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História De repente irmão - Pessoas preciosas


Escrita por: Evil_Queen42

Notas do Autor


Olha quem voltou!♡
Boa leitura.

Capítulo 15 - Pessoas preciosas


Izumi, Itachi e eu fomos até as baias, onde estão alguns cavalos. Sinceramente, eu nunca montei em um e espero não levar uma queda, pois não confio muito no Itachi e também não estou com um bom pressentimento sobre isso. 


Chegando lá, vimos dois cavalos já com sela - Itachi pediu para que alguém colocasse selas nos cavalos -, um é meio amarelado e o outro é meio mesclado de cinza... Enfim, são dois cavalos muito bonitos.


– Izumi, você vai ficar com o Aquiles e o Sasuke e eu ficamos com o Luke. - Disse Itachi e Izumi assentiu. 


– Espera aí, quem é o Aquiles e quem é o Luke? - Questionei. Espero que ele tenha escolhido o mais manso pra mim, mas já me sinto um pouquinho mais seguro só de saber que não vou montar num bicho desses sozinho. 


– Esse é o Aquiles. - Itachi passou a mão na cabeça do cavalo amarelado - É um belo Alazão Amarilho, não acha?


Não entendi porcaria nenhuma do que o Itachi disse.


– Alazão Amarilho seria a raça? - Perguntei confuso e Itachi revirou os olhos. 


– Misericórdia. - Ele bateu na própria testa - Eu tô falando da pelagem.


– Sasuke. - Izumi começou a rir da cara de desgosto do meu irmão - Não liga, o Itachi é um apaixonado por cavalos e sabe basicamente tudo sobre eles.


 - Eu pensei que fosse tudo a mesma coisa. - Dei de ombros - Pra mim, eles tinham pelo apenas branco, preto, marrom ou pintado. 


– Esse moleque não pode ser meu irmão. - Murmurou - Escuta, Sasuke, existem diferentes tipos de pelagem de cavalos, esse aqui... - Dessa vez ele pegou no cavalo meio cinza, obviamente que esse é o Luke - é um Lobuno. Particularmente, acho esse tipo de pelagem muito bonita e leva esse nome justamente porque lembra a pelagem dos lobos. 


– Eu não sabia que você era da área das agrárias. - Comentei, fazendo Izumi rir. 


– Eu sou de exatas, tá?! - Bufou - Mas amo cavalos. 


– Tanto faz... - Revirei os olhos - Não vejo muita diferença nesses cavalos e, sinceramente, o único que acho bonito é um todo pintadinho, parece um Dálmata. 


Não sei por que, mas a Izumi caiu na gargalhada e Itachi me olhou como se quisesse me matar. 


Desculpa se eu não fui criado no meio desses bichos e não sei a diferença entre um Alazão e um Lobuno. 


– Cavalo Dálmata é a tua fuça. - Disse Itachi - Você provavelmente está falando do Appaloosa, não é?!


– Sei lá. - Respondi - Essa é a pelagem dele?



– Não, agora estou falando da raça. - Meu irmão me olhou com uma cara de "Eu desisto de você" - Bem, pelo menos você já viu um cavalo na sua vida, nem que seja pela televisão...


Na verdade já fiz uma pesquisa sobre Cavalos na escola em que eu estudava em Suna, mas era mais sobre anatomia e não sobre raças ou pelagem. Daí eu precisei de algumas imagens para o trabalho também, então pesquisei no Google e encontrei algumas; A imagem que escolhi para a capa do trabalho foi justamente do cavalo Dálmata, digo, do Appaloosa. 


– Na verdade eu também já vi um feioso que tem o pescoço parecendo um cisne... - Comentei, levando meu dedo indicador até o queixo. 


– Sasuke, se você estiver falando do Puro-Sangue Árabe, eu vou te matar. - Ué, falei alguma coisa de errado? O cavalo é feio mesmo, parece um mutante - Aquele cavalo é lindo! 


Acho que alguém aqui precisa rever seus conceitos sobre beleza...


– Não é não. - Retruquei. 


– Vamos parar de brigar por causa de cavalos, sim? - Izumi nos interrompeu antes que começássemos a nos estapear por causa dos cavalos. Como é que alguém pode gostar desses bichos? - A gente veio aqui pra se divertir, não pra brigar. 


– Tudo bem. - Itachi falou rendido enquanto que Izumi subia no tal Aquiles - Vamos, Sasuke, sobe no Luke. 


O qu ? Ele tá doido ou o que? Se esse bicho não for com a minha cara, me derrubar e inventar de pisar em mim eu tô ferrado. 


– Sobe primeiro. - Falei, morrendo de medo de subir sozinho nesse cavalo.


– Eu vou te ajudar a subir, pau no cu! - Itachi falou um pouco nervoso e sem paciência - Você sobe e eu subo depois. 


– Tá bom, tá bom... - Concordei antes que meu irmão me batesse. Acho que ele ainda está com raiva porque eu falei que acho o tal Puro-Sangue Árabe feio... Dane-se, ele é feio mesmo. 


Tomei coragem, respirei fundo e tentei subir no cavalo - claro que da forma mais desajeitada e desengonçada possível -, mas o Itachi me ajudou. Quer dizer, ele praticamente me colocou em cima do cavalo, mas eu não tenho culpa se esse bicho é alto. 


Depois que eu já estava seguro em cima do bicho - quer dizer, talvez não tão seguro -, Itachi também subiu e segurou nas rédeas. 


– Não se preocupa. - Ele falou, provavelmente percebeu que eu estou com um pouquinho de medo - Eu tô te segurando, daqui você não cai. 


– Tá bom. - Assenti - Mas, se esse bicho começar a correr demais, você puxa o freio.


– Tá bom. - Itachi riu alto - Eu puxo o freio, Sasuke. - Ele pegou as minhas mãos e levou até as rédeas - Segura aqui. 


– Tudo bem. 


– E não precisa ficar com medo. - Disse Izumi - O Luke é super manso e tranquilo, você não vai cair. 


Assim espero. 


O cavalo começou a andar e eu logo fui perdendo o medo, realmente é tranquilo demais e o Luke nem tá correndo. 


Acho que o Itachi acharia super de boa se o cavalo estivesse correndo, mas evitou fazer isso por minha causa e o Luke não andou muito rápido. 


Também conhecemos toda a fazenda. É até bem grande e bonita, tem uma cachoeira que parece muito legal e o Itachi disse que vamos tomar banho lá amanhã mais cedo, pois está ficando tarde e a água deve estar bem fria agora, então é melhor deixar pra amanhã mesmo. 


Voltamos para as baias, acho que perdi mais o medo que senti quando dei de cara com esses cavalos. Devo confessar que esse passeio foi ótimo. 


Izumi e Itachi desceram dos cavalos, mas quando chegou a minha vez e eu olhei pra baixo, juro que vi um abismo. 


– Vem. - Itachi esticou os braços para que eu descesse, como se fosse me pegar no colo, mas quem disse que eu confio?


– Eu vou cair. - Falei amedrontado, segurando firme nas rédeas. 


– Eu te seguro, Sasuke. - Ele respondeu, ainda mantendo sua paciência que é bem curta. Daqui a pouco ele já tá me dando grito. 


– É muito alto... E se você não aguentar me segurar e me deixar cair?!


– Puta que pariu, Sasuke! - Não falei que ele ia me dar grito? O Itachi já me é bastante previsível - Eu aguento segurar você, não precisa ter medo, é só descer.


– Sasuke, tenta descer sozinho, o Itachi só te apóia pro caso de você perder o equilíbrio. - Izumi falou docemente como sempre fala. 


– Você não vai ficar aí pro resto da vida, uma hora vai ter que descer. - Odeio admitir, mas o Itachi tem razão. 


– Tá bom então. - Assenti, tentando tirar coragem sabe lá de onde. 


Tive que confiar no Itachi e descer do bendito cavalo, ele não me pegou no colo, apenas me apoiou enquanto eu descia sozinho. Infelizmente eu acabei me desequilibrando, até porque o Luke é bem alto, e o Itachi bobeou, não me segurou como devia segurar e eu acabei caindo de bumbum no chão. 


Sim, doeu pra caramba. 


– Itachi, segura direito o menino! - Izumi berrou. Bem, agora já não adianta mais segurar, pois eu já estou jogado no chão feito uma jaca podre. 


– Sasuke, eu pensei que você soubesse calcular a altura do cavalo e a sua. - Itachi falou um pouco preocupado, me levantando do chão - Como é que você se joga desse jeito? 


– Eu pensei que você fosse me segurar, seu inútil. - Rosnei fervendo de raiva, quase que com lágrimas nos olhos, tentando ficar de pé decentemente mesmo com a dor que estou sentindo. 


– Machucou muito? - Perguntou o irmão mais inútil que um ser humano poderia ter.


Imagina, eu caí no chão, acho que vou ficar uns três dias sem conseguir sentar direito, mas não machucou não... 


– É lógico que machucou! - Bradei, me segurando pra não chorar - Tá doendo... 


– Vai já passar... Itachi, carrega ele até a casa - O que seria de mim se não fosse a Izumi? 


– Eu? - Arregalou os olhos. É claro que é ele, por acaso tem algum outro Itachi aqui?


Meu irmão não me segurou como tinha dito que ia segurar, me deixou cair no chão, agora estou com dor e ainda por cima sujo, ele tem obrigação de me levar até a casa. 


– Claro que é você! - A moça gritou, colocando moral no negócio... É assim que eu gosto de ver - O menino tá aí com dor, leva ele até a casa, não custa nada. 


Itachi resolveu ceder e me levou nas costas até a casa. Pelo menos me poupou de ir andando com dor, pois eu ficaria mancando e isso não seria legal. 


Deus me livre, parece até o dia em que eu tomei duas injeções e saí do hospital mancando por causa da dor, ainda lá em Suna. Cruz credo, aquilo deveria ser proibido. 


Fui colocado no chão assim que chegamos na casa, não sinto mais tanta dor, mas ainda estou imundo. Obrigado, Itachi. 


– Vai tomar um banho. - Meu irmão falou enquanto estávamos na varanda, tirando os calçados sujos para não sujar a casa. 


Não pensei duas vezes, peguei uma toalha que o Itachi colocou na minha mala e fui direto para o banheiro. 


A água morna foi um excelente relaxante, era disso que eu estava precisando. Demorei o máximo possível, aproveitando essa água deliciosa. Por incrível que pareça, o chuveiro não é elétrico, mas a água não está saindo fria, acho que é porque o sol estava bem forte durante a tarde inteira. 


Após o banho, enrolei a toalha em volta do quadril e senti um frio medonho no momento em que abri a porta e o vento bateu no meu corpo. Está ficando tarde, consequentemente está esfriando, ainda bem que tomei banho agora ou então teria que aguentar a água fria. 


Fui correndo para o quarto e então abri a mala para procurar por uma roupa. Peguei uma calça de moleton preta e uma camisa cinza, mas quem disse que eu encontrei cueca?


Eu devia saber que o Itachi ter arrumado a minha mala sozinho não daria em coisa boa. Aquele traste esqueceu das minhas cuecas!


Saí do quarto bufando de raiva e fui procurar pelo inútil, o encontrei agarrado com a Izumi na cozinha enquanto que ela tentava fazer alguma coisa para o jantar. 


– Itachi! - Chamei, então os dois se afastaram meio sem jeito e Izumi foi dar atenção para as panelas. 


Não basta eu ter flagrado os dois fazendo sexo, tenho que flagrá-los se pegando na cozinha também. 


– O que foi? - Perguntou Itachi, tentando se recompor, com a maior cara de sonso desse mundo. 


O que teria acontecido se eu não tivesse aparecido? Bem, além do jantar queimar, poderia acontecer coisas que eu prefiro nem imaginar. 


– Eu já revirei minha mala e não encontrei cueca. 


– Puta merda... - Bateu na própria testa, escorando-se na pia - Mano, acho que eu esqueci. 


– E como é que eu vou ficar três dias aqui sem cueca? - Berrei, não pude evitar, fiquei morrendo de raiva por isso. 


Eu também fui idiota, pois deveria ter vistoriado a mala que o Itachi fez pra mim, pois é óbvio que ele acabaria esquecendo de alguma coisa. 


– Vira do avesso. - Deu de ombros. 


– Itachi! - Izumi brigou - Que nojo! Ele não vai ficar três dias usando a mesma cueca, isso é nojento.


– Ora essa, a cueca é dele, só quem está usando é ele, então qual é o problema? - Meu irmão é um porco. 


– Itachi, você já fez isso? - Questionou Izumi, encarando-o com os olhos semicerrados e as mãos na cintura. 


– Talvez... - Respondeu meio sem graça, batendo um dedo no outro - Sabe a primeira vez que eu fui pra um congresso na faculdade?


– Itachi, os congressos costumam durar uma semana! - Ela falou indignada, enquanto isso ninguém resolve o problema das minhas cuecas. 


– Pois é... Se eu aguentei uma semana, o Sasuke aguenta três dias. 


– E agora, o que eu faço? - Insisti, fazendo os dois prestarem atenção em mim - Eu não sou porco a ponto de ficar três dias com a mesma cueca! 


– Vai lá no banheiro, pega sabonete, dá uma lavadinha nela e coloca atrás da geladeira pra secar. - Esse cara não é normal, eu tenho certeza disso - Amanhã ela vai estar limpa e seca, prontinha pra usar. 


– E eu vou dormir pelado? - Questionei. 


– Claro que não, animal! - Respondeu como se fosse óbvio - Põe uma roupa de dormir, né?! 


– Mas ainda assim é estranho dormir sem cueca... Eu não gosto.


– Então vai se lascar! - Bradou sem paciência, abrindo a geladeira para pegar uma jarra de água - Ou dorme sem ou vira ela do avesso. 


– Sasuke, infelizmente você não tem muita escolha. - Comentou Izumi, provando um pouquinho de molho de tomate que estava na panela... Espera, tomate? Já tô feliz. 


Pois é, não tive escolha, então voltei para o quarto e vesti a roupa que tinha separado. Sem cueca mesmo. Depois fiz como Itachi mandou, lavei a que estava vestindo e fui para a cozinha colocá-la atrás da geladeira pra secar. 


Ah, todo mundo já fez isso uma vez na vida... Atire a primeira pedra quem nunca colocou alguma peça de roupa pra secar atrás da geladeira. 


Enfim, Itachi e Izumi não estão mais na cozinha, provavelmente estão tomando banho também. Olhei para o forno e vi algumas panquecas, isso fez o meu estômago pular de alegria, pois eu simplesmente amo panquecas quase como amo lasanha. 


Vi que o fogo do arroz tá aceso, mas, pelo cheiro, está começando a queimar, então desliguei o fogo antes que o arroz ficasse carbonizado. 


Provavelmente Itachi e Izumi estão fazendo coisas indevidas e esqueceram do jantar. 


Puxei uma cadeira para me sentar e apoiei os cotovelos sobre a mesa, não demorou muito para que meu irmão e minha cunhada aparecessem. Ela de camisola e ele apenas com um short que usa como pijama. 


– Itachi, cadê o resto da sua roupa? - Questionei.


– Eu falei pra ele não ficar semi nu desse jeito. - Izumi reclamou, abrindo o forno para retirar as panquecas que estão super cheirosas - Tá ficando frio! 


– Falou a pessoa que está com as pernas quase que completamente expostas. - Retrucou Itachi, sentando-se ao meu lado emburrado. 


– Mas eu, ao contrário de você, não estou com o peito de fora nesse frio! - Ela colocou a forma com as panquecas sobre a mesa... Senhor, que coisa mais linda! 


– Que bom que não está! - Ele aumentou um pouco o tom de voz e eu ri - Enfim, vamos comer. 


– Sasuke, você desligou o fogo do arroz? - Ela me perguntou, colocando a panela de arroz sobre a mesa enquanto Itachi se levantava para pegar os pratos e os talheres. 


– Sim, desliguei. - Assenti.


– Nossa, obrigada. - Izumi agradeceu meio sem jeito - Eu esqueci completamente do arroz e ele queimaria se você não tivesse desligado o fogo. 


– Nem me fale em desligar fogo, porque você desligou o meu. - Itachi murmurou baixinho enquanto colocava os pratos sobre a mesa, mas deu pra ouvir. 


Não quero nem imaginar o que esses dois estavam fazendo no quarto ou no banheiro... Enfim, dane-se, eu já flagrei uma vez e não quero ficar imaginando. Chega de trauma pra minha vida. 


– Vamos comer... - Falei um pouco constrangido após o comentário ridículo do meu irmão. 


Peguei a colher do arroz para me servir e, quando tirei um pouco do que estava mais no fundo da panela - até porque Izumi não fez muito arroz, afinal, somos só nós três e tem panqueca, e ninguém liga muito pra arroz quando tem panqueca - percebi que tinha ficado um pouco queimadinho. 


– Olha, ficou pregado! - Comentei todo alegre, colocando o arroz no prato.


– Sai, Sasuke! - Meu irmão tomou a colher da minha mão - Você já pegou arroz demais.


– Itachi, deixa o menino comer. - Isso mesmo, Izumi, briga com ele.


– Quem vai raspar a panela de arroz sou eu! - Itachi danou a colocar o arroz pregado no prato... Como ele ousa? 


– Itachi, deixa de ser chato. - Resmunguei - Você vai pegar o pregado do arroz todinho.


– Gente, tem panqueca e vocês estão brigando por arroz? - Izumi questionou indignada. Realmente, por um momento, eu até esqueci da panqueca. 


– É o pregado do arroz! - Respondemos em uníssono, Izumi até se espantou.


– Calma aí, então amanhã eu deixo queimar de novo. - Ela falou meio sem graça. Eu até já desisti da panela e resolvi pegar a minha panqueca, claro que joguei muito molho de tomate por cima. 


– Não é simplesmente queimado. - Itachi explicou - Sabe, queimado não é bom, tem que ser na medida certa... 


– Ninguém merece. - Você merece, Izumi, foi namorar com um idiota porque quis. 


– Izumi, tem pimenta nesse molho? - Questionei antes de comer, afinal, não quero ir parar num hospital novamente por causa das minhas alergias. 


– Não, Sasuke. - Itachi respondeu - Eu já falei pra Izumi ter cuidado porque você é todo bichado.


Bichado? Eu não tenho culpa se herdei essas coisas do pai dele. Sim, porque da mamãe eu sei que não herdei, então só posso ter herdado da pessoa que me deu a outra metade dos meus cromossomos... Sim, ele é apenas a pessoa que me deu 23 dos meus 46 cromossomos, pois meu pai ele não é e nunca vai ser! 


Enfim, não bastou o Fugaku ter feito o que fez com a minha mãe, ainda me fez nascer todo alérgico. 


Estão vendo? Tudo de ruim é culpa dele. 


– Itachi, não fala isso do seu irmão! - Izumi deu um tapa no ombro dele. Bem feito, quem mandou dizer que eu sou bichado? - Ele não tem culpa de ter alergia a pimenta. 


A culpa é do Fugaku mesmo. 


– Tá bom, tá bom... - Bufou, colocando uma panqueca em seu prato - Desculpa, irmãozinho, eu não falo mais que você é bichado. 


Não sei por que, mas não acredito nadinha nele. 


Resolvi parar de dar ouvidos para as besteiras do retardado do meu irmão e me concentrei na minha panqueca antes que esfriasse. É de frango com queijo e está realmente um delícia, principalmente com essa abundância de molho de tomate que torna tudo mais gostoso. Claro, porque tomates são uma delícia e tudo que leva tomate ou molho de tomate fica muito gostoso. 


Consegui comer três panquecas, esse foi o meu limite, estava muito bom e a última panqueca eu comi só por gulodice mesmo. Não consegui resistir, admito. 


É claro que depois do jantar bate aquele sono, então desejei uma boa noite para Itachi e Izumi, fui para o banheiro escovar os dentes  e depois fui direto para o quarto, pois estou quase dormindo em pé. 


Ah, a chuva... É tão bom dormir com chuva, pois fica um clima bastante agradável, sem falar no barulho da água caindo. Infelizmente a nossa vida não é um mar de rosas e eu já tive milhares de provas disso, uma delas foi o simples fato de a minha mãe ter falecido. 


Enfim, tem goteira na porcaria do quarto! Eu já estava cochilando quando senti a cama molhada. Meu primeiro pensamento foi "Será que eu fiz xixi na cama?", mas não é xixi, é água da chuva!


Droga, os lençóis estão molhados, o colchão também e essa chuva não vai passar tão cedo... Merda!


Bem, acho que terei que tomar medidas drásticas. 


[...]


Finalmente sem Sasuke, apenas Izumi e eu... Não preciso nem dizer o que aconteceu, não é? Pois é, rolou sexo e sem interrupções. 


Essa chuvinha está muito boa, um clima muito bom pra eu ficar apenas abraçado com a minha namorada a noite inteira... Se bem que a minha vontade agora é de tirar a roupa dela de novo e partir pra um segundo round, mas ela já está dormindo. 


Pois é, o sono resolveu me abandonar. 


Foi quando vi a porta do quarto sendo aberta. Que merda, o que esse moleque quer aqui? 


– Itachi? - Ele chamou. 


– Que é, porra? - Sussurrei com raiva, só não grito pra não acordar a Izumi que está dormindo feito uma princesa. 


– Posso dormir aqui? - Questionou, falando em seu tom de voz normal, sem ao menos se preocupar em falar baixo pra não acordar minha namorada soberana. 


– Sasuke, vaza daqui! - Briguei, foi quando a Izumi começou a se mexer e acabou despertando. 


Porra, eu vou matar esse moleque, por que diabos não vai dormir sozinho? 


Só falta ele vir com aquele papinho de criança que tem pesadelo no meio da noite e foge pra cama dos outros. 


– Sasuke, querido, o que houve? - Izumi se sentou e esfregou os olhos. 


Quem esse garoto pensa que é pra acordar a Izumi? 


– Tem goteira no meu quarto. - Respondeu com a voz sonolenta - Molhou a cama, não dá pra dormir lá. 


Ah, vai pra puta que pariu! Não tem uma desculpa melhor, não? Essa aí já tá manjada. 


– Fala logo que mijou na cama. - Falei sem paciência. Ele que vá com essa roupa mijada pra lá. Vai dormir no banheiro, aqui não. 


– Eu não fiz isso! - Respondeu com a maior convicção do universo - É sério, tá com goteira e aquela cama de madeira é pesada demais pra eu arrastar. - Que frango! - Sem falar que já molhou tudo.


– Ora, deita aqui com a gente. - Izumi afastou para o lado, deixando o meio da cama livre para o Sasuke. 


 Não, não, não, não, não! Porra, eu queria dormir abraçado com a minha namorada, não me esfregando em macho, por mais que seja meu irmão. Sem falar que é uma cama de casal - por mais que seja grande - pra três pessoas! 


Argh, que raiva! 


Bem, é claro que o Sasuke aceitou a proposta, entrou no quarto, fechou a porta e veio direto para a nossa cama, deitando entre a Izumi e eu.  


Fiquei com cara de cu, sem saber o que dizer diante disso... Poxa vida, eu gosto de dormir esparramado, como vou poder fazer isso com mais duas pessoas na cama? Quando não durmo todo arreganhado, gosto de dormir abraçado com a Izumi, mas tem uma certa criaturinha no meio, sabe... 


Se dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço, quem dirá três!


Sasuke pegou no sono rapidinho, assim como a Izumi, mas eu ainda fiquei um tempo acordado, observando os dois e com vontade de jogar o Sasuke no chão porque ele agarrou em mim feito um carrapato assim que dormiu. 


Bem, devo admitir que, por mais chato que ele seja e por mais que ele tenha virado a minha vida de cabeça pra baixo, eu tô gostando muito desse moleque... Só que demonstro isso do meu jeito. 


Ele me lembra muito a mamãe na aparência, assim como me lembra o papai na personalidade,  e eu às vezes me sinto triste por não ter tido a oportunidade de vê-lo crescer. 


Eu sempre fui louco para ter um irmãozinho pra brincar e me fazer companhia, mas jamais imaginei que fosse ganhar um assim desse jeito. 


Não tenho mais meu pai e não tenho mais minha mãe. Meu pai, quando era vivo, nunca me deu atenção e minha mãe sumiu do mapa, então, por muito tempo, acreditei estar sozinho. Só que agora é diferente, pois eu tenho um irmão e, mesmo que eu não tenha tanto jeito com crianças, gosto muito dele. Às vezes o Sasuke me irrita pra cacete, é mimado e tudo mais, mas eu realmente tô aprendendo a amar esse pirralho insuportável. 


Agora, olhando para Sasuke e Izumi, ambos adormecidos, deixei um sorriso bobo escapar e cheguei à conclusão de que eles são as pessoas mais preciosas que eu tenho na minha vida. 






Notas Finais


Capítulo fofíneo, né? Hahah
Bjssss♡♡♡


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