado médico comprovando que eu estava impossibilitado de comparecer à prova.


É, fodeu! 


Voltei para o quarto e vi que Sasuke já estava dormindo novamente, enrolado no edredon e abraçado com o travesseiro. O prato vazio estava sobre o meu criado mudo, assim como a colher.


Pelo menos ele comeu tudo, o que é bom, já que Izumi disse que ele precisa se alimentar direito.


Resolvi tentar dar o remédio mais uma vez, então repeti o processo: Coloquei as gotas num copo de vidro com um pouquinho de água, mas dessa vez levei outro copo cheio de suco para ele tomar após o remédio.


– Sasuke. - Chamei, colocando ambos os copos ao lado do prato vazio no criado mudo. Ah, depois eu levo tudo junto pra pia - Sasuke, acorda. - O sacudi levemente e ele resmungou alguma coisa incompreensível - Cara, acorda aí.


– Me deixa dormir. - Falou com a voz manhosa, fazendo uma careta - Eu já comi, agora me deixa dormir.


Sasuke acordou rápido até demais. Acho que ele tinha acabado de pegar no sono.


– Não senhor, acorda! - Mandei.


– Não quero.


Suspirei pesadamente, toquei em sua testa e a temperatura está alta, então peguei o termômetro que comprei e coloquei no garoto que permanecia deitado. Esperei um tempinho e retirei o objeto assim que ele apitou.


– 38°. - Suspirei - Tá alta. - Encarei o pirralho que parece grogue de sono - Senta.


– Pra quê? - Resmungou.


– Pra tomar remédio.


– Não quero tomar remédio.


– Mas precisa. - Falei sério, pois preciso botar moral nessa bagaça - Vamos, senta aí, toma o remédio, depois você dorme de novo.


– É ruim.


– Olha o que eu trouxe pra você. - Lhe mostrei o copo com suco - Você engole o remédio rapidinho, aí você toma o suco pra passar o gosto.


– Não vai passar o gosto. Esse remédio é muito amargo, eu prefiro ficar com dor.


Não vou negar, compartilho do mesmo sentimento. O povo que fabrica esses remédios deveria pensar em quem compra, pois eles têm o gosto realmente horrível e eu, assim como Sasuke, prefiro ficar com dor de cabeça e no corpo se tiver que tomar esse remédio horrendo. Só que ele precisa melhorar logo, então precisa tomar a porcaria do remédio, será que ele não entende?


– Vamos lá. - Insisti, calmo e paciente, como a Izumi mandou - Toma com um gole só, depois toma o suco, se o gosto não passar eu te dou um doce.


– Não quero.


– Você quer melhorar, não quer?


– Itachi, eu só quero dormir. - Implorou - Enquanto eu tô dormindo não estou sentindo dor.


– Mas a sua febre vai ficar subindo se não for controlada. - Expliquei - Vamos lá, tampa o nariz e manda o remédio pra dentro.


– Não.


Relaxa, Itachi, relaxa... Lembra do que a Izumi falou, ele está doente e é só uma criança...


Espera! Ele é uma criança!


Porra, como não pensei nisso antes?


– Ok, você venceu. - Coloquei o copo sobre o criado mudo e levantei as mãos em sinal de rendição - Então vai vestir uma camisa e calçar alguma coisa.


– Pra que? - Ele ficou curioso... Ótimo.


– Ué, vou te levar pro hospital. - Falei como se fosse óbvio.


– Só porque eu não quis tomar um remédio?


– Você vai ter que tomar por bem ou por mal. - Sorri vitorioso - Escolhe como você quer o remédio: via oral ou injeção? - Sasuke ficou calado, me encarando com a cara emburrada - Hein? Quer tomar pela boca ou pela veia?


– Eu tomo o remédio. - Murmurou com raiva.


Itachi wins!


Ah, eu deveria ter pensado nisso antes. Se quiser assustar uma criança, diga que vai levá-la ao hospital pra tomar injeção, sempre funciona.


Entreguei o copo com remédio para o garoto e ele ficou por alguns segundos encarando o líquido amarelado; Fechou os olhos, prendeu a respiração e tomou de uma vez.


Levou uma mão até a boca, parecia enjoado. Eu peguei o copo vazio para lhe dar o copo com suco, mas ele sequer pegou.


– Sasuke, engole o remédio. - Falei, pois parece que ele ainda não engoliu - Pelo amor de Deus, não vai...


Antes que eu terminasse de falar, Sasuke vomitou o remédio e a sopa em cima da minha cama. Puta que pariu, vou matar esse moleque.


– Desculpa. - Falou com as mãos sobre a boca e com o corpo todo vomitado, assim como a minha cama e os lençóis limpos que eu achei de colocar.


Só eu sei como lutei contra a vontade de esfregar a cara dele no vômito.


– Levanta... Dessa... Cama... Agora... - Mandei, tremendo de raiva e me controlando pra não dar na cara dele.


Sasuke assentiu e levantou da cama para que eu, mais uma vez, trocasse a roupa de cama; Entretanto, o garoto ficou um pouco tonto e se escorou na parede - ainda bem que não sujou, ou seria mais uma coisa pra eu limpar -, foi se sentando lentamente e abaixou a cabeça, como se sentisse um mal estar.


Tirei os lençóis e os coloquei na máquina de lavar junto com os que sujaram de sopa, novamente pus tudo limpo na cama, com exceção das fronhas dos travesseiros. Olhei para o garoto e ele continuava na mesma posição, me deu até dó.


– Ei. - Chamei, me aproximando dele - Levanta daí.


– Minha cabeça tá latejando... Tô um pouco tonto...


– Você precisa é de um banho. - Segurei em seu braço para ajudá-lo a se levantar - E um banho de água fria.


– Não, água fria não. - Ele paralisou na hora, mas eu sou mais forte, então ele vai me acompanhar por bem ou por mal.


– Anda logo. - Continuei puxando a criatura até entrarmos no banheiro - Anda, tira a roupa. - Mandei enquanto ajustava o chuveiro elétrico para sair água fria.


– Não vou. - Que garoto teimoso! Não podia ser menos mimado? Eu agradeceria demais.


– Sasuke, somos homens. O que você tem eu também tenho.


– Dá licença. - Falou irritado.


Sei que ele vai colocar novamente na água morna se eu deixá-lo sozinho. Sasuke acha que eu sou idiota, só pode.


– Não. Não dou!


Ele fechou a cara.


Suas bochechas adquiriram um tom mais rosado, assim como seus lábios, parece até que ele passou maquiagem, mas é tudo resultado da febre alta.


– Então não vou tomar banho.


– Vai ficar sujo, é? - Arqueei a sobrancelha - Vamos, a água nem tá tão fria. - Liguei o chuveiro e pus a mão em baixo da água que caía - Tá gostosa.


Realmente não está tão fria, pois fiquei com dó dele e resolvi deixar a água mais natural.


– Eu não ligo.


– Sasuke... - Já irritado, puxei o bebê de Rosemary pelo braço e o joguei em baixo do chuveiro - Pronto! Morreu?



– Idiota! - Ele se encolheu no cantinho - Por que fez isso?


– Porque você estava me desobedecendo. - Respondi, puxando ele pra água novamente e ouvi um resmungo, mas nem ligo, é melhor pra ele - Agora passa sabonete pra tirar o cheiro de vômito e tira essa calça e as meias.


– Não, Itachi! - Ele tentou me empurrar, mas eu, como sou mais forte, segurei seus braços - Para com isso! Tá muito frio. Eu quero sair!


A água não está tão fria, mas imagino que pra quem está com febre deve ser quase uma tortura. É verdade, estou com o coração doído de ter que fazer isso com o Sasuke, mas não tem outro jeito, sem falar que ele está sujo.


– Colabora, Sasuke.


– Argh, larga meu braço! - Bradou - Me solta!


Ah, eu não vou deixar uma criatura de um metro e meio gritar comigo.


– Fica quieto! - Vociferei, apertando seu braço com um pouco de força, mas sem machucá-lo - Eu não tô fazendo isso pro seu mal, cacete! Eu sei que é ruim, eu também já tive febre, sabia? Você tá agindo feito uma criança mimada, dá pra parar de fazer isso?



Não me controlei, acabei gritando com ele. Poxa vida, o Sasuke me tira do sério às vezes.


– Solta o meu braço. - O menino falou com raiva e puxou o próprio braço, mas continuou em baixo do chuveiro. Ele tirou as roupas molhadas, pegou o sabonete e começou a passar pelo corpo - Será que agora você poderia me dar licença? - Questionou com raiva.


Pra não mandar esse garoto ir se foder por estar falando desse jeito com uma pessoa que está se esforçando para ajudá-lo, peguei as roupas molhadas e coloquei no cesto de roupa suja, depois peguei o rodo e saí do banheiro.


Acham que eu deixaria o rodo ali? Óbvio que não, pois sem o rodo não tem como o Sasuke mudar a temperatura da água, já que ele não alcança o chuveiro.


Me joguei no sofá, pois estou exausto; Nunca pensei que fosse tão difícil e cansativo cuidar de um garoto doente. Se bem que o problema maior nem é o fato de que o Sasuke está doente, mas sim o fato de que ele é uma pessoa difícil de lidar. Não nega ser filho de Fugaku Uchiha mesmo.


Só que ele demorou... Demorou muito e eu comecei a ficar preocupado, então me levantei e fui até o banheiro. Nem bati na porta antes de entrar.


– Sasuke? - Chamei, mas o garoto não respondeu - Mano?


Abri o box e o vi sentado no chão, encolhido num cantinho.


– Não tô bem... - Ele falou baixinho.


Calma, Itachi, calma...


Minha nossa, e se o Sasuke morrer? Fiquei com o garoto por alguns dias e já serei acusado pela morte dele... Bem, talvez seja só fraqueza, já que ele vomitou, então tecnicamente não comeu nada.


É fraqueza, com certeza é fraqueza.


– Vem comigo. - Fechei o chuveiro e o ajudei a se levantar, depois peguei a toalha e lhe entreguei para que ele pudesse se enxugar - Veste uma roupa quente, você vai melhorar.


Ele assentiu.


Sasuke foi pro quarto onde estão as coisas dele, logo saiu com uma calça de moleton verde musgo, uma camisa branca de mangas compridas e um par de meias também brancas.


– Sasuke, você não deveria ter molhado o cabelo. - Repreendi o rapazinho que passava a toalha branca nos cabelos para secá-los.


– Quem foi que me jogou em baixo do chuveiro? - Ah, é, fui eu...


– Foi mal. - Sorri sem graça - Mas você ficava frescando pra entrar.


– Eu estava morrendo de frio. - É, preciso relevar isso.



Me aproximei do garoto e peguei novamente em sua testa. O resultado do banho me deixou feliz.


– Sua febre abaixou. - Sorri - A tortura valeu a pena?


Sasuke levou a mão até a própria testa.


– É... Valeu.


– Tá com fome?


– Um pouco.


Ele foi até a cozinha e logo voltou com um copo de leite nas mãos, foi para o meu quarto e me largou sozinho na sala. Acredito que ele esteja com sono e que vá dormir bem rápido.


A minha prova já era, pelo menos o Sasuke melhorou um pouco. Só espero que amanhã dê pra eu assistir minhas aulas.






Notas Finais


Comentários?
Bjs♡♡♡


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